Como foi possível a reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial?

O que foi o Plano Marshall

O Programa de Recuperação Europeu ficou mais conhecido como "Plano Marshall" e foi importante para a reconstrução dos países europeus após a Segunda Guerra Mundial.

Este programa foi desenvolvido pelo governo dos Estados Unidos e recebeu o nome por conta do Secretário de Estados dos Estados Unidos, George Marshall.

O programa promoveu o auxílio financeiro e técnico aos europeus, que ajudou no desenvolvimento dos países ocidentais da Europa. Por outro lado, intensificou a oposição ao sistema socialista do Leste Europeu e a Guerra Fria.

Como aconteceu o Plano Marshall

O Plano Marshall foi apresentado pelo general George Marshall em 1947 em um discurso na Universidade de Harvard.

A estratégia ocorreu dentro da chamada “Doutrina Truman”, um conjunto de medidas políticas e econômicas adotadas pelo presidente dos EUA, Harry Truman, com o objetivo de opor-se ao regime socialista da União Soviética.

O próprio general Marshall via o comunismo como uma ameaça para a estabilidade econômica e política dos europeus. Isso fez com que países sob o domínio soviético não pudessem aceitar estas mesmas ajudas.

Como resposta ao Plano Marshall, a União Soviética criou o Conselho para Assistência Econômica Mútua, COMECON, em que havia o auxílio na reconstrução pós-guerra de países do Leste Europeu e a unificação destes.

Além da ajuda financeira, uma grande quantidade de produtos básicos e alimentos foram enviados à Europa. Seguidamente foram tratores, equipamentos industriais e até mesmo combustíveis.

Na mesma época do Plano outros projetos permitiram que a relação entre os países da Europa, e destes com os Estados Unidos, se intensificasse. Um deles foi a união dos países no campo defensivo com a criação da OTAN.

A estratégia foi bem sucedida e ajudou a unificar econômica e politicamente os países europeus. Nos anos que se seguiram, estas nações aproximaram-se cada vez mais até à criação da União Europeia.

O general George Marshall foi premiado em 1953 com o Prêmio Nobel da Paz pelo esforço em que se dedicou ao seu Plano.

Como o Plano Marshall ajudou a economia europeia

Com a aprovação no Congresso norte-americano das medidas do Secretário de Estado, cerca de US$ 13 bilhões em ajuda foram destinados aos europeus entre 1948 e 1951. Em valores atualizados para o ano de 2019 seriam mais de US$ 130 bilhões.

No período em que houve este auxílio 3% do que era produzido pelos Estados Unidos destinaram-se ao Plano Marshall. Os países que mais receberam desta ajuda foram França, Reino Unido e Alemanha Ocidental.

Esta quantia não só ajudou a reestruturar os países após a guerra, como também fez com que estivessem a níveis melhores do que antes dela.

A reestruturação ocorreu em diferentes áreas que influenciassem a economia europeia, como em estradas, transportes, agricultura, fábricas e infraestruturas de cidades devastadas pela guerra.

Desta forma uma recuperação econômica foi promovida e, com a estabilização política e a união dos mercados europeus, foi possível gerar um crescimento econômico que produz efeitos até os dias atuais.

Vale lembrar que nesta época a doutrina econômica pregava por maiores gastos públicos para a promoção do desenvolvimento, que ficou conhecido como Keynesianismo.

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O Plano Marshall foi um programa de auxílio humanitário oferecido pelos Estados Unidos da América aos países europeus de 1948 até 1951.

Foi realizado por meio de assistência técnica e financeira para ajudar a recuperação dos países europeus destruídos pela guerra. Também tinha como objetivo não deixar que certos países passassem à influência do socialismo.

Por esse motivo, foi uma forma de estabilizar o capitalismo na Europa Ocidental, bem como garantir a integração dos países europeus.

O Plano Marshall (Programa de Recuperação Europeia) leva o nome do general George Catlett Marshall (1880-1959), secretário do Estado dos EUA durante o governo de Henry Truman (1884-1972) . Por causa disso, ele receberia o prêmio Nobel da paz em 1953.

Contexto histórico do Plano Marshall

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, os países europeus que participaram do conflito estavam arruinados e o número de mortes havia sido assustador.

A reconstrução europeia dificilmente teria êxito sem o auxílio econômico internacional.

Por este motivo, em julho de 1947, os principais membros envolvidos no confronto se reuniram para participar do Programa de Recuperação Europeia. Este havia sido inspirado no plano proposto pelo economista John M. Keynes em 1944.

Em 1948, para coordenar a distribuição dos fundos do Plano Marshall, é criada a Organização Europeia de Cooperação Econômica (OECE).

Os primeiros países a receberem a ajuda financeira foram Grécia e Turquia. Nestes países, os socialistas se haviam armado e lutavam para chegar ao poder.

Aos Estados Unidos não interessavam que dois países tão importantes, do ponto de vista geopolítico, passassem a ser influenciados pela União Soviética.

Por fim, o programa durou até 1951 e garantiu a recuperação econômica da Europa até a década de 1960.

Objetivos do Plano Marshall

O Plano Marshall foi uma estratégia estadunidense para combater o avanço soviético no início da Guerra Fria.

Desta forma, o plano está inserido no conjunto de medidas de combate ao avanço do comunismo que defendia a Doutrina Truman. Apesar de convidados, nenhum país sob o controle soviético participou da execução ou recebeu ajuda do Plano Marshall.

Por conseguinte, é importante frisar que a não intervenção dos EUA poderia afetar negativamente sua própria economia. Afinal, com o fim da Segunda Guerra Mundial, era fundamental manter a capacidade da Europa em honrar suas dívidas e manter suas importações.

Características do Plano Marshall

A principal característica do programa era a concessão de empréstimos a juros baixos aos países europeus que aceitassem as condições impostas pelos norte-americanos.

Estas consistiam em comprar prioritariamente dos EUA, fazer uma política de estabilização monetária e anti-inflacionária, e promover uma política de integração e cooperação intraeuropeia.

Por conseguinte, foi concedido cerca de 18 bilhões de dólares (aproximadamente US$ 135 bilhões nos dias atuais), distribuídos pela “Administração da Cooperação Econômica”, uma agência criada pelos EUA para executar este programa.

Os países que receberam maior ajuda foram o Reino Unido (3,2 bilhões), França (2,7 bilhões), Itália (1,5 bilhão) e Alemanha (1,4 bilhão).

Este auxílio também chegou por meio de assistência técnica de peritos em tecnologia norte-americana, alimentos, combustíveis, produtos industrializados, veículos, maquinaria para as fábricas, fertilizantes, etc.

Resultados do Plano Marshall

O Plano Marshall marca o fim da tradição isolacionista estadunidense, trouxe a Europa para a influência americana e garantiu dos EUA o acesso aos mercados europeus.

Dessa maneira, os países europeus abriram suas economias aos investimentos estadunidenses, reformaram seus sistemas financeiros, recuperaram sua produção industrial e o nível de consumo.

O resultado do programa foi positivo, uma vez que a economia da Europa Ocidental voltou a prosperar pelas duas décadas seguintes.

Para os EUA, os benefícios foram ainda maiores, pois suas exportações cresceram, assim como sua área de influência na Europa.

Ainda dentro do contexto da Guerra Fria, os EUA impulsionaram a criação da OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar que reunia vários países ocidentais do hemisfério norte.

Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha.

Como a Europa se reconstruiu após a Segunda Guerra Mundial?

Plano Marshall, ou Plano de Recuperação Europeia, foi um programa de ajuda econômica dos EUA aos países da Europa Ocidental após a II Guerra Mundial. O objetivo do plano era reconstruir economicamente os países europeus ocidentais que foram destruídos ou que sofreram perdas com a ocorrência da guerra.

Como a Europa se reconstruiu após a primeira guerra?

O final da Primeira Grande Guerra mergulhou a Europa num estado caótico, ao terem sido destruídos não só alguns dos mais poderosos impérios (austro-húngaro, alemão, turco, russo) e dos mais relevantes países (Itália, França, Bélgica) como as suas estruturas sociais, económicas e políticas.

Por que a situação da Europa após a Segunda Guerra Mundial?

Suas cidades e indústrias haviam sido destruídas e milhões de refugiados da Europa Oriental haviam imigrado para a Alemanha Ocidental após a guerra. Isso resultou numa severa escassez de alimentos e suprimentos no país.

O que aconteceu com a Europa após o fim da Segunda Guerra Mundial?

Após a Segunda Guerra, a Europa entrou em declínio e os EUA se consolidaram como principal potência ao lado da URSS, formando o mundo bipolar, sendo o primeiro capitalista e o segundo socialista.

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