História do café
Muitas vezes a história do café se confunde com a história da humanidade como a conhecemos. Das lendas sobre a criação da bebida, na Antiguidade, ao papel agregador que ela tem em diferentes culturas ao redor do mundo, o hábito de beber café historicamente agregou pessoas, serviu de estímulo à produção cultural e manteve o protagonismo do produto na economia mundial, em especial na brasileira. Ficou curioso? Descubra mais sobre o café ao mergulhar conosco nessa história!
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tempo
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Antiguidade
De acordo com especialistas, o café tem origem na Etiópia e já era consumido no norte da África na Antiguidade.
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Século XV
Primeiros relatos de consumo de café no Oriente Médio (Iêmen, Omã, Arábia Saudita, chegando ao Egito). O mundo árabe é o verdadeiro inventor do café.
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Século XV
O café consumido no Oriente tem distintas formas de preparo: o café turco é torrado e decantado, enquanto o árabe é feito com torra manual clara dos grãos e, dependendo do lugar, consumido com especiarias, como o cardamomo.
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1475
Abertura da primeira cafeteria do mundo em Constantinopla (Istambul), na Turquia.
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Século XIV: década de 1520
O café é cultivado livremente pela Península Arábica e consumido amplamente em cidades como Istambul e Cairo seja nas ruas, mercados ou em espaços fechados e luxuosos - as cafeterias.
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Século XVI
Os portos europeus, em plena época da expansão marítima e busca por especiarias, passam a importar o café e introduzir o seu hábito. O café produzido no Oriente passa a ser consumido em especial em Veneza, e viajantes de todas as partes do mundo passam a levar esse novo hábito oriental e exótico, para outras partes da Europa.
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1629 / 1645
Abertura da primeira cafeteria europeia em Veneza.
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1651
Abertura da primeira cafeteria na Inglaterra, em Oxford.
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1667
Abertura da primeira cafeteria na Romênia, em Bucareste.
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1672
Abertura da primeira cafeteria na França, em Paris.
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1683
Abertura da primeira cafeteria na Áustria, em Viena.
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Século XVII
O monopólio do Oriente Médio na produção do café passa a ser um obstáculo a seu consumo na Europa. Holandeses conseguem obter sementes para plantio do café em ilhas colonizadas no Oceano Índico e passam a produzir e distribuir o café na Europa, com mão de obra escravizada.
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Século XVIII
Com a popularização do hábito de beber café por toda a Europa, a França busca quebrar o monopólio holandês de produção e distribuição, também passando a produzir café em um de seus territórios colonizados - a Martinica - com mão de obra africana escravizada. O café passa a ser produzido em pequena escala também no México, nas Guianas, Venezuela e Colômbia.
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Século XVIII
Há registros da preparação de café, na Europa, em filtros de pano, o que perdura até os dias de hoje por vários lugares do mundo.
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Século XVIII
No Oriente Médio e em grande parte da Europa, a presença de mulheres em cafeterias era proibida.
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1727
Por ordem da Coroa Portuguesa, o militar Francisco de Melo Palheta realiza expedição à Guiana para obter sementes para plantio do café no Brasil. O café passa a ser plantado em pequena escala na região norte do país, passando em 1760 para cultivos maiores na Baixada Fluminense e Vale do Paraíba. O café passa a ser um produto estratégico para o Brasil, que amplia o número de africanos escravizados para trabalharem nas novas fazendas fluminenses.
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1761
Abertura da primeira cafeteria na Suíça.
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Século XIX
O hábito de beber café em cafeterias sem amplia por toda a Europa, chegando também à América. Na primeira metade do século XIX, há registros de café na Argentina (1799), Brasil (1820) e Estados Unidos.
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1852
São feitos os primeiros projetos de cafeteiras estilo prensa francesa.
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1888
O Brasil é o último país do mundo a abolir a escravidão. As pessoas escravizadas que trabalhavam nas fazendas de café são colocadas em liberdade sem que houvesse política de integração, emprego, habitação ou educação no país. A mão de obra voltada ao café passa a ser majoritariamente composta por imigrantes, num processo que buscava não só a substituição dos trabalhadores, mas estava relacionado às políticas de embranquecimento dos estados brasileiros produtores.
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Século XX
O século XX - o século do trabalho - é também responsável por uma mudança fundamental no consumo de café. A bebida, que era consumida especialmente em ambientes públicos, círculos intelectuais e famílias muito ricas, se populariza e se torna a mais consumida em todo o mundo, por todas as classes, de diversas maneiras. Assim, da bebida da sociabilidade, o café passa a ser, já nas primeiras décadas do século XX, consumido nas casas dos trabalhadores, nos intervalos dos trabalhos das fábricas e em restaurantes populares.
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1901
Invenção do espresso a partir da máquina de café criada pelo italiano Luigi Bezzera.
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1908
Invenção do filtro de papel.
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1911
Com um nome brasileiro, é aberta a primeira cafeteria em Tóquio, Japão.
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Década de 1920
A cafeicultura passa a ser a cultura principal de economias latino-americanas.
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1929
A quebra da Bolsa de NY e a consequente crise econômica têm forte impacto na economia de café por todo o mundo.
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1933
Invenção da cafeteira tipo italiana.
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1939 - 1945
A Segunda Guerra Mundial - com um saldo de 50 milhões de mortos e cidades em ruínas - altera a produção e consumo de todos os gêneros alimentícios em todo o planeta, inclusive o de café.
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Década de 1950
Abertura das primeiras cafeterias na Coreia.
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1963
Criação da Organização Internacional do Café, para fiscalizar o sistema de cotas de exportação.
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1976
Crescimento da cafeicultura na África (Quênia, Uganda, Camarões e Costa do Marfim) e no Vietnã.
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2020
O Brasil se mantém há mais de um século como maior produtor de café do mundo, o que significa que 1/3 do café tomado no planeta é brasileiro. Depois do Brasil vêm países como Vietnã, Colômbia, Indonésia, Etiópia, Índia, Honduras, México e Uganda. Há mais de 10 modos diferentes de preparo e inúmeras maneiras de consumir o café no mundo.