A escassez de água é um problema que afeta todo o mundo. No Brasil, apesar da porcentagem de 12% da água doce do planeta estar concentrada no nosso país, a crise hídrica é uma preocupação que também atinge os brasileiros. Show A situação parece contraditória, tendo em conta que todos aprendemos que a maior parte do planeta Terra é constituído de água (75%). Entretanto, o que as pessoas precisam realmente saber é que mais de 97% dessa água não pode ser consumida e nem utilizada em limpezas e higiene pessoal, por exemplo. Isso porque ela é salgada. Da água doce que sobra, a grande parte está congelada e outra parte substancial está no subsolo. Enquanto isso, a água que existe nos reservatórios e entra nas redes de distribuição para serem utilizadas pelas pessoas corresponde a menos de 1%. E pouco sobra para consumo próprio, pois a produção agrícola exige uma grande quantidade de água para se desenvolver de forma satisfatória. Além disso, uma boa porcentagem dessa água também é requerida pelas indústrias. Infelizmente, isso não é tudo. Há água que poderia ser utilizada, mas acaba sendo contaminada por resíduos industriais e resíduos de aterros sanitários e lixões, entre outros. Saiba mais em Poluição da Água. Quais as Causas?Há vários fatores que motivam a falta de água, dentre eles: seca, poluição e má distribuição desse recurso, apenas para citar os mais comuns. Quando falamos em má distribuição, estamos nos referindo ao fato de que nem sempre a região onde a concentração populacional é maior é aquela que possui mais água. Além disso, a distribuição da água é um problema de poder. É por isso que há conflitos mundiais pela posse de água, tal como acontece com as águas do rio Jordão. E as Consequências?Quanto mais pessoas, há mais consumo de água. Desta forma, daqui a uns anos, o aumento da população sinaliza uma crise hídrica grave. Pois se a água é um bem essencial, a falta dela terá impactos sociais, econômicos e ambientais. São exemplos esvaziamento das cidades, baixa produção agrícola e industrial, falta de emprego, entre muitos outros. Saiba mais sobre a Crise hídrica no Brasil. O que fazer?É preciso conscientizar as pessoas que apesar da quantidade de água existente no planeta, nem toda pode ser consumida. Por isso, a água deve ser vista como um bem que precisa ser preservado. Seu uso deve ser racional. Leia:
No BrasilO que pode se tornar um problema grave no Brasil relativamente à água, tem surgido desde 2014. Nessa altura, os níveis de precipitação começaram a baixar muito. Isso decorre da seca, bem como da gestão dos recursos naturais. A água é mal distribuída no nosso país. As regiões mais ricas em água não são as que têm maior concentração populacional. É o caso da cidade de São Paulo, que concentra o maior número de habitantes do Brasil. A cidade é abastecida pelo reservatório da Cantareira. A Bacia do Rio Amazonas, por sua vez, é a região que concentra mais água no Brasil. No entanto, transportar água dessa região para outras seria um processo bastante caro. Além disso, a retirada da água desse local poderia trazer um problema ambiental sério. No MundoNo mundo, são mais de 750 milhões as pessoas sem acesso à água potável. O problema é mais incidente em países do Oriente Médio e da África. Há conflitos no mundo que decorrem da escassez de água, um problema que muitas vezes está relacionado às desigualdades sociais. Dentre os principais conflitos por posse de água, podemos citar:
Está em todo o noticiário: o Brasil vive a pior crise hídrica dos últimos 91 anos, de acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME). Essa situação impacta diretamente a geração de eletricidade, o abastecimento de água e gera pressão inflacionária, afetando o já combalido orçamento das famílias brasileiras. Os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste, que correspondem a 70% da energia gerada no Brasil, estão com 21,3% da capacidade de armazenamento, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS) e a previsão é de que até novembro esse número alcance 10%. Embora o governo descarte um racionamento de energia, o fato é que a situação não é, nem de longe, confortável. E o cenário tende a se agravar, à medida que estamos mais expostos aos efeitos das mudanças climáticas. A elevação da temperatura global, que já alcançou 1,09°C, tende a trazer eventos extremos, como as secas, com maior frequência, de acordo com o mais recente relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, lançado em agosto. Outro fator que corrobora esse cenário de risco é a perda de superfície de água que vem ocorrendo em oito das doze regiões hidrográficas brasileiras, segundo recente estudo realizado pelo MapBiomas. Entre 1985 e 2020, a redução da água doce em rios e lagoas no país foi de 15,7%. O desmatamento, que segue em taxas altas em biomas importantes como a Amazônia e o Cerrado, é uma das grandes razões para esta perda e contribui ainda mais para esse cenário desolador. Com menos floresta, há quebra no ciclo de água, resultando em um menor fluxo dos chamados “rios voadores”, que trazem a umidade e as chuvas da Amazônia para o Centro-Sul. Embora rico em recursos hídricos, o país vem sofrendo com a falta de governança deles. A existência de instrumentos de gestão previstos na Política Nacional de Recursos Hídricos desde 1997 – tais como os planos de bacias, a outorga e a cobrança pelo uso da água -, que se encontram em diferentes estágios de implementação nas bacias hidrográficas brasileiras, não tem sido suficiente para reverter esse quadro.. É nesse ponto que cabe às empresas algumas reflexões: a partir do que estamos vendo hoje, é inevitável que a redução na disponibilidade da água se repetirá ao longo dos anos, afetando o volume e preço das outorgas. A água caminha para se tornar um insumo mais caro, o que deve afetar a cadeia produtiva de muitos setores. As empresas são parte do problema e também da solução. Elas podem ajudar de diferentes formas: tornando-se mais ativas na governança dos recursos hídricos, com participação mais ativa nos Comitês de Bacia; investindo na chamada infraestrutura verde, com Soluções Baseadas na Natureza e ações de recuperação de mananciais e áreas de preservação permanente; e, ainda, trabalhando na recuperação e no plantio de florestas em bacias degradadas. É necessário, também, avançar nas políticas de reuso de água. Essa prática já é adotada com sucesso por companhias de diversos setores, de petroquímicas a siderúrgicas, com benefícios ambientais e econômicos: há casos em que a recirculação de água supera 90%. No entanto, o país carece de um marco regulatório nacional específico para o reuso de água do esgoto, não apenas dos efluentes industriais. Há oportunidades para gerar novos negócios a partir do tratamento e reaproveitamento do esgoto, que contribuiria para aumentar a segurança hídrica nacionalmente. No CEBDS, temos uma Câmara Técnica dedicada à água que atua na produção de conhecimento e na articulação de soluções. Nesse fórum, discutimos os caminhos para que o Brasil deixe pra trás o cenário negativo. Não podemos esperar de braços cruzados que novas crises se sucedam, ou, pior, normalizar a escassez hídrica e os impactos que ela gera no bolso e na vida dos brasileiros. Em 2020, avançamos com a aprovação do novo marco legal para o saneamento básico, que já gera efeitos na atração de investimentos e na realização de leilões de concessões. Agora, diante da crise hídrica e energética, o setor privado pode e deve usar sua influência junto à cadeia de fornecedores para traçar metas mais ambiciosas de reuso e economia de água, de iniciativas de reflorestamento, e liderar novos avanços. Por Marina Grossi Presidente do CEBDS Por que está ocorrendo a escassez de água em nosso país?Marcia também reforça que as causas mais comuns para a crise hídrica, tanto no mundo quanto no Brasil, são: desperdício de água; diminuição do nível de chuvas; aumento do consumo de água devido ao crescimento populacional, industrial e da agricultura.
Que fatores são responsáveis pela escassez de água potável?Consumo crescente. O aumento no consumo de água no mundo vem contribuindo para a diminuição da disponibilidade dos recursos hídricos. ... . Poluição e degradação das reservas hídricas. ... . Degradação dos recursos naturais. ... . Mudanças climáticas. ... . Ausência de infraestruturas básicas.. Porque o Brasil enfrenta frequentemente problemas de crise hídrica?Uma das causas para a crise da água é de ordem natural, pois embora o Brasil seja o país com a maior quantidade de água per capita do mundo, a sua disponibilidade é má distribuída ao longo do território. A região Norte, que apresenta as menores densidades demográficas, possui cerca de 70% das reservas nacionais.
Por que a água do mundo está acabando?A crise pode ser explicada por vários motivos: desmatamento, ocupação de bacias hidrográficas, poluição de rios, represas e lagos, crescimento populacional, urbanização acelerada e o uso intensivo das águas superficiais e subterrâneas na agricultura e na indústria (veja o infográfico abaixo).
|