Como é chamado o trabalhador da borracha

Que foram os soldados da borracha?

Os ‘soldados da borracha‘, seringueiros que nos anos 1940 foram à Amazônia extrair látex para produzir pneus e armamentos para a II Guerra Mundial, receberão uma indenização de 25.000 reais pela contribuição durante o conflito.

Porque esses homens eram chamados soldados da borracha?

São os chamadossoldados da borracha”, enviados para trabalhar como seringueiros na floresta e ajudar na produção da borracha necessária no esforço de guerra.

Quem eram os soldados da borracha onde eles foram recrutados?

Os soldados da borracha são trabalhadores recrutados na 2ª Guerra Mundial, principalmente da Região Nordeste, para a extração do látex na Floresta Amazônica. A proposta de emenda constitucional que previu esse benefício foi promulgada pelo Congresso Nacional em maio do ano passado.

Qual foi a importância dos soldados da borracha na vitória do grupo Aliados na Segunda Guerra Mundial?

Os Soldados da Borracha representam a maioria das baixas civis do Brasil durante o conflito. A Amazônia foi um campo de batalha não convencional e os seringueiros que ali pereceram contribuíram para a vitória dos aliados, assim como os soldados brasileiros que tombaram na Itália.

O que aconteceu com os soldados da borracha?

Na prática, a maioria deles morreu de doenças como malária ou por influência de atrocidades da selva. Os sobreviventes ficaram na Amazônia por não terem dinheiro para pagar a viagem de volta, ou porque estavam endividados com os seringalistas (donos de seringais).

Por que a guerra não terminou para os soldados da borracha?

Para os soldados da borracha, a guerra não acabou em 1945, mas perdurou por décadas. A adaptação a esse novo ambiente, para esses soldados da borracha, foi muito difícil. Tiveram de se adaptar para sobreviver, pois inúmeras eram as mudanças, como a geografia e, principalmente, o clima, para a maioria vinda do Nordeste.

Como é chamado o trabalhador da borracha?

Seringueiros – O que são Por gerações, os seringueiros fizeram a sua vida através da extração da seiva leitosa (chamado de látex), sem prejudicar as árvores. Depois da Segunda Guerra Mundial a produção Brasileira de borracha entrou em crise de novo.

Como eram recrutados os trabalhadores para os seringais no segundo ciclo da borracha?

A mão-de-obra utilizada para a extração do látex nos seringais era feita com a contratação de trabalhadores vindos, principalmente, da região nordeste. Os seringueiros adotavam técnicas de extração indígenas para retirar uma seiva transformada em uma goma utilizada na fabricação de borracha.

Onde eram recrutados os trabalhadores para o projeto de Ford?

O projeto atraiu trabalhadores de toda a América, além de brasileiros que fugiram da seca nordestina. Cindo mil foram recrutados. … Os administradores americanos moravam na chamada “Vila Americana”, composta por cinco casas. Já os que tinham melhor habilidade profissional, ficavam na “Vila Operária”.

Qual a importância dos soldados da borracha na Amazônia no desenvolvimento da Amazônia?

O exército da borracha tinha a missão vital de salvar os países aliados do colapso, fornecendo a matéria-prima estratégica para a indústria bélica.

Quem eram os soldados da borracha na Amazônia?

Soldados da Borracha foram os brasileiros que entre 1943 e 1945 foram alistados e transportados para a Amazônia pelo Semta, com o objetivo de extrair borracha para os Estados Unidos da América (Acordos de Washington) na II Guerra Mundial.

Quem tem direito à pensão vitalícia do soldado da borracha?

Têm direito ao beneficio ex-soldados da borracha, viúvas, ex-companheira, filhos menores de 21 anos e filhos inválidos que comprovem através de documentos ou testemunhas que foram “soldados da borracha“. – O valor pago pelo INSS é fixado em dois salários mínimos.

Quais as razões que motivaram o fim do ciclo da borracha na Amazônia?

Com esses fatos, se estabeleceu a crise no ciclo da borracha. Esse período histórico teve fim e por causa da falta de investimentos e prosperidade nessa e em outros setores e muitas pessoas perderam seus empregos. Com isso, as cidades ficaram vazias por causa do longo processo de estagnação econômica.

Quem são os seringalistas?

O termo seringueiro era, inicialmente, o único usado para designar todos aqueles que se dedicavam à exploração da Hervea, mas depois, sutilmente, aquele mais abastado que empregava os demais ou tinha qualquer domínio sobre eles, passou a ser denominado seringalista.

Texto de orelha

Texto de orelha

Este livro de María Verónica Secreto conta a história extraordinária de homens e mulheres, a grande maioria nordestinos, que participaram da chamada “Batalha da Borracha” nos anos da Segunda Guerra Mundial. Mas a obra vai muito além de relatar um episódio curioso da campanha das “nações unidas”. A autora pesquisou a documentação da “batalha” – inclusive a propaganda de recrutamento visual e textual produzida pelo governo brasileiro e as cartas altamente comoventes das mulheres dos “soldados da borracha” – para analisar o lugar do trabalhador rural do Nordeste e da Amazônia nos discursos e na política do Estado Novo.

Foi em resposta à seca de 1932 que o governo Vargas introduziu a imagem do sertanejo como um bandeirante novo, destinado a povoar os “espaços vazios” da nação. A autora demonstra que o trabalhador rural, apesar de ser na maior parte excluído dos benefícios da legislação social getulista, fazia parte de uma visão de mobilização e colonização das “fronteiras” que procurava colocar “cada um no seu lugar”.

A “Batalha da Borracha”, porém, era menos uma conseqüência da política federal e mais um programa de emergência para lidar com o enorme déficit de borracha nos Estados Unidos no contexto da Segunda Guerra Mundial. A seca de 1942 coincidiu com o começo dessa campanha, criando uma “reserva” de braços disponíveis, principalmente no Ceará, embora os nordestinos hesitassem em virar “soldados da borracha” devido às denúncias de abusos cometidos pelos seringalistas na época do boom e às imagens de trabalho semi-escravizado associadas com os seringais da Amazônia. Por isso, o governo Vargas procurava criar uma contra-imagem de um novo tipo de seringueiro que ia chegar na floresta com um contrato na mão e direitos garantidos pelo governo — e até assistência monetária e social para sua mulher e seus filhos.

A interpretação tecida por Verónica Secreto sobre este aspecto da “Batalha da Borracha” é uma contribuição absolutamente preciosa à historiografia das relações trabalhistas e da questão da cidadania durante o Estado Novo. Segundo a autora, os representantes do governo federal sempre entenderam que os contratos teriam pouca força, porque não havia como garantir sua implementação nos remotos seringais no interior da região Norte. Mas, se o governo não valorizava a linguagem e o significado dos contratos, os “soldados” e suas mulheres, sim, insistiam nos direitos indicados nos papéis assinados. Este capítulo da história, baseado nas cartas redigidas pelas mulheres, primeiro, aos maridos ausentes e, segundo, ao próprio presidente Getúlio Vargas, revela o custo humano dessa “batalha” de uma maneira inesquecível. As mulheres “expuseram o duplo abandono em que se encontravam, sem maridos e sem Estado”. Mas, muito longe de tomar a atitude de vítimas enfraquecidas pela miséria, as mulheres reclamaram seus direitos, denunciando os trabalhos demasiado pesados que eram obrigadas a fazer e insistindo até no direito de fumar, contrariando o regime disciplinar da diretoria dos “núcleos” onde elas e suas famílias residiam.

Barbara Weinstein - Professora de História da América Latina na University of Maryland

Introdução

Os sertões, a Amazônia e o trabalhador rural no discurso varguista

A dualidade litoral-sertão "Viu a terra, ouviu o homem. E compreendeu os anseios de todos" Continuidade: bandeira e tempo afetivo

Atingidos pelas palavras

Passagens de proa - as migrações nordestinas na rota amazônica

A seca: do naturalismo à história ambiental De retirantes a imigrantes

Norte ou Sul

"Mais borracha para a vitória"

A borracha: da Amazônia para a Ásia e de volta à Amazônia A propaganda do varguismo Da sequidade à uberdade: outra viagem

Do plano do Conselho de Imigração e Colonização ao do Conselho Nacional de Economia

"De tua triste e sem sorte esposa": as cartas das mulheres do Nordeste

O Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para o Amazonas (SEMTA) A peça fundamental: o contrato Maridos e esposas

A assistência às famílias

A modo de conclusão: Antônio e Jovelina Notas

Bibliografia


Sobre a autora

María Verónica Secreto é doutora em História Econômica pela Universidade Estadual de Campinas e professora titular no Departamento de Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Foi professora da Universidade Federal do Ceará entre 2002 e 2004, período no qual realizou parte da pesquisa que originou esse livro. Nascida na Argentina, formou-se em História na Universidade Nacional de Mar del Plata.

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