O leite condensado é o produto resultante da desidratação parcial do leite, leite concentrado ou leite
reconstituído, com adição de açúcar, podendo ter seus teores de gordura e proteína ajustados unicamente para o atendimento das características do produto. Produtos lácteos condensados, como o leite condensado, amplamente utilizado em receitas, como sobremesas e bolos, por exemplo, pode ser substituído por um produto similar, de custo mais baixo, por conter na sua formulação,outros ingredientes, como o soro lácteo, denominado de Mistura Láctea Condensada. Este trabalho teve como objetivo a
elaboração e análise sensorial de duas amostras de sobremesa de morango: A- Leite condensado e B- Mistura Láctea condensada, para avaliar o quanto os provadores conseguem distinguir a diferença deste ingrediente nas formulações preparadas. A avaliação sensorial consistiu de análise de aceitação por escala estruturada de nove pontos (9-gostei muitíssimo e 1-desgostei muitíssimo) para os atributos de doçura, aroma, sabor e impressão global e o teste do ideal (4- extremamente mais forte que o
ideal; 0- ideal; -4- extremamente menos forte que o ideal) para os atributos de doçura e consistência. Foi aplicada uma ficha sensorial e o termo de consentimento livre e esclarecido para 50 provadores, no Laboratório de Laticínios-UFC. Após os resultados, foi realizado análise estatística. As amostras A e B não apresentaram diferença significativa (p<0,05) nos atributos analisados. As médias obtidas foram entre 7 e 8, referentes a “gostei moderadamente” e “gostei muito”. Em relação ao teste
de idealidade, a amostra A obteve 56 % e 70 % para o ideal de doçura e consistência, respectivamente, valores maiores que os obtidos pela amostra B (38 % e 34 %). Conclui-se que a utilização dos dois produtos lácteos concentrados é viável e possui boa aceitação, porém a sobremesa elaborada com o leite condensado apresenta maior idealidade para os atributos de doçura e consistência. Resumo
Seção
IV Encontro de Iniciação Acadêmica
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Produtos similares podem confundir a cabeça de muita gente nos mercados
Nos últimos meses, parece cada vez mais difícil voltar do supermercado com o carrinho cheio. Insumos como o leite ficaram até 28,5% mais caros desde janeiro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Por isso, muita gente busca alternativas à bebida e seus derivados.
A partir disso, surgiram opções cujos preços são mais atrativos nas prateleiras dos mercados e lojas, como a mistura láctea ao invés do leite condensado, e o composto lácteo no lugar do leite integral. Mas será que essas substituições são mesmo saudáveis?
A seguir, explicamos as diferenças e cuidados que você precisa tomar com cada uma dessas alternativas ao leite e seus derivados. Confira:
Conteúdo
- 1 Fique de olho! Conheça 4 substitutos lácteos e seus riscos à saúde!
- 1.1 Mistura láctea não é leite condensado!
- 1.2 Composto lácteo não é leite integral!
- 1.3 Requeijão cremoso não leva amido!
- 1.4 Bebida láctea não é iogurte natural!
- 2 Como identificar nos rótulos?
Fique de olho! Conheça 4 substitutos lácteos e seus riscos à saúde!
Atenção ao rótulo: entenda as diferenças entre mistura láctea, composto lácteo e outros produtos derivados do leite | Imagem: Shutterstock
Mistura láctea não é leite condensado!
Usado no preparo de sobremesas, como o tradicional brigadeiro, o leite condensado ganhou fama nas redes sociais por conta de um produto similar, mas com características diferentes: a mistura láctea.
Nela, além do açúcar e do leite que são a base para o leite condensado, podem ser acrescentados aditivos, conservantes e ingredientes como amido de milho, para engrossar o produto, e soro de leite, diminuindo a quantidade integral da bebida. Em alguns casos, há também a presença de gordura vegetal adicionada, para substituir a gordura do leite.
No leite condensado tradicional, no entanto, você encontrará apenas leite, açúcar e em algumas versões, leite em pó. Ou seja, é uma lista bem menor de ingredientes e todos conhecidos. Então, quando você faz a troca do leite condensado pela mistura láctea, além de poder afetar o sabor e a textura de preparações, você também estará consumindo um produto caracteristicamente ultraprocessado que, segundo o Guia Alimentar para a população brasileira, está associado ao aumento do risco de ganho de peso e de desenvolver doenças crônicas, não sendo assim, uma opção recomendada para sua alimentação.
Composto lácteo não é leite integral!
Na hora de comprar uma lata de leite em pó, é sempre importante ler o rótulo com atenção. Existem marcas que vendem, na verdade, o composto lácteo, que consiste em um alimento à base de apenas 51% de produtos lácteos de verdade, com o restante adicionado de açúcares, aditivos alimentares, amido de milho, entre outros.
O composto lácteo também não pode ser considerado uma fórmula, e portanto, é um alimento diferente. Por um lado, é possível encontrar um maior teor de fibras em alguns dos compostos vendidos no mercado, mas por outro, há um risco em relação à quantidade de açúcar adicionada, especialmente entre os diabéticos.
Requeijão cremoso não leva amido!
Amado pelos brasileiros no café da manhã, o requeijão cremoso é um produto à base de leite, gordura anidra, manteiga e especiarias. Porém, algumas marcas utilizam na composição o amido de milho, que dá o aspecto menos cremoso e mais consistente ao alimento.
A técnica, assim como nos outros casos, visa baratear o produto, diminuindo a presença de leite na composição. Porém, no ponto de vista nutritivo, o amido acaba aumentando o valor calórico e diminuindo as quantidades de proteínas e outros nutrientes provenientes do leite, como o cálcio.
Bebida láctea não é iogurte natural!
Outro produto presente na rotina dos brasileiro é o iogurte natural. Contudo, é preciso se atentar, pois há diferença entre esse produto e a bebida láctea. No caso da segunda, assim como no composto lácteo, a base de leite pode ser de apenas 51% da composição.
No restante dos ingredientes, podem estar presentes aditivos, amido de milho e gordura vegetal. O ideal é substituir essas bebidas pela versão natural e, se possível, a caseira, que leva menos conservantes e corantes na fórmula.
Como identificar nos rótulos?
Percebeu como as diferenças são pequenas, mas mudam toda a característica nutricional e sensorial do produto? E para dificultar as embalagens são super parecidas, não é mesmo? Então, nossa dica final é: leia os rótulos com atenção. As letrinhas das embalagens são miúdas, mas vale a pena ler a lista de ingredientes e reconhecer se o produto é o que você realmente procura.
Evite sempre que possível alimentos com conservantes e ingredientes que você desconhece. Olhe também a tabela nutricional e compare os teores de sódio, açúcar e gordura saturada, optando sempre pelo produto que tiver os menores valores e ingredientes mais conhecidos. Dessa forma, você comprará produtos com maior qualidade nutricional e menor risco de trazer prejuízos a sua saúde e da sua família.
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*Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.
Referência bibliográfica:
RTIQ – Leite e seus derivados. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2022.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15. IBGE, 2022.
Guia Alimentar para a População Brasileira. Ministério da Saúde, 2014.