Quais são os benefícios da ginástica consegue trazer para nosso corpo?

A import�ncia da gin�stica enquanto conte�do
da Educa��o F�sica escolar

La importancia de la gimnasia como contenido de la Educaci�n F�sica escolar

 

Mestra em Educa��o pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, MG (CES, MG)

Especialista em Nata��o. Pontif�cia Universidade Cat�lica de Minas Gerais (PUC, MG)

Especialista em Psicopedagogia. Funda��o Dom Andr� Arcoverde de Valen�a, RJ (FAA)

Especialista em L�ngua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Faculdades Integradas de Jacarepagu�

Graduada em Educa��o F�sica. Universidade Federal de Juiz de Fora, MG (UFJF)

Graduada em Pedagogia. Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, MG (CES, JF)

Professora do Curso de Educa��o F�sica. Faculdades Presidente

Ant�nio Carlos (FAPAC) Leopoldina, MG

Professora do Curso de Educa��o F�sica. Faculdades Sudam�rica. Cataguases, MG

Professora do Curso de Pedagogia da Universidade do Estado

de Minas Gerais (UEMG) Unidade Leopoldina, MG

Martha Bezerra Vieira

(Brasil)

 

Resumo

          A abordagem da gin�stica como disciplina integrante dos curr�culos das escolas de Educa��o F�sica brasileiras, � fundamental para uma melhor compreens�o desta modalidade como uma possibilidade importante na forma��o da sociedade, assim como tamb�m oferece a possibilidade de mostrar aos futuros profissionais da �rea, como a mesma pode oportunizar a express�o de a��es criativas e originais, permitindo mostrar a diversidade da nossa cultura.

          Unitermos

: Gin�stica. Educa��o F�sica. Sociedade.  
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - A�o 18 - N� 180 - Mayo de 2013. //www.efdeportes.com/

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Introdu��o

    Um dos principais fundamentais do desenvolvimento motor do aluno, � que se permita na sua viv�ncia corporal v�rias experi�ncias de movimento. A Educa��o F�sica � um processo de Educa��o em Sa�de, seja por vias formais ou n�o formais, pois ao promover uma educa��o afetiva para a sa�de e uma ocupa��o saud�vel do tempo livre de lazer, constitui-se um meio afetivo para a conquista de um estilo de vida ativo e com qualidade (LEGUETE, 1987)

    Durante muito tempo a aula de Educa��o F�sica na escola foi vista como hora de lazer ou momento de trabalhar o corpo, desenvolvendo suas fun��es f�sicas, refor�ando uma concep��o dicot�mica de corpo e mente, atualmente, por for�a legal, a Educa��o F�sica � considerada disciplina integrante do projeto pedag�gico da escola. (PEREIRA, 2006)

    A Educa��o F�sica escolar � uma mat�ria de ensino ador�vel, e de grande import�ncia, independente da modalidade a ser trabalhada. Algumas pessoas dizem que a Educa��o F�sica traz desordem nas escolas, mas n�o sabem que esta � ben�fica e restauradora para a institui��o, pois sua desordem � portadora de uma ordem interna, que lhe � peculiar e que pode criar, ou vir a criar uma outra ordem na escola. (LISTELLO, 1979)

    Segundo Nascente (1988), a Gin�stica � �conjunto de exerc�cios corporais com o objetivo de aprimorar ou corrigir as capacidades f�sicas�. J� para Holanda (1986), �arte ou ato de exercitar o corpo para fortific�-lo, e dar-lhe agilidade; o conjunto de exerc�cios corporais sistematizados para esse fim, realizados no solo ou com aux�lio de aparelhos e aplicados com objetivos educativos, competitivos, art�sticos, terap�uticos, etc.�.

    Assim, podemos entender a Gin�stica, como forma de trabalho corporal, realizado em espa�o fechado, ao ar livre, na �gua, com ou sem aparelhos e materiais, com ou sem utiliza��o de musica, proporcionando experi�ncias corporais que visam � conscientiza��o do pr�prio corpo, suas possibilidades de movimento e a busca de um estilo individual de execut�-lo, atrav�s de movimentos ritmados, alegres, expressivos, com varia��es din�micas, geral e localizados.

    A palavra gin�stica diz-se vir do grego �Gymnastik�, arte de fortificar o corpo e dar-lhe agilidade, ou �Gimos�, que significa nu. Mas, j� para o homem pr�-hist�rico, a atividade f�sica tinha um papel importante para sua sobreviv�ncia, expressa principalmente na necessidade vital de atacar e defender-se. O exerc�cio f�sico utilit�rio e sistematizado de forma rudimentar era transmitido atrav�s das gera��es e fazia parte dos jogos, rituais e festividades. Na antiguidade, principalmente no Oriente, os exerc�cios f�sicos apareceram nas v�rias formas de luta, na nata��o, no remo, no hipismo, na arte de atirar com o arco, como exerc�cios utilit�rios, nos jogos, nos rituais religiosos e na prepara��o militar de maneira geral (BOURGEOIS, 1998).

    Todas as crian�as t�m necessidade de desenvolver as habilidades f�sicas b�sicas e devem ser exploradas, abrangendo o manancial de movimentos que disp�em o corpo e a mente. Os primeiros passos para a atividade, pode ser considerado proveniente da evolu��o natural dos movimentos do ser humano, como deslocamentos simples, saltos, giros, apoiar nos aparelhos, balan�ar... (BOURGEOIS, 1998).

    Como modalidade esportiva a gin�stica teve sua oficializa��o e regulamenta��o h� pouco tempo, enquanto que na mera condi��o de pr�tica met�dica de exerc�cios f�sica j� a encontramos nas civiliza��es da China e da �ndia, nos idos do ano 2.600 AC., tendo sido amplamente desenvolvido pelos gregos e da� seguiu o rastro cultural do Helenismo, passando ao Imp�rio Romano e chegando aos nossos dias. (BOURGEOIS, 1998).

    O universo da gin�stica no contexto escolar � muito abrangente, e as possibilidades de movimento e express�o atrav�s da gin�stica s�o diversas. A gin�stica � uma atividade corporal completa, pois contribui para o desenvolvimento da crian�a, nos seus aspectos, motor, cognitivo, for�a e agilidade, e servem de base para a pr�tica de outros esportes e atividades, al�m de benef�cios como coordena��o, confian�a, disciplina, organiza��o e criatividade. (SOUZA, 1997),

    A gin�stica � muito importante para a vida da crian�a, tanto para seu desenvolvimento, quanto de forma l�dica, pois � uma atividade completa e satisfaz a crian�a.

Revis�o da literatura

Hist�ria da Gin�stica

    A gin�stica � um Desporto que envolve a pr�tica de uma s�rie de movimentos que exigem for�a, flexibilidade e coordena��o motora. Ela se desenvolveu a partir dos exerc�cios f�sicos que eram feitos pelos soldados da Gr�cia antiga, incluindo habilidades para montar e desmontar num cavalo, e habilidades semelhantes �s executadas num circo. Naquela �poca, os ginastas praticavam o esporte nus (gymnos � do grego, nu), nos chamados gymnasios, patronados pelo deus Apolo. O esporte s� voltou a ser retomado com �nfase no final do s�culo XVIII na Europa com a Escola Alem�, de movimentos lentos e ritmados, e com a Escola Sueca, que introduziu aparelhos na pr�tica do esporte. (BOURGEOIS, 1998).

    A hist�ria da Gin�stica confunde-se com a hist�ria do homem. A Gin�stica entendida por Ramos (1982: 15) como a pr�tica do exerc�cio f�sico �vem da Pr�-hist�ria, afirma na Antiguidade, estaciona na Idade M�dia, fundamenta-se na Idade Moderna e sistematiza-se nos prim�rdios da Idade Contempor�nea�. No homem pr�-hist�rico a atividade f�sica tinha papel relevante para sua sobreviv�ncia, expressa principalmente na necessidade vital de atacar e defender-se. O exerc�cio f�sico de car�ter utilit�rio e sistematizado de forma rudimentar era transmitido atrav�s das gera��es e fazia parte dos jogos, rituais e festividades.

    Na antiguidade, principalmente no Oriente, os exerc�cios f�sicos aparecem nas v�rias formas de luta, na nata��o, no remo, no hipismo, na arte de atirar com o arco, como exerc�cios utilit�rios, nos jogos, nos rituais religiosos e na prepara��o guerreira de maneira geral. Na Gr�cia nasceu o ideal da beleza humana (corpos esculturais e musculosos), o qual pode ser observado nas obras de arte espalhadas pelos museus em todo o mundo, onde a pr�tica do exerc�cio f�sico era altamente valorizada como educa��o corporal em Atenas e como prepara��o para a guerra em Esparta. O fato de ser Gr�cia o ber�o dos Jogos Ol�mpicos, disputados 293 vezes durante quase 12 s�culos (776 a. C. 393 d. C.), demonstra a import�ncia da atividade f�sica nesta �poca. Em Roma, o exerc�cio f�sica tinha como objetivo principal a prepara��o militar e num segundo plano a pr�tica de atividades desportivas como as corridas de carros e os combates de gladiadores que estavam sempre ligados �s quest�es b�licas. Recorda��es das magnificas instala��es esportivas desta �poca como as termas, o circo, o est�dio, ainda hoje impressionam quem os visita pela magnitude de suas propor��es. (GYMNASTIK FUR JUGEND, 1973).

    Na Idade M�dia os exerc�cios f�sicos foram a base da prepara��o militar dos soldados, que durante os s�culos XI, XII e XIII lutaram nas Cruzadas empreendidas pela igreja. Entre os nobres eram valorizadas a esgrima e a equita��o como requisitos para a participa��o nas Justas e Torneios, jogos que tinham como objetivo enobrecer o homem e faz�-lo forte e apto.

    H� inda registros de outras atividades praticadas neste per�odo como o manejo do arco e flecha, a luta, a escalada, a marcha, a corrida, o salto, ca�a e a pesca e jogos simples e de pelota, um tipo de futebol e jogos de raqueta (RAMOS, 1982).

    Segundo Langlade e Langlade (1970), at� 1800 as formas comuns de exerc�cio f�sico eram os jogos populares, as dan�as folcl�ricas e regionais e o atletismo. Para estes autores, a origem da atual Gin�stica data do in�cio do s�culo XIX, quando surgiram quatro grandes escolas: A Escola Inglesa, a Escola Alem�, a Escola Sueca e a Escola Francesa, sendo a primeira mais relacionada aos jogos, atividades atl�ticas e ao esporte. As demais escolas foram as respons�veis pelo surgimento dos principais m�todos gin�sticos, que por sua vez determinaram a partir de 1900 o in�cio de tr�s grandes movimentos gin�sticos na Europa. S�o eles: o Movimento do Oeste na Fran�a, o Movimento do Centro na Alemanha, �ustria e Su��a e o Movimento do Norte englobando os pa�ses da Escandin�via.

    Estes movimentos v�o at� 1939 quando foi realizada a primeira Lingiada em Estocolmo, um festival internacional de Gin�stica Sueca, dando in�cio ao per�odo que se estende at� os dias de hoje, determinando �influ�ncias rec�procas e universaliza��o dos conceitos gin�sticos. (LANGLADE e LANGLADE, 1970).

    A denomina��o Gin�stica, inicialmente utilizada como referencia � todo tipo de atividade f�sica sistematizada, cujos conte�dos variavam desde as atividades necess�rias � sobreviv�ncia, aos jogos, ao atletismo, �s lutas, � prepara��o de soldados, adquiriu a partir de 1800 com o surgimento das escolas e movimentos gin�sticos acima descritos, uma conota��o mais ligada � pr�tica do exerc�cio f�sico, a partir desta �poca, a Gin�stica passou a desempenhar importantes fun��es na sociedade industrial, �apresentando-se como capaz de corrigir v�cios posturais oriundos das atitudes adotadas no trabalho, demonstrando assim, as suas vincula��es com a medicina e, desse modo, conquistando status�. (SOARES, 1994).

    In�meros m�todos gin�sticos foram sendo desenvolvidos principalmente nos pa�ses europeus, os quais influenciaram e at� os dias de hoje influenciam, a Gin�stica mundial e em particular a brasileira. Dentre aqueles que tiveram maior penetra��o no Brasil destacam-se as escolas alem�s, sueca e francesa. Essas quest�es s�o amplamente analisadas por autores como Ramos (1982), Marinho (1992), Langlade e Langlade (1970, Castellani Filho (1988), Soares (1994) entre outros, os quais tem estudado os aspectos hist�ricos relacionados � Educa��o F�sica e � Gin�stica e contribu�do de forma significativa para a compreens�o de sua evolu��o em n�vel nacional e internacional.

    Com a evolu��o da Educa��o F�sica, a gin�stica se especializou, de acordo com as finalidades com que � praticada ou ent�o em correspond�ncia com os movimentos que a comp�em. A gin�stica como modalidades esportiva vem se desenvolvendo bastante nos �ltimos tempos. No elenco de provas esportivas dos Jogos Ol�mpicos talvez seja um dos espet�culos mais belos e de maior poder de atra��o. As provas de gin�stica, normalmente s�o aquelas que se enquadram nos ramos conhecidos como gin�stica ol�mpica, gin�stica r�tmica e gin�stica acrob�tica como modalidade esportiva. (CARLOS MADEIRO, 2001)

    Sem d�vida a Gin�stica � uma arte, e a cada dia que passa a gin�stica vem nos surpreendendo, transformando-se no esporte mais lindo de todos, com gestos e coreografias fascinantes. E hoje a busca pela gin�stica em academias e clubes vem crescendo consideravelmente, fruto do sucesso dos ginastas brasileiros.

O papel do professor de Educa��o F�sica escolar

    O professor de Educa��o F�sica deve antes de tudo ter prazer pelo que faz, ter forma��o em licenciatura, buscar conhecimentos, ter postura, atitude, paci�ncia, aten��o, meticulosidade, criatividades, buscar a forma��o continuada a autenticidade firmando-se como pesquisador, com o intuito de executar com efici�ncia, habilidade e compet�ncia o seu papel de educador. (SOARES, REZENDE, SOUSA, NOGUEIRA, SILVA e ABRANCHES, 2006).

    O professor � o grande agente do processo educacional, e � a alma de qualquer institui��o de ensino. Por mais que se invista na equipagem das escolas, em laborat�rios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campo de futebol � sem negar a import�ncia de todo esse instrumental �, tudo isso n�o se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao papel e a import�ncia do professor. (CHALITA, 2006)

    Entre os profissionais de Educa��o F�sica do Brasil, existem diferentes entendimentos do papel da Educa��o F�sica escolar. Poder�amos dizer que um grande grupo pensa e age de acordo com uma vis�o biol�gica, a partir da qual o papel da Educa��o F�sica seria melhorar a aptid�o f�sica dos indiv�duos, com o que estaria, automaticamente, contribuindo para o desenvolvimento social, uma vez que os indiv�duos estariam aptos a atuar na sociedade e, portanto, seriam mais �teis a ela. (SAVIANI, 1984)

    Outro grupo de profissionais, que juntamente com a anterior, perfazem a maioria, superam de certo modo a vis�o anterior, agregando � melhoria da aptid�o f�sica o desenvolvimento ps�quico. Esta segunda vis�o que denominamos de biopsicol�gica reconhece como papel da Educa��o F�sica a melhoria da aptid�o f�sica, o desenvolvimento intelectual e a manuten��o do equil�brio afetivo ou emocional; utilizando uma abordagem sist�mica, dizia-se que a Educa��o F�sica atua sobre os dom�nios psicomotor, cognitivo e afetivo. Nestas duas vis�es, por�m, a an�lise da rela��o da Educa��o F�sica com o contexto social � funcionalista, na medida que � seu papel formar f�sica e psiquicamente um cidad�o que desempenhe melhor poss�vel (dentro da atual estrutura social), o papel a ele atribu�do na pr�tica social. (SAVIANI, 1984)

    Dessa forma, s�o vis�es hist�ricas do papel social da Educa��o F�sica, como tamb�m, circunscrevem-se no �mbito das teorias cr�ticas da educa��o, por n�o reconhecerem os condicionamentos sociais da Educa��o F�sica e da atividade pedag�gica. (SAVIANI, 1984)

    Entendemos que n�o devemos permanecer mais com vis�es parciais e falseadas da nossa pr�tica social, produzidas por uma metodologia positivista e fragmentadas. Neste sentido, n�o podemos prescindir de uma an�lise cr�tica que possa identificar o papel social que a Educa��o F�sica concretamente cumpre neste momento hist�rico de nossa sociedade. (BRACHT, 1986)

    O professor precisa acreditar no que diz ter convic��o em seus ensinamentos para que os alunos tamb�m acreditem e se sintam envolvidos. Precisa de preparo para ir no rumo certo e alcan�ar os objetivos que almeja.

A import�ncia da Educa��o F�sica escolar

    Todos sabemos da import�ncia de fazer uma atividade f�sica e de se manter ativo. Mas isto deve ser trabalhado j� na inf�ncia, aliando a Educa��o F�sica, � educa��o moral e intelectual, formando o indiv�duo como um todo.

    Infelizmente muitos professores ainda desperdi�am o tempo da aula, dando uma bola aos alunos para que eles joguem futebol, v�lei, enfim, ou o que acharem melhor. H� muitos professores que n�o se preocupam em motivar os alunos. N�o planejam as aulas e n�o tem um objetivo ou finalidade pr�-determinada da aula. A Educa��o F�sica n�o se resume a corre, brincar, jogar bola, fazer gin�stica... (ALVIN, 2007)

    A Educa��o F�sica deve sim, integrar o aluno na cultura corporal de movimento, mas de uma forma completa, transmitir conhecimentos sobre a sa�de, sobre v�rias modalidades do mundo dos esportes e do fitness, adaptando o conte�do das aulas � individualidade de cada aluno e a fase de desenvolvimento em que estes se encontram. � uma oportunidade de desenvolver as potencialidades de cada um, mas nunca de forma seletiva e sim, incluindo todos os alunos no programa. (CARVALHO, 1994)

    Os alunos n�o devem acreditar que a aula de Educa��o F�sica � apenas uma hora de lazer ou recrea��o, mas que � uma aula como as outras, cheia de conhecimentos que poder�o trazer muitos benef�cios se inseridos no cotidiano. Mas, para que estes benef�cios sejam notados � essencial manter uma regularidade nas atividades e desta forma, a aula de Educa��o F�sica deveria ocorrer pelo menos tr�s vezes por semana. (ALVIN, 2007)

    As aulas devem ser din�micas, estimulantes e interessantes. Os conte�dos precisam ter uma complexidade crescente a cada serie acompanhando o desenvolvimento motor e cognitivo do aluno. O professor tem de inovar e diversificar, pois o campo de trabalho envolve muitas atividades que podem ser trabalhadas com os alunos como jogos, competi��es, dan�a, m�sica, teatro, express�o corporal, pr�ticas de aptid�o f�sica, jogos de m�mica, gincanas, leituras de textos, trabalhos escritos e pr�ticos, din�mica em grupo, uso de TV, DVD, etc. o campo � muito amplo, basta o professor ser respons�vel, ter seriedade e muita criatividade. Um trabalho bem feito deve estimular a longevidade com qualidade. (ALVIN, 2007)

Conte�dos e estruturas da gin�stica

    Todo movimento gin�stico, assim como os movimentos caracter�sticos dos esportes, evolu�ram dos movimentos naturais do ser humano, ou habilidades espec�ficas do ser humano que s�o aquelas que se caracterizam por estar presentes em todos os seres humanos, independentes de seus lugar geogr�fico e n�vel s�cio-cultural e que servem de base para aquisi��o de habilidades culturalmente determinadas. (GALLARDO, 1993)

    Estes movimentos naturais ou habilidades espec�ficas do ser humano, quando analisados e transformados, visando o aprimoramento da performance do movimento, entendida aqui de acordo com v�rios objetivos como: economia de energia, melhoria do resultado, preven��o de les�es, beleza do movimento entre outros, passam a ser considerados como movimentos constru�dos (exerc�cios) ou habilidades culturalmente determinadas. Por exemplo, um movimento pr�prio do homem como o saltar, foi sendo estudado, transformado e aperfei�oado atrav�s dos tempos, para alcan�ar os objetivos de cada um dos esportes onde ele aparece: salto em altura, em distancia e triplo no atletismo, cortado e bloqueio no voleibol, salto sobre o cavalo na Gin�stica Art�stica, salto �jet� na Gin�stica R�tmica Desportiva entre outros. (GALLARDO, 1993)

    Uma das principais caracter�sticas da Gin�stica � a possibilidade de utiliza��o de uma enorme variedade de aparelhos, entre eles os de grande porte como o trampolim acrob�tico, a trave de equil�brio, as rodas gin�sticas, as barras paralelas; os aparelhos de sobrecarga como os halteres, as bicicletas ergom�tricas, os aparelhos de muscula��o; aparelhos port�teis como a corda, a bola, as ma�as, at� os aparelhos adaptados ou alternativos provenientes da natureza ou da fabrica��o humana. (STEPLHANYY, 2007)

    N�o h� pr�tica educativa sem conte�do, quer dizer sem objeto de conhecimento a ser ensinado pelo educador e aprendido, para poder ser aprendido pelo educando, isto porque a pr�tica educativa � naturalmente gnosiol�gica e n�o � poss�vel conhecer nada a n�o ser que nada se substantive e vire objeto a ser conhecido, portanto vire conte�do. A quest�o fundamental � pol�tica. Tem que ver com: que conte�dos ensinar, a quem e a favor de que e de quem, contra qu�, como ensinar. Tem que ver com quem decide sobre que conte�dos ensinar, que participa��o t�m os estudantes, os pais, os professores, os movimentos populares na discuss�o em torno da organiza��o dos conte�dos program�ticos. (FREIRE, 1989)

    Para a melhor compreens�o do universo da Gin�stica e sua evolu��o, faz-se necess�rio, analisar sua estrutura organizacional em n�vel mundial. A Federa��o Internacional de Gin�stica (FIG) � a organiza��o mais antiga e com maior abrang�ncia internacional na �rea da Gin�stica. Est� subordinada ao Comit� Ol�mpico Internacional (COI), sendo respons�veis palas modalidades g�mnicas que s�o competidas nos Jogos Ol�mpicos. � portanto a Federa��o com maior poder e influ�ncia na Gin�stica mundial. (VANUSA SOUZA, 2008)

    A FIG � um �rg�o que tem com objetivo orientar, regulamenta, controlar, difundir e promover eventos na �rea da Gin�stica. Tem sua origem nas Federa��es Europeias de Gin�stica (F�d�rations Europ�ennes de Gymnastique � FEG), estabelecidas em 23 de Julho de 1881 em Bruxelas, B�lgica, com a participa��o da Fran�a, B�lgica e Holanda. Apesar de reconhecida pelo Comit� Ol�mpico Internacional desde 1986, a FEG s� participou como federa��o oficial de Gin�stica Art�stica nos Jogos Ol�mpicos de Londres em 1908. (SOUZA, 2008)

    Em 7 de Abril de 1921 a FEG incluiu em seu quadro outros pa�ses, resultando na funda��o da Federa��o Internacional de Gin�stica � FIG com a participa��o de 16 federa��es (pa�ses) membros. Atualmente tem sua rede em Moutier, na Su��a, e possui 121 pa�ses filiados. Cada uma destas Federa��es nacionais representam o �rg�o m�ximo da Gin�stica em seu pa�s, tendo em n�vel nacional os mesmos objetivos da FIG. Ainda relacionadas a FIG est�o as Federa��es que controlam a Gin�stica no �mbito continental, entre elas a Uni�o Asi�tica de Gin�stica fundada em 1964, a Uni�o Pan-americana de Gin�stica fundada em 1982, e a Uni�o Africana de Gin�stica fundada em 1990. (VANUSA SOUZA, 2008)

    A FIG atualmente � composta de 5 comit�s sendo 4 relativos �s modalidades competitivas (Gin�stica Art�stica Masculina, Gin�stica Art�stica Feminina, Gin�stica R�tmica Desportiva e Gin�stica Aer�bica) e um relativo a Gin�stica Geral que tem car�ter demonstrativo. (VANUSA SOUZA, 2008)

    Segundo o �Gymnaestrada Guide � X World Gymnaestrada Berlim 1995�, em 1994 a Gin�stica Aer�bica foi admitida pela FIG realizado em Atlanta em 1996, foi primeiro campeonato. No Congresso da FIG realizado em Atlanta em 1996, foi decidida a inclus�o e toda regulamenta��o para a sua incorpora��o, est�o sendo preparados para serem apresentados no Congresso da FIG de 1998. Tamb�m foi discutida em Atlanta a inclus�o na FIG, do Trampolim Acrob�tico e dos Esportes Acrob�ticos, representados respectivamente pela FIT � Federa��o Internacional de Trampolim e pela IFSA � Federa��o Internacional de Esportes Acrob�ticos, as quais encontram-se em fase de prepara��o e mudan�as dos estatutos e regulamentos, para serem submetidos � aprova��o no pr�ximo Congresso da FIG em 1998. (ARA�JO, 2007)

    A inten��o da FIG de incorporar outras modalidades g�mnicas, pode ser claramente observada nos Jogos Ol�mpicos de Atlanta � 1996, na realiza��o de sua Festa de Gala (FIG Gala), ap�s o t�rmino de todas as competi��es na �rea da Gin�stica, onde os melhores ginastas de Gin�stica Art�stica, Gin�stica R�tmica Desportiva, Gin�stica Aer�bica, Gin�stica Acrob�tica, Trampolim Acrob�tico e Tumbling fizeram uma bel�ssima apresenta��o sem car�ter competitivo. (GALLARDO, 1993)

    A conviv�ncia de modalidades competitivas e demonstrativas numa mesma federa��o, � uma caracter�stica da FIG reafirmada nas palavras de Yuri Titov, presidente desta institui��o de 1976 a 1996, no documento de propaganda da Gin�stica Geral (FIG [199?]: 04): �N�s somos a primeira federa��o internacional que se dedica tanto ao esporte competitivo como ao esporte recreativo...�. Este � um aspecto interessante que destaca a FIG das demais federa��es desportivas, vindo ao encontro de sua natureza e objetos diferenciados, os quais se harmonizam perfeitamente com o esp�rito e tradi��es desta entidade. (FONTOURA, 2001)

    A presen�a da Gin�stica Geral como um comit� espec�fico dentro da estrutura da FIG a partir de 1984, vem demonstrando a import�ncia deste fen�meno de massa que envolve um incont�vel n�mero de participantes em todo o mundo, ultrapassando em larga escala o total de atletas das modalidades competitivas dirigidas pela mesma federa��o. (SANTOS, 2001)

    Coexistem com a FIG, outras federa��es internacionais que regulamentam modalidades g�mnicas n�o abrangidas por ela at� o momento. Entre elas destaca-se a Federa��o Internacional de Trampolim (FIT) respons�vel pelo Trampolim Acrob�tico e pelo Duplo Mini-Trampolim, ambas modalidades competitivas por�m n�o ol�mpicas e a Federa��o Internacional de Esportes Acrob�ticos (IFSA) que coordena a Gin�stica Acrob�tica e o �Tumbling�. (FONTOURA, 2001)

    Com rela��o aos Jogos Ol�mpicos a Gin�stica � oficialmente representada nas modalidades Gin�stica Art�stica Masculina desde 1908 em Londres, a Gin�stica Art�stica Feminina desde 1928 em Amsterd� e a GRD desde 1984 em Los Angeles. Sem car�ter competitivo, a Gin�stica Geral tem sempre abrilhantado as Cerim�nias de Abertura dos Jogos, caracterizando-se como um dos pontos altos destes eventos, onde a criatividade, a plasticidade, a express�o corporal se fazem presentes na participa��o sincronizada de um grande n�mero de ginastas. (PUBLIO, 2002).

Modalidades mais comuns da gin�stica

    Existem v�rios tipos de gin�stica, por�m as modalidades mais comuns s�o a gin�stica geral, ol�mpica (art�stica), acrob�tica e r�tmica.

    A Gin�stica Geral � um campo bastante abrangente da gin�stica, valendo-se de v�rios tipos de manifesta��es, tais como, dan�as, express�es folcl�ricas e jogos, apresentados atrav�s de atividades livres e criativas, sempre fundamentadas em atividades gin�sticas. Objetiva promover o lazer saud�vel, proporcionando bem estar f�sico, ps�quico e social aos praticantes, favorecendo a performance coletiva, respeitando as individualidades, em busca da auto separa��o pessoal, sem qualquer tipo de limita��o para sua pr�tica, seja quanto �s possibilidades de execu��o, sexo, ou idade, ou ainda quanto � utiliza��o de elementos materiais, musicais e coreogr�ficos, havendo a preocupa��o de apresentar neste contexto aspectos da cultura nacional, sempre sem competitivos, sem esquecer que a Gin�stica Geral est� inserida no contexto da Educa��o F�sica e � uma ferramenta importante da Educa��o Geral. (FONTOURA, 2001)

    A Gin�stica Geral � uma modalidade de gin�stica, reconhecida pela Federa��o Internacional de Gin�stica, com o seu regulamento t�cnico pr�prio, que inclui seus objetivos e suas fun��es junto aos praticantes em todo o mundo. Entretanto, por sua caracter�stica de apropriar-se das op��es de outras modalidades, adaptando-as, mixando-as e recriando-as, conforme as suas pr�prias propostas, a modalidade Gin�stica Geral, pela sua multiplicidade de possibilidades de express�o e pela facilidade de incorpora��o dos processos formativos e educacionais, caracterizada pela universidade de gestos, facilmente transforma-se numa atividade, que pode contribuir de forma bastante significativa no processo global educacional, de forma pessoal e na pr�tica da Educa��o F�sica continuada, dependendo da metodologia utilizada para trabalh�-la. (FONTOURA, 2001)

    De acordo com as informa��es da Confedera��o Brasileira de Gin�stica a �Gin�stica Para todos� � uma modalidade bastante abrangente que, fundamentada nas atividades gin�sticas, valendo-se de v�rios tipos de manifesta��es, tais como dan�as, express�es folcl�ricas e jogos, expressos atrav�s de atividades livres e criativas, objetivo promover o lazer saud�vel, proporcionando bem estar f�sico, ps�quico e social aos praticantes, favorecendo a performance coletiva, respeitando as individualidades, em busca da auto-separa��o pessoal, sem qualquer tipo de limita��o para a sua pr�tica, seja quanto �s possibilidades de execu��o, sexo ou idade, ou ainda quanto � utiliza��o de elementos materiais, musicais e coreogr�ficos, havendo a preocupa��o de apresentar nesse contexto, aspectos da cultura nacional, sempre sem fins competitivos. (AYOUB, 2003)

    A Gin�stica Geral pode apropriar-se ou utilizar-se de outras manifesta��es, como as modalidades esportivas, dan�as folcl�ricas, ballet, jazz, etc..., desde que as a��es g�mnicas estejam presentes. Assim, a manifesta��o pura ou id�ntica dessas atividades n�o seria considerada Gin�stica Geral, posto que cada uma delas possui um campo de atua��o pr�prio, pr�-estabelecido. (TOLEDO, 1996)

    A Gin�stica Geral enquanto elemento formador, integrante do processo educativo atrav�s da atividade f�sica, atende plenamente os princ�pios da Educa��o F�sica, sendo que seu principal alvo de aten��o deve ser a pessoa que pratica, sendo as suas metas fundamentais promover a integra��o entre pessoas e grupos e desenvolver o interesse pela pr�tica da gin�stica com prazer e criatividade. A liberdade de express�o e a criatividade s�o os pontos marcantes da Gin�stica Geral. (FONTOURA, 2001)

    A Gin�stica ol�mpica ou art�stica pode ser dividida por v�rios aparelhos, sendo dividida por sexo. Os aparelhos masculinos s�o: solo, cavalo com al�a, argolas, salto, barras paralelas sim�tricas e barra horizontal/fixa. E os aparelhos masculinos s�o: paralelas assim�tricas, salto, trave de equil�brio e solo.

    Em cada prova se realizam dois conjuntos de exerc�cios, um chamado de obrigat�rio e outro chamado de livre, criado pelo pr�prio atleta. Para contagem dos pontos s�o levados em considera��o: dificuldade, combina��o, originalidade e execu��o. (BOURGEOIS, 1998)

    J� a Gin�stica Acrob�tica (Esportes Acrob�ticos), embora seja o nome oficial do esporte, ela � frequentemente chamada de Acrobacia. E embora a Acrobacia fosse grandemente desenvolvida no s�culo VII devido a cria��o do circo, ela como um esporte � relativamente jovem. As primeiras competi��es mundiais datam de 1973. Muitos ginastas se aposentam da gin�stica ol�mpica para passar � gin�stica acrob�tica. (PUBLIO, 2002)

    A Gin�stica Acrob�tica � dividida nas modalidades masculino com dupla e quarteto, feminina com dupla e trio, e mista que � somente em dupla. Os acrobatas em grupo devem executar tr�s s�ries. Uma de equil�brio, uma din�mica e outra combinada. As s�ries din�micas s�o mais ativas e com elementos de lan�amentos com voos do parceiro. As s�ries de equil�brio valorizam os exerc�cios est�ticos. Em n�veis mais altos, a terceira s�rie � uma combina��o das duas s�ries anteriores. Todas as s�ries s�o executadas com m�sica e com coreografia. Isto ajuda enriquecer o movimento do corpo. (RAMOS, 2007)

    Existe tamb�m a Gin�stica R�tmica, cuja hist�ria nos mostra que � um esporte recente, muito complexo e que teve seu in�cio na necessidade e compet�ncia de um grande profissional em querer desenvolver a percep��o musical atrav�s de movimentos corporais e expressivos. � interessante como a Gin�stica R�tmica cada vez mais praticada no mundo e em constante reestrutura��o procura aprimorar a estreita rela��o entre a perfei��o t�cnica e a arte de executar movimentos expressos atrav�s da m�sica. Seu objetivo � analisar atrav�s do da hist�ria o desenvolvimento da Gin�stica R�tmica no Brasil e no mundo e perceber suas caracter�sticas e especificidades. (MOLINARI, 2000)

    Gin�stica R�tmica ou G.R., � uma modalidade especificamente feminina, encanta pelo fato de aliar a arte potencial do movimento expressivo do corpo, com a t�cnica da utiliza��o ou n�o de aparelhos a ela caracter�sticos, somados a interpreta��o de uma m�sica. � um esporte arte que empolga, motivado pela competi��o e desejo de chegar � perfei��o. (MOLINARI, 2000)

    Caracterizou-se por substituir os movimentos mec�nicos pelos org�nicos, os m�tricos pelos r�tmicos e os de for�a pelos din�micos. A leveza, o ritmo, a flu�ncia e a din�mica trouxeram amplas possibilidades de se desenvolver a agilidade, a flexibilidade, a gra�a e a beleza dos movimentos. (MOLINARI, 2000)

    O movimento � algo inato ao ser humano. E a gin�stica tem na pr�tica dos movimentos o seu objetivo principal. Um dos papeis da Gin�stica R�tmica � ajudar no desenvolvimento, aprimoramento e melhoria das categorias motoras (estabiliza��o, locomo��o, manipula��o). Isto incorpora uma ampla s�rie de experi�ncias de movimentos, para que as crian�as desenvolvam e refinem suas habilidades motoras, al�m de promover o desenvolvimento dos dom�nios cognitivo, afetivo e social, a Gin�stica R�tmica favorece a essa compreens�o, pois � uma modalidade que tem o ritmo como um dos seus fundamentos. (MOLINARI, 2000)

    A Gin�stica R�tmica visa desenvolver o corpo em sua totalidade. � fundamentada no aprimoramento dos movimentos naturais do ser humano, no aperfei�oamento de suas capacidades psicomotoras. A Gin�stica R�tmica n�o existe tanto tempo assim e merece a interessante defini��o e interpreta��o: A G. R como um Esporte-arte. (LAFRANCHI, 2001)

    A gin�stica r�tmica, geral, ol�mpica, acrob�tica, enfim, as modalidades da gin�stica s�o complementos de um esporte bastante trabalhado e bem visto pela popula��o e pela m�dia, n�o s� pelo quanto vem crescendo ao longo dos anos, mas tamb�m pelo empenho dos ginastas brasileiros que s� nos enchem de orgulho dessa na��o.

A Educa��o F�sica escolar e a gin�stica enquanto conte�do

    A Educa��o F�sica dentro do ambiente escolar deve se preocupar com o desenvolvimento integral dos alunos, considerando seus avan�os motores, cognitivos, sociais e afetivos. Segundo Gon�alves (1994), a Educa��o F�sica Escolar � compreendida como a pr�tica sistem�tica de atividades f�sicas, esportivas ou l�dicas, que estabelece rela��o dial�tica com outros campos do conhecimento, como a biologia, a psicologia, a sociologia e a filosofia. A qualidade das aulas de Educa��o F�sica depende de um conjunto de fatores que podem estar relacionados aos recursos financeiros das Institui��es, compet�ncia pedag�gica dos professores, entre outros. Contudo, tais fatores podem interferir na motiva��o, interesse e participa��o dos alunos nas aulas de Educa��o F�sica, gerando um quadro onde muitas vezes os alunos n�o se sentem atra�dos pelas aulas.

    A Gin�stica � um conte�do muito importante para a Educa��o F�sica escolar, no desenvolvimento das crian�as e adolescentes. Esta modalidade al�m de ter um car�ter l�dico, melhora flexibilidade, alongamento, resist�ncia muscular, for�a de explos�o, for�a est�tica e for�a din�mica, al�m � claro de ajudar consideravelmente na melhora da coordena��o motora.

    Al�m dos benef�cios fisiol�gicos da atividade f�sica no organismo, as evidencias mostram que existem altera��es nas fun��es cognitivas dos indiv�duos envolvidos em atividade f�sica regular. Essas evid�ncias sugerem que o processo cognitivo � mais r�pido e mais eficiente em indiv�duos fisicamente ativos por mecanismos indiretos como: diminui��o da press�o arterial, diminui��o nos n�veis de colesterol (LDL) no plasma, diminui��o dos n�veis de triglicer�deos e inibi��o da agrega��o plaquet�ria. (NIEMAN, 1999)

    Dentre os efeitos psicol�gicos, a diminui��o da tens�o emocional pode ser considerada como um dos mais importantes, sendo alguns dos seus mecanismos a curto e longo prazo segundo Nieman (1999).

Conclus�o

    A gin�stica deveria ser trabalhada no contexto escolar, pois dentro da Educa��o F�sica ela � importante para o aluno, seja no aspecto motor, social, cognitivo e at� mesmo afetivo.

    O fato da gin�stica abranger todos os m�sculos do aluno, faz com que ele adquira uma maior flexibilidade, equil�brio e for�a muscular. E tudo isso � conseguido de uma maneira que elas adoram.

    Embora as vantagens da gin�stica escolar sejam muitas, deve-se tomar um cuidado especial com a evolu��o dos exerc�cios. Deve seguir uma sequencia pedag�gica adequada. Assim, todas as crian�as ter�o um desempenho similar, n�o favorecendo uma compara��o negativa entre elas e que pode gerar uma certa frusta��o e isolamento, contrariando um dos grandes benef�cios da gin�stica escolar que � o desenvolvimento afetivo e social.

    O professor de Educa��o F�sica que se prop�e a trabalhar com gin�stica deve estar atento, pois se tratar de um exerc�cio f�sico de muita complexibilidade e coordena��o, e principalmente, por ser trabalhado com crian�as, h� um grande risco de que ocorram les�es devido a pr�tica incorreta. Esta les�o al�m de atrasar o desenvolvimento da crian�a, pode ser tamb�m um est�mulo a pr�tica deste esporte.

    A boa pr�tica da gin�stica escolar est� tamb�m muito ligada ao apoio da escola. Deve dar totais condi��es de trabalho ao professor de Educa��o F�sica, fornecendo a ele local, aparelhos e materiais adequados para a pr�tica segura das atividades.

    Devido a todos os seus benef�cios, expostos neste trabalho, a gin�stica escolar vem crescendo de uma maneira consider�vel. Devido a sua grande repercuss�o, competi��es escolares v�m sendo criadas na modalidade da gin�stica geral para todas as idades. Muitos alunos que tiveram gin�stica como contexto da Educa��o F�sica escolar, hoje s�o ginastas profissionais.

Refer�ncias bibliogr�ficas

  • APPLE, Michael & N�VOA, Ant�nio (org.). Paulo Freire: pol�tica e pedagogia. Portugal: Porto Editora, 1998.

  • AYOUB, Eliana (1998): A Gin�stica Geral na sociedade contempor�nea: perspectivas para a Educa��o F�sica Escolar. Tese de doutorado. Universidade Estatal de Campinas, Faculdade de Educaci�n F�sica, Editorial Unicamp, Brasil.

  • AYOUB, Elianae (Org.) Colet�nea: Textos e S�nteses do I e II Encontros de Gin�stica Geral. Ed. Gr�fica Unicamp, Campinas, 1997.

  • BORTOLETO, Marco A. C. Gin�stica A Arte e o Julgamento nos Desdobramentos Culturais Modernos, anais do I Congresso Cient�fico Latino-Americano Fiep-Unimep, Piracicaba � SP, 2000.

  • FREIRE, Paulo. Conscientiza��o: teoria e pr�tica da liberta��o, uma introdu��o ao pensamento de Paulo Freire. S�o Paulo: Moraes, 1980.

  • FREIRE, Paulo. Educa��o como pr�tica da liberdade. 15. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

  • FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 11. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

  • MOREIRA, Antonio Fl�vio & SILVA, Tomaz Tadeu (orgs.). Curr�culo, cultura e sociedade. S�o Paulo: Cortez, 1994.

  • P�REZ GALLARDO, Jorge Sergio Proposta de uma linha de Gin�stica para a Educa��o F�sica Escolar. In: NISTA-PICOLLO, Vilma Leni (Org.). Educa��o F�sica Escolar: ser... ou n�o ter?. Ed. Unicamp, Campinas (S�o Paulo), 1993, p. 117-136.

  • PUBLIO, Nestor Soares. Evolu��o Hist�rica da Gin�stica Ol�mpica. Phorte Editora, Guarulhos � SP, 1998.

  • QU�IROS, Stella F. M. Gin�stica � Mecanismo corporal e gin�stica contempor�nea: do sistema infantil e feminino. Edgard Blucher, Ed. Da USP, S�o Paulo, 1974.

  • RAMOS, Jayr Jord�o. Os exerc�cios f�sicos na hist�ria e na arte: do homem primitivo aos nossos dias. Ibrasa, S�o Paulo, 1982.

  • SOARES, Carmem L�cia. Imagens da Educa��o no corpo. Ed. Autores Associados, Campinas � SP, 1982.

  • SOUZA, Elizabeth Paoliello Machado de. Gin�stica Geral: uma �rea do conhecimento da Educa��o F�sica. Tese de Doutorado, UNICAMP, Faculdade de Educa��o F�sica, Campinas (S�o Paulo), 1997.

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