Qual a importância da língua e da linguagem na vida do ser humano?

Qual a importância da língua e da linguagem na vida do ser humano?
A língua é um órgão que participa de algumas das funções mais importantes da vida humana, sendo elas:

  • Fala: sem ela seria impossível nos comunicar socialmente;
  •  Mastigação e Gustação: sua superfície superior é coberta por papilas gustativas que nos dão as sensações gustativas primarias, que são: doce, salgado, amargo e ácido;
  •  Deglutição: ou o ato de engolir alimentos;
  •  Sucção.

Estes pontos, tão essenciais à vida humana, serão desenvolvidos um a um para que tomemos consciência da importância dos mesmos.
Mas hoje, vamos falar da anatomia da cavidade oral, o que nos permitirá entender um pouco mais sobre a língua, seu posicionamento e suas funções.

A cavidade oral é a porta de entrada ao nosso organismo e faz parte do sistema digestivo, sendo também, uma via de acesso para o sistema respiratório.
A cavidade oral é dividida em duas partes:

  1.  O vestíbulo da boca;
  2.  Cavidade bucal propriamente dita.

O vestíbulo da boca é o espaço entre a face vestibular (externa) dos dentes, a gengiva e as bochechas, e a cavidade oral propriamente dita é o espaço entre a face palatina (interna) dos dentes e dos maxilares superior e inferior.

O teto da cavidade oral é formado pelo palato sendo o piso da mesma ocupada inteiramente pela língua.

A ponta da língua em repouso toca a parte interna dos dentes anteriores ou incisivos e o seu dorso fica apoiado na curvatura do palato.

A língua é o único musculo voluntário do corpo humano que não fadiga e seus movimentos são regidos pela musculatura extrínseca que nos permitem projetar a língua para fora da cavidade oral, traze-la de volta e mantê-la próxima ao assoalho quando esta em repouso.

Em casos de fratura de mandíbula a língua poderá perder a fixação dos músculos, nestes casos devemos tomar muito cuidado para que a língua, ao não ter a sua fixação, vá para o fundo da cavidade oral fechando a orofaringe, o que pode resultar em morte por asfixia.

O palato e o assoalho da cavidade nasal é o teto da cavidade oral. Possui duas partes, uma óssea, o palato anterior e outra musculo membranácea, o palato posterior.

Na sua parte posterior a cavidade oral se comunica com a faringe.

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Desde os primórdios da humanidade, o homem já possuía a necessidade de se comunicar. Mesmo não existindo a exata formação das palavras como atualmente, eles emitiam sons vocálicos que demonstravam seu modo de ver o mundo físico, como também expressavam suas sensações: fome, medo, insegurança, tristeza. Desta maneira, a língua(gem) não é fruto de pesquisa de longos anos. O indivíduo já nasce com esse instinto e habilidade racional. É a posse da língua(gem) o que mais claramente distingue o homem dos outros seres.

A linguagem verbal, entretanto, passou a ser desenvolvida a partir do momento em que o homem julgou necessário criar uma expressão sonora que representasse o próprio elemento. Os nomes têm essa missão: nomear os seres. Assim, ao pronunciarmos a palavra fogo, imaginamos automaticamente a imagem a que se reporta essa palavra, devido ela pertencer ao campo natural. Contudo, a expressão “Eu te odeio”, não permite essa mesma “mentalização”, em virtude da palavra não poder ser representada no campo natural. Por isso, o homem precisou moldá-la na forma de linguagem verbal.

Muitas palavras trazem uma carga de conhecimentos históricos que se acoplam ao seu significado, moldando, às vezes, de tal maneira o seu sentido que elas passam a ter um cunho preconceituoso, pejorativo. É preciso um cuidado maior, para que o falante não seja o responsável pela perpetuação do preconceito. A língua é um produto da cultura, também é um instrumento de manifestação dela, que se adapta ao meio e se modifica, conforme variem as necessidades e as condições de seus falantes.

A língua(gem) é interação, visto que proporciona ao indivíduo a possibilidade de exercer atividade sobre o outro, sobre si mesmo e sobre o mundo. É independente de estímulo: não necessita de alguém para ativá-la.

Desta forma, compreende-se que a língua(gem) é uma atividade essencialmente humana, histórica e social. Se bem conduzida, pode ser uma aliada na luta contra os preconceitos sociais, pois é a partir de seu uso que observamos, compreendemos e interagimos com o mundo natural.

Fontes
MURRIE, Zuleika de Felice. Universos da palavra: da alfabetização à literatura. São Paulo, Iglu, 1995, p. 13-24.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/linguistica/conceito-de-linguagem/

O homem é um ser social, e por tal motivo a essência do ser humano está majoritariamente em sua capacidade de se relacionar com os outros, de transmitir conhecimento e de se identificar no outro ser humano.

Porém esta relação entre seres humanos ocorre primordialmente em decorrência da linguagem, seja ela escrita, falada, desenhada, gesticulada, enfim, é ela quem, em última análise, possibilita que o homem tenha e mantenha relações sociais, que viva efetivamente em sociedade.

Repare que não conseguiríamos nos comunicar sem o uso de alguma forma de linguagem, não conseguiríamos sequer pensar sem o uso da linguagem, a nossa capacidade de aprender, de compreender o mundo ao redor, de nos comunicarmos, de nos expressarmos, depende da linguagem.

Note que as relações interpessoais, e até mesmo a relação consigo mesmo, invariavelmente passam pela linguagem e é por conta disso que é possível se afirmar que a linguagem tem um papel de mediador.

Sabemos que a mediação é um processo em que um determinado elemento se coloca como intermediário em uma relação, fazendo com que esta relação deixe de ser direta e passe a ser mediada por este elemento.

E dizemos que a linguagem atua como mediadora porque, como dito anteriormente, o acesso do ser humano e de sua mente ao mundo não se dá de um modo direto, este acesso ocorre sempre por meio da linguagem nas suas mais variadas formas de manifestação, é ela quem atua como intermediário e que permite ao ser humano ter acesso a este mundo, ainda que de forma indireta.

Então, partindo-se da premissa de que a informação e o conhecimento que uma pessoa quer passar, absorver ou desenvolver deve necessariamente passar pela linguagem para então chegar ao seu destinatário, começa a se mostrar bastante importante se pensar neste mediador e se identificar qual a melhor forma de utiliza-lo para se conseguir atingir o objetivo de se comunicar com o outro, ou consigo mesmo, de forma efetiva.

Linguagem é a mediadora entre os sujeitos e o mundo

Maria Aparecida Baccega em sua obra “Palavra e discurso. História e literatura” afirma que:

“a mediação entre o homem e a realidade objetiva é exercida pelas linguagens, sobretudo pela linguagem verbal, pela palavra”

E nos parece bastante assertiva esta afirmação considerando que é principalmente a palavra, tanto escrita quanto falada, a responsável por grande parte da comunicação diária ocorrida entre as pessoas.

E aqui é importante chamarmos a atenção para um outro ponto: observe que quando nos comunicamos invariavelmente direcionamos um determinado conteúdo para alguém (ainda que este alguém sejamos nós mesmos), e o objetivo é que este alguém compreenda e absorva este conteúdo que lhe foi passado.

Chegamos então a uma outra característica importante que a figura do mediador possui: o de facilitador.

Linguagem = Mediador = Facilitador

O mediador se coloca entre duas ou mais partes de uma relação buscando facilitar esta conexão entre os envolvidos — este é o papel que o mediador deve cumprir, caso contrário a sua função, o seu objetivo precípuo, não é alcançado.

E assim é com a linguagem, pois considerando que a linguagem é um mediador não é exagero dizer que sua função é facilitar a comunicação entre as pessoas, e caso a linguagem venha a se tornar um empecilho à comunicação (como infelizmente ocorre algumas vezes) este mediador não estará cumprindo o seu papel.

E ao se ter em mente este fator é possível se afirmar então que para uma comunicação efetiva é preciso que a linguagem a ser utilizada seja apropriada aos interlocutores, o que ressalta ainda mais a necessidade de se pensar neste importante mediador.

A escolha da linguagem deve ainda levar em conta que o conteúdo a ser passado nunca pertence exclusivamente ao falante, àquele que irá transmitir aquela informação ou conhecimento, o conteúdo pertence também a quem escuta, pertence também àquele para quem aquela informação está sendo direcionada.

Ora, a comunicação é sempre uma relação de troca, e por isso ao se ensinar ou se orientar alguém é preciso que aquele que transmite a informação tenha ciência da capacidade de percepção que o destinatário tem do que lhe está sendo ensinado ou orientado, para que ocorra uma efetiva troca de informação, onde uma pessoa transmite e a outra pessoa absorva este novo conteúdo.

Que ninguém tente debilitar o sentido da relação: relação é reciprocidade. (Martin Buber)

E aqui é interessante se reparar também que nossa capacidade de compreensão do mundo ao redor está diretamente ligada às nossas experiências, sejam elas experiências de vida, experiências acadêmicas e principalmente experiências trazidas pela relação entre pessoas e essa vivência tem influência direta na maneira com que absorvemos as informações que nos chegam, na maneira com que compreendemos o mundo.

Por consequência, a escolha da linguagem acaba também passando por uma análise acerca das experiências de vida da pessoa para quem a informação será direcionada, da realidade onde aquela pessoa está inserida, da sua formação acadêmica, e até mesmo da falta dela.

Entendemos as coisas a partir do ponto de vista das nossas vivências

A linguagem é, portanto, a base das interações sociais, uma vez que é ela quem viabiliza a comunicação humana, sendo a ferramenta primordial para o desenvolvimento do pensamento e do conhecimento.

Agora uma pergunta: o quanto você se preocupa com a linguagem a ser utilizada quando precisa transmitir informação e conhecimento?

A linguagem deve ser uma preocupação constante, pois clareza e lógica devem ser uma constante na atividade de se comunicar, com vistas a facilitar a troca de informação entre os envolvidos naquela relação, uma vez que uma das funções da linguagem é estabelecer a comunicação e viabilizar a interação entre os seres humanos.

E então, vamos repensar a forma com que utilizamos a linguagem para que este mediador possa efetivamente cumprir o seu papel de facilitador da comunicação e da transmissão de conhecimento?

Qual a importância da língua e da linguagem em nossas vidas?

A linguagem humaniza o homem. Por meio dela, os seres humanos expressam sentimentos, constroem pensamentos, interagem com o ambiente e com outros indivíduos. Dominar o código linguístico é fundamental para a execução de tarefas rotineiras e para ter um bom aproveitamento no mundo acadêmico e profissional.

Qual é a importância da linguagem para a sociedade?

A relação entre língua e sociedade apresenta influência mútua, pois através da linguagem se participa das relações sociais de poder e as mudanças na estrutura social são decorrentes da dinâmica dessas relações.

Qual a importância da linguagem e da língua para a construção das identidades e sociedades humanas?

Esse meio permitiu ao ser humano interagir verbalmente com o outro, exteriorizando seus pensamentos, expressando-se, comunicando-se, por meio da fala, da escrita e de outras formas de linguagem.

Qual a importância da linguagem na comunicação com as pessoas?

Em suma, a linguagem é um instrumento fundamental, pois serve como meio de comunicação e re-organização do pensamento, da memória, da atenção, da percepção, enfim, de todo o processo de constituição da consciência.