- 22 de setembro de 2020
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As diferenças entre 3G, 4G e 5G
Desde o surgimento da internet e dos smartphones, as redes de internet para os aparelhos vem avançando e melhorando a cada ano. Mas o que muda entre elas? A principal melhoria é a taxa de download mais alta em cada nova geração das redes. Por exemplo, com o 3G, conseguíamos enviar mensagens via internet, com o 4G, conseguimos baixar e assistir a serviços de streaming de qualquer lugar com sinal e, com o 5G, será possível conectar as coisas, popularmente conhecido como Internet das Coisas (IoT).
A rede 3G começou a ser utilizadas em meados de 2002 e é a rede com maior cobertura em território nacional. Depois, em 2018, veio a rede 4G, com uma velocidade maior, mas sem cobertura em toda a extensão nacional. E, no futuro, teremos a rede 5G. Ainda não existem pesquisas que mostrem como será a cobertura da 5G, mas a principal especulação é que ela terá muito mais velocidade e será responsável pela aplicação da Internet das Coisas (IoT).
Para entender o que muda em cada uma das gerações, é preciso entender dois conceitos que estão presentes em todas elas: Latência e velocidade de transmissão.
Latência
O primeiro conceito a ser explicado é a latência, que nada mais é do que o tempo de resposta entre uma ação e sua reação. Latência e velocidade são inversamente proporcionais, ou seja, quanto menor a latência, maior a velocidade. Latência é muito importante quando se usa a internet para certos comandos, como em IoT (Internet das Coisas).
A Internet das Coisas é uma rede de objetos inteligentes, que recebem comandos, enviam dados e realizam tarefas. Para que eles funcionem de forma adequada e fluida, é essencial que o tempo entre um comando e uma ação (ou seja, a latência) seja o menor possível. Um carro autônomo, por exemplo, precisa de uma latência muito baixa para que, ao detectar um objeto na pista, consiga frenar antes de atingi-lo.
As redes 5G serão muito importantes para a Internet das Coisas, pois a sua latência será muito menor que a das redes 4G. Como dito anteriormente, estudiosos indicam que a resposta entre uma informação enviada e sua execução (latência) utilizando a 5G será próxima a de um humano ou até mais rápida, auxiliando na implementação de objetos autônomos como carros, robôs, entre outras coisas.
Velocidade de transmissão
Como comentado no tópico anterior, a velocidade e latência são inversamente proporcionais. Assim, para que tenhamos uma latência baixa, a velocidade deve ser alta. A velocidade é uma das principais mudanças que conseguimos perceber quando passamos de uma rede 3G para 4G, por exemplo. A rede 3G opera com 8Mbp/s (Megabits por segundo) de velocidade de transmissão, a 4G, com 28Mbp/s e a 5G promete ser até 10x mais rápida que 4G.
Assim, uma velocidade maior significa que mais dados podem ser transmitidos e recebidos. É a diferença na quantidade de dados que permite que gerações de redes realizem tarefas diferentes. Ou seja, com a velocidade atual, é possível baixar ou assistir programas pelo smartphone, por exemplo, enquanto redes 3G transmitiam pacotes de informações menores, como mensagens. Com a velocidade prevista para 5G, muitas oportunidades serão abertas, principalmente na área da Internet das Coisas (IoT).
Conclusão
Cada geração de rede celular marcou o início de uma nova utilização de dispositivos conectados à internet. 3G foi a primeira rede a ser conectada a smartphones, a rede 4G nos trouxe a possibilidade de assistir a programas de streaming e a 5G será a rede que irá conectar as coisas.
As tecnologias são utilizadas em diferentes áreas, não só no smartphone ou dispositivos que encontramos em casa. A rede 4G já é utilizada em fábricas e linhas de produção para conectar máquina entre si. No agronegócio, é possível utilizar equipamentos no meio do campo com conexão à internet. A rede 5G irá potencializar a utilização desses equipamentos conectados entre si e trará muito mais dados para aprimorar os resultados.
4G, 4G+, 4,5G, 5G… Existem muitas siglas por trás da internet que você usa no seu celular. Além das tradicionais redes 2G, 3G e 4G, surgiram nos últimos tempos as siglas de 4G+ e 4,5G e já começamos a falar bastante sobre 5G. Cada geração representa avanços em alguma característica; aprenda as diferenças de cada uma delas.
O que é o 3G
O 3G foi a primeira tecnologia celular que nasceu para levar internet rápida para os celulares. No seu primeiro padrão (WCDMA), a velocidade máxima teórica era de 384 kbits por segundo. Parece pouco, mas entenda que a primeira rede surgiu em 2002, onde a banda larga fixa mal chegava na casa dos megabits. Outra grande aposta do 3G eram as videochamadas via rede celular, mas o serviço não se popularizou.
A situação melhorou com a chegada do padrão HSDPA, com velocidades máximas teóricas de 3,6 Mb/s e 7,2 Mb/s. As Alguns países chamam o HSDPA de 3,5G. Quando as operadoras começaram a construir suas redes 3G no Brasil, o padrão adotado já era o HSDPA. Com o tempo, as operadoras brasileiras adotaram o HSPA+, que atinge velocidades máximas teóricas de até 42 Mb/s dependendo da construção da rede.
O 3G foi (e ainda é) muito importante para democratizar o acesso à internet no Brasil. Por se tratar de uma rede móvel, um modem 3G foi a salvação para pessoas que moravam onde não há presença de banda larga fixa. A tecnologia está presente em mais de 5 mil municípios brasileiros.
O que é 4G ou LTE
A rede 4G já é conhecida por mais da metade dos celulares brasileiros e está presente em mais de 3 mil cidades. Através da tecnologia LTE, ela permite tráfego de dados em velocidades superiores a de redes 2G e 3G, bem como maior eficiência de espectro (mais dispositivos conectados sem prejudicar a rede) e latência significativamente mais baixa que nas gerações anteriores.
Veja também: qual operadora tem a melhor cobertura 4G?
É importante ressaltar que, no Brasil, 4G é sinônimo de LTE. Nos Estados Unidos, as operadoras optaram por utilizar o nome 4G para desginar redes HSPA+, que no Brasil são conhecidas como 3G+ ou 3G Plus. Por lá, o nosso 4G é chamado de 4G LTE. Ou seja, aqui 4G e LTE são a mesma coisa — a diferença se dá fora do país.
O que é 4G+
O 4G+ é basicamente a tecnologia 4G que já conhecemos porém com um detalhe extra: o celular se conecta simultaneamente a mais de uma frequência ou faixa de espectro. A tecnologia por trás do 4G+ é chamada de LTE Advanced.
Veja também: Vivo começa a utilizar frequência de 1.800 MHz para 4G e promete LTE Advanced
Essa tecnologia é conhecida também como agregação de portadora (carrier aggregation), que aumenta a capacidade de transferência entre o dispositivo do usuário e a antena da operadora. Se seu celular está navegando em 4G+, significa que está utilizando mais de uma frequência.
No Brasil, as principais frequências usadas com 4G são de 2.600 MHz (banda 7) e 1.800 MHz (banda 3), além dos recentes 700 MHz (banda 28) que estão sendo liberados gradativamente com o desligamento de sinal da TV analógica. Para utilizar o 4G+, é necessário possuir um aparelho compatível com LTE-Advanced e estar em uma área de cobertura com a tecnologia. Caso não tenha 4G+ no local, o dispositivo se conectará a outra rede disponível (4G, 3G ou mesmo 2G).
O fato de uma região possuir mais de uma frequência disponível não significa necessariamente que a agregação de portadora está disponível: a operadora precisa habilitar essa tecnologia. É possível combinar mais de faixas de espectro ou frequências ao mesmo tempo, e assim surge o… 4,5G!
O que é 4,5G
O Galaxy S8 é um dos poucos aparelhos disponíveis no Brasil compatível com 4,5G
O 4,5G nada mais é do que o 4G+ em suas melhores condições. O nome 4,5G é um nome comercial para a tecnologia LTE-Advanced-Pro, utilizado para diferenciar o 4G tradicional da versão com o melhor cenário.
No Brasil, quem atualmente utiliza essa nomenclatura é a Claro. única operadora com suporte a LTE-Advanced-Pro. A tecnologia permite maior velocidade de acesso à internet, que pode ultrapassar centenas de megabits por segundo. Para a operadora, o 4,5G representa três características técnicas na rede:
- Agregação de portadora: combinar três diferentes faixas de frequência, chegando ao mínimo de 30 MHz de espectro;
- MIMO 4×4: a tecnologia MIMO significa “multiple-input multiple-output”, ou seja, múltiplas entradas e múltiplas saídas. O recurso permite que a comunicação entre o dispositivo do cliente e operadora seja feita utilizando 4 antenas de transmissão e outras 4 antenas de recepção;
- Modulação 256QAM: esquema de modulação que permite maior eficiência espectral, transmitindo mais bits de dados a cada tempo. Permite que os dispositivos conectados transmitam um volume muito maior de dados simultaneamente.
É importante lembrar que a cobertura em 4,5G não está presente em todos os lugares onde o 4G existe. Além disso, são pouquíssimos os dispositivos compatíveis com 4,5G; quando o aparelho não é compatível, utiliza o 4G convencional ou 4G+. A cobertura em 4,5G é restrita a poucas cidades.
O que é 5G
O 4G e suas variantes já permitem velocidades incríveis para acesso à internet móvel, desde que as operadoras façam seu próprio trabalho. Sendo assim, não faz sentido nesse momento criar uma tecnologia para melhorar a internet do celular, e o 5G tem um foco diferente das últimas evoluções.
Veja também: Por que o 5G vai mudar sua vida (mesmo que você ainda não tenha nem 4G)
O objetivo básico do 5G é levar internet para dispositivos conectados (automóveis, fechaduras eletrônicas, câmeras de segurança e milhares de outras aplicações de Internet das Coisas) e viabilizar acesso de banda larga fixa com altas velocidades, sem que as operadoras precisem de fibra ou cabeamentos de cobre até o cliente.
A tecnologia traz maiores velocidades (acima de 10 gigabits por segundo), permite maior número de dispositivos conectados (1 milhão de devices a cada quilômetro quadrado) e menor latência. A rede também permite diferenciar aplicações por camada, permitindo priorizar aplicações críticas (cirurgias remotas, por exemplo) dentro do fluxo de dados.
O 5G ainda está distante da realidade, sobretudo dos brasileiros: a tecnologia só foi padronizada em dezembro de 2017 e as primeiras aplicações com a tecnologia devem surgir a partir de 2019.
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