- 30 de outubro de 2013
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- Categoria: Meio Ambiente
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A construção da Usina de Belo Monte no rio Xingu, localizado próximo do norte do Pará, gerou inúmeras discussões a cerca dos impactos que ela causaria ao meio ambiente. Aos olhos de uns, os impactos são positivos e garantem benefícios à sociedade, para outros, o projeto trará mais desvantagens do que vantagens.
Como forma de defender a construção da usina, muitas campanhas foram realizadas apresentando os pontos positivos. A geração de mais de 41 milhões de megawatts de energia anualmente, que seria o suficiente para atender o consumo de 20 milhões de brasileiros, por exemplo, foi um dos pontos apresentados.
Outra questão abordada foi a respeito do desenvolvimento econômico, que segundo as pessoas que são a favor da construção, a economia seria beneficiada através da geração de empregos.
Frente a isso, outras campanhas contra o projeto, foram realizadas. Algumas delas, aliás, contaram com a participação de artistas renomados da televisão brasileira.
De forma geral, as pessoas que não concordam com a construção da Usina de Belo Monte, apresentam os malefícios do projeto, como o impacto negativo que este causará ao meio ambiente.
O primeiro deles é referente à inundação de áreas na cidade de Altamira e Vitória do Xingu. Isso aconteceria devido à construção de dois canais, os quais desviariam o leito do rio. Este fator afetaria o meio de transporte da população que se locomove através do transporte fluvial.
O desmatamento é um tema que também está fortemente ligado a construção da Usina de Belo Monte, pois cerca de 640 km quadrados de floresta amazônica seriam alagados, inundados e destruídos. Vale lembrar que este fator ainda compromete a cultura local. E, além dela, o projeto também comprometerá a flora e a fauna local.
A pesca realizada por muitos indígenas que moram em Paquiçamba e Arara de Volta Grande do Xingu também seria muito prejudicada através da diminuição da vazão do rio Xingu. Vale mencionar que muitos vivem desta prática.
Logo, a Usina de Belo Monte, realmente impactará o meio ambiente. Basta avaliar a fundo se este impacto será mais positivo ou negativo para concluir se a implementação do projeto realmente valerá a pena.
É um estrago e tanto. Na área que recebe o grande lago que serve de reservatório da hidrelétrica, a natureza se transforma: o clima muda, espécies de peixes desaparecem, animais fogem para refúgios secos, árvores viram madeira podre debaixo da inundação… E isso fora o impacto social: milhares de pessoas deixam suas casas e têm de recomeçar sua vida do zero num outro lugar. No Brasil, 33 mil desabrigados estão nessa situação, e criaram até uma
organização, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Pode parecer uma catástrofe, mas, comparando com outros tipos de geração de energia, a hidrelétrica até que não é ruim. Quando consideramos os riscos ambientais, as usinas nucleares são mais perigosas. E, se pensarmos no clima global, as termoelétricas – que funcionam queimando gás ou carvão – são as piores, pois lançam gases na atmosfera que contribuem para o efeito estufa. A verdade é que não existe nenhuma forma de geração de energia
100% limpa. “Toda extração de energia da natureza traz algum impacto. Mesmo a energia eólica (que usa a força do vento), que até parece inofensiva, é problemática. Quem vive embaixo das enormes hélices que geram energia sofre com o barulho, a vibração e a poluição visual, além de o sistema perturbar o fluxo migratório de aves, como acontece na Espanha”, afirma o engenheiro Gilberto Jannuzzi, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Outro problema das fontes alternativas é o aspecto
econômico: a energia solar, por exemplo, é bem menos impactante que a hidrelétrica, mas custa dez vezes mais e não consegue alimentar o gasto elevado das grandes cidades. Por causa disso, os ambientalistas defendem a bandeira da redução do consumo. Pelas contas do educador ambiental Sérgio Dialetachi, coordenador da campanha de energia do Greenpeace, daria para economizar 40% da energia produzida no país com três medidas. Primeiro, instalando turbinas mais eficientes nas usinas antigas. Segundo,
modernizando as linhas de transmissão e combatendo o roubo de energia. Terceiro, retornando ao comportamento da época do racionamento, em 2001, com equipamentos e hábitos menos gastadores. Tudo isso evitaria que novas hidrelétricas precisassem ser construídas, protegendo um pouco mais nosso planeta. Natureza estremecida SUBIDA ÍNGREME Para garantir que peixes
migradores, consigam subir o rio para acasalar, uma das maneiras é construir “escadas” aquáticas. Cada grupo de degraus tem uma área de descanso para que o peixe não tenha cãibras por esforço muscular na hora da subida RIO SOFREDOR O nível do reservatório das hidrelétricas precisa ser mantido em um patamar constante. Para isso, os técnicos abrem e fecham as comportas dependendo do regime de chuvas. Quem perde com isso é o rio que recebe a água do lago: a alteração do
volume dágua desordena toda a vida aquática sobretudo nas margens, que enfrentam períodos de seca e inundação CAOS CLIMÁTICO O que antes era uma floresta vira, de uma hora para outra, um lago. Essa mudança aumenta a quantidade de água que evapora e, por conseqüência, mexe em outros três fatores climáticos: o total de chuvas, a umidade e a temperatura, que sofre variações de até 3 ºC. Com essa bagunça, as plantações que sobreviveram à inundação podem ser
prejudicadas SALVAMENTO IMPROVISADO Parte da fauna que ocupava a região do lago fica ilhada com a inundação. Quando o lago da barragem de Itaipu foi formado, por exemplo, 30 mil animais foram resgatados e levados a áreas de reserva. Alguns morreram por não se adaptar ao novo hábitat. O salvamento continua até hoje: quando as turbinas param para manutenção, os peixes que entram nos dutos são retirados COMEÇAR DE NOVO No alagamento para a
formação da barragem, muitas espécies vegetais ficam submersas, reduzindo a biodiversidade. Para diminuir o problema, as construtoras de hidrelétricas têm programas de reflorestamento em suas margens. A usina de Itaipu, por exemplo, recebeu 20 milhões de mudas no entorno de seu reservatório Continua após a publicidade PESCARIA ALTERADA
Lago das usinas altera o clima e toda a biodiversidade aquática
A formação de um lago muda os hábitos da vida aquática, fazendo algumas espécies de peixe sumirem e outras se multiplicarem. No rio Paraná, os tipos mais numerosos mudaram com a instalação de Itaipu:
ANTES DE ITAIPU
Cascudo-preto – 22%
Dourado – 17%
Pacu – 13%
DEPOIS DE ITAIPU
Armado – 38%
Corvina – 15%
Mapará – 13%
BOLHAS PERIGOSAS
Submersas no lago por vários anos, árvores e plantas apodrecem e liberam bolhas de gás metano, um poluente que corrói turbinas, impede a reprodução de alguns peixes e permite a proliferação de algas, causando desequilíbrio aquático. Algumas bolhas de metano são tão grandes que chegam a virar um barco pequeno de alumínio!
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Qual o impacto ambiental da instalação de uma hidrelétrica?
É um estrago e tanto. Na área que recebe o grande lago que serve de reservatório da hidrelétrica, a natureza se transforma: o clima muda, espécies de peixes desaparecem, animais fogem para refúgios secos, árvores viram madeira podre debaixo da inundação… E isso fora o impacto social: milhares de pessoas deixam suas casas e têm […]
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