Por quê os nomes bíblicos sao diferentes

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Livro Sagrado
Bíblia
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Cânon bíblico e livros

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Estudos

  • A Bíblia e a história
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  • Datação da Bíblia
  • Estudos bíblicos
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Alegoria

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  • Hermenêutica

Pontos de vista

  • Crítica da Bíblia
  • Gnosticismo no Novo Testamento
  • Inerrância bíblica
  • Infalibilidade bíblica
  • Judaísmo e Cristianismo
  • Leis bíblicas do Cristianismo
  • Narrativas bíblicas e do Alcorão
  • Profecias bíblicas
  • Visão islâmica da Bíblia

  • v
  • d
  • e

Cânone bíblico ou cânone das Escrituras[1][a] é a lista de textos (ou "livros") religiosos que uma determinada comunidade aceita como sendo inspirados por Deus e autoritativos. A palavra "cânone" vem do termo grego κανών ("régua" ou "vara de medir"). Os cristãos foram os primeiros a utilizar o termo para fazer referência às suas Escrituras, mas Eugene Ulrich considera que a ideia é derivada do judaísmo.[2][3]

A maioria dos cânones tratados neste artigo são considerados como "fechados" (ou seja, livros não podem mais ser acrescentados ou removidos),[4] o que reflete a crença de que a revelação divina está encerrada e, portanto, uma pessoa ou grupo de pessoas foi capaz de juntar os textos inspirados aprovados num cânone completo e autoritativo.[5] Por outro lado, um cânone "aberto" é aquele que permite a adição de novos livros através da revelação contínua.

Estes cânones se desenvolveram primordialmente pelo uso de textos em contexto de culto.[6] Nesse processo, emergiu nas comunidades israelitas e, posteriormente, cristãs, uma coleção de textos dotados de autoridade. [7][8] Posteriormente, apareceram debates[9] e consenso entre as autoridades religiosas de cada uma das respectivas denominações. Os fieis consideram os livros canônicos como sendo inspirados por Deus ou como expressando a história autoritativa da relação entre Deus e seu povo. Alguns livros, como os evangelhos judaico-cristãos, foram excluídos do cânone completamente, mas muitos livros disputados, considerados não canônicos ou apócrifos por alguns, são considerados como sendo apócrifos bíblicos, deuterocanônicos ou plenamente canônicos por outros. Diferenças existem entre a Tanakh judaica e os cânones bíblicos cristãos e entre os cânones das diferentes denominações cristãs. Critérios e processos de canonização diferentes ditam o que as diversas comunidades consideram como Escrituras inspiradas. Em alguns casos, nos quais diferentes graus de inspiração se acumularam, é prudente discutir textos que só foram elevados ao status de canônico numa única tradição religiosa. É ainda mais complexo quando se considera os cânones abertos das vários grupos do movimento dos Santos dos Últimos Dias ("mórmons") — com raízes no cristianismo — e as revelações recebidas pelos seus diversos líderes ao longo dos anos dentro do próprio movimento.

Cânones judaicos[editar | editar código-fonte]

Judaísmo pré-rabínico[editar | editar código-fonte]

Antes do surgimento do judaísmo rabínico com a Mishna (final do século II), o cânone estava aberto entre as diversas vertentes israelitas. Entre os Manuscritos do Mar Morto, a edição The Dead Sea Scrolls Bible (1999) citam como livros dotados de autoridade o livro de Jubileus e 1 Enoque. Este último livro era popular entre correntes místicas do judaísmo. Já autores como Filo de Alexandria, Josefo e os autores do Novo Testamento citam os livros da Torá e dos Profetas sem problemas como dotados de autoridade, variando na citações sobre os Escritos.

Judaísmo rabínico[editar | editar código-fonte]

O Judaísmo rabínico (em hebraico: יהדות רבנית) reconhece os vinte e quatro livros do texto massorético, geralmente conhecidos como Tanakh (em hebraico: תַּנַ"ךְ) ou Bíblia hebraica.[10] Evidências sugerem que o processo de canonização ocorreu entre 200 a.C. e 200 d.C.; um ponto de vista popular é que a Torá foi canonizada por volta de 400 a.C., Nevi'im ("Profetas") por volta de 200 a.C. e Ketuvim ("Escritos") por volta de 100,[11]. A hipótese, antes popular entre alguns círculos acadêmicos, de que houve um Concílio de Jâmnia no qual as autoridade judias discutiram o cânon hoje é rejeitada.[12][13][14][15][16][17] Segundo Marc Zvi Brettler, as escrituras judaicas além da Torá e Nevi'im são fluidas, com diferentes grupos considerando diferentes livros como autoritativos.[18]

O Deuteronômio, parte da Torá, inclui uma proibição contra a adição ou remoção (Deuteronômio 4:2, Deuteronômio 12:32), o que pode ser aplicado ao livro em si (ou seja, a proibição contra qualquer edição futura pelas mãos dos escribas) ou às instruções recebidas por Moisés no monte Sinai.[19] II Macabeus, um livro que não faz parte do cânone judaico, descreve Neemias (c. 400 a.C.) como tendo "fundado uma biblioteca e colecionado livros sobre reis e profetas, os textos de David e as cartas dos reis sobre ofertas votivas" (II Macabeus 2:13-15).

O Livro de Neemias sugere que o sacerdote-escriba Esdras levou a Torá de volta do cativeiro na Babilônia para Jerusalém, onde foi reconstruído o Templo (Neemias 8:-Neemias 9:) por volta da mesma época. Tanto I quanto II Macabeus sugerem que Judas Macabeu (c. 167 a.C.) também colecionou livros sagrados (I Macabeus 3:42-50, II Macabeus 2:13-15, II Macabeus 15:6-9), o que levou alguns estudiosos a sugerirem que o cânone judaico teria sido estabelecido pela dinastia dos asmoneus.[20] Porém, estas fontes primárias não sugerem que o cânone estava "fechado" na época e também não deixam claro que os livros sagrados da época eram os mesmos que mais tarde fariam parte do cânone.

A "Grande Assembleia", também conhecida como "Grande Sinagoga", era, segundo a tradição talmúdica, uma assembleia de 120 escribas, sábios e profetas do final da era dos profetas bíblicos até a época do desenvolvimento do judaísmo rabínico e marcou a transição da época profética para a época dos rabinos. Ela teria existido por cerca de 200 anos e acabou em 70, com a destruição de Jerusalém pelo Império Romano. Entre os desenvolvimentos do judaísmo atribuídos a eles está a fixação do cânone, incluindo os livros de Ezequiel, Daniel, Ester e dos doze profetas menores; a introdução da festa do Purim e a instituição da oração conhecida como Shmoneh Esreh, além das bençãos, orações e rituais da sinagoga.

Além da Tanakh, o grupo majoritário do judaísmo rabínico considera o Talmude (em hebraico: תַּלְמוּד) como sendo outro texto autoritativo e central. Trata-se de um registro de discussões rabínicas sobre lei, ética, filosofia, costumes e história dos judeus. O Talmude está dividido em dois componentes, a Mishná (c. 200), o primeiro compêndio escrito da lei oral judaica, e a Guemará (ca. 500), esclarecimentos sobre a Mishná e outros textos tanaítas. Há diversas citações da Sirácida no Talmude, mesmo este livro não fazendo parte do cânone hebraico.

O Talmude é a base para todos os códigos da lei rabínica e é geralmente citado na literatura rabínica. Certos grupos judaicos, como os caraítas, não aceitam a lei oral codificada no Talmude e aceitam apenas a Tanakh como sendo autoritativa.

Beta Israel[editar | editar código-fonte]

Os judeus etíopes, conhecidos como Beta Israel (em ge'ez:ቤተ እስራኤል, "Bēta 'Isrā'ēl"), possuem um cânone escritural distinto do cânone do judaísmo rabínico. "Mäṣḥafä Kedus" ("Sagradas Escrituras") é o nome da literatura religiosa destes judeus, escrita primordialmente em ge'ez. O livro mais sagrado, chamado "Orit", consiste no Pentateuco (equivalente à Torá) acrescido de Josué, Juízes e Rute. O resto do cânone é considerado como de importância secundária e consiste no restante do cânone hebraico — com a possível exceção do Livro das Lamentações — e vários livros deuterocanônicos. Entre eles, Sirácida, Judite, Tobias, I e II Esdras, I e IV Baruque, os três livros conhecidos como Meqabyan ("Macabeus etíope"), Jubileus, Enoque, Testamento de Abraão, Testamento de Isaac e o Testamento de Jacó. Estes três últimos testamentos patriarcais são únicos dos judeus etíopes[b].

Uma terceira categoria de textos que são importantes para os judeus etíopes, mas não são considerados como parte do cânone, incluem os seguintes livros: "Nagara Muse" ("Conversação de Moisés"), "Mota Aaron" ("Morte de Aarão"), "Mota Muse" ("Morte de Moisés"), "Te'ezaza Sanbat" ("Preceitos do Sabá"), "Arde'et" ("Estudantes"), "Apocalipse de Gorgório", "Mäṣḥafä Sa'atat" ("Livro das Horas"), "Abba Elias" ("Padre Elias"), "Mäṣḥafä Mäla'əkt" ("Livro dos Anjos"), "Mäṣḥafä Kahan" ("Livro dos Sacerdotes"), "Dərsanä Abrəham Wäsara Bägabs" ("Homília de Abraão e Sara no Egito"), "Gadla Sosna" ("Atos de Susana") e "Baqadāmi Gabra Egzi'abḥēr" ("No Princípio, Deus Criou").

Finalmente, "Zëna Ayhud" (a versão etíope de Josippon) e os ditos de vários "fālasfā" ("filósofos") são fontes que não são necessariamente consideradas como sagradas, mas têm, apesar disto, grande influência.

Cânone samaritano[editar | editar código-fonte]

Outra versão da Torá, escrita no alfabeto samaritano, também existe e está associada aos samaritanos (em hebraico: שומרונים; em árabe: السامريون), um povo cuja história, nas palavras da Enciclopédia Judaica, "começa com a captura da Samaria pelos assírios em 722 a.C." (a Samaria corresponde, a grosso modo, com o território do antigo Reino de Israel).[21]

A relação da Torá samaritana com o texto massorético ainda é tema de disputas. Algumas diferenças são menores, como as idades das diferentes pessoas mencionadas nas listas genealógicas, mas outras são maiores, como o mandamento da monogamia, que só existe na versão samaritana. Mais importante, o texto samaritano também diverge do massorético ao afirmar que Moisés recebeu os Dez Mandamentos no monte Gerizim (e não no monte Sinai) e que foi no alto desta montanha que os sacrifícios deveriam ser feitos a Deus (e não no Templo de Jerusalém). Apesar disto, os estudiosos consultam a versão samaritana para apoiar na determinação do texto original da Torá e também para retraçar o desenvolvimento das famílias textuais. Alguns rolo entre os Manuscritos do Mar Morto foram identificados como sendo do texto-tipo proto-samaritano da Torá.[22] Comparações também já foram feitas entre a Torá samaritana e o Pentateuco da Septuaginta grega.

Os samaritanos consideram a Torá como sendo escritura inspirada, mas não aceitam nenhuma outra parte da Bíblia, uma posição provavelmente defendida pelos históricos saduceus.[23] Além disto, o cânone não foi expandido pelo acréscimo de nenhum texto unicamente samaritano. Há um Livro de Josué samaritano, mas trata-se de uma crônica popular escrita em árabe e não é considerado canônico. Outros textos religiosos não canônicos incluem o "Memar Markah" ("Doutrina de Markah") e o "Defter" ("Livro de Orações"), ambos do século IV ou depois.[24]

Os descendentes modernos dos samaritanos que vivem nos estados modernos de Israel e Palestina consideram sua versão da Torá como completa e autoritativa.[21] Eles se auto-definem como "verdadeiros guardiões da Lei", uma reivindicação reforçada pela alegação da comunidade de Nablus (tradicionalmente associada à antiga cidade bíblica de Siquém) de estarem de posse da mais antiga cópia sobrevivente da Torá, que eles acreditam ter sido escrita por Abisha, um neto de Aarão.[25]

Cânones bíblicos cristãos[editar | editar código-fonte]

Cristianismo primitivo[editar | editar código-fonte]

Primeiras comunidades cristãs[editar | editar código-fonte]

A Igreja antiga utilizava o Antigo Testamento, especificamente a Septuaginta (LXX)[26] entre os falantes do grego. Os Apóstolos não deixaram um conjunto definido de novas Escrituras e o Novo Testamento se desenvolveu ao longo do tempo.

Textos atribuídos aos Apóstolos circulavam livremente entre as primeiras comunidades cristãs. As epístolas paulinas já circulavam de forma conjunta no final do século I. Justino Mártir, no início do século II, menciona as "memórias dos Apóstolos", que os cristãos chamaram de "evangelhos", e que eram consideradas tão autoritativas quando o Antigo Testamento.[27]

Lista de Marcião[editar | editar código-fonte]

Por quê os nomes bíblicos sao diferentes

Marcião de Sinope (c. 140) foi o primeiro líder cristão histórico a propor e delinear um cânone unicamente cristão (apesar de depois ter sido considerado herético).[28] Ela excluiu todos os livros do Antigo Testamento e incluiu apenas dez epístolas paulinas e uma versão do Evangelho de Lucas conhecida como "Evangelho do Senhor". Ao fazê-lo, Marcião estabeleceu uma forma de analisar textos religiosos que ainda hoje permanece no pensamento cristão.[29]

Depois de Marcião, o cristianismo começou a dividir seus textos entre os que se alinhavam adequadamente com o "cânone" (no sentido da "régua") do pensamento teológico aceito e os que deveriam ser considerados heréticos. Esta visão teve um papel fundamental na finalização da estrutura da coleção de livros que viria a ser conhecida como "Bíblia". E o ímpeto inicial para esta empreitada foi dado pela necessidade de propor uma alternativa ao cânone de Marcião.[29]

Pais da Igreja[editar | editar código-fonte]

Um cânone com quatro evangelhos canônicos foi afirmado por Ireneu de Lyon (m. 202).[30] No início do século III, teólogos como Orígenes podem ter utilizado — ou pelo menos conhecia — os mesmos 27 livros presentes nas modernas edições do Novo Testamento, embora ainda houvesse disputas sobre a canonicidade de algumas obras (vide desenvolvimento do cânone do Novo Testamento).[31] Da mesma forma, o Fragmento Muratori revela que, já em 200, existia um conjunto de textos cristãos bem similar ao moderno Novo Testamento, incluindo os quatro evangelhos.[32] Desta forma, apesar de certamente terem havido numerosos debates sobre o cânone do Novo Testamento no período do cristianismo primitivo, as principais obras já eram consideradas aceitas em meados do século III.[33]

Igreja Oriental[editar | editar código-fonte]

Pais alexandrinos[editar | editar código-fonte]

Orígenes (c. 184–c. 253), um dos primeiros estudiosos cristãos envolvidos na codificação do cânone bíblico, teve uma boa educação tanto na teologia cristã quanto na filosofia pagã, mas acabou sendo postumamente condenado no Segundo Concílio de Constantinopla (553) por causa de algumas obras que foram consideradas heréticas. O seu cânone incluía todos os livros do moderno cânone do Novo Testamento, com exceção de quatro livros: Tiago, II Pedro, II João e III João.[34] Ele também incluiu o Pastor de Hermas, uma obra que depois foi descartada. O estudioso Bruce Metzger descreveu os esforços de Orígenes assim: "o processo de canonização representada por Orígenes ocorreu através de seleção, partindo de muitos candidatos para a inclusão para poucos".[35]

Esta foi uma das primeiras grandes tentativas de compilação de certos livros e epístolas como parte de um cânone autoritativo e inspirado para a Igreja antiga, embora não seja claro se esta era a intenção da lista de Orígenes. Em sua Carta Festiva de 367, o patriarca Atanásio de Alexandria forneceu uma lista idêntica para os livros do Novo Testamento[36] e usou o termo "canonizados" ("kanonizomena") para se refererir a eles.[37] Seu cânone para o Antigo Testamento incluía os livros protocanônicos da Bíblia Hebraica, acrescentando a Epístola de Jeremias e o Livro de Baruque e excluindo o Livro de Ester.

Cânones orientais[editar | editar código-fonte]

As igrejas orientais sentiram, de modo geral, menos a necessidade de delinear claramente o que seria o cânone do que as ocidentais. Elas eram mais conscientes da gradação da qualidade espiritual entre os livros que aceitavam (como a classificação feita por Eusébio de Cesareia) e geralmente se dispunham menos a afirmar que os livros que elas rejeitavam não possuíam nenhuma qualidade espiritual. O Concílio Quinissexto (692), rejeitado pelo papa Sérgio I, mas aceito pela Igreja Ortodoxa,[38] endossou as seguintes listas de obras canônicas: os Cânones dos Apóstolos (c. 385), o Sínodo de Laodiceia (c. 363), o Concílio de Cartago (397) e a 39ª Carta Festiva de Atanásio (367).[39]

Porém, as listas das diversas denominações ortodoxas não concordam entre si. O cânone do Novo Testamento da Igreja Ortodoxa Síria, Igreja Apostólica Armênia, Igreja Ortodoxa Georgiana, Igreja Ortodoxa Copta de Alexandria e da Igreja Ortodoxa Etíope apresentam diferenças menores, mesmo que cinco destas igrejas façam parte da Igreja Ortodoxa[40]. O Apocalipse é um dos livros mais diputados, pois, no oriente, movimentos como o quiliasmo e o montanismo levantaram suspeitas sobre ele.[41] Ele só foi traduzido para o georgiano no século X e jamais foi incluído no lecionário oficial da Igreja Ortodoxa, em tempos bizantinos ou modernos. Porém, seu status canônico não é disputado.[42]

Como os livros sagrados constituíam uma biblioteca circulante, raramente reunidos em um só volume, os cristãos orientais consideravam o cânon como reconhecimento da autoridade da Igreja sobre quais livros deveriam ser lidos nos cultos e nas decisões da vida critã. Assim, denominações como a Igreja Ortodaxa Etíope e Igreja Assíria do Oriente consideravam alguns livros com maior autoridade que outros. A Igreja Ortodoxa Etíope até hoje nunca publicou em um mesmo volume todos seus livros sagrados.

Igreja ocidental[editar | editar código-fonte]

Pais latinos[editar | editar código-fonte]

O primeiro concílio a discutir o cânone pode ter sido o Sínodo de Hipona (393), no norte da África, mas não restaram documentos desse evento. Um breve sumário de seus atos foi lido e aceito pelo Concílio de Cartago (397) e pelo Concílio de Cartago (419).[43] Estes concílios foram realizados sob a autoridade de Agostinho, que considerava o cânone como já fechado na época.[44] O Concílio de Roma (382), realizado sob o pontificado do papa Dâmaso I, possivelmente proclamou um cânone idêntico, se é que é possível relacionar o Decretum Gelasianum a ele.[36][45] Da mesma forma, a encomenda de Dâmaso de uma versão em latim da Bíblia (a Vulgata), por volta de 383, foi instrumental para a fixação do cânone no ocidente, com a inclusão, a contragosto do tradutor Jerônimo[46], dos livros deuterocanônicos.[47]

Por volta de 405, o papa Inocêncio I enviou uma lista de livros sagrados ao bispo gaulês Exupério de Toulouse.[48] Os estudiosos cristãos afirmam que, quando bispos e concílios tratavam do tema, eles não estavam tratando de algo novo e sim "ratificando o que já havia se tornado o pensamento da Igreja".[49]

Assim, a partir do século IV emergiu um consenso no ocidente sobre o cânone do Novo Testamento (como é hoje)[50] e, no século V, o oriente, com umas poucas exceções, passou a aceitar o Apocalipse, harmonizando o reconhecimento do cânone.[51]

Quanto ao Antigo Testamento, apesar de que havia um consenso sobre vários livros a partir do século IV, não houve para toda a Igreja Ocidental um concílio que determinasse explicitamente um cânone até o Concílio de Florença em 1442. Assim, durante a Idade Média várias versões da Vulgata circulavam e eram aceitas pela Igreja Católica. Era comum encontrar os livros de III e IV Esdras, Oração de Manassés, a Oração de Salomão, III Macabeus no Antigo Testamento; a harmonia dos evangelhos de Taciano (o Diatessaron) e a Epístola aos Laodicenses no Novo Testamento.

Na célebre edição da Vulgata publicada por Gutenberg em 1455 contém a Oração de Manassés após os Livros das Crônicas, 3 e 4 Esdras segue 2 Esdras (Neemias) e a Oração de Salomão segue Eclesiástico.

A primeira bíblia acadêmica impressa, a Bíblia Poliglota Complutense (1517), o Cardeal Ximénes e o outros editores publicaram o cânon da Septuaginta igual ao cânone da Bíblia Hebraica, sob a rubrica “Tradução Grega da LXX”. Aos livros sem um texto hebraico (os deuterocanônicos), foram aplicado uma rubrica diferente, "Tradução Grega", sem especificar como parte da Seputaginta.

Nesse contexto, a inclusão dos livros de Tobias, Judite, 3 e 4 Esdras, do Salmo 151, Sabedoria de Siraque, Oração de Manassés, Oração de Salomão, 1 e 2 Macabeus, dentre outros, eram debatidos entre eruditos e teólogos católicos. Os maiores biblistas católicos da época, Joachim Reuchlin, Cardeal Caetano, Erasmo e Sancte Pagnino eram a favor de um cânon menor que excluíam esses livros como desprovidos de autoridade.

Cânone protestante[editar | editar código-fonte]

Muitos protestantes modernos citam quatro "Critérios de Canonicidade" para justificar quais livros devem ser incluídos no Antigo e no Novo Testamento:

  1. Origem Apostólica – atribuído a e baseado no ministério e nos ensinamentos da primeira geração de apóstolos ou seus companheiros próximos;
  2. Aceitação Universal – reconhecido por todas as grandes comunidades cristãs do mundo antigo no final do século IV;
  3. Uso Litúrgico – lidos publicamente quando as primeiras comunidades cristãs se reuniam para a "Ceia do Senhor", o serviço religioso semanal;
  4. Mensagem Consistente – conteúdo teológico similar ou complementar a outros textos cristãos aceitos universalmente.

O fator básico para o reconhecimento da canonicidade era a inspiração divina e o teste principal para isto era a "Origem Apostólica". Neste contexto, o termo "apostólico" não necessariamente significa autoria ou derivação apostólica e sim "autoridade apostólica". Esta, por sua vez, está necessariamente ligada a autoridade divina através da sucessão apostólica.

Contudo, é muitas vezes difícil aplicar estes critérios a todos os livros do cânone aceito e livros considerados como apócrifos poderiam preencher estes critérios. Por isso, na prática, os protestantes defendem o cânone da Bíblia hebraica e o cânone católico para o Novo Testamento (27 livros).

Cânone de Lutero[editar | editar código-fonte]

Desde o Concílio de Florença (1442), a questão do cânon estava reaberta. Isso porque o avanço da filologia renascentista levantaram vários questionamentos sobre textos da Antiguidade. [52] Nesse debate, Martinho Lutero se incomodava com quatro livros do Novo Testamento, chamados de "antilegomena": Judas, Tiago, Hebreus e o Apocalipse. Por isto, ele os posicionou numa posição secundária em relação aos demais, mas não os excluiu. Ele propôs removê-los do cânone[53][54] ecoando a opinião de diversos católicos — como o cardeal Caetano e Erasmo — e, parcialmente, por causa de ensinamentos que ele percebia como sendo contrário às doutrinas protestantes como a sola gratia e a sola fide, uma tese que não é geralmente aceita por seus seguidores. Ainda hoje estes livros aparecem em último lugar na Bíblia de Lutero alemã.[55][56]

Cânones das várias tradições cristãs[editar | editar código-fonte]

Apesar disto, articulações plenamente dogmáticas sobre o cânone só foram feitas no Cânone de Trento (1546) para a Igreja Católica,[57] a Confissão Gálica da Fé (1559) para o calvinismo, os Trinta e Nove Artigos (1563) para a Igreja da Inglaterra e o Sínodo de Jerusalém (1672) para a Igreja Ortodoxa. Outras tradições, como os luteranos e anabatistas, apesar de defenderem cânones fechados, não estabeleceram uma data exata para sua fixação. As tabelas seguintes refletem a situação atual dos diversos cânones.

Antigo Testamento[editar | editar código-fonte]

Todas as grandes tradições cristãs aceitam os protocânone hebraico inteiramente como sendo livros inspirados e autoritativos. Além disto, todas elas, com exceção dos protestantes, aceitam também os livros deuterocanônicos. É importante lembrar que mesmo estes livros aparecem em algumas bíblias protestantes, como é o caso da Bíblia do Rei Jaime e da Bíblia de Lutero, numa seção chamada "Apócrifa".

Alguns livros, listados nas tabelas abaixo, como Testamentos dos Doze Patriarcas para a Igreja Apostólica Armênia, podem ter sido um dia uma parte vital da tradição bíblica e podem ainda hoje ter um lugar de honra, mas não são mais considerados como parte da Bíblia. Outros, como a Prece de Manassés para a Igreja Católica, podem ter aparecido em manuscritos, mas jamais chegaram a ter um status de canônico naquela tradição. O nível de proeminência de algumas obras, como os Salmos 152 a 155 e os Salmos de Salomão para o cristianismo sírio, permanece obscuro.

Com relação ao cânone bíblico etíope, é fundamental lembrar que: (i) Lamentações, Jeremias, Baruque, Epístola de Jeremias e IV Baruque são considerados canônicos, mas é incerto como estes livros estão divididos e organizados; em algumas listas, eles aparecem simplesmente como "Jeremias" e, em outras, estão divididos em vários livros separados; (ii) Provérbios está dividido em dois livros — Messale (caps. 1-24) e Tägsas (caps. 25–31); (iii) os livros de Jubileus e Enoque são bem conhecidos dos estudiosos ocidentais, os três livros conhecidos como Meqabyan ("Macabeus etíope") não são. O seu conteúdo é completamente diferente dos Livros de Macabeus de outras tradições; (iv) o Livro de José ben Gurion ou Pseudo-Josefo é uma história do povo judeu que se acredita ter sido baseada nas obras de Flávio Josefo[c]. A versão etíope (Zëna Ayhud) tem oito partes e é parte do cânone etíope[d].[58]

Tabela do Antigo Testamento[editar | editar código-fonte]

Ms.="Manuscrito; Mss.="Manuscritos".

Tradição ocidentalTradição ortodoxaTradição ortodoxa orientalTradição oriental assíria – incluído em alguns mss.
Livros Protestantes
[O 1]
Católicos romanosGregos ortodoxosEslavônicos ortodoxosGeorgianos ortodoxosArmênios apostólicos
[O 2]
Ortodoxos síriosOrtodoxos coptasEtíopes ortodoxos
[O 3]
Igreja Assíria do Oriente
Pentateuco (Torá)
Gênesis Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Êxodo Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Levítico Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Números Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Deuteronômio Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Históricos
Josué Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Juízes Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Rute Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
I e II Samuel Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
I e II Reis Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
I e II Crônicas Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Prece de Manassés Não
(Apócrifo)
[O 4]
Não – inc. em alguns mss. Sim (?)
(parte de Odes)
[O 5]
Sim (?) (?)
(parte de Odes)
[O 5]
Sim (?)
(parte de Odes)
[O 5]
Sim (?) Sim (?) Sim (?) Sim
(parte de II Crônicas)
Sim (?)
Esdras
(I Ezra)
Sim Sim
I Esdras
Sim
Esdras B'
Sim
I Esdras
Sim
I Esdras
Sim
I Esdras
Sim Sim Sim Sim
Neemias
(II Ezra)
Sim Sim
II Esdras
Sim
Esdras Γ'
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
III Esdras
(I Esdras ou III Ezra)
Não
I Esdras
(Apócrifos)
Não
III Esdras
(inc. em alguns mss.)
Sim
Esdras A'
Sim
II Esdras
Sim
II Ezra
Sim
II Ezra
[O 6]
Não (?) – inc. em alguns mss. Não – inc. em alguns mss. Sim
Ezra Kali
Não (?) – inc. em alguns mss.
Apocalipse de Esdras
(IV Esdras/Ezra)[O 7]
Não
II Esdras
(Apócrifo)
Não
IV Esdras
(inc. em alguns mss.)
Não
(Ms. grego perdido)
[O 8]
Não
III Esdras
(apêndice)
Sim (?)
III Ezra
Sim
III Ezra
[O 6]
Não (?) – inc. em alguns mss. Não – inc. em alguns mss. Sim
Ezra Sutu'el
Não (?) – inc. em alguns mss.
II Esdras 1–2; 15–16
(V e VI Esdras/Ezra)[O 7]
Não
(parte do apócrifo II Esdras)
Não
(parte de IV Esdras)
Não
(Ms. grego)
[O 9]
Não Não Não Não Não Não Não
Ester[O 10] Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Adições em Ester Não
(Apócrifo)
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Tobias Não
(Apócrifo)
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Judite Não
(Apócrifo)
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
I Macabeus Não
(Apócrifo)
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Sim
II Macabeus Não
(Apócrifo)
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Sim
III Macabeus Não
(Apócrifo)
[O 11]
Não Sim Sim Sim Sim
[O 6]
Sim Não – inc. em alguns mss. Não Sim
IV Macabeus Não Não Não
(apêndice)
Não
(apêndice)
Sim Não
(tradição antiga)
Não (?) – inc. em alguns mss. Não
(Ms. copta)
Não Não (?) – inc. em alguns mss.
Jubileus Não Não Não Não Não Não Não Não Sim Não
Enoque Não Não Não Não Não Não Não Não Sim Não
I Meqabyan Não Não Não Não Não Não Não Não Sim Não
II e III Meqabyan[O 12] Não Não Não Não Não Não Não Não Sim Não
Pseudo-Josefo Etíope
(Zëna Ayhud)
Não Não Não Não Não Não Não Não Sim
(cânone ampliado)
[O 13]
Não
A Guerra dos Judeus VI, de Josefo Não Não Não Não Não Não Não – inc. em alguns mss.
[O 14]
Não Não Não – inc. em alguns mss.
[O 14]
Testamentos dos Doze Patriarcas Não Não Não
(Ms. grego)
Não Não Não – inc. em alguns mss. Não Não Não Não
José e Azenate Não Não Não Não Não Não – inc. em alguns mss. Não Não Não
(tradição antiga?)
[O 15]
Não
Poéticos e sapienciais
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Salmos 1–150[O 16] Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Salmo 151 Não Não – inc. em alguns mss. Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Salmos 152–155 Não Não Não Não Não Não Sim (?) Não Não Não (?) – inc. em alguns mss.
Salmos de Salomão[O 17] Não Não Não – inc. em alguns mss. Não Não Não Não – inc. em alguns mss. Não Não Não – inc. em alguns mss.
Provérbios Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
(em 2 livros)
Sim
Eclesiastes Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Cântico dos Cânticos Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Livro da Sabedoria Não
(Apócrifo)
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Sirácida (1–51)
(Eclesiástico)[O 18]
Não
(Apócrifo)
Sim
[O 19]
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Prece de Salomão
(Sirácida 52)
[O 20]
Não Não (?) – inc. em alguns mss. Não Não Não Não Não Não Não Não
Profetas maiores
Isaías Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Ascensão de Isaías Não Não Não Não Não Não –
litúrgico (?)
[O 21]
Não Não Não –
Mss. etíopes
(tradição antiga?)
[O 22]
Não
Jeremias Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Lamentações (1–5) Sim Sim
[O 23]
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
(parte de Säqoqawä Eremyas)
[O 24]
Sim
Lamentações etíope (7:1–11,63)
(Säqoqawä Eremyas)
Não Não Não Não Não Não Não Não Sim
(parte de Säqoqawä Eremyas)
[O 24]
Não
Baruque Não
(Apócrifos)
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
[O 25][O 26]
Sim
Epístola de Jeremias Não
(Apócrifos)
Sim
(capítulo 6 de Baruque)
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
(parte de Säqoqawä Eremyas)
[O 27][O 24][O 26]
Sim
Apocalipse Sírio
de Baruque
(II Baruque 1–77)[O 28]
Não Não Não Não Não Não Sim (?) Não Não Não (?) – inc. em alguns mss.
Epístola de Baruque
(II Baruque 78–87)[O 28]
Não Não Não Não Não Não Sim (?) Não Não Sim (?)
Apocalipse Grego
de Baruque
(III Baruque)[O 29]
Não Não Não
(Ms. grego)
Não
(Ms. eslavônico)
Não Não Não Não Não Não
IV Baruque Não Não Não Não Não Não Não Não Sim
(parte de Säqoqawä Eremyas)
Não
Ezequiel Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Daniel Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Adições em Daniel[O 30] Não
(Apócrifos)
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Profetas menores
Oseias Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Joel Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Amós Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Obadias Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Jonas Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Miqueias Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Naum Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Habacuque Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Sofonias Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Ageu Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Zacarias Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Malaquias Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Notas da tabela do Antigo Testamento[editar | editar código-fonte]

  1. O termo "protestante" não é aceito por todas as denominações cristãs que geralmente são classificadas sob este termo, especialmente as que se enxergam como descendentes diretas da Era Apostólica. Porém, o termo é utilizado de forma livre para incluir a maioria das igrejas não-católicas protestantes, carismáticas/pentecostais e evangélicas. Outras igrejas e movimentos ocidentais que tem uma história divergente do catolicismo romano, mas não são necessariamente consideradas como protestantes históricas podem também recair sob esta terminologia guarda-chuva.
  2. O crescimento e desenvolvimento do cânone bíblico armênio é complexo. Livros extra-canônicos do Antigo Testamento aparecem em listas e recensões que são ou exclusivos desta tradição ou, quando existem em outros lugares, jamais conquistaram o status de cânonico. Entre eles estão Mortes dos Profetas, um antigo relato da vida dos profetas do Antigo Testamento, que não está nesta tabela (conhecido também como "Vidas dos Profetas"). Outra obra não lista é conhecida como "Palavras de Siraque", um texto diferente da Sirácida ("Eclesiástico").
  3. Dada a complexidade do cânone etíope, o épico nacional Kebra Negast é considerado como tendo um status elevado por muitos cristãos etíopes, a ponto de ser considerado como escritura inspirada por alguns.
  4. Os apócrifos da Igreja da Inglaterra incluem a Prece de Manassés, I Esdras, II Esdras, Adições em Ester, Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Livro da Sabedoria, Sirácida, Baruque, Epístola de Jeremias e as Adições em Daniel. Os apócrifos da Igreja Luterana omite desta lista I e II Esdras. Algumas bíblias protestantes incluem III Macabeus como parte dos apócrifos. Porém, muitas igrejas no protestantismo — na definição ampla utilizada neste artigo — rejeitam completamente os apócrifos, não os consideram úteis e não os incluem em suas Bíblias
  5. a b c A Prece de Manassés está incluída como parte do Livro de Odes, o livro seguinte aos Salmos nas Bíblias ortodoxas. O restante do Livro de Odes consiste de passagens repetidas de outras partes da Bíblia.
  6. a b c II Ezra, III Ezra e III Macabeus estão incluídos nas Bíblias e tem um elevado status na tradição escritural armênia, mas são considerados "extra-canônicos".
  7. a b Em muitas Bíblias, o Apocalipse de Esdras não é exatamente idêntico ao Esdras latino (II Esdras na Bíblia do Rei Jaime ou IV Esdras na Vulgata) que inclui um prólogo (V Esdras) e um epílogo (VI Esdras). Porém, um grau de incerteza continua a existir com relação a estes livros e é certamente possível que o texto completo — incluindo o prólogo e o epílogo — aparecem em Bíblias e manuscritos bíblicos utilizados por muitas destas tradições ortodoxas. Também importante notar que o fato de muitas versões latinas não conterem 7:36—7:106.
  8. Evidências sugerem fortemente que um manuscrito grego do "Apocalipse de Esdras" existiu; estas também implicam numa origem hebraica do texto.
  9. Um antigo fragmento de VI Esdras é conhecido, o que implica uma possível origem hebraica para II Esdras 15-16.
  10. O lugar de Ester no cânone foi questionado por Lutero. Outros, como Melito de Sardis, omitiram-no completamente.
  11. III Macabeus é parte da tradição dos Irmãos Morávios, pois é parte da seção de Apócrifos da Bíblia Kralicka. O livro também foi, aparentemente, incluído em algumas antigas bíblias protestantes. Veja Metzger's "An Early Protestant Bible Containing The Third Book Of Maccabees".
  12. II e III Meqabyan, embora relativamente independentes no conteúdo, são geralmente contados como um livro só.
  13. Algumas fontes incluem Zëna Ayhud no "cânone estrito".
  14. a b Uma versão síria deste livro aparece em alguns manuscritos da Peshitta com o título "Quinto Livro de Macabeus", claramente um engano.
  15. Diversas listas históricas diferentes existem para a tradição etíope tewahedo. Em uma delas, presente num manuscrito do Museu Britânico (Add. 16188), consta um "Livro de Azenate". É muito provável que seja uma referência ao muito mais conhecido livro de "José e Azenate". Um desconhecido "Livro de Uzias" também consta na lista, que pode estar ligado ao perdido "Atos de Uzias", citado em II Crônicas 26:22.
  16. Algumas tradições utilizam um conjunto diferente de salmos litúrgicos.
  17. Em muitos manuscritos antigos existe uma coleção distinta, conhecida como "Odes de Salomão", junto dos Salmos de Salomão.
  18. O livro de Siraque é geralmente precedido por um prólogo não canônico escrito pelo neto do autor.
  19. Em algumas versões latinas, o capítulo 51 do Eclesiástico aparece separadamente com o nome de "Prece de Josué, filho de Siraque".
  20. Uma variante mais curta da oração do rei Salomão em I Reis 8:22–52, aparece em alguns manuscritos latinos medievais e está presente em algumas bíblias latinas no final ou imediatamente depois do Eclesiástico.
  21. O "Martírio de Isaías" é uma leitura prescrita pela liturgia da Igreja Apostólica Armênia em homenagem ao profeta Isaías (veja esta lista). Apesar desta prescrição provavelmente seja uma referência ao relato da morte de Isaías nas "Vidas dos Profetas", é possível que seja uma referência ao relato de sua morte encontrado nos primeiros cinco capítulos da "Ascensão de Isaías", que é amplamente conhecido por este nome. As duas narrativas apresentam similaridades e podem ter uma origem comum.
  22. Sabe-se há muito tempo que a "Ascensão de Isaías" é parte da tradição escritural etíope. Embora não seja atualmente considerado canônico, várias fontes atestam a uma canonicidade antiga (ou "semi-canonicidade") deste livro.
  23. Em algumas versões latinas, o capítulo 5 aparece separadamente com o título de "Prece de Jeremias".
  24. a b c "Lamentações" etíope está dividido em onze capítulos, parte dos quais não é considerada canônica.
  25. A versão etíope de Baruque tem cinco capítulos, mas é mais curta que o texto da Septuaginta.
  26. a b Algumas traduções de Baruque podem incluir a tradicional "Epístola de Jeremias" como sexto capítulo.
  27. A "Carta aos Cativos", encontrada em Säqoqawä Eremyas — e conhecido também como o sexto capítulo de "Lamentações" etíope — pode ser diferente da "Epístola de Jeremias" (aos mesmos cativos) encontrada em outras tradições.
  28. a b A "Epístola de Baruque" está nos capítulos 78-87 de II Baruque, os dez últimos capítulos do livro. A carta teve uma circulação mais ampla que o restante do livro (o "Apocalipse Sírio de Baruque") e frequentemente aparecia como um livro separado.
  29. Incluído nesta lista para evitar confusão, III Baruque é amplamente rejeitado como sendo pseudepígrafo e não é parte de nenhuma tradição bíblica. Dois manuscritos existem, um manuscrito em grego, mais longo, com interpolações cristãs, e um sírio, mais curto. Não é certo qual deles foi escrito primeiro.
  30. Bel e o Dragão, [[História de Susana|Susana], & Salmo de Azarias e o cântico dos três jovens.

Novo Testamento[editar | editar código-fonte]

O cânone do Novo Testamento é geralmente consensado entre as várias denominações cristãs: vinte e sete livros. Porém, a forma como estes livros estão organizados varia de tradição para tradição. Por exemplo, nas tradições luterana, eslavônica, ortodoxa etíope, ortodoxa síria e armênia, o Novo Testamento está ordenado de forma diferente do que se considera a forma padrão. As bíblias protestantes na Rússia e na Etiópia geralmente seguem a ordenação ortodoxa local dos livros. A Igreja Ortodoxa Síria e a Igreja Assíria do Oriente aderem à tradição litúrgica da Peshitta, que, historicamente, exclui cinco livros do Novo Testamento (antilegomena): II João, III João, II Pedro, Judas e Apocalipse. Porém, estes livros estão incluídos nas bíblias modernas destas tradições.

Outras obras do Novo Testamento que geralmente são consideradas como apócrifas, aparecem em algumas bíblias e manuscritos. Por exemplo, a Epístola aos Laodicenses aparece em diversos manuscritos latinos da Vulgata, em dezoito bíblias alemãs anteriores à Bíblia de Lutero e também em diversas bíblias inglesas antigas, incluindo a tradução de João Wycliffe; em datas tão recentes quanto 1728, William Whiston a considerava como sendo genuinamente paulina. Da mesma forma, III Coríntios[e] já foi considerada parte da Bíblia armênia,[59] mas não aparece mais nas edições modernas. Na tradição ortodoxa síria ela também já foi muito importante. Tanto Afraates quanto Efrém da Síria a estimavam muito e a tratavam como canônica.[60] Porém, ela não entrou no cânone da Peshitta e acabou excluída do cânone.

O "Didaquê", o "Pastor de Hermas" e outras obras atribuídas aos Padres Apostólicos já foram consideradas canônicas por vários Pais da Igreja e ainda são consideradas como textos de grande status em algumas tradições. Porém, certos livros canônicos na tradição etíope traçam sua origem aos textos dos Padres Apostólicos e também às Ordenamentos da Igreja Antiga. Estes oito livros estão incluídos no "cânone ampliado": quatro livros de Sínodos, dois livros da Aliança, Clemente Etíope e a Didascalia Etíope.[61]

Tabela do Novo Testamento[editar | editar código-fonte]

Ms.="Manuscrito; Mss.="Manuscritos".

Livros Tradição protestante Tradição católicaTradição ortodoxaTradição armênia
[N 1]
Tradição ortodoxa coptaTradição etíopeTradições sírias
Evangelhos canônicos[N 2]
Mateus Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim[N 3]
Marcos[N 4] Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim[N 3]
Lucas Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
[N 3]
João[N 4][N 5] Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
[N 3]
História apostólica
Atos[N 4] Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Atos de Paulo e Tecla[N 6][62][63] Não Não Não Não
(tradição antiga)
Não Não Não
(tradição antiga)
Epístolas paulinas
Romanos Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
I Coríntios Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
II Coríntios Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Coríntios a Paulo e
III Coríntios[N 6][N 7]
Não Não Não Não − inc. em alguns mss. Não Não Não
(tradição antiga)
Gálatas Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Efésios Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Filipenses Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Colossenses Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Laodicenses Não − inc. em algumas eds.
[N 8]
Não − inc. em alguns mss. Não Não Não Não Não
I Tessalonicenses Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
II Tessalonicenses Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
I Timóteo Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
II Timóteo Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Tito Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Filêmon Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Epístolas gerais
Hebreus Sim
[N 9]
Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Tiago Sim
[N 9]
Sim Sim Sim Sim Sim Sim
I Pedro Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
II Pedro Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
[N 10]
I João[N 4] Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
II João Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
[N 10]
III João Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
[N 10]
Judas Sim
[N 9]
Sim Sim Sim Sim Sim Sim
[N 10]
Apocalipse
[N 11]
Apocalipse Sim
[N 9]
Sim Sim Sim Sim Sim Sim[N 10]
Padres Apostólicos[N 12] e Ordenamentos da Igreja[N 13]
I Clemente[N 14] Não
(Códices Alexandrinus e Hierosolymitanus)
II Clemente[N 14] Não
(Códices Alexandrinus e Hierosolymitanus)
Pastor de Hermas[N 14] Não
(Códice Sinaiticus)
Epístola de Barnabé[N 14] Não
(Códices Alexandrinus e Sinaticus)
Didaquê[N 14] Não
(Códice Hierosolymitanus)
Ser`atä Seyon
(Sínodos)
Não Não Não Não Não Sim
(cânone ampliado)
Não
Te'ezaz
(Sínodos)
Não Não Não Não Não Sim
(cânone ampliado)
Não
Gessew
(Sínodos)
Não Não Não Não Não Sim
(cânone ampliado)
Não
Abtelis
(Sínodos)
Não Não Não Não Não Sim
(cânone ampliado)
Não
Livro da
Aliança 1
(Mäshafä Kidan)
Não Não Não Não Não Sim
(cânone ampliado)
Não
Livro da
Aliança 2
(Mäshafä Kidan)
Não Não Não Não Não Sim
(cânone ampliado)
Não
Clemente etíope
(Qälëmentos)[N 15]
Não Não Não Não Não Sim
(cânone ampliado)
Não
Didascalia etíope
(Didesqelya)[N 15]
Não Não Não Não Não Sim
(cânone ampliado)
Não
Notas da tabela do Novo Testamento[editar | editar código-fonte]

  1. O crescimento e o desenvolvimento do cânone bíblico armênio é complexo. Livros extra-canônicos do Novo Testamento aparecem em listas e recensões históricas que ou são únicos a esta tradição ou, quando existem em outros lugres, jamais alcançaram o mesmo status. Alguns destes livros não estão listados nesta tabela e incluem a "Prece de Eutálio", o "Repouso de São João Evangelista", a "Doutrina de Addai", uma seção do "Evangelho de Tiago", o "Segundo Cânone Apostólico", as "Palavras de Justo", Dionísio Areopagita, a "Pregação de Pedro" e um poema de Lázaro de Parpi. Outras fontes também mencionam outras adições extra-canônicas armênias aos evangelhos de Marcos e João, mas é possível que sejam referências ao "Final longo de Marcos" (Marcos 16:9–20) e à "Perícope da Adúltera" (João 7:53-João 8:11). Uma possível exceção a esta "exclusividade canônica" é o Segundo Cânone Apostólico, que pode compartilhar de uma mesma fonte — as Constituições Apostólicas — aceita no cânone ampliado da tradição etíope. Há também alguma incerteza sobre o texto da "Doutrina de Addai", que pode ser uma obra relacionada chamada "Atos de Tadeu", que aparece também em listas canônicas. Além disto, a correspondência entre o rei Abgar e Jesus Cristo, encontrada em várias fontes (incluindo a "Doutrina de Addai" e os "Atos de Tadeu"), aparece muitas vezes de forma independente (veja esta lista). É importante notar que a "Prece de Eutálio" e o "Repouso de São João Evangelista" aparecem no apêndice da Bíblia Zohrab armênia (1805). Porém, alguns dos livros já mencionados, embora apareçam em listas canônicas, jamais foram descobertos em manuscritos da Bíblia armênia.
  2. Embora amplamente considerado como não canônico, o "Evangelho de Tiago" obteve aceitação litúrgica nos primeiros anos do cristianismo em algumas igrejas orientais e permanece sendo uma importante fonte para muitas tradições cristãs a respeito de [[Maria (mãe de Jesus)|]].
  3. a b c d O "Diatessarão", a harmonia evangélica de Taciano, foi o texto padrão de algumas igrejas sírias até o século V, quando foi substituído pelos quatro evangelhos individuais com a adoção da Peshitta.
  4. a b c d Partes destes quatro livros não estão presentes em algumas das mais confiáveis fontes antigas. Em alguns casos, acredita-se que foram adições posteriores e, portanto, não existiram historicamente em todas as tradições bíblicas. São as seguintes: "Final longo de Marcos" (16 9:20), "Perícope da Adúltera" (João 7:53-João 8:11), o Comma Johanneum (I João 5:7–8) e partes da versão ocidental dos Atos.
  5. "Skeireins", um comentário sobre o Evangelho de João em gótico, era parte da Bíblia de Wulfilas. Atualmente existe apenas em fragmentos.
  6. a b Os "Atos de Paulo e Tecla", a "Epístola dos Coríntios a Paulo" e a "Terceira Epístola aos Coríntios" são todos partes da narrativa maior dos "Atos de Paulo", que parte de um católogo esticométrico do cânone do Novo Testamento encontrado no Codex Claromontanus, mas que sobreviveu apenas em fragmentos. É possível, porém, que partes destas obras tenham se desenvolvido de forma separada.
  7. III Coríntios geralmente aparece em conjunto com a Epístola dos Coríntios a Paulo e é tratada como sendo a resposta de Paulo.
  8. A "Epístola aos Laodicenses" está presente em algumas tradições e traduções da bíblia não católicas. Notável entre elas é a inclusão da epístola por John Wycliffe em sua tradução para o inglês da Bíblia e o uso dela pelos quakers, que produziram uma tradução própria e fizeram apelos para que ela fosse considerada canônica (vide Poole's Annotations, on Col. 4:16). Ela é amplamente rejeitada pela maioria das denominações protestantes.
  9. a b c d Estas quatro epístolas foram questionadas ([[antilegomena|"contra as quais se falou") por Martinho Lutero, que alterou a ordem de seu Novo Testamento para refletir isto. Contudo, ele não chegou a excluí-las e a Igreja Luterana ainda hoje segue este cânone. As bíblias alemãs tradicionais ainda são impressas nesta ordem "luterana". A vasta maioria dos protestantes adota estas obras como sendo plenamente canônicas.
  10. a b c d e A Peshitta exclui II João, III João, II Pedro, Judas e o Apocalipse, mas as bíblicas das tradições sírias modernas incluem traduções posteriores destes livros. Ainda hoje, o lecionário seguido pela Igreja Ortodoxa Síria e pela Igreja Assíria do Oriente contém lições apenas para os vinte e dois livros da Peshitta, que é a utilizada para questões doutrinárias.
  11. O "Apocalipse de Pedro", apesar de não estar listado nesta tabela, aparece no Fragmento Muratori e é parte do catálogo esticométrico do Codex Claromontanus. A obra era tida em grande estima por Clemente de Alexandria.
  12. Outras obras conhecidas dos Padres Apostólicos não listadas nesta tabela incluem as seguintes: as sete epístolas de Inácio, a "Epístola de Policarpo", o "Martírio de Policarpo", a "Epístola de Diogneto", o fragmento de Quadrado de Atenas, os fragmentos de Pápias de Hierápolis, as "Relíquias dos Anciãos" preservadas em Ireneu de Lyon e o "Credo dos Apóstolos"
  13. Apesar de não estarem listados nesta tabela, as "Constituições Apostólicas" foram consideradas canônicas por alguns, incluindo Aleixo Aristeno, João de Salisbury e, em menor grau, Grigor Tatevatsi. Elas chegam a se auto-definir como parte do cânone do Novo Testamento. Mais do que isso, elas são a fonte para grande parte do conteúdo do cânone ampliado da Igreja Ortodoxa Etíope.
  14. a b c d e Estes cinco textos atribuídos aos Padres Apostólicos não são atualmente considerados canônicos por nenhuma tradição bíblica, embora sejam mais considerados por umas do que por outras. Seja como for, sua composição antiga e inclusão nos antigos códices bíblicos, além de sua aceitação em graus variados pelas autoridades cristãs antigas, exigem que elas sejam tratadas como literatura fundacional para o cristianismo como um todo.
  15. a b Clemente etíope e a Didascalia etíope são diferentes e não devem ser confundidos com outros documentos conhecidos no ocidente por nomes muito similares

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. Ulrich (2002) define "cânone" como "a lista definitiva de livros inspirados autoritativos que constituem o corpus de textos sagrados reconhecidos e aceitos por um grande grupo religioso; esta lista definitiva sendo o resultado de decisões inclusivas e exclusivas decorrentes de importantes deliberações".
  2. Por conta da falta de estudos acadêmicos sobre o tema, a exclusão do Livro das Lamentações do cânone judaico-etíope não é uma certeza. Além disto, algumas incertezas ainda existem sobre a exclusão de vários textos deuterocanônicos menores deste cânone, incluindo a Prece de Manassés, as tradicionais Adições em Ester, as tradicionais Adições em Daniel, o Salmo 151 e porções dos Paralipômenos de Baruque.
  3. "Guerra dos Judeus" e "Antiguidades Judaicas" são considerados muito importantes pelos cristãos por apresentarem valiosas informações sobre o judaísmo e o cristianismo primitivo no século I. Além disto, em "Antiguidades", Josefo faz duas referências a Jesus que tiveram um papel crucial na determinação do chamado "Jesus histórico".
  4. O cânone ampliado etíope completo, que inclui o cânone estrito mais nove livros, não foi publicado ainda de forma unificada. Alguns livros, apesar de canônicos, são difíceis de encontrar e não estão amplamente disponíveis nem sequer na Etiópia. Apesar do cânone estrito já ter sido publicado, não há nenhuma distinção "êmica" real entre os dois, especialmente no que tange à inspiração divina e à autoridade escritural. A ideia destas duas classificações pode ser nada mais do que uma conjectura taxonômica ética.
  5. A "Terceira epístola aos Coríntios" aparece como uma seção dos "Atos de Paulo", que sobreviveu apenas em fragmentos.

Referências

  1. Ulrich, Eugene (2002). «The Notion and Definition of Canon». In: McDonald, L. M.; Sanders, J. A. The Canon Debate (em inglês). [S.l.]: Hendrickson Publishers. pp. 29, 34
  2. Ulrich (2002), p. 28
  3. McDonald, L. M.; Sanders, J. A. (2002). «Introduction». The Canon Debate (em inglês). [S.l.]: Hendrickson Publishers. p. 13
  4. Atanásio de Alexandria, Epístola 39.6.3.
  5. Ulrich (2002), p. 30, 32–33.
  6. G.F. Hasel, 'The Relationship Between Biblical Theology and Systematic Theology', Trinity Journal 5 (1984) 126;
  7. J.A. Sanders, Torah and Canon (Philadelphia, Fortress, 1972); Canon and Community: A Guide to Canonical Criticism (Philadelphia, Fortress 1984).
  8. P .D. Hanson, 'The Responsibility of Biblical Theology to the Community of Faith', IT 37 (1980) 39-50
  9. Maloney, James (2013). Aletheia Eleutheroo: Truth Warriors of the Supernatural: Establishing the Glory of the Godhead (em inglês). [S.l.]: WestBowPress. p. 22. ISBN 9781490800448
  10. Darshan, G. (2012). «The Twenty-Four Books of the Hebrew Bible and Alexandrian Scribal Methods». In: Niehoff, M. R. Homer and the Bible in the Eyes of Ancient Interpreters: Between Literary and Religious Concerns (em inglês). Leiden: Brill. pp. 221–244
  11. McDonald & Sanders (2002), p. 4.
  12. W. M., Christie. «The Jamnia Period in Jewish History» (PDF). Journal of Theological Studies (em inglês). os-XXVI (104): 347–364
  13. Lewis, Jack P. (Abril de 1964). «What Do We Mean by Jabneh?». Oxford University Press. Journal of Bible and Religion (em inglês). 32 (2): 125–132. JSTOR 1460205
  14. Freedman, David Noel, ed. (1992). Anchor Bible Dictionary, Vol. III (em inglês). New York: Doubleday. pp. 634–7
  15. Lewis, Jack P. (2002). «Jamnia Revisited». In: McDonald, L. M.; Sanders, J. A. The Canon Debate (em inglês). [S.l.]: Hendrickson Publishers
  16. McDonald & Sanders (2002), p. 5.
  17. Cited are Neusner's Judaism and Christianity in the Age of Constantine, pages 128–145, and Midrash in Context: Exegesis in Formative Judaism, pages 1–22.
  18. Brettler, Marc Zvi (2005). How To Read The Bible (em inglês). [S.l.]: Jewish Publication Society. pp. 274–5. ISBN 978-0-8276-1001-9
  19. Blenkinsopp, Joseph (2002). «The Formation of the Hebrew Canon: Isaiah as a Test Case». In: McDonald, L. M.; Sanders, J. A. The Canon Debate (em inglês). [S.l.]: Hendrickson Publishers. p. 60
  20. Davies, Philip R. (2002). «The Jewish Scriptural Canon in Cultural Perspective». In: McDonald, L. M.; Sanders, J. A. The Canon Debate (em inglês). [S.l.]: Hendrickson Publishers. p. 50
  21. a b Este artigo incorpora texto da Enciclopédia Judaica (Jewish Encyclopedia) (em inglês) de 1901–1906 (artigo "Samaritans"), uma publicação agora em domínio público.
  22. VanderKam, James C. (2002). «Questions of Canon through the Dead Sea Scrolls». In: McDonald, L. M.; Sanders, J. A. The Canon Debate (em inglês). [S.l.]: Hendrickson Publishers. p. 94
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Bibliografia[editar | editar código-fonte]

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  • Westcott, Brooke Foss (1875). A General Survey of the History of the Canon of the New Testament (em inglês) 4ª ed. London: Macmillan

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • «The Canon of Scripture» (em inglês). Bible Researcher
  • «The Development of the Canon of the New Testament» (em inglês). NTCanon.org
  • Por quê os nomes bíblicos sao diferentes
    "Canon of the New Testament" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
  • Este artigo incorpora texto da Enciclopédia Judaica (Jewish Encyclopedia) (em inglês) de 1901–1906 (artigo "Bible Canon"), uma publicação agora em domínio público.
  • «What's in Your Bible?» (em inglês). Bible Study Magazine
  • «Biblical Canon of the Orthodox Christian Church» (em inglês)

Porque os nomes bíblicos tinham significados?

Geralmente, estavam atrelados ao significado e poderiam estar relacionados a algum fato do nascimento ou a um projeto de vida, um desejo para aquela pessoa”, explica Rodrigo Silva, teólogo e arqueólogo, que também é consultor da novela Gênesis.

Por que Jesus tem vários nomes?

São pessoas diferentes que, em comum, levam o nome em homenagem ao Filho de Deus. Jesus recebeu vários nomes, em diferentes línguas, nos registros de sua passagem pela Terra. Yehoshu'a, Emanuel, Messias, foram algumas das denominações atribuídas a Ele pelo mundo, segundo teólogos e historiadores.

Porque o nome de Abrão foi mudado?

O nome de nascença é Abrão, mas depois, Deus mudou seu nome para Abraão, que trazia o significado do Plano Divino para ele. Ou seja, significava que o Criador o faria não apenas pai de um único filho, mas sim de uma multidão.

Qual é o verdadeiro nome de Deus segundo a Bíblia?

O nome do Deus bíblico Após o livro de Êxodo, no livro de Samuel, Deus é conhecido pelo nome de "Yahweh Teva-ot" ou "Ele traz as hostes à existência". As hostes possivelmente se referem à corte celestial ou a Israel. O nome pessoal de Deus era provavelmente conhecido antes da época de Moisés.