Dra. Tânia Schupp Especialista em Ginecologia, Obstetrícia, Reprodução Humana Assistida e Medicina Fetal
Apesar de, até hoje, serem muito confundidas pelos pacientes, a função de um ginecologista e a de um obstetra são diferentes, porém se complementam.
Enquanto a ginecologia cuida da saúde do aparelho reprodutor feminino e mamas, acompanhando a mulher desde a infância até a terceira idade, a obstetrícia lida com os fatores relacionados à reprodução humana, acompanhando a paciente durante a gestação e pós parto.
Pelo fato de ginecologista e obstetra trabalharem com o sistema reprodutivo feminino, é bem comum encontrar profissionais que se formam nas duas especialidades, tornando-se ginecologistas obstetras.
O que faz um ginecologista?
O ginecologista é especialista em diagnóstico e tratamento para condições dos sistemas reprodutivo e urinário da mulher, incluindo o útero, a vagina, os ovários, as mamas e o colo do útero.
O que faz o obstetra?
O obstetra é o médico especialista no sistema reprodutor feminino, gravidez e parto. Essa especialidade atua desde tratamentos de fertilidade até diagnósticos fetais.
Além disso, o médico obstetra cuida para que a mãe e o bebê tenham o melhor cuidado pré-natal e para que o trabalho de parto seja realizado sem complicações.
Quando consultar um ginecologista obstetra?
A partir do momento em que a mulher souber ou suspeitar que está grávida, é importante seguir recomendações médicas em relação aos cuidados com a alimentação, mudanças no corpo e uma série de outros fatores para ter uma gestação saudável.
É o ginecologista obstetra quem faz o acompanhamento mensal da gestação. É recomendado o atendimento imediato, em alguns casos, como:
- Planeja engravidar: o médico vai monitorar sua saúde e orientar sobre cuidados com a alimentação e suplementação necessários para o desenvolvimento do bebê, como o ácido fólico.
- Sangramento: a principal causa é ameaça de aborto. Só o médico pode avaliar se o feto está em risco.
- Inchaço: pode ser um indício de pré-eclâmpsia, uma doença grave que ocorre geralmente no final da gestação. Ela pode causar pressão alta, perda de proteínas, inchaço e até a levar a perda do feto. É uma das principais causas de morte materna no Brasil.
- Febre e dor: podem indicar complicações, como infecção.
- Vômitos: apesar de comuns, principalmente no início da gravidez, algumas mulheres têm vômitos constantes e precisam de medicação e, em casos mais graves, internação.
- Dores pélvicas: conforme o bebê se desenvolve na gestação é comum que a mulher sinta uma pressão, devido ao peso da barriga e das contrações de treinamento do útero, mas dores fortes podem indicar trabalho de parto. Nesse caso, as contrações são rítmicas e duradouras, que vão se tornando cada vez mais fortes e frequentes, podendo ou não ter ocorrido a ruptura da bolsa de água.
- Perda de líquido vaginal: pode indicar rompimento da bolsa amniótica, o médico deve ser procurado com urgência.
Agora que você já conhece um pouco mais sobre as duas especialidades médicas, a ginecologia e a obstetrícia, não deixe de agendar uma consulta com um profissional!
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dra. Tânia Schupp Especialista em Ginecologia, Obstetrícia, Reprodução Humana Assistida e Medicina Fetal
Médica formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com residência médica pela mesma
instituição.
CRM-SP nº 81750
Ginecologia e obstetrícia é uma especialidade médica que opera no campo da obstetrícia e da ginecologia e à qual se acede após treinamento de pós-graduação universitária para o acompanhamento da saúde reprodutiva da mulher e para o tratamento de complicações obstétricas, incluída a prática cirúrgica.[1][2][3]
Formação no Brasil[editar | editar código-fonte]
No Brasil, para que o médico possa receber o título de especialista em ginecologia e obstetrícia é necessário participar do programa de residência médica na área com duração de três anos. Alternativamente pode-se prestar concurso promovido pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Um convênio entre a AMB, CFM e CNRM reconhece as seguintes áreas de atuação (subespecialidades) para os ginecologistas obstetras:
- Densitometria óssea (concurso pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem)
- Endoscopia ginecológica (concurso pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia)
- Mamografia (concurso através de um convênio entre o CBR, FEBRASGO e Sociedade Brasileira de Mastologia)
- Medicina fetal (concurso pela FEBRASGO)
- Reprodução humana (concurso pela FEBRASGO)
- Sexologia (concurso pela FEBRASGO)
- Ultrassonografia em Ginecologia e Obstetrícia (concurso pelo CBR e FEBRASGO)
Referências
- ↑ Tocoginecologista – O Médico da Mulher, Revista Brasilesita de Ginecologia e Obstetrícia. Vol. 24 nº. 9 Rio de Janeiro, Out. 2002
- ↑ Anne-Claire Donnadieu e Céline Firtion (2006). Gynécologie Obstétrique. [S.l.]: Elsevier Masson. 394 páginas
- ↑ Llewellyn-Jones D. Fundamentals of Obstetrics and Gynecology (7th ed.). Mosby; 1999.
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- International Federation of Gynecology and Obstetrics
- Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
- Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Ginecologia
- Material de estudo online sobre Ginecologia e Obstetrícia do curso de medicina da UFF
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