Em que consiste o Planejamento Agregado?
O planejamento agregado é uma ferramenta que demanda muitas informações administrativas de diferentes setores da empresa. A partir das informações repassadas por cada departamento, forma-se um plano que podemos chamar de planejamento agregado. Portanto, este torna-se uma atividade em conjunto para toda a organização envolvendo grandes gerências, chegando então ao consenso nos objetivos que se chocam entre as diferentes áreas funcionais (Krajewski, 2009).
O Planejamento Agregado é um plano global, de médio prazo (6 a 12 meses), que envolve todos os produtos e todos os recursos de uma unidade produtiva (fábrica, filial, planta etc.). As principais entradas do Planejamento Agregado são a capacidade de produção (equipamentos, força de trabalho, taxa de produção etc.), o nível de estoque e a previsão de demanda. A partir dessas informações, são elaboradas e comparadas uma série de estratégias de produção, em busca daquela que minimiza o custo total, dentre outras considerações pertinentes (Bezerra, 2014).
Por que ele é importante?
Este planejamento fundamenta a tomada de decisões diretamente interligadas com as metas e objetivos estratégicos da empresa, sem prender-se a detalhes (Krajewski, 2009). Conforme Ritzman e Krajewiski (2004), as decisões, muitas vezes conflitantes, envolvidas no Planejamento Agregado, dizem respeito a:
– minimizar custos de produção;
– maximizar o atendimento à demanda;
– minimizar investimento em estoques;
– minimizar os níveis de variação da produção;
– minimizar alterações na força de trabalho;
– maximizar a utilização da fábrica e do equipamento.
O Planejamento Agregado (PA) está relacionado com a Previsão de demanda e com o Planejamento da Capacidade. Portanto, antes de aprofundar no estudo do PA, vamos alinhar alguns conceitos sobre Capacidade de Produção. Você poderá rever os conteúdos sobre Previsão de demanda neste link.
VAMOS TREINAR?
Exercícios – Planejamento agregado
Caso BMX -PA e MPS
Caso MX (parte 1)
Caso MX (parte 2)
Caso Ventilar (parte 1 e 2)
Referências:
BEZERRA, C. A. Tecnicas de Planejamento, Programação e Controle da Produção e Introdução à Produção Linear. Curitiba: Intersaberes, 2014.
KRAJEWSKI, L. J., RITZMAN, L. P. e MALHOTRA, M. Administração da produção e operações. São Paulo: Pearson, 2009.
RITZMAN, L. P. e KRAJEWSKI, L. J. Administração da produção e operações. São Paulo: Pretince Hall, 2004.
Juliana GeremiasGraduada em Administração de Empresas e MBA em Gestão da Qualidade
"Qualidade é o resultado de um ambiente cultural cuidadosamente construído. Tem que ser o tecido da organização, não parte do tecido." Phil Crosby
O Plano Mestre de Produção (PMP) ou Programa Mestre de Produção (MPS ? Master Production
Schedule) é um documento que mostra quais itens serão produzidos e em que quantidades, durante um período de tempo.
É um programa gerado a partir da desagregação do planejamento agregado de produção, ou seja, significa que o plano agregado de uma dada família de produtos é transformado em um PMP para cada um dos itens que compõe esta família.
O PMP guiará as ações de produtivas em um horizonte de tempo de normalmente 6 a 12 meses com base semanal, considerando os pedidos
existentes.
O PMP EM MANUFATURA E SERVIÇOS
Na manufatura, o PMP possui claramente definido a quantidade e o momento em que os produtos deverão ser produzidos, direcionando toda operação em termos do que é montado, manufaturado e comprado. É a base do planejamento da utilização da mão-de-obra e
O PMP também pode ser utilizado em empresas de serviços. Por exemplo, em um hospital há um plano mestre que indica quais cirurgias estão planejadas e quando serão realizadas. Direciona a quantidade de materiais, instrumentos, pessoas, necessários para a realização das cirurgias, administrando a programação de pessoal, incluindo anestesistas, enfermeiras, cirurgiões.
FONTES DE INFORMAÇÃO PARA O PMP
É importante que todas as fontes de demanda sejam consideradas quando o PMP for definido. São geralmente os pequenos pedidos de última hora que causam transtornos em todo o sistema de planejamento de uma empresa. Por exemplo, se uma empresa de máquinas escavadeiras planeja uma exibição de seus produtos e permite que uma equipe de projeto ataque seus estoques para construir dois modelos para a exibição, provavelmente isto gerará falta de componentes na fábrica (se não gerar, é porque havia estoque em excesso, que não deveria estar lá). Ou também poderão emprestar com suas filiais, sem prévio aviso. Se isso acontecer, o sistema de planejamento e controle precisa considerá-las, pois caso contrário, as necessidades de produção não serão atendidas e consequentemente o cliente também.
REGISTRO DE UM PLANO MESTRE DE PRODUÇÃO
O PMP é constituído de registros com escala de tempo que contém, para cada produto final, as informações de demanda e estoque disponível atual. Usando esta informação, o estoque disponível é projetado à frente no tempo. Quando não há estoque suficiente para satisfazer à demanda futura, quantidades de pedido são inseridas na linha do PMP.
Conforme o quadro acima, temos 30 unidades em estoque . Na primeira semana como tivemos uma demanda de 10 unidades, ficamos com um estoque disponível de 20. Na segunda semana, tivemos uma demanda também de 10 unidades e ficamos com estoque disponível de 10. Na terceira semana, com a demanda também de 10 unidades, ficamos com o estoque 0. Como agora não temos mais estoque para suprir nossa demanda que segue normal nas demais semanas, a partir da terceira semana o PMP começa ser operacionalizado.
O PMP tem como atividade gestão de pedidos, que através da uma verificação da capacidade durante o processo de entrada de pedido e da disponibilidade de materiais, possibilita saber se a empresa é capaz ou não de cumprir o prazo estipulado pelo cliente, visando garantir o atendimento do pedido desde o processo de vendas.
REFERÊNCIA
SLACK, Nigel. Administração de Produção. São Paulo: Atlas, 2002.