Quais as diferenças entre a escola americana e a escola europeia de Contabilidade?

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Quais as diferenças entre a escola americana e a escola europeia de Contabilidade?

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Disciplina: Teoria Básica da Contabilidade��
ESCOLA EUROPÉIA X AMERICANA
Trecho do livro O ensino da contabilidade – Marion/Atlas, no seu capítulo 2, sobre a Metodologia do Ensino da Contabilidade.
	Observa-se no Brasil, em termos de seqüência de pontos, a presença marcante de dois métodos didáticos distintos no ensino da Contabilidade Geral ou Contabilidade Introdutória.
	Na primeira metodologia, constata-se que, após algumas definições introdutórias, desenvolve-se ainda no início do ano a teoria do débito e do crédito. Primeiramente, esses termos são conceituados; em seguida, demonstram-se suas aplicações.
	Posteriormente à prática da escrituração, fala-se em Balancete, em Apuração do Resultado, para, já próximo ao final do ano, chegar-se às Demonstrações Financeiras (basicamente: Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício).
	Essa metodologia é conhecida como método didático decorrente da Escola Contábil Italiana (especificamente) ou Escola Européia (em geral). Para simplificação de nosso trabalho, apenas com o objetivo de evitar conceitos longos, trataremos esta metodologia de ensino como “Escola Contábil Italiana”.
	Na segunda metodologia, a diretriz básica parte de uma visão dos Relatórios Contábeis e, em seguida, estuda os lançamentos contábeis que originaram aqueles relatórios.
	A justificativa para essa metodologia é muito simples: a evolução histórica da Contabilidade. A princípio, a Contabilidade existia em forma de inventários periódicos (Relatórios Contábeis), em que se avaliava a riqueza, em determinado momentos distintos. Assim, sobreviveu a Contabilidade por milhares de anos. Recentemente (século XV d.C., aproximadamente), foram idealizadas as formas(lançamentos contábeis) para se chegar àqueles relatórios.
	Uma das vantagens desta metodologia é principalmente a facilidade de aprender débito e crédito. Como diz Leone: “A teoria do débito e crédito é uma barreira para o estudante”.
	Esta metodologia é denominada por algumas facções como método didático decorrente da Escola Contábil Americana. Da mesma forma que a primeira metodologia, trataremos, para simplificar nossa dissertação, sem comprometimento de nossa parte, simplesmente de “Escola Contábil Norte-americana”.
INFLUÊNCIA ITALIANA (ESCOLA CONTÁBIL ITALIANA)
	A primeira escola a abordar oficialmente a Contabilidade no Brasil foi a Escola de Comércio Álvares Penteado, fundada em 1902.
	Na época, prevalecia no cenário mundial da contabilidade a Escola Italiana, evidenciando-se Gino Zappa e Fábio Besta, Este último escreveu La ragioneria, em três volumes, que é, segundo o Prof. Sérgio Iudícibus, possivelmente a melhor obra já escrita até o momento sobre contabilidade, e está no mesmo nível de Acconting theory, de Elden S. Hendricken.
	A influência exercida na Contabilidade ensinada no Brasil, naquele período, foi claramente da Escola Italiana. 
	Um dos professores e excelente escritor na área contábil, possivelmente aquele que mais meditou a teoria italiana, foi Francisco D’Auria. Outros professores tiveram passagem notável neste período na Escola de Comércio Álvares Penteado, além de D’Auria, como Frederico Herrmann Júnior (Um dos fundadores da Editora Atlas S.A. e autor de Contabilidade superior, Custos industriais, Análise de balanços para administração financeira e outros), Horácio Berlinck, Américo Oswaldo Campiglia, Milton Improta, Antenor da Silva Negrine.
	Em 1940, com o advento do Decreto-lei nº 2.627, Lei das Sociedades por Ações, é ressaltada a grande influência exercida pela Escola Contábil Italiana, de modo específico (Escola Européia, de modo geral), pois a referida lei é totalmente de inspiração européia.
	O grande problema que vemos dentro desta escola de ensino é a dificuldade que o aluno tem para entender débito e crédito. Quando isso não é bem dominado pelo aluno, acaba prejudicando o desenvolvimento dos pontos seguintes, já que falta a base de tudo. Isso leva o aluno a uma desmotivação.
	Além disso, essa metodologia explora demasiadamente a parte árida da Contabilidade (escrituração/ajustes/métodos), não dando ênfase aos objetivos da Contabilidade como instrumento de tomada de decisão.
INFLUÊNCIA AMERICANA (ESCOLA CONTÁBIL AMERICANA)
	Em 1946 foi fundada a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo – FEA/USP – e nela foi instalado o Curso de Ciências Contábeis e Atuariais, que deu origem ao Departamento de Contabilidade e Atuária da FEA/USP.
	Grande parte dos professores do curso de Ciências Contábeis da FEA/USP era da Escola do Comércio Álvares Penteado, proporcionando, dessa forma, a continuidade da metodologia italiana no ensino de Contabilidade nessa faculdade.
	Surge aí, a oportunidade de professores trabalharem em regime de dedicação integral; esse professores concentram seus esforços não só na docência, mas também (e isso é extremamente importante) na pesquisa, constituindo-se o primeiro núcleo de pesquisa contábil do Brasil.
	Através desse núcleo, constituído inicialmente dos professores já referidos, iriam surgir, na década de 1960, os primeiros traços da influência americana na metodologia do ensino da Contabilidade.
	Uma das razões (entre as várias existentes) que no campo profissional propiciou a mudança da Escola Italiana para a Escola Americana foi a entrada das empresas de auditoria anglo-americanas que acompanhavam as multinacionais recém-chegadas ao Brasil. Essas empresas, detentoras de manuais de procedimentos de auditoria em grupos empresariais, investiam em treinamento, forneciam profissionais de lato nível para elaboração de normas contábeis em nível de governo, influenciavam as empresas menores (e possivelmente até legisladores) com os novos procedimentos contábeis. Tudo isso contribuiu para a inversão do rumo contábil no Brasil.
	Com a atenção voltada para o mercado de trabalho (veja-se que as multinacionais e as empresas de auditoria são excelentes mercados de trabalhos para os contadores) e para a própria tendência da contabilidade em nível de legislação governamental(surgem as Circulares nº 220 e 179 do Banco Central, de tendência norte-americana) e em nível empresarial, a equipe de professores do Departamento de Contabilidade e Atuária da FEA/USP teve a sensibilidade de adotar, em coerência com a tendência da profissão contábil, o método didático norte-americano no ensino da Contabilidade Geral (ou Introdutória) no Brasil. Isso ocorreu pela primeira vez em 1964.
	Esse método didático, baseado no livro de Finey & Miller, Introductory accounting, dá origem à obra Contabilidade introdutória, elaborada por uma equipe de professores do Departamento de Contabilidade da FEA/USP, sob a coordenação do Prof. Sérgio de Iudícibus e Alkíndar de Toeldo Ramos. Ressalte-se que o método foi introduzido em Contabilidade Geral, cuja regência da cátedra estava a cargo do Prof. José da Costa Boucinhas.
	Contabilidade introdutória, além de ser responsável pela difusão dessa metodologia por todo o país, dá um toque especial de “contabilidade brasileira” à metodologia norte-americana quando evidencia importantes aspectos da realidade brasileira. Daí seu surpreendente sucesso editorial não só pela clareza, objetividade e didática de exposição, mas também por sua fidelidade às peculiaridades contábeis nacionais.
	 A consolidação da Escola Americana no Brasil é um fato consumado com a Lei das Sociedades por Ações – Lei nº6.404, de 15 de dezembro de 1976 – que tem sua parte contábil inspirada na doutrina norte-americana.
Responda:
1) Quais os motivos da queda da escola européia e qual foi sua grande contribuição à Contabilidade. 
2) Explique a influência da Escola Italiana no Brasil. 
3) Explique a influência da Escola Americana no Brasil. 
4) Hoje a contabilidade no Brasil tem características mais fortes e marcantes de qual escola? Fundamente sua resposta com o texto. 
5) Cite quatro características

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Quais as diferenças entre a escola americana e a escola europeia de Contabilidade?

2.6 Escola Europeia e Escola Norte-Americana Basicamente, a escola italiana aborda que a contabilidade é a ciência no sentindo mais amplo, como a Ciência do Controle do Patrimônio, já a escola norte-americana é mais clara e, foca essencialmente na definição de informações que são úteis para seus usuários.

São características da escola americana de Contabilidade?

A ESCOLA AMERICANA DE CONTABILIDADE A padronização dos procedimentos contábeis era um dos principais aspectos da doutrina da escola norte-americana. Para sua consecução foram criadas, ao longo dos anos, entidades que objetivavam uma melhor condução da prática contábil.

Quais foram as duas principais escolas de Contabilidade?

Após o surgimento do método das partidas dobradas (século XIII ou XIV) e sua divulgação através da obra de Frei Luca Pacioli, a escola italiana ganhou grande impulso e se espalhou por toda a Europa.

Qual é o foco da escola contábil americana?

Estudiosos da época tinham por interesse evidenciar a contabilidade como ciência, já a escola contábil norte-americana foi considerada uma das mais relevantes e influentes no mundo, era e é pragmática e tem foco no usuário da informação.