Depois de liberados no ar, os CFCs (usados como propelentes em aerossóis, como isolantes em equipamentos de refrigeração e para produzir materiais plásticos) levam cerca de oito anos para chegar à estratosfera onde, atingidos pela radiação ultravioleta, se desintegram e liberam cloro. Por sua vez, o cloro reage com o ozônio que, conseqüentemente, é transformado em oxigênio (O2). O problema é que o oxigênio não é capaz de proteger o planeta dos raios ultravioleta. Uma única molécula de CFC pode destruir 100 mil moléculas de ozônio.
A quebra dos gases CFCs é danosa ao processo natural de formação do ozônio. Quando um desses gases (CFCl3) se fragmenta, um átomo de cloro é liberado e reage com o ozônio. O resultado é a formação de uma molécula de oxigênio e de uma molécula de monóxido de cloro. Mais tarde, depois de uma série de reações, um outro átomo de cloro será liberado e voltará a novamente desencadear a destruição do ozônio.
Quais os problemas
causados pelos raios ultravioleta?
Apesar de a camada de ozônio absorver a maior parte da radiação ultravioleta, uma pequena porção atinge a superfície da Terra. É essa radiação que acaba provocando o câncer de pele, que mata milhares de pessoas por ano em todo o mundo. A radiação ultravioleta afeta também o sistema imunológico, minando a resistência humana a doenças como herpes.
Os seres humanos não são os únicos atingidos pelos raios ultravioleta. Todos as formas de vida, inclusive plantas, podem ser debilitadas. Acredita-se que níveis mais altos da radiação podem diminuir a produção agrícola, o que reduziria a oferta de alimentos. A vida marinha também está seriamente ameaçada, especialmente o plâncton (plantas e animais microscópicos) que vive na superfície do mar. Esses organismos minúsculos estão na base da cadeia alimentar marinha e absorvem mais da metade das emissões de dióxido de carbono (CO2) do planeta.
O que é exatamente o buraco na camada
de ozônio?
Uma série de fatores climáticos faz da estratosfera sobre a Antártida uma região especialmente suscetível à destruição do ozônio. Toda primavera, no Hemisfério Sul, aparece um buraco na camada de ozônio sobre o continente. Os cientistas observaram que o buraco vem crescendo e que seus efeitos têm se tornado mais evidentes. Médicos da região têm relatado uma ocorrência anormal de pessoas com alergias e problemas de pele e visão.
O Hemisfério Norte também é atingido: os Estados Unidos, a maior parte da Europa, o norte da China e o Japão já perderam 6% da proteção de ozônio. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) calcula que cada 1% de perda da camada de ozônio cause 50 mil novos casos de câncer de pele e 100 mil novos casos de cegueira, causados por catarata, em todo o mundo.
Ciclo do oxigênio viabiliza processos importantes como respiração e combustão
O ciclo do oxigênio é um ciclo biogeoquímico que permite a passagem do gás oxigênio pelos componentes bióticos e abióticos de um ecossistema. Ele está envolvido em processos importantes para os seres vivos e para o meio ambiente, como a fotossíntese e a respiração celular.
O oxigênio é um dos elementos mais abundantes do planeta, constituindo cerca de 21% da atmosfera. Por ser muito reagente, ele também influencia diversos outros ciclos biogeoquímicos, como o ciclo do carbono.
O ciclo do oxigênio é um ciclo biogeoquímico que garante a circulação do oxigênio pelos componentes bióticos e abióticos de um ecossistema, isto é, pelos organismos vivos e pelo meio ambiente. Com isso, ele permite a realização de processos importantes, como a fotossíntese, a respiração celular, e a formação da camada de ozônio.
A fotossíntese é uma das etapas mais importantes do ciclo do oxigênio. Nesse processo de conversão de energia, os organismos fotossintetizantes utilizam gás carbônico presente na atmosfera e liberam oxigênio. Por isso, a fotossíntese é responsável por garantir que o oxigênio seja liberado para o meio, tornando-o disponível para ser empregado em outras reações químicas.
O oxigênio pode ser encontrado em três reservatórios do planeta: atmosfera, biosfera e litosfera. Na atmosfera, ele está presente na forma de oxigênio molecular (O2), representando 21% desse envoltório e sendo utilizado por alguns seres vivos no processo de respiração celular. Além de aparecer como oxigênio molecular, esse elemento compõe outros elementos atmosféricos, como o gás carbônico (CO2), o ozônio (O3) e o dióxido de nitrogênio (NO2).
Etapas do ciclo do oxigênio
O ciclo do oxigênio apresenta diversas etapas importantes. Entre elas, estão a fotossíntese, a respiração celular, a decomposição, a combustão e a formação da camada de ozônio. A primeira etapa e a mais importante desse ciclo biogeoquímico é a fotossíntese. Nesse processo, os organismos fotossintetizantes utilizam gás carbônico para a produção de moléculas orgânicas.
Como resultado, esses organismos liberam oxigênio. Entre os organismos fotossintetizantes, destaca-se o fitoplâncton (grupo de organismos microscópicos fotossintetizantes que vivem flutuando na água doce), responsável pela produção de cerca de 95% do oxigênio presente na atmosfera terrestre.
O oxigênio liberado pelos organismos fotossintetizantes pode ser utilizado em diferentes processos. O primeiro deles é a respiração celular, realizada por grande parte dos organismos vivos. Nesse processo, utiliza-se oxigênio na produção de energia e libera-se gás carbônico. Além do gás carbônico, são liberadas moléculas de água, que possuem oxigênio na composição. Dessa maneira, o oxigênio usado na respiração retorna ao meio ambiente nas formas de gás carbônico e água.
O oxigênio produzido pelos organismos fotossintetizantes é utilizado também na decomposição e na combustão. Ao final desses processos, são liberados gás carbônico e água. Além disso, o oxigênio participa da formação da camada de ozônio, que funciona como uma espécie de filtro, diminuindo a incidência de radiação ultravioleta que chega até a superfície terrestre.
A camada de ozônio sofre intensamente com a ação do ser humano, que libera uma grande quantidade de substâncias que reagem com as moléculas de ozônio, destruindo-as. As principais substâncias causadoras desse problema são os gases clorofluorcarbonos (CFCs), que já foram muito usados em sprays e refrigeradores. Além disso, a liberação de gás carbônico, óxidos nítricos e nitrosos impede que esse gás se renove.
Importância do ciclo do oxigênio
O ciclo do oxigênio é fundamental para a sobrevivência dos organismos no nosso planeta, uma vez que esse elemento é utilizado em diferentes processos importantes. Além de proporcionar a ciclagem do oxigênio no meio, o ciclo do oxigênio é importante porque garante a:
- Realização da respiração celular;
- Realização da combustão;
- Realização do processo de decomposição da matéria orgânica;
- Formação da camada de ozônio.
Mudanças que afetam o ciclo do oxigênio
Além de já ter sido muito afetado pela emissão de gases clorofluorcarbonos (CFCs) na atmosfera, gerando maior destruição da camada, o ciclo do oxigênio também é altamente prejudicado com as ações humanas. A queima de combustíveis fósseis e o desmatamento são as atividades que mais liberam gases nocivos na atmosfera, causando desequilíbrio no ciclo do oxigênio. Alterado, esse ciclo coloca em risco a manutenção e a sobrevivência de diversos organismos do nosso planeta.