Qual a relação entre a prática da mumificação e a religião no Egito?

A religião do antigo Egito dominava todos os aspectos sociais egípcios. Era politeísta, cada região/localidade possuía seus deuses. A unidade política egípcia organizou em um só conjunto todos os grandes deuses que a sociedade deveria cultuar. Entre eles, se destacavam:

• Rá, deus do Sol (principal deus da religião egípcia).

• Toth, deus da sabedoria, do conhecimento e da Lua.

• Anúbis, deus dos mortos e o do submundo.

• Bastet, deusa da fertilidade, protetora das mulheres grávidas.

• Hathor, deusa do amor, da alegria, da dança, do vinho e das festas.

• Hórus, deus do céu (filho de Osíris e Ísis).

• Khnum, deus pastor e das nascentes e das cheias do rio Nilo.

• Maat, deusa da justiça e do equilíbrio.

• Ptah, deus de Mênfis, considerado criador do mundo e dos artesões.

• Seth, deus da tempestade, do mal, da destruição e da violência.

• Sobek, deus da paciência e da astúcia.

• Osíris, deus da vida após a morte.

• Isis, deusa do amor.

• Tefnut, deus da nuvem e umidade.

• Chu, deus do ar seco.

• Geb, deus da terra.

• Amon (de Tebas,) deus dos deuses do Egito, depois cultuado junto com Rá, com o nome de Amon-Rá.

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Osíris era o deus mais popular, pois simbolizava o próprio Nilo e seu nome estava ligado a uma lenda que conta que seu irmão, Set, o assassinou e o cortou em pedaços. Depois, Isis, mulher de Osíris, carinhosamente conseguiu reunir cada parte do corpo do esposo e as enfaixou. Assim, Osíris voltou à vida, mas foi afastado do mundo terreno e passou a habitar a morada dos deuses, onde os mortos eram julgados de acordo com a vida que levavam na Terra. A crença em uma vida depois da morte e a formação da alma entre os egípcios explicou o costume do embalsamento dos cadáveres. O povo no antigo Egito acreditava que o homem possuía duas almas, Ba e Ka. A segunda alma era o elo com o corpo, podendo entrar em estágio de decomposição. Para evitar o sofrimento ou a destruição do Ka, era costume o embalsamento dos cadáveres. Depois de todo o processo de embalsamento, a múmia era colocada em um sarcófago, ao lado do qual eram depositados objetos pessoais do morto e estatuetas que o simbolizavam.

As múmias egípcias foram e ainda continuam sendo mistério para muitos antropólogos e arqueólogos. Elas são famosas pelo fato de, depois de milênios, muitas delas, ainda se encontrarem de forma quase perfeita.

A antiga religião egípcia foi a combinação de mitos, crenças e práticas religiosas no Egito Antigo. Essa combinação era extremamente importante na vida dos egípcios por influenciá-los em diversos aspectos. Religião politeísta, ou seja, esse conjunto de crenças era composto por vários deuses, entre os quais, destacavam-se Rá, Osíris, Ísis e Hórus.

Os egípcios acreditavam na continuidade da vida após a morte e que a vida na terra seria apenas uma das etapas da existência. A crença religiosa dos egípcios baseava-se em um princípio conhecido como “maat”, que representava uma ideia de harmonia. Nesse sentido, eles acreditavam que a ação de cada pessoa refletia não somente em si, mas em todos. Assim, para evitar que o caos fosse instalado no universo, cada pessoa deveria fazer sua parte para manter essa harmonia. Esse princípio era associado com a deusa de mesmo nome.

Outro importante conceito da religião egípcia era o que se chamava “heka”, que significa mágica. Esse conceito também representava um deus de mesmo nome (o deus da mágica) e era fundamental para a religião egípcia, pois somente a partir do heka que os deuses poderiam manifestar seu poder.

Os deuses egípcios estavam relacionados com situações cotidianas, assim, para esse povo antigo, os eventos da natureza aconteciam como uma manifestação divina. As cheias do Nilo, por exemplo, eram consideradas uma dádiva dos deuses. Além disso, os egípcios acreditavam que algumas práticas comuns haviam sido ensinadas pelos deuses, como crer que a agricultura foi ensinada aos humanos por Osíris e a mumificação por Anúbis.

Os deuses egípcios poderiam ser representados de diversas maneiras, assumindo as formas:

  • Antropomórfica: forma humana;

  • Zoomórfica: forma animal;

  • Antropozoomórfica: forma humana e animal.

Os egípcios ainda mandavam construir grandes templos dedicados à adoração de seus deuses, e esses locais eram de responsabilidade dos sacerdotes. Aos sacerdotes, atribuía-se também a obrigação de realizar os festivais religiosos. No Egito Antigo, existiam sacerdotes tanto homens quanto mulheres, e eles podiam casar, constituir família e possuir propriedades privadas.

Vida após a morte

Os egípcios, conforme o que foi dito anteriormente, acreditavam na continuidade da vida após a morte e, por isso, seu ritual funerário possuía grande importância. Para a continuidade da vida, acreditava-se que deveria haver um processo que garantiria a preservação do corpo humano. A crença na vida após a morte e nos ritos funerários eram tão fortes no Egito que, durante muito tempo, os egípcios evitaram campanhas militares muito longas no estrangeiro, pois temiam morrer fora de seus territórios e não receberem os ritos necessários para a continuidade da vida.

Baseado nessa crença, o processo de mumificação era fundamental, e os egípcios afirmavam que essa prática havi sido ensinada pelos deuses (existia um mito que contava a história da mumificação de Osíris por Anúbis). Esse processo de mumificação durava em torno de 70 dias e consistia em realizar a retirada dos órgãos, exceto o coração, banhar o corpo em óleos e resinas especiais e enfaixá-lo com linho. Por seu alto valor, somente a aristocracia egípcia podia utilizar dessa prática de conservação dos corpos. As classes mais baixas realizavam um processo funerário mais simples, enquanto os escravos não recebiam nenhum tipo de trato funerário.

A construção de grandes tumbas funerárias, como as mastabas e os hipogeus, também era baseada nessa preocupação com a continuidade da vida. As construções funerárias dos egípcios que ficaram mais conhecidas, contudo, foram as pirâmides, erguidas a mando dos faraós. Nesses locais, eram depositados todos os objetos que se acreditava serem úteis na vida após a morte.

Aproveite para conferir as nossas videoaulas relacionadas ao assunto:

Qual a relação da mumificação com a religião egípcia?

O processo de mumificação assumia grande importância no culto religioso egípcio, tido que era o meio de preservação do corpo. A mumificação é uma técnica usada para preservar humanos e animais. Os egípcios acreditavam que se tratava de um processo essencial para assegurar a passagem do morto para a outra vida.

Qual a relação existente entre a religião e o processo de mumificação e o Desenvolvimento da Medicina?

Os egípcios antigos aprenderam muito sobre a anatomia humana graças à tradição de mumificação. Ao preparar os mortos para sua viagem rumo ao além, podiam analisar as partes do corpo e associá-las com as doenças que a pessoa havia contraído em vida.

Qual a relação entre a prática da mumificação e a crença na vida após a morte?

A relação entre a mumificação e crença na vida após a morte se dá pelo fato de que para os egípcios antigos o corpo e o espírito eram interligados mesmo após a morte e, para que o pós-vida fosse satisfatório, o corpo do morto deveria ser preservado.

Por que a mumificação era considerada uma atividade de caráter religioso?

Os egípcios desenvolveram avançadas técnicas de mumificação para a preservação dos corpos, pois acreditavam na imortalidade e no retorno à vida após a morte. Os egípcios constituíram uma sociedade extremamente religiosa.