Caio Souza e Diogo Soares garantem vaga na final do individual geral. Arthur Nory vai disputar a final da barra fixa. Equipe feminina disputa final nesta terça (1.11)
A Seleção masculina de ginástica artística alcançou o primeiro grande objetivo no Mundial disputado em Liverpool, na Inglaterra. Nesta segunda-feira (31.10), o Brasil alcançou a sétima colocação na competição por equipes e vai disputar a final na próxima quarta-feira (2.10).
Caio Souza e Diogo Soares, ambos finalistas olímpicos no individual geral, repetiram a façanha e estão entre os 24 melhores na soma dos seis aparelhos. Caio conseguiu a décima posição (82.564) e Diogo ficou ligeiramente atrás, na 12ª (82.264).
Caio se garantiu também na final do salto, depois de conseguir a quinta melhor média (14.566). O ginasta fluminense foi finalista também no Mundial de 2018 e nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Em ambas as ocasiões, alcançou a oitava colocação na final.
Arthur Nory, campeão na barra fixa no Mundial de 2019, em Stuttgart, conseguiu ir para a final desse aparelho. Em Liverpool, o campineiro conseguiu a sétima melhor nota (14.366).
“Todos os nossos objetivos foram alcançados. O primeiro era voltarmos à final por equipes. Colocamos ainda dois brasileiros na final do individual geral", afirmou o técnico Marcos Goto, Coordenador da Seleção Masculina.
Na Olimpíada de Tóquio, o Brasil ficou fora da final por equipes por pouco, ao concluir participação na nona posição. “O fato de voltarmos a ficar entre as oito melhores nos dá moral, mostrando a força da Ginástica do Brasil”, disse o treinador.
Final feminina
Nesta terça-feira, a equipe feminina disputa a final. Depois de terminar a classificatória numa histórica terceira posição, o Brasil volta a medir forças com as melhores ginastas do mundo. “Temos uma equipe com meninas novas e cometemos alguns erros na classificatória. Acho que temos margem de melhora”, afirmou a treinadora Iryna Ilyashenko. Caso o Brasil repita a posição da classificatória, ficando entre as três melhores equipes do mundo, vai assegurar classificação olímpica antecipadamente.
CLASSIFICATÓRIA – Equipe masculina
1) Japão – 260.695
2) Grã-Bretanha 252.793
3) EUA 252.295
4) China 249.929
5) Itália 247.661
6) Espanha 245.594
7) BRASIL 245.394 (Arthur Nory, Caio Souza, Diogo Soares, Lucas Bitencourt, Patrick Sampaio e Yuri Guimarães)
8) Alemanha 244.093
INDIVIDUAL GERAL – Finalistas
1) Wataru Tanigawa – Japão – 84.731
2) Daiki Hashimoto – Japão – 84.665
3) Carlos Yulo – Filipinas – 84.664
4) Jose Fraser –
Grã-Bretanha – 83.964
5) Boheng Zhang – China – 83.766
6) Asher Hong – EUA – 83.299
7) Joel Plata – Espanha – 82.799
8) Brody Malone – EUA – 82.631
9) Casimir Schmidt – Holanda – 82.565
10) CAIO SOUZA – BRASIL – 82.564
11) Jake Jarman – Grã-Bretanha – 82.365
12) DIOGO SOARES – BRASIL – 82.264
13) Sunghyun Ryu – Coreia do Sul – 81.930
14) Adem Asil – Turquia – 81.764
15) Illia Kovtun – Ucrânia – 81.732
16) Yumin Abbadini – Itália – 81.532
17) Chia-Hung Tang
– Taiwan – 80.698
18) Lukas Dauser – Alemanha – 80.431
19) Sofus Heggemsnes – Noruega – 80.099
20) Krisztian Balazs – Hungria – 80.065
21) Jossimar Calvo – Colômbia – 79.898
22) Luka Van Den Keybus – Bélgica – 79.799
23) Gabriel Burtanete – Romênia – 79.798
24) Lorenzo Casali – Itália – 79.765
SALTO
1) Artur Davtyan – Armênia – 14.900
2) Carlos Yulo – Filipinas – 14.849
3) Gabriel Burtanete – Romênia – 14.633
4) Igor Radivilov
– Ucrânia – 14.566
5) CAIO SOUZA – BRASIL – 14.566
6) Junho Lee – Coreia do Sul – 14.450
7) Wataru Tanigawa – Japão – 14.450
8) Hansol Kim – Coreia do Sul – 14.433
BARRA FIXA
1) Daiki Hashimoto – Japão – 15.100
2) Wei Sun – China – 14.833
3) Boheng Zhang – China – 14.733
4) Ilias Georgiou – Chipre – 14.466
5) Brody Malone – EUA – 14.433
6) Yuya Kamoto – Japão – 14.400
7) ARTHUR NORY – BRASIL – 14.366
8) Tyson Bull –
Austrália – 14.333
Fonte: Confederação Brasileira de Ginástica
Ganhar uma medalha nas Olimpíadas é o ápice para qualquer atleta. Imagina quem ganha duas, três, quatro ou mais? Automaticamente é sinônimo de virar referência eterna no país.
No Brasil, temos os nossos. Robert Scheidt e Torben Grael, com cinco medalhas jamais serão esquecidos. César Cielo, que ganhou duas medalhas de ouro históricas para a natação é outro exemplo.
E os fora-de-série? Sim... Os Jogos Olímpicos têm alguns atletas que faturaram mais de 10. O Guia da Semana listou o ranking dos esportistas com o maior número de medalhas. Confira:
Anos das conquistas: 1968 / 1972 / 1976 (Pinterest)
10º - Sawao Kato
O ginasta japonês era o grande rival de Andrey Andrianov (3o). Ele conquistou 12 medalhas, com expressivas 8 de ouro, 3 de prata e uma de bronze.
Anos das conquistas: 1992 / 1994 / 1998 (Pinterest)
9º - Bjorn Daehlie
O norueguês é o único dos 10 atletas que participou apenas das Olimpíadas de Inverno. Ele foi um ultra-recordista do esqui cross-country e venceu. Suas conquistas são semelhantes a da 8a colocada. Foram 12 medalhas, com 8 douradas e 4 de prata.
Anos das conquistas: 1980 / 1988 / 1992 / 1996 / 2000 / 2004 (Pinterest)
8º - Birgit Fischer
A alemã fez história na canoagem. Ela é a segunda mulher com mais medalhas e tem o feito de conquistar medalhas de ouro em seis edições diferentes de Jogos Olímpicos. No total, ela ganhou 12 medalhas, 8 de ouro e 4 de prata.
Anos das conquistas: 1920 / 1924 / 1928 (Pinterest)
7º - Paavo Nurmi
Na década 20, Nurmi e seus compatriotas corredores eram chamados de Finlandeses Voadores e ele era o principal deles. Ele competia em diversos tipos de corridas de 1.500m até 10.000 metros. Ele ganhou 12 medalhas, sendo 9 de ouro e 3 de prata. Em 2012 ele foi imortalizado no Hall da Fama do Atletismo.
Anos das conquistas: 1952 / 1956 / 1960 (Pinterest)
6º - Takashi Ono
Foi um ginasta japonês que teve resultados muito expressivos. Conquistou 13 medalhas olímpicas, sendo 5 de ouro, 4 de prata e 4 de bronze. O curioso é que, dos atletas dessa lista, ele é o que menos tem medalhas de ouro.
Anos das conquistas: 1936 / 1948 / 1952 / 1956 / 1960
5º - Edoardo Mangiarotti
O italiano foi considerado pelo COI o melhor esgrimista da história. E a homenagem é válida: 13 medalhas no total, com 6 de ouro, 5 de prata e 2 de bronze. Mangiarotti participou de cinco Olimpíadas e foi porta-bandeira da Itália em duas oportunidades.
Anos das conquistas: 1956 / 1960 / 1964 (Pinterest)
4º - Boris Shakhlin
Não é a toa que a União Soviética era uma potência esportiva. O russo, da ginástica artística, faturou 13 medalhas no total. Foram 7 de ouro, 3 de prata e 2 bronze.
Anos das conquistas: 1972 / 1976 / 1980 (Pinterest)
3º - Nikolay Andrianov
Também representante da União Soviética e ginasta, Andrianov é o terceiro da lista com 15 medalhas no total. Mas suas medalhas são bem dividas, com 7 de ouro, 5 de prata e 3 de bronze. O atleta era considerado quase perfeito, mas tinha dificuldade em duas categorias: barras paralelas e barras fixas.
Anos das conquistas: 1956 / 1960 / 1964 (Pinterest)
2º - Larissa Latynina
A ucraniana representava a extinta União Soviética e foi uma das ginastas mais brilhantes da história. Ela conquistou 18 medalhas: 9 de ouro, 5 de prata e 4 de bronze. Ela carregou o recorde de maior medalhista por longos 48 anos até ser superada por Michael Phelps.
Anos das conquistas: 2004 / 2008 / 2012 (Pinterest)
1º - Michael Phelps
O nadador americano pode ser considerado tranquilamente o maior atleta da história. Ele conquistou 22 medalhas. O que fica mais absurdo na conta de Phelps é que desse montante 18 foram de ouro. Dificilmente o atleta americano será batido. As outras medalhas foram 2 de prata e 2 de bronze.
Por Guilherme Schiff
Atualizado em 16 Abr 2015.