Como as plantas ajudam a diminuir a quantidade de gás carbônico no Arajudam a diminuir?

Dados foram divulgados pela associação Advacing Earth and Space Science; reflorestamento e proteção de florestas são as soluções indicadas por pesquisa

Como as plantas ajudam a diminuir a quantidade de gás carbônico no Arajudam a diminuir?
Floresta da Tijuca, no Rio, com mudas de espécies nativas da Mata Atlântica Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil (28.abr.2019)

Anna Gabriela Costa, colaboração para CNN Brasil

16/12/2020 às 11:22

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Há tanto gás carbônico (CO2) presente na atmosfera que plantar árvores não pode mais salvar o planeta, uma vez que não há espaço suficiente para cultivar a quantidade de árvores que seriam necessárias para evitar o aquecimento global, é o que indica o estudo publicado pela associação científica internacional Advacing Earth and Space Science.

O alerta destaca que os seres humanos emitem a cada ano de 30 a 40 bilhões de toneladas de gás carbônico, ou o gás de efeito estufa conhecido como CO2, o que causa o aquecimento global.

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Cientistas concordam que uma das formas mais eficazes que absorver parte do CO2 da atmosfera seria plantando mais árvores, pois estas utilizam CO2 para crescer e liberam oxigênio, tal ação traz benefícios para todo o meio ambiente.

Entretanto, o estudo indica que simplesmente não podemos cultivar árvores suficientes para capturar a quantidade necessária de CO2 e, ajudar o planeta a cumprir a metas determinadas pelo Acordo de Paris.

A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que seria necessário reduzir as emissões entre 2020 e 2030 para cumprir a meta do Acordo de Paris, que visa conter o aquecimento a +1,5°C e diminuir as catástrofes climáticas.

Uma comparação mostra que seria necessário cobrir todo o território dos Estados Unidos apenas para capturar 10% do gás carbônico que é emitido anualmente no planeta. Ou seja, não há espaço suficiente no mundo para as terras cultiváveis e espaços para plantar árvores.

“A remoção substancial de carbono em um caminho de emissão inabalável exigiria a utilização de uma grande fração da superfície global da terra (áreas naturais ou agrícolas), com custos ambientais e sociais intoleravelmente graves”, destaca o estudo.

Mas, há uma possível solução para o problema? O estudo conclui que a solução parece viável apenas se dois conjuntos de ações climáticas funcionarem em conjunto.

“Para manter a linha de 2°C devemos fazer com que duas ações funcionem lado a lado. As emissões de gases de efeito estufa precisam ser reduzidas o mais cedo e eficazmente possível. Sugerimos explorar totalmente as opções disponíveis agora, que incluem reflorestamento de terras degradadas e a proteção de florestas degradas para permitir que se recuperem naturalmente e aumentem seu armazenamento de carbono”.

“Além disso, torna-se evidente que a humanidade não pode mais se dar ao luxo de desperdiçar até 50% de sua colheita agrícola ao longo de várias cadeias de consumo ou continuar operando sistemas de irrigação ineficazes”, conclui o estudo.

Pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV), campus Florestal desenvolveram um estudo, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), para observar o efeito do dióxido de carbono (CO2) nas plantas do Cerrado de Minas Gerais. O objetivo era entender os fatores que afetam as plantas e, com isso, identificar quais condições influenciam na produtividade e no bem estar do meio ambiente.

Segundo o coordenador do estudo, João Paulo de Souza, a pesquisa detectou que, após estarem sob elevada concentração de CO2, plantas do Cerrado apresentam aumento da fotossíntese líquida. Para chegar a esse resultado o grupo manteve as espécies em câmaras com uma abertura no topo, onde eles injetaram o gás carbônico. Após um ano, os pesquisadores notaram rápido crescimento da parte aérea das plantas.

“Em geral, plantas lenhosas apresentam alocação de biomassa para a parte aérea de forma lenta, principalmente nos estágios iniciais de crescimento, de seis meses a dois anos”, explica Souza. Esse crescimento acelerado, porém, pode influenciar consideravelmente a dinâmica do Cerrado, que é uma região savânica, não de floresta.

“Possivelmente, esse aumento de altura das árvores resultará em mais sombreamento de espécies herbáceas e de plantas lenhosas mais jovens”, afirma. Esse contexto pode, também, alterar a dinâmica de estabelecimento dessas espécies, de acordo o pesquisador. 

Como as plantas ajudam a diminuir a quantidade de gás carbônico no Arajudam a diminuir?

Crescimento 

O CO2 é um dos gases associados ao efeito estufa. Segundo Souza, se considerada apenas a alta taxa de concentração da substância na atmosfera, pode se dizer que as mudanças climáticas serão benéficas para as plantas, considerando que elas se alimentam desse gás. “A planta capta o CO2, pela sua folha, e o transforma em carboidrato, ou seja, ‘açúcar’”, conta o professor. 

Com isso, quanto mais CO2 as plantas ingerirem, mais vão crescer e produzir biomassa, aumentando a espessura e o tamanho do caule, fazendo com que consigam absorver mais luz e realizar mais fotossíntese.  

No entanto, chegará um momento em que o contínuo aumento do gás não fará mais efeito. Segundo Souza, a planta entende que já tem muito carboidrato e começa a não reagir mais a esse estímulo, deixando de crescer. A falta de água também pode fazer a planta parar o seu desenvolvimento. “O aumento do CO2 no ar torna o clima mais quente e pode diminuir a quantidade de chuvas. Dessa forma, se juntarmos todos os possíveis efeitos das mudanças climáticas, as plantas param de responder de forma positiva”, conta o pesquisador.  

Conhecer para agir

O grupo de pesquisadores vem publicando uma série de trabalhos sobre o tema desde de 2016. “A partir dessas informações podemos, agora, avançar para um projeto aplicado em algum problema socioambiental que afeta todo a sociedade”, diz Souza. Conheça mais sobre o trabalho no perfil do Instagram do Laboratório de Ecologia Funcional de Plantas - UFV/CAF.

Como as plantas ajudam a diminuir a quantidade de gás carbônico no ar?

A fotossíntese remove dióxido de carbono naturalmente – e as árvores são especialmente boas para armazenar o carbono removido da atmosfera pela fotossíntese.

Como as plantas ajudam a diminuir a quantidade de?

As plantas ajudam a diminuir a temperatura e o barulho no interior da residência e também absorvem águas pluviais”, explica Maria Elisa. Não há uma planta específica para dedicar a este tipo de uso. São várias as espécies possíveis. De acordo com a paisagista, até hortaliças estão virando telhado.

Por que as plantas contribuem para a qualidade do ar?

Além disso, plantas absorvem a luz do sol e, devido à clorofila, elas realizam a fotossíntese, um processo que transforma o dióxido de carbono e a água em glicose e oxigênio, que é o ar que respiramos. É por isso que podemos dizer que as plantas purificam o ar.

Qual é a relação entre as plantas e gás carbônico?

A planta troca gás carbônico e oxigênio com o ambiente através dos estômatos. Durante a fotossíntese, a planta permite a entrada de CO2 na folha e a liberação do O2 para o ambiente. Por outro lado, durante a respiração ela libera CO2 para o ambiente e permite a entrada do O2.