Quais são os princípios que norteiam a Base Nacional Comum curricular Bncc?

A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) define um conjunto de 10 competências gerais que devem ser desenvolvidas de forma integrada aos componentes curriculares, ao longo de toda a educação básica. As competências foram definidas a partir dos direitos éticos, estéticos e políticos assegurados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores essenciais para a vida no século 21.

Segundo a BNCC, as competências gerais “explicitam o compromisso da educação brasileira com a formação humana integral e com a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva”. Elas foram incluídas no capítulo introdutório da Base, que também apresenta os fundamentos pedagógicos que orientam todo o documento.

O Porvir produziu um infográfico para facilitar a compreensão dessas competências gerais, elaborado a partir de leitura crítica realizada por Anna Penido, diretora do Inspirare e integrante do Movimento pela Base, iniciativa que integra representantes de diferentes setores da sociedade com o propósito de apoiar a construção e implementação de uma BNCC de qualidade.

No infográfico abaixo, cada competência geral ganhou um título que sintetiza a sua essência, uma descrição dos conhecimentos, habilidades, atitudes e valores que busca desenvolver e a indicação do que se espera que os estudantes realizem com as competências desenvolvidas. Todos os textos foram retirados do documento oficial da BNCC, mas alguns trechos foram abreviados ou reorganizados para garantir maior compreensão à leitura. A Base Nacional Comum Curricular define o conjunto de aprendizagens essenciais a que todos os estudantes brasileiros têm direito durante a educação básica.

Para você usar:
– Documento: Como aproximar as Competências Gerais da BNCC de currículos e práticas

* Conteúdo originalmente publicado em 25 de maio de 2017 com dados da terceira versão da BNCC e atualizado em 6 de março de 2018 de acordo com informações presentes na versão homologada pelo MEC


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As competências e habilidades presentes na BNCC (Base Nacional Comum Curricular) são diretrizes que têm como principal objetivo o desenvolvimento uniforme e pleno de todos os estudantes, regulamentando o currículo com propostas de aprendizagens fundamentais e essenciais no âmbito educacional.

Certamente, é um dos documentos mais importantes e desafiadores da educação no país, que provocou transformações profundas na educação básica. Apresentando a abordagem de 10 conceitos gerais, esse conjunto de orientações procura consolidar o direito ao acesso à aprendizagem.

Compreender seus princípios é crucial para que as práticas sugeridas sejam aplicadas de forma eficiente no contexto pedagógico, dentro e fora da sala de aula. Desde a sua criação, em 2014, os currículos têm mudado e se adaptado, tanto no sistema público quanto no privado.

Vamos, então, conversar um pouquinho sobre o que são competências, habilidades e os conceitos-chave que norteiam toda a base curricular nacional?

Competências e habilidades da BNCC: o que são?

Entender bem esses dois conceitos pode parecer um pouco desafiador, porém, por meio de um exemplo simples, podemos inferir, ainda que superficialmente, sobre do que se trata cada área para podermos nos preparar para trabalhar na aplicação adequada de cada uma delas.

Por exemplo, você já pegou carona com alguém que conseguia trocar as marchas e se orientar no trânsito, mas que não era um bom motorista? Ou, você ficou com uma sensação de não conseguir explicar por qual motivo essa pessoa não dirigia bem, já que ela conseguia realizar as funções básicas do veículo? Percebeu que algo faltava, mas não conseguia explicar exatamente o quê?

Basicamente, essa pessoa tem a habilidade de trocar as marchas, de usar os espelhos, mas ainda falta algo para ter a competência de ser um bom motorista. Se ela praticar suas habilidades constantemente, pedir dicas a amigos e ler sobre o assunto, muito provavelmente chegará ao seu objetivo.

Resumindo bem a diferença entre um conceito e outro, seria o seguinte: a competência é mais subjetiva e pessoal, enquanto a habilidade é algo mais prático e tangível. Dessa forma, é por meio do exercício de habilidades específicas que chegamos a desenvolver uma competência.

Nesse assunto, uma referência que temos é Philippe Perrenoud, doutor em Sociologia e Antropologia e professor da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Genebra.

Em uma entrevista concedida durante uma de suas visitas ao Brasil, o estudioso falou sobre suas considerações acerca da educação brasileira, como a posição em que o país se encontra no ranking educacional mundial devido aos inúmeros desafios presentes no cenário nacional.

Competências gerais da BNCC: conceito e prática

Quando consideramos as 10 competências gerais da BNCC, os profissionais da educação precisam se certificar de que elas cheguem à sala de aula.

E, para que isso aconteça, primeiramente, é necessário entender o que cada uma delas postula, para daí, então, traçar estratégias eficazes. Com base nas premissas estudadas, a equipe pedagógica pode agir de forma mais precisa, garantindo que as ações propostas sejam implementadas e que os alunos pratiquem as habilidades que os levarão aos resultados esperados.

Um bom exemplo é como abordar a noção geral número nove, que trata de empatia e cooperação. Para os professores, fica bastante abstrato e complexo se perguntar: “como se ensina empatia?”

No entanto, ao tornar o questionamento mais amplo, como “Quais habilidades posso abordar com meus alunos para que eles desenvolvam empatia?”, o trabalho se torna mais fácil e alcançável.

De forma resumida, as habilidades são os degraus que nos levam à construção das competências e devem ser trabalhadas ao longo da trajetória dos alunos na educação básica, permeando vários componentes curriculares. O documento elaborado pelo Ministério da Educação postula as seguintes áreas:

  • conhecimento;
  • pensamento crítico, científico e criativo;
  • repertório cultural;
  • comunicação;
  • cultura digital;
  • trabalho e projeto de vida;
  • argumentação;
  • autoconhecimento e autocuidado;
  • empatia e cooperação;
  • responsabilidade e cidadania.

Por meio da aplicação dinâmica de cada item acima, pode-se esperar que a escola tenha múltiplos benefícios, como o trabalho com habilidades socioemocionais, algo importante no desenvolvimento de cidadãos ativos e participantes da sociedade. E como garantir que haja uma aplicação concreta e efetiva do que é proposto?

Para ler depois: Novo Ensino Médio e BNCC: os desafios da vez para a educação.

Metodologias ativas no contexto educacional

Abordagem baseada em projetos, design thinking, gamificação, sala de aula invertida e mais. Esses termos têm se tornado cada vez mais populares e presentes na prática pedagógica de muitas instituições. Tal inclusão está sendo adotada por um bom motivo, os resultados obtidos são excelentes.

A instituição de metodologias ativas permite que os alunos trabalhem com grande parte do conteúdo instituído (quando não todo), possibilitando estudos plurais, completos e dinâmicos durante toda a trajetória escolar.

No que tange ao ensino de língua inglesa, as adaptações feitas pelas escolas incluem a adoção de ferramentas que abordem modos ativos de trabalhar os conceitos gramaticais, linguísticos e sociais. Um exemplo disso são os nossos programas que colocam os alunos como os protagonistas do seu percurso de aprendizagem.

Com o Edify, sua escola tem acesso a programas educacionais bilíngues que são a mídia pela qual são criados ambientes que proporcionam a construção de uma base linguística sólida, que inclui maneiras transformadoras de explorar e desenvolver a criatividade e os aspectos socioemocionais das crianças, além de ser alinhado com o que as diretrizes educativas propõem.

Introduzir os conceitos e premissas da BNCC no ensino de Língua Inglesa colabora para o foco da função social e política do inglês, favorecendo uma educação linguística consciente, crítica e voltada para interculturalidade. Esse trabalho insere os estudantes no contexto globalizado e plural, dando ferramentas de engajamento e participação que contribuem para a interação e mobilidade em diversas situações e contextos.

Aproveite e leia também: Metodologias ativas, BNCC e inovação em sala de aula.

Construção da autonomia na Educação Básica

Como sociedade e nação, adotar um documento como a base nacional comum curricular é mais uma estratégia na busca pela construção e desenvolvimento da autonomia dos nossos alunos, a fim de que a escola seja um ambiente de experiências de vida.

Por ser dividido e propor competências e habilidades no Ensino Fundamental, Médio e até mesmo no Infantil, as escolas têm acesso a práticas diversificadas e contextualizadas.

É dessa forma que garantiremos a formação de indivíduos que sejam cidadãos ativos e seres humanos que gozam de saúde física e mental, sendo capazes de triunfar na diversidade e atuar como agentes de melhora social para todos.

Se você quer saber mais sobre o assunto e entender como inserir e instrumentalizar sua escola para atuar de acordo com as abordagens mais atuais e efetivas no contexto educacional brasileiro, aproveite e leia nosso e-book: BNCC e Educação Bilíngue!

Aliás, com os programas bilíngues do Edify, a sua escola pode se transformar em uma instituição bilíngue com uma proposta educacional inovadora com metodologias modernas e suporte durante toda a parceria.

A proposta educacional focada no bilinguismo também contribui ativamente para o desenvolvimento das habilidades e competências da BNCC e nossos mentores podem dar todo o direcionamento necessário para a equipe pedagógica do seu colégio.

Para saber mais sobre as nossas soluções para sua escola, leia o post em que contamos mais sobre cada um dos nossos programas. Ou, se preferir, clique no banner abaixo para falar com um dos nossos consultores e saber mais a respeito de uma possível parceria!

Referências bibliográficas:

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular, 2017.

Quais são os princípios da Base Nacional Comum Curricular?

Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Quais são os dois grandes princípios pedagógicos da BNCC?

Os fundamentos pedagógicos da BNCC possuem dois pressupostos: o foco no desenvolvimento de competências e o compromisso com a educação integral. Isso implica discutir o que os/as estudantes devem "saber" e o que devem "saber fazer".

Quais são os princípios norteadores da educação?

Nos documentos da escola são adotados os princípios recomendados pe- las Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN): princípios éticos, da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade, do respeito ao bem comum; princípios políticos, dos direitos e dos deveres de cidadania no exercício da criatividade e no respeito à ...

Quais os princípios educativos para a educação infantil de acordo com a Base Nacional Comum Curricular BNCC?

As propostas pedagógicas de Educação Infantil devem respeitar os seguintes princípios: I – Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.