A Esterilização destrói todos os microrganismos inclusive as formas esporuladas

Leia as frases abaixo e a seguir assinale a alternativa que corresponde a resposta correta:

I- A limpeza consiste na remoção da sujidade da superfície de artigos e equipamentos, através da ação mecânica utilizando água e detergente, com posterior enxágue e secagem.

II- A esterilização é o processo de destruição de microrganismos como bactérias na forma vegetativa (não esporulada), fungos, vírus e protozoários. Este processo não destrói esporos bacterianos.

III- A desinfecção de alto nível é o processo utilizado para completa destruição de microrganismos, incluindo todas as suas formas, inclusive as esporuladas, com a finalidade de prevenir infecções e contaminações decorrentes de procedimentos cirúrgicos e invasivos com utilização de artigos críticos.

A

Apenas as frases I e III estão corretas.

B

Todas as frases estão corretas.

C

Apenas a frase I está correta.

D

Todas as frases estão incorretas.

Home / Training / Manuals / Colposcopia e tratamento da neoplasia intra-epitelial cervical: Manual para principiantes / Cap�tulo 14: Descontamina��o, limpeza, desinfec��o de alto n�vel e esteriliza��o dos instrumentos usados no diagn�stico e tratamento da neoplasia cervical

Colposcopia e tratamento da neoplasia intra-epitelial cervical: Manual para principiantes, J.W. Sellors & R. Sankaranarayanan

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Os passos b�sicos inclu�dos na utiliza��o segura de instrumentos reutiliz�veis para a colposcopia e para tratamento da neoplasia intraepitelial cervical (NIC) s�o resumidos neste cap�tulo. Um bom conhecimento e compreens�o dos passos do processo de desinfec��o de alto n�vel (DAN)/esteriliza��o s�o essenciais, visto que assegura que os instrumentos usados n�o contenham agentes infecciosos. Qualquer falta de cumprimento deste processo pode levar � contamina��o dos instrumentos esterilizados e preju�zo � paciente. O processo para reutilizar os instrumentos come�a com descontamina��o e prossegue com a limpeza, esteriliza��o/DAN, armazenamento e manipula��o. Um programa de garantia de qualidade ajuda a assegurar que os instrumentos sejam processados de modo adequado para que possam ser reutilizados.

H� tr�s passos b�sicos para a reutiliza��o dos instrumentos usados em procedimentos cl�nicos e cir�rgicos: descontamina��o, limpeza e esteriliza��o/DAN. Estes s�o tratados brevemente e s�o descritos os m�todos usados para esterilizar diferentes instrumentos.

Descontamina��o

A descontamina��o consiste de uma s�rie de passos para tornar in�cua a manipula��o de um instrumento ou dispositivo m�dico ao reduzir sua contamina��o com microorganismos ou outras subst�ncias nocivas. Em geral, esses procedimentos s�o realizados pelo pessoal de enfermagem, t�cnico ou de limpeza, e a descontamina��o protege esses profissionais da infec��o inadvertida. Se esses procedimentos s�o realizados de modo adequado, a descontamina��o dos instrumentos fica assegurada antes da manipula��o para a limpeza. Este passo inativa a maioria dos microorganismos, como o v�rus da hepatite B e HIV. Outro processamento � necess�rio para assegurar que o objeto esteja limpo e depois esterilizado.

Limpeza

A limpeza � um passo crucial dar tornar os instrumentos in�cuos e descontaminados. A limpeza manual en�rgica com �gua corrente e sab�o l�quido ou detergente elimina o material biol�gico como sangue, secre��es org�nicas e res�duos teciduais. Os instrumentos devem ser limpos o quanto antes depois do uso. Quando se deixa material biol�gico, este pode atuar como um meio prop�cio para prolifera��o de microorganismos residuais, protegendo-os dos efeitos da desinfec��o e esteriliza��o.

Esteriliza��o ou desinfec��o de alto n�vel (DAN)

A esteriliza��o � definida como o processo de destruir todos os microorganismos em um instrumento mediante a exposi��o a agentes f�sicos ou qu�micos. Este processo elimina todas as formas de vida microbiana, inclusive os esporos bacterianos. Na pr�tica, considera-se que a esterilidade foi obtida se a probabilidade de um microorganismo sobreviver � menor de um em um milh�o. O processo de esteriliza��o � fundamental para a reutiliza��o in�cua dos instrumentos usados na aten��o cl�nica.

Quando n�o existe equipamento de esteriliza��o dispon�vel, ou o instrumento n�o pode ser esterilizado, usa-se a DAN. A desinfec��o implica na redu��o da carga microbiana de um instrumento, mas n�o na sua elimina��o completa. O grau desta redu��o depende do processo de desinfec��o usado e a resist�ncia das formas microbianas presentes. Na pr�tica, contudo, a DAN destr�i todas as formas de vida microbiana exceto os esporos bacterianos.

M�todo de descontamina��o

Imediatamente depois do uso, coloque os instrumentos e demais acess�rios, como luvas, em um grande balde de pl�stico limpo com solu��o de cloro a 0,5% durante 10 minutos. A solu��o de cloro de 0,5% � preparada com a adi��o de uma parte de alvejante dom�stico concentrado (solu��o de hipoclorito de s�dio, com cloro a 5%) em nove partes de �gua.

A f�rmula geral para fazer uma solu��o dilu�da a partir de um preparado comercial de uma determinada concentra��o � a seguinte: partes totais de �gua = [% concentrado / % dilu�do] � 1. Por exemplo, para fazer uma solu��o dilu�da de cloro a 5%, a partir de alvejante dom�stico l�quido concentrado a 5% = [5,0% / 0,5%] �1 = 10 � 1 = 9 partes de �gua; portanto adicione uma parte de alvejante concentrado a nove partes de �gua.

Se for usado cloro em p� seco, dispon�vel comercialmente, use a seguinte f�rmula para calcular a quantidade (em gramas) de p� seco necess�rio para fazer a solu��o de cloro a 0,5%: Gramas/litro = [% dilu�do / % concentrado] x 1.000. Por exemplo, para fazer uma solu��o de cloro dilu�do a 0,5% a partir de p� seco de hipoclorito de c�lcio a 35% = [0,5 % / 35 %] x 1.000 = 14,2 g. Assim, adicione 14,2 g de p� seco a 1 litro de �gua ou 142 g a 10 litros de �gua. Os instrumentos n�o devem ser deixados no alvejante dilu�do por mais de 10 minutos e devem ser limpos em �gua fervida imediatamente depois da descontamina��o para evitar a descolora��o e a corros�o do metal.

M�todo de limpeza

A limpeza manual minuciosa dos instrumentos com �gua e detergente para eliminar todo o material org�nico, depois da descontamina��o na solu��o de cloro a 0,5% durante 10 minutos � cr�tica antes da esteriliza��o ou DAN. Deve-se usar uma escova para esfregar os instrumentos e remover a mat�ria org�nica. Os instrumentos devem ser limpos o quanto antes depois do uso, para que o material org�nico n�o seque e fique aderido aos instrumentos, criando um meio prop�cio para prolifera��o de microorganismos. A pessoa que faz a limpeza deve usar luvas protetoras para lavar os instrumentos.

Quem faz a limpeza deve usar �culos ou �culos protetores para proteger os olhos da �gua contaminada. Deve-se prestar aten��o especial aos instrumentos com dentes (por exemplo, saca-bocados de biopsia), articula��es e parafusos (por exemplo, esp�culos vaginais), aos quais o material biol�gico pode se aderir. Depois da limpeza, enx�g�e bem os instrumentos com �gua fervida para retirar os res�duos detergentes.

M�todos de esteriliza��o

Os Instrumentos que s�o considerados �cr�ticos� (instrumentos que s�o introduzidos nos tecidos corporais est�reis ou no sistema vascular �, ver quadro 14.1, por exemplo, saca-bocados de biopsia, instrumentos cir�rgicos, ponta do eletrocaut�rio, esp�culos vaginais) requerem esteriliza��o antes de serem reutilizados. Dois m�todos de esteriliza��o s�o descritos neste manual.

(a) A esteriliza��o a vapor saturado de alta press�o

A esteriliza��o a vapor saturado de alta press�o com o uso de autoclaves � recomendada para a esteriliza��o. Instrumentos a descoberto devem ser expostos durante 20 minutos a temperaturas entre 121 oC e 132 oC, a uma press�o de 106 kPa (15 lb/polegada2). Deve-se seguir as instru��es do fabricante, visto que as press�es adequadas podem variar ligeiramente dependendo da marca da autoclave. Os pacotes pequenos com instrumentos embrulhados devem ser expostos durante 30 minutos. O material usado como envolt�rio deve ser poroso o suficiente para permitir que o vapor atravesse. Os instrumentos est�reis envoltos t�m um per�odo m�ximo de armazenamento de at� 7 dias, caso sejam conservados secos e intatos. Uma vez abertos, os instrumentos devem ser colocados em um recipiente est�ril. Autoclaves pequenas s�o ideais para o uso em consult�rios.

(b) esteriliza��o qu�mica

A esteriliza��o qu�mica pela imers�o em glutaralde�do a 2-4% por 8 a 10 horas ou em formalde�do a 8% por 24 horas � uma op��o � esteriliza��o a vapor. Ela requer a manipula��o especial com luvas e, assim, os instrumentos esterilizados devem ser enxaguados com a �gua est�ril antes do uso, j� que esses produtos qu�micos deixam res�duos nos instrumentos. O glutaralde�do � muito caro, enquanto o formalde�do � mais irritante para a pele, pulm�es e olhos. A esteriliza��o a vapor � preferida � esteriliza��o qu�mica.

M�todos de desinfec��o de alto n�vel (DAN)

Dois m�todos de DAN s�o aqui descritos:
(a) A �gua corrente simples, fervente, em um recipiente limpo oferece uma forma barata e facilmente acess�vel de DAN. O tempo de contato para os instrumentos deve ser de, pelo menos, 20 minutos depois de iniciada a fervura. A �gua do recipiente deve ser trocada diariamente e o recipiente lavado todos os dias e mantido seco.
(b) De modo alternativo, a DAN pode ser feita ao imergir os instrumentos em uma das seguintes solu��es durante 20-30 minutos:
Solu��o de cloro a 0,1%: Se for usada �gua fervida para fazer a solu��o, pode-se usar cloro a 0,1% para a DAN. Caso contr�rio, deve-se usar a solu��o a 0,5%. O tempo de contato necess�rio � de 20 minutos. A solu��o � muito corrosiva para o a�o inoxid�vel. Depois da desinfec��o, os instrumentos devem ser enxaguados bem com a �gua fervida e depois deixados secar ao ar livre ou secos com um pano est�ril antes do uso. O per�odo m�ximo de armazenamento da solu��o preparada � de uma semana.
Solu��o de per�xido de hidrog�nio a 6%: Pode-se preparar com a adi��o de uma parte de uma solu��o a 30% com quatro partes de �gua fervida; o tempo de contato � de 30 minutos. Depois da desinfec��o, os instrumentos devem ser enxaguados bem com �gua fervida e depois deixados secar ao ar livre ou secos com um pano est�ril antes do uso. No entanto, esta solu��o danifica as superf�cies externas das borrachas e pl�sticos e corr�i os instrumentos de cobre, zinco e bronze depois do uso prolongado.
Glutaralde�do a 2%: Deve-se preparar de acordo com as instru��es do fabricante; a solu��o ativada a 2% em um recipiente coberto tem um per�odo m�ximo de armazenamento de duas semanas. O tempo de contato � de 20 minutos. Como o glutaralde�do forma res�duos nos instrumentos, que s�o t�xicos para tecidos, os instrumentos devem ser enxaguados bem com a �gua est�ril e secos com um pano est�ril antes do uso.

Garantia da qualidade

A execu��o rigorosa da descontamina��o, limpeza e esteriliza��o ou DAN dos instrumentos, de acordo com o manual contribui para a garantia da qualidade dos procedimentos. O manual deve ser de f�cil acesso no consult�rio para consulta r�pida. O processo de garantia da qualidade consiste em auditorias regulares, an�lise, ajustes de sistemas e educa��o. As auditorias devem consistir da revis�o dos m�todos usados de esteriliza��o, acess�rios esterilizados, dura��o e temperatura de exposi��o, identifica��o do respons�vel pela esteriliza��o e exame e inspe��o peri�dicos do equipamento usado na esteriliza��o. A freq��ncia de infec��es p�lvicas depois dos procedimentos cl�nicos neste contexto (ou seja, triagem, detec��o precoce e tratamento da pr�-neoplasia cervical) � um bom indicador da qualidade do processo de esteriliza��o implantado.

Classifica��o de Spaulding do instrumental m�dico (modificada)

De acordo com o modo de uso, Spaulding classificou o instrumental m�dico como �cr�tico�, �semicr�tico�, ou �n�o-cr�tico� (quadro 14.1). Esta classifica��o serve para guiar o processamento de reutiliza��o.

A desinfec��o de n�vel interm�dio acarreta a destrui��o do Mycobacterium tuberculosis, bact�rias vegetativas, maioria dos v�rus (HIV, v�rus da hepatite B e v�rus do herpes simples) e a maioria dos fungos (Candida, Aspergillus), mas n�o destr�i esporos bacterianos. A desinfec��o de baixo n�vel destr�i a maioria das bact�rias, alguns v�rus e fungos, mas n�o o Mycobacterium tuberculosis ou esporos bacterianos. O �lcool et�lico ou isoprop�lico a 60-90% ou solu��es � base de iodo, como iodo povidona a 10%, agem como desinfetantes de n�vel interm�dio ou baixo. Diferentemente das solu��es � base de iodo, o �lcool n�o deixa res�duos nos instrumentos. Um guia para o processamento de instrumentos e materiais usados na triagem da neoplasia cervical, colposcopia e tratamento da NIC se encontra no quadro 14. 2.

Descontamina��o de superf�cies no consult�rio de triagem

As mesas de procedimentos, carrinhos, equipamento (colposc�pio, equipamento de criocirurgia, gerador eletrocir�rgico, aspirador de vapor, l�mpada de halog�nio etc.) no consult�rio de triagem podem ser contaminados com secre��es org�nicas, como secre��es vaginais, corrimentos purulentos, sangue etc. A mesa de procedimentos deve ser descontaminada depois de cada procedimento, mas as outras superf�cies devem ser descontaminadas diariamente com a limpeza com solu��o de cloro a 0,5%, �lcool et�lico ou isoprop�lico a 60-90% ou outros desinfetantes qu�micos como solu��es � base de iodo. O ch�o do consult�rio de triagem tamb�m deve ser descontaminado diariamente.

Qual o procedimento destrói os microrganismos inclusive as formas Esporuladas?

Qual o procedimento que destrói todos os microrganismos inclusive as formas?

Quais microrganismos são destruídos no processo de esterilização?

Quais os meios para eliminar os esporos bacterianos?