Início » O que talvez você não saiba a respeito da Declaração de Independência dos Estados Unidos
“Todos os homens foram criados iguais e são dotados do direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade.”
Estas palavras da Declaração da Independência Americana e os fatos por trás delas são bem conhecidos.
Em junho de 1776, pouco mais de um ano após a guerra contra a Inglaterra ter começado com tiros disparados em Lexington e Concord, o Congresso Continental se reunia na Filadélfia para discutir a independência americana. Após longos debates, uma resolução de independência foi aprovada em 2 de julho de 1776. Os Estados Unidos estavam livres! E homens como John Adams acharam que celebrariam aquela data para sempre. Mas foi dois dias depois que os cavalheiros do Congresso votaram pela adoção da Declaração de Independência, escrita, principalmente, por Thomas Jefferson, apontando todas as razões pelas quais o país devia ser livre.
Mais de 235 anos depois, os americanos celebram o aniversário dos Estados Unidos em 4 de julho. Mas talvez você não conheça todos os detalhes da história.
Confira o resto da história no vídeo abaixo, feito por Kenneth C. Davis (é possível ativar legendas em português):
(Caso o vídeo não apareça, veja diretamente no Youtube)
Em tempo
Conheça o canal TED-Ed no Youtube.
Post navigation
A Declara��o de Independ�ncia dos Estados Unidos, aprovada pelo Congresso Continental em 4 de Julho de 1776, tem estampada no seu texto o g�nio de Thomas Jefferson.
Um g�nio, ao mesmo tempo liter�rio e filos�fico, que produziu um texto sem, aparentemente, artif�cios liter�rios, que se distingue pelos seus elevados princ�pios morais, f�cil dic��o e cad�ncia ritmada, conjugado a uma clareza e precis�o de conceitos, que o tornam muito eficaz. Jefferson foi de facto um ret�rico brilhante, no sentido cl�ssico do termo, interessado mais na transmiss�o de ideias do que na beleza da express�o. Esta caracter�stica era enriquecida pela sua confian�a na raz�o, educa��o cient�fica e gosto neocl�ssico.
A prosa utilit�ria de Jefferson vai directa ao assunto, nunca se desviando do seu prop�sito, mas de uma maneira agrad�vel e imaginativa e com uma eloqu�ncia que lhe d� o charme e o poder que caracterizam todos os seus textos.
O texto, o mais elaborado de todos os escritos de Jefferson, conjuga uma linguagem clara, simples e directa com a eleva��o filos�fica, acordando-se bem a um apelo solene � Raz�o da Humanidade. Do princ�pio ao fim da declara��o, o ritmo compassado das palavras apresenta uma argumenta��o que ajudou � aceita��o da causa da liberdade americana.
A Declara��o de Independ�ncia tornou-se um texto intemporal em que � explicitada a filosofia dos direitos naturais do homem e da auto-determina��o dos povos. O autor conjugou o constitucionalismo brit�nico com aos valores humanos fundamentais, apresentando a sua conclus�o de uma forma facilmente compreens�vel. No c�lebre segundo par�grafo uniu numa frase uma cosmologia, uma teoria pol�tica e uma cren�a, ao afirmar que as verdades que declarava eram evidentes, indiscut�veis. De facto a ideia n�o era nova, vinha de John Locke, dos fil�sofos do Iluminismo e de dissidentes pol�ticos brit�nicos, mas era a primeira vez que era t�o claramente exposta, sendo que Jefferson considerava que sendo uma parte t�o clara da opini�o americana, ele s� tinha tentado �apresentar � humanidade a evid�ncia do assunto�.
Os princ�pios de igualdade, dos direitos naturais do homem, da soberania do povo e do direito de revolta da popula��o, deram � Revolu��o Americana uma ideia de superioridade moral que se conjugou com uma teoria do governo em liberdade. De facto, era a primeira vez que na cria��o de um novo pa�s se defendia que eram os direitos dos povos, e n�o os dos dirigentes, que estavam na origem da funda��o de uma nova na��o.