Porque a Alemanha não conseguiu invadir a Inglaterra

"Povo alemão! Agora, a espada há de decidir. Em meio à paz, fomos atacados pelo inimigo. Por isso, às armas! Qualquer hesitação seria uma traição à pátria", disse o último imperador da Alemanha, Guilherme 2º. Embora nos dez anos anteriores o país tivesse se preparado militarmente para um confronto, a decisão política de declarar guerra permaneceu controversa até o último momento.

Quando o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro, foi assassinado por nacionalistas sérvios em 28 de junho de 1914, a maioria dos ingleses achava que esse conflito continental não os atingia. Algumas semanas depois, ficou evidente que se tratava de um engano. Com o ultimato dado pela Áustria à Sérvia, em 23 de julho, exigindo duras providências, o conflito bilateral ameaçou a alastrar-se.

Quase todas as potências europeias já haviam optado por alianças políticas. A Inglaterra, a França e a Rússia, por exemplo, haviam formado a Tríplice Entente. Já a Alemanha deu uma espécie de cheque em branco aos vizinhos austríacos, garantindo apoio. Para os russos, um ataque austríaco à Sérvia era inaceitável. Uma guerra teuto-russa forçosamente envolveria a França.

A única questão em aberto era a posição do Reino Unido. Londres preservava uma tradição política de não se intrometer em assuntos do continente europeu, a não ser que interesses vitais do país estivessem em perigo. Não havia consenso nem mesmo entre os membros do governo se esse seria o caso naquele momento.

Neutralidade belga

Em 1º de agosto, o primeiro-ministro liberal Henry Asquith ainda escreveu a uma amiga: "Há ameaças de renúncias. A principal controvérsia refere-se à Bélgica e à sua neutralidade. Se entrarmos em guerra, haverá uma divisão no gabinete. Se Grey renunciar, eu também renuncio, e aí haverá uma derrocada geral".

Dois dias depois, em 3 de agosto, o ministro das Relações Exteriores Edward Grey conseguiu convencer a maioria dos parlamentares de que a Inglaterra não poderia se manter fora do conflito por mais tempo: "Mesmo que nos mantenhamos fora, não posso imaginar um só momento em que, no final dessa guerra, estejamos em condições de neutralizar suas consequências, que, diante de nossos olhos, toda a Europa Ocidental caia sob o domínio de um só império".

No final das contas, a questão da neutralidade belga foi decisiva. Os planos de ataque da Alemanha à França previam, há tempos, a passagem pela Bélgica, o que significaria uma violação do tratado de 1839, em que os belgas definiram a sua perpétua neutralidade. O Reino Unido era um dos países que, ao lado da França e da Rússia, haviam se comprometido a proteger a inviolabilidade das fronteiras belgas.

Em 2 de agosto de 1914, quando tropas alemãs invadiram a cidade belga de Liège, o rei da Bélgica pediu ajuda a esses países. O Reino Unido deu um ultimato ao Império Alemão, exigindo o fim da invasão. Se até a meia-noite no horário alemão (23 horas em Londres) do dia 4 de agosto não viesse uma resposta satisfatória de Berlim, o Reino Unido declararia guerra à Alemanha.

Nesta aula explicaremos que combinação com repetição é quando, em um reagrupamento, a ordem de escolha não é importante e é permitido repetição. Posteriormente, trabalharemos a diferença entre combinação simples e combinação com repetição.

A Conferência de Munique foi uma reunião realizada entre os líderes de Reino Unido, França, Alemanha e Itália para debater o interesse alemão em anexar a seu território a região dos Sudetos, então pertencente à Tchecoslováquia. O acordo fazia parte da fracassada política de apaziguamento realizada por britânicos e franceses com a Alemanha Nazista durante a década de 1930.

Expansionismo alemão e a política de apaziguamento

Um dos pilares da ideologia nazista desenvolvida por Adolf Hitler foi o lebensraum, conhecido como “espaço vital” alemão. Essa ideia, que havia sido desenvolvida durante o século XIX na Alemanha, foi apropriada e ampliada por Hitler com o objetivo de anexar todos os territórios que possuíam alemães étnicos, principalmente no Leste Europeu. Portanto, esse espaço vital nazista não incluía apenas os territórios perdidos pela Alemanha após a Primeira Guerra, mas também abrangia uma vasta região na Europa.

A construção desse ideal não se fundou somente em interesses políticos e econômicos de Hitler, mas sua ideologia também carregava um forte princípio racista. Para mais detalhes sobre a construção ideológica do lebensraum, clique aqui.

A partir dessas concepções, Hitler iniciou a política de expansionismo territorial e, para alcançar seus objetivos, precisava fortalecer a Alemanha militarmente. No entanto, isso só seria possível se ele ignorasse o Tratado de Versalhes. Esse acordo, assinado pelos alemães após a rendição na Primeira Guerra Mundial, proibia o país de possuir mais de 100 mil militares.

Para concretizar a expansão territorial nazista, a Alemanha passou a reformular seu exército a partir da convocação de novos soldados e da modernização de sua estrutura. Assim, com a reestruturação do exército alemão, o país começou seu projeto expansionista, no qual os primeiros alvos foram Áustria e Tchecoslováquia.

A postura de Reino Unido e França em vista das ações alemãs ficou conhecida como política de apaziguamento, pois ambos os países apenas faziam reclamações por meio da diplomacia sem, no entanto, assumir nenhuma postura mais enérgica. Além disso, como parte dessa política, foram realizadas algumas concessões para conter a ambição germânica. Isso ocorria, principalmente, por causa do temor com a possibilidade de uma nova guerra acontecer na Europa.

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Anexação da Áustria

O primeiro passo de Hitler foi a anexação da Áustria. Em 1938, o líder nazista, que era austríaco de nascimento, passou a coagir as lideranças austríacas a aceitarem a anexação de seu país ao território alemão. Na década de 1930, a Áustria já possuía um considerável apoio ao Partido Nazista, no entanto, os líderes austríacos não viam com bons olhos essa intenção de anexar seus territórios.

Após a invasão alemã em março de 1938, um plebiscito em abril determinou, com a aprovação dos austríacos, a anexação da Áustria à Alemanha. Esse evento ficou conhecido como Anschluss. A invasão nazista não gerou nenhuma reação de França e Reino Unido.

Questão dos Sudetos e Conferência de Munique

Ao permitirem a invasão e anexação da Áustria, França e Reino Unido imaginaram que a ambição territorial de Hitler chegaria ao fim. No entanto, isso não aconteceu, e o líder alemão voltou-se para os Sudetos, região da Tchecoslováquia que possuía população de origem étnica germânica. Essa ação foi vista como um interesse de Hitler em garantir o controle da forte malha industrial existente naquela área.

A ambição de Hitler levou as potências europeias a reunirem-se para discutir a situação dos Sudetos na Conferência de Munique. Essa reunião contou com a presença de Adolf Hitler (líder da Alemanha), Neville Chamberlain (primeiro-ministro britânico), Édouard Daladier (primeiro-ministro francês) e Benito Mussolini (líder da Itália).

Como franceses e britânicos estavam impondo a política de apaziguamento para evitar um novo conflito, seus líderes acabaram aceitando as exigências da Alemanha e forçaram a Tchecoslováquia a abrir mão de sua soberania sobre a região dos Sudetos. Em troca, eles exigiram o fim das ambições territoriais de Hitler e a demonstração da Alemanha pela manutenção da paz.

Saldo da Conferência de Munique

A Conferência de Munique é vista como um grande fracasso da política de apaziguamento, pois sacrificou a soberania da Tchecoslováquia em detrimento das pretensões de Hitler. No entanto, o acordo foi visto por Chamberlain como uma grande vitória e defendido como uma medida de garantia da paz na Europa. A História, entretanto, provou o contrário.

Hitler saiu moralmente vitorioso de Munique e viu na fraqueza das ações de franceses e britânicos um motivo para continuar a sua expansão territorial. Pouco tempo depois, a Alemanha invadiu a Tchecoslováquia por completo e, em seguida, realizou a invasão da Polônia, ato que levou ao início da Segunda Guerra Mundial em setembro de 1939.

Porque a Alemanha não conseguiu conquistar a Inglaterra?

A Alemanha sofreu pesadas baixas, com muitos pilotos qualificados e bons aviões sendo perdidos, e ao final de outubro de 1940, após três meses de operações, já não tinham mais capacidade de lançar investidas aéreas diurnas sobre o Reino Unido.

O que a Inglaterra tinha contra a Alemanha?

Em 1939, os ingleses haviam perdido 810 mil toneladas de barcos, afundados, número que no ano seguinte aumentou para 4 milhões e meio, atingindo o máximo de perdas em 1942, quando mais 8 milhões de toneladas foram postas a pique pelos torpedos alemães.

O que levou a Inglaterra a entrar na Segunda Guerra Mundial?

Apesar das inúmeras exigências para que se retirassem do território polonês, elas permaneceram. Com a recusa alemã em cumprir as exigências, Inglaterra e França declararam guerra contra a Alemanha, desencadeando a Segunda Guerra Mundial.

Como foi o ataque da Alemanha sobre a Inglaterra?

Na noite de 14 para 15 de novembro de 1940, cerca de 500 bombardeiros alemães atacaram a cidade industrial de Coventry, na região central da Inglaterra. Os aviões nazistas atiraram 150.000 bombas incendiárias e mais de 500 toneladas de poderosos explosivos.