Quais os nutrientes necessários para a estrutura e funcionamento do nosso corpo?

Nutrientes são essenciais para o bom funcionamento do organismo. Eles são a prova de que os alimentos fazem muito mais do que saciar o apetite e despertar sensações incríveis no paladar.

Os nutrientes chegam ao nosso corpo por meio da alimentação e conhecê-los é fundamental para entender o motivo de termos uma alimentação cheia de frutas e hortaliças. Vamos lá?

O que são os nutrientes?

Os nutrientes são compostos químicos que constituem os alimentos e que são importantíssimos para o bom funcionamento do corpo humano. Cada um deles tem uma função específica e podemos dividi-los de acordo com elas. Dessa forma, os nutrientes podem ser:

Macronutrientes

São aqueles cuja a quantidade necessária ao organismo é maior. Estão nessa categoria as proteínas, os lipídios e carboidratos.

Micronutrientes

São aqueles cuja a quantidade necessária ao organismo é menor. Vitaminas e sais minerais são exemplos de micronutrientes.

Curiosidade: a palavra nutriente tem origem no latim nutriens, de nutrire, que significa “alimentar”.

É importante destacar que tanto a água quanto as fibras alimentares, apesar de essenciais para o bom funcionamento do organismo, não se enquadram na categoria de nutrientes. A água é uma substância e as fibras alimentares são um tipo de carboidrato que não é digerido, logo não pode ser considerado nutriente.

SAIBA MAIS

5 curiosidades sobre a goiaba

Alimentos seguros: o que tem de certo e errado

Como os nutrientes funcionam no corpo

Tudo começa na digestão e, por isso, prestar atenção no que se come é fundamental. Para conseguir os nutrientes necessários para o corpo humano, o ideal é seguir uma dieta balanceada e bem diversificada.

Após o consumo dos alimentos, ele deve ser “partido” em pedaços menores, as partículas. Essas partículas são absorvidas no intestino delgado e, então, cada nutriente passa para a circulação e começa a cumprir sua função dentro da célula.

Como explicamos acima, os macro e os micronutrientes tem funções diferentes dentro das células. Enquanto os macronutrientes são quebrados para gerar energia, os micronutrientes auxiliam no processo dessa quebra.

Principais nutrientes encontrados em frutas e hortaliças

As frutas e hortaliças reúnem todos os nutrientes necessários ao bom funcionamento do corpo humano, com exceção da vitamina B12. Quando consumidas dentro de um padrão alimentar saudável, esse alimentos contribuem para o aporte de nutrientes e substâncias como:

Fibras

Vale destacar que o consumo de alimentos crus garante uma maior oferta desse nutriente do que os alimentos cozidos.

Vitaminas

Já dizia a cultura popular, quanto maior a quantidade de cores presente na alimentação, melhor a diversidade na oferta de vitaminas. Assim, como no caso das fibras, o cozimento altera a quantidade desse nutriente.

Minerais

Têm função nobre no organismo. Atuam na estrutura coportal (cálcio), no equilíbrio hídrico (sódio, e potássio), nas funções do metabolismo (ferro, iodo, selênio e zinco), no dentre outros.

Compostos bioativos

Presentes em pequenas quantidades (tanto nas frutas quanto nas hortaliças), essas substâncias tem papel importante na prevenção de diversas doenças e no bom funcionamento do organismo.

Dica: aproveite a água do cozimento de frutas e hortaliças para enriquecer os demais preparos com nutrientes diversos.

Segundo a Embrapa, as cores dos alimentos nos dão informações sobre quais nutrientes podemos encontrar:

Fonte: Hortifruti, 27 de dezembro de 2018

Nutrientes são substâncias encontradas na composição dos alimentos, que exercem importantes funções no organismo como:

• produção de energia (carboidratos, proteínas e lipídios)

• construção de tecidos (proteínas)

• regulação de funções orgânicas

Entenda um pouco mais o papel dos nutrientes em nosso corpo e como eles nos ajudam a manter o organismo em dia.

Nutrientes são todas as substâncias encontradas nos alimentos, que são úteis para o metabolismo orgânico e indispensáveis para o crescimento, desenvolvimento e manutenção das funções vitais dos organismos vivos, e consequentemente, para a boa manutenção da saúde. 

Dividem-se em macronutrientes, aqueles presentes em grande quantidade nos alimentos, como é o caso de carboidratos, proteínas e lipídios (ou gorduras); ou micronutrientes, aqueles que se apresentam em quantidades pequenas, como minerais e vitaminas.

Conheça os principais nutrientes e suas classificações;

Nutriente é qualquer elemento ou composto químico necessário para o metabolismo de um organismo vivo. Os nutrientes compõem os alimentos.

Nutrientes são essenciais para a vida e são formados pelos elementos químicos.

Estão divididos em macronutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras e água) e micronutrientes (vitaminas, minerais e fibras da dieta). 

Nos macronutrientes é que estão os valores calóricos dos alimentos.

Do ponto de vista da botânica e da ecologia, os nutrientes básicos são o oxigênio, o dióxido de carbono e os sais minerais necessários para a vida das plantas e dos outros seres vivos autotróficos.

As plantas e os constituintes do fitoplâncton formam assim a base da cadeia alimentar, uma vez que vão servir de alimentação aos animais.

Os seres vivos que não têm a capacidade fotossintética, como os animais, os fungos e muitos protistas, alimentam-se de plantas ou de outros animais, que podem estar tanto vivos como em decomposição. 

Para estes seres, os nutrientes são os compostos orgânicos e os minerais existentes nesses alimentos. 

Entre os principais nutrientes (macronutrientes) estão os hidratos de carbono, prótidos e lípidos; os micronutrientes incluem as vitaminas e os microminerais (ou oligoelementos).

A importância da água: o citoplasma das células vivas é constituído por uma solução aquosa de várias substâncias e, por essa razão, a água tem um lugar fundamental na nutrição dos seres vivos. 

Um conceito de nutriente é a de um soluto, ou seja, uma substância que sofreu dissolução em água. 

Deste ponto de vista, não se pode dizer que a água seja um nutriente, embora seja indispensável para o processo de absorção ou assimilação dos nutrientes.

Este conceito é mais diretamente observável nas plantas que, quando cultivadas, devem ser regadas e, muitas vezes necessitam de adubação, ou seja, é necessário fornecer-lhes uma solução em que se encontrem dissolvidos os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. Nos animais e seres unicelulares heterotróficos, os nutrientes são absorvidos depois da sua digestão, no sistema digestivo ou em organelas especializadas; este processo consiste em transformar os alimentos em substâncias que, em solução possam ser assimiladas pelas células.

Nutrientes orgânicos: os nutrientes orgânicos são sempre compostos por carbono, hidrogênio e oxigênio. 

Os principais nutrientes orgânicos são: os prótidos, os glícidos ou hidratos de carbono, os lípidos e as vitaminas.

Prótidos: este grupo de nutrientes fornece, por cada grama, 4 quilocalorias. 

As suas principais funções são: plástica, enzimática, de revestimento, contrátil, de transporte, hormonal, de defesa e de coagulação. 

Este nutriente está presente na carne, no peixe, nos ovos nas leguminosas e em alguns frutos secos tais como as nozes.

Carboidratos

Carboidratos, glicídios, glícidos, glucídios, glúcides ou hidratos de carbono, são compostos de função mista do tipo poliálcool-aldeído ou poliálcool-cetona e outros compostos que, por hidrólise, dão poliálcoois-aldeídos e/ou poliálcoois-cetonas. 

São as biomoléculas mais abundantes na natureza, constituídas principalmente por carbono, hidrogênio e oxigênio,podendo apresentar nitrogênio, fósforo ou enxofre na sua composição.

Conforme o tamanho, os carboidratos podem ser classificados em monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos.

Estrutura: os carboidratos são compostos orgânicos constituídos por carbono, hidrogênio e oxigênio, que geralmente seguem a fórmula empírica [C(H2O)]n, sendo n ≥ 7. 

A proporção entre os átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio é de 1:2:1. 

Contudo, alguns carboidratos não se ajustam a esta regra geral, como a fucose, por exemplo, cuja fórmula molecular é C6H12O5. 

Outros autores utilizam a fórmula empírica [Cx(H2O)y]. 

Podem ser poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas, isto é, possuem um grupo que pode ser aldeído ou cetona, respectivamente, e várias hidroxilas, geralmente uma em cada átomo de carbono que não faz parte do aldeído ou grupo funcional cetona. 

Além de carbono, hidrogênio e oxigênio, alguns carboidratos apresentam nitrogênio, fósforo ou enxofre em sua composição. 

Quando compostos por aldeídos são chamados de aldose, quando compostos por cetona são chamados de cetose.

Monossacarídeos: os monossacarídeos, também conhecidos como oses, são carboidratos com reduzido número de átomos de carbono em sua molécula. 

O n da fórmula geral (CnH2nOn) pode variar de 3 a 7 (trioses, tetroses, pentoses, hexoses e heptoses), sendo os mais importantes as pentoses e as hexoses (C6H12O6). 

São relativamente pequenos, solúveis em água e não sofrem hidrólise. 

Devido à alta polaridade, os monossacarídeos são sólidos cristalinos em temperatura ambiente, e assim como os oligossacarídeos, são solúveis em água. 

São insolúveis em solventes não polares. Embora sejam comumente representados na forma de cadeia linear, as aldoses com quatro carbonos e todos os monossacarídeos com mais de cinco carbonos apresentam-se predominantemente em estruturas cíclicas quando em solução aquosas. 

A nomenclatura na cadeia cíclica da-se de acordo com a posição da hidroxila (OH). 

Na glicose, por exemplo,se a OH que está ligada ao carbono um estiver abaixo do plano do anel irá se chamar de α-glicose, já se estiver acima do plano do anel irá s chamar β-glicose. 

Oligossacarídeos: os oligossacarídeos são carboidratos resultantes da união de duas a dez moléculas de monossacarídeos. 

A ligação entre os monossacarídeos ocorre por meio de ligação glicosídica, formada pela perda de uma molécula de água. 

O grupo mais importante dos oligossacarídeos são os dissacarídeos, formados pela união de apenas dois monossacarídeos. 

Quando são constituídos por três moléculas de monossacarídeos, recebem o nome de trissacarídeos.

Os oligossacarídeos são solúveis em água, mas como não são carboidratos simples como os monossacarídeos, necessitam ser quebrados na digestão para que sejam aproveitados pelos organismos como fonte de energia.

Polissacarídeos: os polissacarídeos são carboidratos grandes, às vezes ramificados, formados pela união de mais de dez monossacarídeos ligados em cadeia, constituindo, assim, um polímero de monossacarídeos, geralmente de hexoses. 

São insolúveis em água e portanto, não alteram o equilíbrio osmótico das células. 

Os polissacarídeos possuem duas funções biológicas principais, como forma armazenadora de combustível e como elementos estruturais.

Observação: existem outros tipos de polissacarídeos denominados hetropolissacarídeos que originam, por hidrólise, vários tipos diferentes de monossacarídeos. 

Como por exemplo o ácido hialurônico, condroitinsulfato e a heparina.

Osídeos: carboidratos que ao contrário dos monossacarídeos se hidrolisam. 

São divididos em holosídeos e heterosídeos.

Holosídeos e heterosídeos

Holosídeos: são os oligossacarídeos e polissacarídeos que, por hidrólise, produzem somente monossacarídeos. 

Tipo de açúcar encontrado nas plantas e vegetais.

Rafinose + 2 H2O → glicose + frutose + galactose Celulose + n H2O → n glicose.

Heterosídeos: são glicídios que sofrem hidrólise, produzindo oses (hidratos de carbono simples) e outros compostos.

Sais minerais

Os sais minerais são substâncias inorgânicas contendo cátions e íons metálicos. 

Eles são necessários ao corpo por serem responsáveis pelo bom funcionamento do metabolismo (conjunto de reações químicas catalisadas por enzimas). 

Sem o bom funcionamento do metabolismo, o corpo não reage de forma eficiente no combate às doenças e a cicatrização dos ferimentos, por exemplo. 

Os sais minerais são nutrientes que fornecem substâncias importantes como sódio, potássio, cálcio e ferro e etc. 

Encontramos sais minerais na água, nas frutas, nos legumes, nas verduras, nos frutos do mar, no leite e em diversos outros alimentos.

Os íons sódio e o potássio, regulam a quantidade de água no organismo, além de atuar nas funções do sistema nervoso e na contração muscular. 

O sódio é encontrado no sal de cozinha e o potássio em frutas como banana e laranja, entre outras.

Os sais de cálcio e de fósforo entram na composição dos dentes e dos ossos. 

O leite e seus derivados, como o queijo e o iogurte, fornecem esses minerais.

Ferro: o ferro é um elemento de origem mineral e que pode se manifestar nos alimentos em duas formas químicas diferentes. 

Existe o ferro não hemínico, ou ferro não heme (também denominado por vezes de inorgânico), que se encontra presente nos vegetais, leite e ovos. 

Estes alimentos só contêm este tipo específico de ferro, embora na carne e no peixe o ferro não heme constitua cerca de 65% do total. 

O ferro heme, hemínico ou orgânico só se encontra na carne e no peixe, constituindo 35% do total de ferro contido nestes alimentos.

O ferro, independentemente do seu tipo, seja ferro heme ou ferro não heme, possui uma taxa reduzida de absorção. 

As taxas variam conforme o tipo, mas a absorção nos vegetais em geral é de 10%, do peixe cerca de 15% e da soja e seus derivados cerca de 20%. 

O tipo de alimento que apresenta uma maior taxa de absorção de ferro é o grupo das carnes, registando-se 30% de absorção efetiva. 

Existe o mito que o ferro da carne é melhor que o ferro de origem vegetal, embora este fato não seja correto. 

Isto porque o organismo não consegue distinguir, uma vez absorvido, se o ferro proveio de vegetais ou carne, sendo ambos os tipos aproveitados metabolicamente. 

O que acontece é que, como se demonstrou, a taxa de absorção do ferro da carne, o ferro heme é superior ao ferro vegetal, o ferro não heme, embora seja mais prejudicial ao coração.

A vitamina C aumenta a absorção do ferro não heme. 

Já o cálcio, os oxalatos das verduras, fitatos dos cereais, os polifenóis ou tanino do chá e até certos alimentos de origem vegetal podem prejudicar a absorção de ferro, caso estejam presentes em excesso. 

O Ferro é o principal componente da hemoglobina, molécula que permite a absorção e o transporte de oxigênio pelo corpo, a sua falta pode causar problemas relacionados a respiração celular.

Principais fontes: Carnes; figado; Frango; Ovo; Fósforo

Atua na formação dos dentes e ossos; indispensável para o sistema nervoso e o sistema muscular, junto com o cálcio e com a vitamina D combatem o raquitismo.

Fósforo tem um papel importante na produção de energia juntamente com o cálcio. 

A energia química do corpo é armazenada em combinações de fosfato de alta energia.

O elemento fósforo é altamente venenoso, mas não é tóxico quando ingerido como fosfato na dieta.

Principais fontes: Carnes; Porco; Frango; Repolho. 

Magnésio: pesquisas revelaram que o magnésio tem um papel fundamental na performance em esportes de resistência. 

Este mineral atua principalmente nos músculos e ossos,onde ajuda na contração muscular e metabolismo energético.

Estudos mostraram que a deficiência de magnésio diminui a resistência e que o baixo nível deste mineral na circulação está associado à diminuição da capacidade aeróbica. 

Infelizmente, baixo nível de magnésio na circulação já foi constatado em corredores após a maratona está relacionado à perda pela transpiração.

Principais fontes: Legumes; Nozes; 

Zinco: atua no controle cerebral dos músculos; ajuda na respiração dos tecidos, participa no metabolismo das proteínas e carboidratos.

Sua falta provoca a diminuição dos hormônios masculinos e favorece o diabetes.

Zinco ajuda a manter o sistema imunológico sadio, facilita a cicatrização de machucados e recuperação de lesões. 

Além disso, como atletas perdem zinco pelo suor, eles podem se tornar deficientes deste mineral mais rapidamente. 

Um dos sinais de deficiência de zinco é o aumento de resfriados.

Potássio: potássio é um eletrólito importante para a transmissão nervosa, contração muscular e equilíbrio de fluidos no organismo. 

Sintomas de deficiência de potássio incluem fraqueza muscular, desorientação e fadiga.

Principais fontes: Carne; Leite; Frutas; vegetais;

Sódio: sódio é um eletrólito importante para a transmissão nervosa, contração muscular e equilíbrio de fluidos no organismo. 

Corredores participando de maratonas devem prestar atenção na reposição de sódio para evitar a hiponatremia. 

Muito sódio na dieta pode levar à hipertensão em pessoas com predisposição genética.

Principais fontes: Sal; Alimentos processados.

Flúor: Previne doenças dos rins, micose, dilatação das veias, cálculos da vesícula e paralisia.

Flúor e fluoreto são necessários para que o cálcio seja depositado aos ossos. 

Este e outros minerais como boro, cromo, cloreto, cobre, manganês, molibdênio, selênio, silício, enxofre e vanádio são necessários para a saúde em quantidades extremamente reduzidas. 

Uma dieta normal provê as quantidades necessárias destes elementos.

Suplementos alimentares

Os suplementos alimentares são preparações destinadas a complementar a dieta e fornecer nutrientes, como vitaminas, minerais, fibras, ácidos graxos ou aminoácidos, que podem estar faltando ou não podem ser consumidos em quantidade suficiente na dieta de uma pessoa. 

Os suplementos alimentares para fisiculturismo são usados por praticantes de atividade física, mais comumente em praticantes de musculação, proporcionando nutrientes essenciais como proteínas, carboidratos, minerais, vitaminas etc.

Suplementação desportiva: o uso de suplementos cresce no mercado e muitas pessoas buscam esse tipo de produto na esperança de mais saúde, beleza e rendimento. 

As promessas de resultados feitas pelos fabricantes geralmente não possuem qualquer respaldo científico ou são embasadas em pesquisas encomendadas. 

Burke & Read classificam os suplementos em duas grandes categorias: os suplementos dietéticos e os auxiliadores ergogênicos.

Os suplementos dietéticos são similares aos alimentos em relação aos nutrientes fornecidos, são produtos práticos para ingestão durante atividades, podem servir como auxiliares no aumento do consumo energético ou do aporte vitamínico-mineral. 

Entre eles, estão: as bebidas esportivas (com CHO e eletrólitos), os suplementos com alto teor de CHO (como os geis de CHO), os multivitamínicos, os vitamínicos, os suplementos minerais, as refeições líquidas e os suplementos à base de cálcio.

Por eliminação, o restante das substâncias ingeridas de forma suplementar à alimentação seria considerado auxiliador ergogênico. 

Os suplementos dietéticos não promovem aumento de desempenho. 

O resultado melhor na performance seria uma consequência da capacidade em atender uma demanda nutricional. 

Ou seja, o atleta não ficaria mais forte ou mais rápido devido ao suplemento, mas conseguiria manter-se em atividade mais tempo, por exemplo. 

Já o auxiliador ergogênico teria a capacidade de aumentar a performance, fornecendo substâncias que fisiologicamente não fariam parte da demanda nutricional. 

Outras classificações surgiram e alguns autores classificam todos os suplementos como sendo ergogênicos porque, de uma forma ou de outra, eles auxiliam na performance então a comida deveria ser considerada ergogênica pois auxilia na performance.

Na verdade, a grande diferenciação que se deve fazer é: existem substâncias que podem agir alterando processos metabólicos e genéticos diferentemente dos alimentos e existem produtos que simplesmente fornecem os nutrientes que normalmente viriam da alimentação de outra forma. 

É a linha que divide o que seria considerado suplementação nutricional do que se aproxima do doping. 

Dessa forma, quem consome suplementos e participa de eventos esportivos, deve estar atento para o conteúdo real do suplemento, para não ingerir substâncias proibidas, fato que já ocorreu com atletas importantes, que foram condenados por doping, depois provando-se que a substância provinha de produtos comercializados como suplementos alimentares.

Nutrientes essenciais

Existe uma série de elementos químicos que são considerados essenciais para a vida humana ou para algum outro organismo. 

Para que se considere um elemento químico essencial este deve cumprir quatro condições:

A ingestão insuficiente do elemento provoque deficiências funcionais, reversíveis se o elemento voltar a ficar nas concentrações adequadas;

Sem o elemento, o organismo não cresce e nem completa o seu ciclo vital;

O elemento influi diretamente no organismo e está envolvido em seus processos metabólicos;

O mesmo efeito no organismo não pode ser conseguido por nenhum outro elemento.

A maioria dos elementos que compõem os seres vivos são denominados elementos organógenos ou bioelementos. 

Geralmente são classificados segundo a sua abundância em majoritários, traços e microtraços. 

Os elementos em quantidades muito pequenas, traços e microtraços, são denominados oligoelementos.

A lista seguinte mostra os bioelementos presentes no ser humano, ordenados por ordem de abundância:

Majoritários: oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, fósforo, enxofre, potássio, sódio, cloro e magnésio.

Traços: ferro, zinco, cobre, flúor , bromo e selênio.

Microtraços (ultratraços): iodo, manganês, vanádio, silício, arsênio, boro, níquel, cromo, molibdênio e cobalto.

Existem outros elementos sem uma essencialidade muito clara como, por exemplo, lítio, cádmio e estanho.

Nem todos os seres vivos têm os mesmos elementos essenciais, por exemplo, o tungstênio não é essencial para os humanos mas é essencial para outros seres vivos. 

Na tabela periódica a seguir estão destacados os elementos químicos essenciais, assim como alguns outros cuja essencialidade está sendo discutida.

Existem elementos que estão presentes num organismo, porém não são essenciais. 

A comprovação e verificação da deficiência de um elemento num organismo é um estudo muito complicado devido às pequenas concentrações que atuam. 

É possível que o elemento se incorpore ao organismo de maneira inadvertida, e o organismo utilize as reservas que possui. 

São situações de difícil observação pelos estudiosos, durante algum tempo.

Normalmente a essencialidade se demonstra quando se descobre uma função biológica para algum composto do elemento. 

Se acredita que estes elementos químicos se têm convertido em essenciais devido à sua abundância e acessibilidade. 

Assim, existe uma boa relação entre a essencialidade de um elemento e a sua abundância na crosta terrestre e na água do mar.

Há casos em que o elemento é abundante mas não é essencial. Isto se explica pela dificuldade que o organismo apresenta em disponibilizá-lo. 

Por exemplo, o alumínio é um elemento muito abundante na crosta terrestre e não é essencial, seguramente porque forma compostos insolúveis em água e os organismos não podem captá-los facilmente.

As condições têm mudado desde o início da vida e os organismos têm podido se adaptar às mudanças ocorridas. 

Por exemplo, o ferro agora é pouco acessível, pois é encontrado principalmente como Fe+3 que forma compostos poucos solúveis, sendo necessário os organismos formarem complexos solúveis para captá-lo. 

Quando a atmosfera era menos oxidante era encontrado principalmente na forma de Fe+2, que forma compostos mais solúveis.

Relação dose-resposta: qualquer elemento, essencial ou não, pode ser tóxico a partir de determinadas concentrações. 

Para cada elemento químico essencial existe uma faixa de concentração considerada ótima para um organismo. 

Nesta faixa de concentração o organismo consegue desenvolver corretamente as funções que dependem deste elemento, porém não pode estar em concentrações excessivamente altas para que não produza efeitos tóxicos.

Abaixo desta faixa ocorre a deficiência deste elemento, podendo ocorrer como consequência efeitos patológicos, inclusive a morte do organismo.

Acima desta faixa ótima também aparecem efeitos patológicos ou morte do organismo derivado da toxicidade do elemento.

Num organismo os níveis ótimos de um elemento se mantêm mediante mecanismos homeostáticos. 

Desta forma existe o controle de absorção, armazenamento e excreção dos elementos. 

Um organismo pode apresentar deficiência ou excesso de um elemento devido a dieta, problemas nos mecanismos de absorção ou outros.

Gordura

Gordura é um termo genérico para uma classe de lipídios.

As gorduras, produzidas por processos orgânicos tanto por vegetais como por animais, consistem de um grande grupo de compostos geralmente solúveis em solventes orgânicos e insolúveis em água. 

Sua insolubilidade na água deve-se à sua estrutura molecular, caracterizada por longas cadeias carbônicas. 

Por ter menor densidade, esta flutua quando misturada em água. 

As gorduras têm sua cadeia quebrada no organismo pela ação de uma enzima chamada lipase, produzida pelo pâncreas.

Quimicamente as gorduras são sintetizadas pela união de três ácidos graxos à uma molécula de glicerol, formando um éster. 

Elas são chamadas de triglicerídeos, triglicerídes ou mais corretamente de triacilgliceróis. 

As gorduras podem ser sólidas ou líquidas em temperatura ambiente, dependendo de sua estrutura e de sua composição. 

Usualmente o termo gordura se refere aos triglicerídeos em seu estado sólido, enquanto que o termo óleo, ao triglicerídeos no estado líquido.

As gorduras podem ser diferenciadas em gordura saturada e gordura insaturada, dependendo da sua estrutura química. 

As gorduras saturadas são encontradas normalmente nos animais, no coco e no óleo de palma, enquanto as insaturadas nos demais vegetais.

Estrutura: uma regra geral é que todas as gorduras consistem de três moléculas de ácidos graxos com uma molécula de glicerol, formando uma estrutura conhecida como triacilglicerol.

As propriedades das moléculas de gordura dependem dos ácidos graxos que as formam. 

Os diferentes ácidos graxos são formados por um número diferente de átomos de carbono e hidrogênio.

Os átomos de carbono, cada um ligado em dois átomos de carbono vizinhos, formam uma cadeia em ziguezague quanto maior a quantidade de átomos de carbono mais longa será a cadeia. 

Ácidos graxos com cadeias maiores são mais suscetíveis a forças intermoleculares de atração, aumentando seu ponto de fusão (daí a consistência em temperatura ambiente). 

Longas cadeias também fornecem uma quantidade maior de energia por molécula quando metabolizadas.

Os ácidos graxos que constituem a gordura também se diferenciam pelo número de átomos de hidrogênio ligados na cadeia de átomos de carbono. 

Cada átomo de carbono é tipicamente ligado a dois átomos de hidrogênio. 

Quando um ácido graxo possui esta configuração típica ele é chamado de saturado, pois os átomos de carbono estão saturados com hidrogênio.

Em outras gorduras os átomos de carbono podem estar ligados a apenas um átomo de hidrogênio e terem uma ligação dupla com um carbono vizinho. 

Isto resulta em um ácido graxo insaturado. 

Mais especificamente seria um ácido graxo monoinsaturado, enquanto um ácido graxo poli-insaturado seria um ácido graxo com mais de uma ponte dupla.

Funções: essa categoria de moléculas é importante para inúmeras formas de vida, atuando tanto no papel metabólico como no papel estrutural.

As gorduras têm várias funções, como fonte e reserva de energia (um grama de qualquer gordura produz 9 kcal de energia), além de ser um importante isolante térmico (forma o tecido adiposo dos mamíferos) para os animais se protegerem contra o frio. 

São importantes para a síntese de outras substâncias, ou para o melhor funcionamento destas, como as vitaminas lipossolúveis, lipoproteínas, e alguns hormônios sexuais que dependem da existência de gordura para ter um funcionamento ideal.

As gorduras são essenciais para a maioria dos seres heterótrofos, incluindo os seres humanos. 

No entanto os ácidos graxos realmente essenciais são os das famílias ômega 3 e ômega 6, já que a partir destes o ser humano consegue produzir todos os demais.

As gorduras na alimentação: existem vitaminas que são só solubilizadas pelas gorduras, conhecidas como vitaminas lipossolúveis, como exemplo as vitaminas A,D,E, e K. 

Isso significa que elas só são digeridas, absorvidas e transportadas em conjunto com a gordura. 

Além disso a gordura é a principal fonte de ácidos graxos, muito importante na dieta.

Ácido graxo essencial

Os ácidos graxos essenciais (português brasileiro) ou ácidos gordos essenciais (português europeu) são os ácidos graxos que não são produzidos bioquimicamente pelos seres humanos e devem ser adquiridos da dieta. 

O termo ácido graxo essencial refere-se aos ácidos graxos necessários aos processos biológicos e não à aqueles que funcionam como fonte de energia.

Compreendem duas família: os ômega 3 e os ômega 6. Inicialmente, após a descoberta em 1923 do fato de que se tratavam de nutrientes essenciais, foram designados por vitamina F. 

Em 1930 Burr e Miller mostraram que eram mais bem classificados como gorduras do que como vitaminas.

Funções: os efeitos biológicos dos ácidos graxos ω-3 e ω-6 são mediados por suas interações mútuas.

No corpo, ácidos graxos essenciais servem à múltiplas funções. 

Em cada uma delas, o equilíbrio da dieta entre ω-3 e ω-6 afeta fortemente a função.

Eles são modificados para fazer a clássica eicosanoids (afetando inflamação e diversas outras funções celulares) os endocanabinoides (afetando humor, comportamento e inflamação) as lipoxinas que são um grupo de eicosanoids derivativas formadas através do caminho da lipo-oxigenase dos ω-3 e ω-6 (na presença de ácido acetilsalicílico, diminuindo a inflamação).

Eles formam tecidos adiposos (influenciando a sinalização celular).

Eles agem no DNA (ativando ou inibindo a transcrição de fatores).

Fontes alimentares

Algumas fontes alimentares de ácidos graxos ω-3 e ω-6 são peixes e mariscos, semente de linho, cannabis, óleo de soja, semente de chia, semente de abóbora, semente de girassol, e nozes.

Os Ácidos graxos essenciais participam de diversos processos metabólicos, e há evidência para sugerir que baixo níveis de ácidos graxos essenciais, ou o incorreto equilíbrio de tipos de ácidos graxos, pode ser fator de risco para diversas doenças, incluindo a Osteoporose.

Fontes vegetais de ω-3 não contêm Ácido eicosapentaenoico (EPA) nem Ácido docosa-hexaenoico (DHA). 

O corpo humano pode (e em caso de uma dieta exclusivamente vegetariana frequentemente deverá, a menos que certas Algas ou suplementos derivados delas sejam consumidos) converter Ácido alfalinolênico‎ (ALA) em EPA e na seqüencia em DHA. 

Entretanto isto necessita de mais esforço metabolico, o que é tido como a razão para a absorção de ácidos graxos ser maior quando a fonte alimentar é animal ao invés de vegetal.

Macronutrientes

Macronutrientes são os componentes da alimentação fundamentais para os organismos.

Para os animais, os principais nutrientes são proteínas, lipídios e carboidratos.

Na Nutrição mineral de plantas os Macronutrientes são os nutrientes minerais que perfazem os critérios da essencialidade das plantas e são exigidos em grandes quantidades (kg/há). 

A divisão entre Micronutrientes e Macronutrientes não tem correlação com uma maior ou menor essencialidade. Macronutrientes e Micronutrientes exercem as mesmas funções em todas as plantas superiores. 

Por esse motivo, sua falta ou excesso provoca a mesma manifestação visível – o sintoma.

Uma explicação para os Macronutrientes serem requeridos em quantidades elevadas é o fato de eles fazerem parte de moléculas essenciais para o vegetal, ou seja, possuem um papel estrutural. 

Por outro lado, os Micronutrientes estão mais relacionados à ativação de certas enzimas, sendo que possuem um papel regulatório.

Seis elementos químicos são considerados Macronutriente minerais para as plantas superiores:Nitrogênio (N), Fósforo (P), Potássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg), Enxofre(S). 

Os elementos Carbono (C), Hidrogênio (H) e Oxigênio (O) são Macronutrientes orgânicos, pois não são obtidos através do solo.

Funções dos Macronutrientes para as plantas

Nitrogênio (N): De maneira geral, o N é o nutriente mineral mais exigido pelas plantas. 

Cerca de 90% do N da planta encontra-se em forma orgânica e é assim que desempenha as suas funções, como componente estrutural de macromoléculas e constituinte de enzimas. 

Os aminoácidos livres dão origem: a outros aminoácidos e às proteínas e, por conseqüência, às coenzimas; são percursores de hormônios vegetais – triptofano do ácido indolacético e metionina do etileno, DNA e RNA (purinas e pirimidinas), molécula de clorofila.

Fósforo (P):Na forma de [[H2 PO4]] – regulação da atividade de enzimas. Liberação de energia do ATP e do fosfato de nucleotídeo de adenina – respiração, fixação de CO2 , biossíntese, absorção iônica.

Constituinte dos ácidos nucléicos. Fosfatos de uridina, citosina e guanidina –síntese de sacarose, fosfolipídeos e celulose. Fosfolipídeo de membrana celular.

Potássio (K): Este elemento está associado a economia de água, abertura e fechamento dos estômatos – fotossíntese, ativação de enzimas – transporte de carboidratos fonte-dreno; potencial hídrico celular(osmorregulador) – turgidez de tecido vegetal.

Cálcio (Ca): Como pectato, na lamela média, funciona como cimento entre células adjacentes. 

Participa do crescimento da parte aérea e das pontas das raízes. Redução no efeito catabólico das citocininas na senescência. 

No vacúolo, está presente como oxalato, fosfato, carbonato na regulação do nível desses ânions.

Citoplasma: Ca-calmodulina como ativadora de enzimas (fosfodiesterase cíclica de nucleotídeo, ATPase de membrana e outras). 

Mensageiro secundário de estímulos mecânicos, ambientais, elétricos. Atua na manutenção da estrutura funcional do plasmalema.

Magnésio (Mg): Ocupa o centro do núcleo tetrapirrólico da molécula de clorofila. 

Cofator das enzimas que transferem P entre ATP e ADP. Fixação do CO2 : ativação da carboxilase da ribulose fosfato e da carboxilase do fosfoenolpiruvato. 

Estabilização dos ribossomos para a síntese de proteínas.

Enxofre(S): Presente em todas as proteínas, enzimáticas ou não, e em coenzimas: CoA – respiração, metabolismo de lipídeos; biotina – assimilação de [[CO2]] e descarboxilação; tiamina – descarboxilação do piruvato e oxidação de alfacetoácidos. 

Componente da glutationa e de hormônios. Pontes de bissulfato(-S-S-), participam de estruturas terciárias de proteínas. 

Formação de óleos glicosídicos e compostos voláteis. Formação de nódulos das leguminosas. 

Componente da Ferredoxina – assimilação do CO2 , síntese da glicose e do glutamato, fixação do [[N2]] , redução do nitrato.

Micronutrientes

Micronutrientes ou oligoelementos são nutrientes necessários à manutenção de algum organismo, como no caso do cromo para o corpo humano, necessário em quantidades extremamente pequenas, e de alguns metais para plantas. 

São nutrientes necessários para a manutenção do organismo, embora sejam requeridos em pequenas quantidades, de miligramas a microgramas. 

Fazem parte deste grupo as vitaminas e os minerais, os quais são essenciais e devem estar diariamente presentes na alimentação. 

O défice de micronutrientes pode provocar doenças ou disfunções, ao passo que o o excesso pode acarretar intoxicações. 

Por esse motivo, a dieta deve ser sempre equilibrada e variada.

Quantidades traço significam quantias extremamente pequenas detectadas em certo ambiente ou amostra, falando-se na ordem dos microgramas por litro. 

Mesmo sendo tão pequenas, tais quantias são frequentemente importantes para o ambiente em que se encontram, sendo alguns componentes conhecidos necessários ao corpo humano, responsável pela morte de várias espécies de vegetais e contaminação bastante significativa do ar, solo e água.

Funções dos microminerais

Estrutural: Pela simples participação na constituição das estrutura dos órgãos.

Físico-química: Caracteriza-se pela ação do elemento per sí na execução de uma tarefa biológica.

Catalisadora de reações bioquímicas (enzimas, coenzimas, cofatores, metaloproteínas e hormônios): Principalmente relacionada com os microelementos incorporados ou associados às enzimas, coenzimas ou cofatores, metaloproteínas e hormônios, estes elementos têm papel fundamental como reguladores da velocidade (catalisadores ou de desencadeamento de reações bioquímicas orgânicas. 

Os cofatores enzimáticos são enzimas que precisam de íons, chamadas metaloenzimas, e o íon pode atuar de várias formas: como centro catalítico primário, no sítio ativo da enzima; como complexo de coordenação ou grupo de união entre o substrato e a enzima; como estabilizador da conformação da enzima. 

Exemplos de metaloenzimas; anidrase carbônica (Zn2+), citocromo oxidase (Cu+).

Lista de micronutrientes: Ferro (Fe); Zinco (Zn); Cobre (Cu); Manganês (Mn); Selênio (Se); Cromo (Cr); Iodo (I); Flúor (F); Arsénio (As); Boro (B); Molibdênio (Mo); Cobalto (Co); Estanho (Sn); Níquel (Ni); Vanádio (V); Silício (Si);

Nootrópicos

Nootrópico (do grego νους nous, mente, τρέπειν trepein, dobrar) é o termo usado para descrever uma classe de compostos que supostamente aumentam o desempenho cognitivo no ser humano.

São substâncias - sintéticas ou naturais - que melhoram os vários aspectos da cognição (tais como memória, aprendizado, concentração), enquanto não apresentam toxicidade ou potencial para adição. 

Hoje já é possível encontrar Nootrópicos de empresas Brasileiras, como a Hack Life Brasil, umas pioneiras localizada no estado do Rio Grande do Sul.

História: O termo foi usado pela primeira vez em 1972 pelo Dr. Corneliu E. Giurgea, psicólogo e químico romeno, para se referir a uma droga que não causaria efeitos secundários e que aumentaria as capacidades intelectuais. 

Essa droga era o Piracetam, hoje usado como um suplemento e também no tratamento de diversas condições cognitivas debilitantes.

Quem consome nootrópicos?

O grupo que mais consome esse tipo de compostos são os idosos com doenças degenerativas, como o mal de Parkinson e o mal de Alzheimer, e pessoas com doenças que afetam suas capacidades cognitivas negativamente.

Algumas tentativas têm sido feitas nas deficiências mentais com o uso do ácido gama-aminobutírico. 

Também foram observados bons resultados com o uso de estimulantes, como Metilfenidato e Amitriptilina, nos distúrbios de aprendizagem associados ao déficit de atenção (TDAH).

Eficácia e segurança: Grande parte dos ditos nootrópicos aumentam o fluxo de sangue ao cérebro (fornecendo mais oxigênio), promovem a neurogênese ou possuem ação estimulante do sistema nervoso central.

O uso dessas substâncias deve ser, sempre que possível, supervisionado por um profissional de saúde.

Uso por estudantes: O uso de estimulantes prescritos é especialmente prevalente entre os estudantes que frequentam faculdades e concursos academicamente competitivos.

Pesquisas sugerem que 0,7-4,5 % dos estudantes alemães têm usado estimulantes cognitivos em sua vida acadêmica, tais como Metilfenidato e Cafeína.

Com base em alguns estudos sobre o uso ilícito de estimulantes, 5-35% dos estudantes universitários usam ou já usaram estimulantes prescritos para TDAH.

Vários fatores podem influenciar positivamente ou negativamente o uso de fármacos para aumento cognitivo. 

Como as características pessoais do indivíduo, histórico de uso de outras drogas, e as características do contexto social.

Fitoquímicos

Fitoquímica é, no sentido restrito da palavra, o estudo de fitoquímicos, que são compostos de natureza química, produzidos por vegetais. 

Frequentemente o termo é aplicado ao grande número de compostos do metabolismo secundário das plantas. 

Muitos desses metabólitos são conhecidos por oferecer vários tipos de proteção para as plantas, seja contra a ataques de insetos e herbívoros, seja contra pragas e doenças dos vegetais. 

Usualmente é uma área de atuação de biólogos, botânicos, farmacêuticos, bioquímicos, biomédicos e químicos.

Os fitoquímicos em plantas alimentares são frequentemente ativos na biologia humana e, em muitos casos, têm benefícios para a saúde.

Métodos comumente utilizadas no campo da fitoquímica são extração, fracionamento químico, separação, isolamento e elucidação estrutural (MS, RMN 1D e 2D) de produtos naturais, valendo-se de técnicas cromatográficas (MPLC, HPLC, LC-MS), segundo o objetivo e os compostos de interesse envolvidos.

Os trabalhos em fitoquímica consistem no levantamento e estudo de componentes químicos, como princípios ativos, odores, pigmentos, moléculas da parede celular. 

As aplicações destes estudos podem se ramificar para a área médica e farmacêutica (através da pesquisa de novas substâncias a serem usadas em medicamentos), assim como para a taxonomia (através do uso pelos botânicos dos caracteres químicos para diferenciar as espécies), como também para a química (através dos estudos das vias metabólicas que originam as diferentes substâncias presentes nos vegetais), entre outras aplicações.

Uma área correlata à fitoquímica é a farmacognosia, estando ambas ligadas pela indústria farmacêutica.

Proteínas

Proteínas são macromoléculas biológicas constituídas por uma ou mais cadeias de aminoácidos.

As proteínas estão presentes em todos os seres vivos e participam em praticamente todos os processos celulares, desempenhando um vasto conjunto de funções no organismo, como a replicação de ADN, a resposta a estímulos e o transporte de moléculas. 

Muitas proteínas são enzimas que catalisam reações bioquímicas vitais para o metabolismo. 

As proteínas têm também funções estruturais ou mecânicas, como é o caso da actina e da miosina nos músculos e das proteínas no citoesqueleto, as quais formam um sistema de andaimes que mantém a forma celular. 

Outras proteínas são importantes na sinalização celular, resposta imunitária e no ciclo celular. As proteínas diferem entre si fundamentalmente na sua sequência de aminoácidos, que é determinada pela sua sequência genética e que geralmente provoca o seu enovelamento numa estrutura tridimensional específica que determina a sua atividade.

Ao contrário das plantas, os animais não conseguem sintetizar todos os aminoácidos de que necessitam para viver. 

Os aminoácidos que o organismo não é capaz de sintetizar por si próprio são denominados aminoácidos essenciais e devem ser obtidos pelo consumo de alimentos que contenham proteínas, as quais são transformadas em aminoácidos durante a digestão. 

As proteínas podem ser encontradas numa ampla variedade de alimentos de origem animal e vegetal. 

A carne, os ovos, o leite e o peixe são fontes de proteínas completas. 

Entre as principais fontes vegetais ricas em proteína estão as leguminosas, principalmente o feijão, as lentilhas, a soja ou o grão-de-bico. 

A grande maioria dos aminoácidos está disponível na dieta humana, pelo que uma pessoa saudável com uma dieta equilibrada raramente necessita de suplementos de proteínas. 

A necessidade é também maior em atletas ou durante a infância, gravidez ou amamentação, ou quando o corpo se encontra em recuperação de um trauma ou de uma operação. 

Quando o corpo não recebe as quantidades de proteínas necessárias verifica-se insuficiência e desnutrição proteica, a qual pode provocar uma série de doenças, entre as quais atraso no desenvolvimento em crianças ou kwashiorkor.

Uma proteína contém pelo menos uma cadeia polímérica linear derivada da condensação de aminoácidos, ou polipeptídeo. 

Os resíduos individuais de aminoácidos estão unidos entre si através de ligações peptídicas. 

A sequência dos resíduos de aminoácidos em cada proteína é definida pela sequência de um gene, a qual está codificada no código genético. 

Durante ou após o processo de síntese, os resíduos de uma proteína são muitas vezes alterados quimicamente através de modificação pós-traducional, a qual modifica as propriedades físicas e químicas das proteínas, o seu enovelamento, estabilidade, atividade e, por fim, a sua função. Nalguns casos as proteínas têm anexados grupos não peptídicos, os quais são denominados cofatores ou grupos prostéticos. 

As proteínas podem também trabalhar em conjunto para desempenhar determinada função, agrupando-se em complexos proteicos. 

As proteínas podem ser purificadas a partir de outros componentes celulares recorrendo a diversas técnicas, como a precipitação, ultracentrifugação, eletroforese e cromatografia. 

Entre os métodos usados para estudar a estrutura e funções das proteínas estão a imuno-histoquímica, mutagênese sítio-dirigida, ressonância magnética nuclear e espectrometria de massa.

Aminoácidos essenciais

Um aminoácido essencial é aquele que o organismo (normalmente, o humano) não é capaz de sintetizar, mas é necessário para o seu funcionamento.

O organismo humano é incapaz de sintetizar cerca de metade dos vinte aminoácidos comuns. 

Tem então de os obter através da dieta, pela ingestão de alimentos ricos em proteínas.

Os aminoácidos não essenciais são também necessários para o funcionamento do organismo, mas podem ser sintetizados in vivo a partir de determinados metabolitos.

Existem aminoácidos que são essenciais apenas em determinadas situações patológicas ou em organismos jovens e em desenvolvimento. 

A estes convencionou-se a designação condicionalmente essenciais. 

Estes aminoácidos são normalmente fonte de divisão entre os cientistas, havendo os que consideram estes como essenciais e os que não os consideram essenciais.

A lista abaixo mostra os aminoácidos comuns classificados quanto à sua essencialidade para o organismo humano. Esta lista é válida para a maioria dos mamíferos.

Essenciais: Fenilalanina; Histidina; Isoleucina; Lisina; Leucina; Metionina; Treonina; Triptofano; Valina; 

Não Essenciais: Ácido Aspártico; Ácido Glutamico; Alanina;

Arginina; Asparagina; Cisteína; Glicina; Glutamina; Prolina;

Serina; Tirosina;

Note-se que os aminoácidos não essenciais possuem, em geral, vias de síntese relativamente simples. 

Por exemplo, o metabolito α-cetoglutarato (intermediário do ciclo dos ácidos tricarboxílicos) é precursor do glutamato, que por sua vez pode dar origem à glutamina, à prolina e à arginina. 

Os aminoácidos são especialmente divididos em dois grupos: os não essenciais (que são os que o nosso corpo produz) e os essenciais (aqueles cujo nosso corpo não produz, mas que pode ser obtido através da alimentação).

A maioria das plantas e bactérias consegue sintetizar a totalidade dos aminoácidos, não existindo nestes organismos o conceito de aminoácido essencial.

Desejo aos meus leitores uma boa Segunda Feira, e uma ótima nova semana que se inicia!!

Toplist

Última postagem

Tag