Sistema de atribuição de um nome científico aos seres vivos e aos diferentes grupos taxonómicos em que são incluídos, de acordo com a regras de nomenclatura.
A criação de uma nomenclatura veio uniformizar as designações dadas aos seres vivos, pois cada espécie pode ser conhecida empiricamente por diferentes nomes, consoante o país ou até mesmo a região, criando uma base de denominações reconhecida internacionalmente.
A utilização das regras de nomenclatura permitiu uniformizar os nomes das categorias taxonómicas, facilitando a comunicação científica, uma vez que estes nomes passaram a ser os mesmos no mundo inteiro - nomenclatura internacional.
Na criação da nomenclatura internacional são utilizadas regras básicas (na descrição seguinte ter em conta, para uma melhor compreeensão, dois seres vivos, o urso polar - exemplo 1 - e a azinheira - exemplo 2):
- A designação dos taxa é feita em latim. O latim
foi escolhido como língua base da nomenclatura essencialmente por duas razões: primeiro, porque se trata de uma língua morta, logo é uma língua que não evolui e o significado das palavras não se altera; segundo, porque já existem muitos taxa com nomes em latim, dado que desde a Idade Média que se atribui nomes em latim aos taxa.
- A designação de espécie é feita num sistema de
nomenclatura binominal. Neste sistema, proposto por Lineu, são usadas duas palavras em latim. Uma representa o género a que a espécie pertence, sendo um substantivo escrito com inicial maiúscula.
Exemplo 1: Ursus
Exemplo 2: Quercus
A segunda, corresponde ao restritivo ou epíteto
específico, sendo, normalmente um adjetivo que é escrito com inicial minúscula, identificando uma espécie dentro do género a que pertence.
Exemplo 1: Ursus maritimus
Exemplo 2: Quercus ilex
Quando se escreve o nome de uma espécie deve acrescentar-se o nome ou a abreviatura do taxonomista que, pela primeira vez a partir de 1758, atribuiu o nome científico. A data da publicação do nome da espécie também pode ser citada. Neste caso, coloca-se essa informação depois do
nome do autor, separada por uma vírgula.
Exemplo 1: Ursus maritimus Phipps, 1774
Exemplo 2: Quercus ilex L.
- A designação de subespécies é feita num sistema trinominal. Ao nome binomial da espécie segue-se o restritivo ou epíteto subespecífico.
Exemplo 1: Ursus maritimus maritimus
Exemplo 2: Quercus ilex rotundifolia
- A designação dos taxa superiores à
espécie é uninominal. Portanto, é formada por uma só palavra, um substantivo escrito com inicial maiúscula.
- A denominação do taxon família constrói-se acrescentando uma terminação à raiz do nome de um dos géneros que agrupa. No reino animal acrescenta-se o sufixo idae e no reino das plantas acrescenta-se o sufixo aceae. No entanto, existem algumas exceções a esta regra.
Exemplo 1: Ursidae
Exemplo 2: Fagaceae
- Os nomes genéricos, específicos e subespecífios
devem ser escritos num tipo de letra diferente da do texto corrente. De uma forma geral, utiliza-se o itálico e, nos textos manuscritos, sublinham-se estas designações.
Exemplo 1: Ursus maritimus maritimus ou Ursus maritimus maritimus
Exemplo 2: Quercus ilex rotundifolia ou Quercus ilex rotundifolia
A utilização das regras de nomenclatura permitiu uniformizar os nomes das categorias taxonómicas, facilitando a comunicação científica, uma vez que estes nomes passaram a ser
os mesmos no mundo inteiro - nomenclatura internacional.
Como referenciar
Porto Editora – nomenclatura na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-01-01 06:48:16]. Disponível em //www.infopedia.pt/$nomenclatura
Artigos
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epíteto subespecífico
Designação alternativa de restritivo específico.
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Designação alternativa de restritivo específico.
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