Qual é a diferença entre catolico e evangelico

Neste texto de estudo sobre a história da fé cristã, vamos abordar quais as principais diferenças entre a religião evangélica e a católica. De uma forma bem resumida podemos dizer que antigamente existiam apenas os cristãos (claro que haviam outras religiões, mas neste texto vamos focar nos protestantes e católicos). Quando os imperadores romanos passaram a seguir o cristianismo, obviamente, a igreja romana ganhou força, e assim (basicamente) surgiu o catolicismo, por isso se diz ‘católico apostólico romano’. Naquela época ainda não havia a religião evangélica ou católica, eram apenas cristãos.

Antes de seguir a leitura, lembre-se que este site é evangélico e representa a visão da religião evangélica. Respeitamos as divergências religiosas, pois faz parte da democracia.

Como quase tudo e todos, ganhando poder, a igreja começou a cometer alguns abusos. No entanto, algumas pessoas de dentro da igreja não achavam isso certo e fizeram um protesto –daí o nome protestantes – liderados pelo alemão Lutero (não confundir com o americano que realizou o histórico discurso “I have a dream”). Se você não sabe, Martin Lutero era um padre que se revoltou contra os abusos da igreja, por isso, resolveu largar a igreja católica e pregar de forma independente, dando origem ao que chamamos hoje de religião evangélica.

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Resumindo, os católicos também se reorganizaram, fizeram algumas mudanças e são o que são hoje. Os protestantes (também conhecidos como crentes ou evangélicos) criaram várias linhas, que explicaremos depois.

Basicamente, sem entrar em detalhes ou controvérsias, as diferenças entre católicos e evangélicos são as seguintes.

Qual é a diferença entre catolico e evangelico

Santos 

Os católicos possuem as imagens de santos como recordação de pessoas a serem admiradas pela fé. Os evangélicos não aceitam isso. Os crentes (assim como judeus e muçulmanos) são totalmente contra imagem de santos, pois consideram o conceito de adoração e homenagens aos santos uma idolatria; e somente Deus, o criador, deve ser idolatrado. A própria bíblia condena a adoração de imagens em diversas passagens, por isso, é tão contraditório ser cristão e adorar imagens. O texto de Êxodo 20:3 e 4 diz:

Não farás para ti nenhum ídolo, ne­nhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra.

Outros textos que você pode procurar em sua bíblia: Levítico 19:4, 1 Coríntios 10:14, Isaías 44:9 a 20, Jeremias 10:1 a 5 e Ezequiel 14:1 a 9, entre outros.

Na religião evangélica, seguindo o princípio do judaísmo (raiz do cristianismo), os santos são abomináveis, pois substitui-se a adoração a um Deus que não sabemos como é por imagens de pessoas que possuem os mesmos poderes que nós, ou seja, nenhum. Todas as pessoas que “realizaram” algum milagre, conseguiram porque Deus quis e não porque eles mesmos eram sobrenaturais.

Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. 1 Timóteo 2:5

De acordo com o site católico Canção Nova, existe uma diferença ente cultuar e venerar. Venerar seria prestar homenagens aos santos e relíquias. Não há passagens bíblicas que reforcem essa veneração. Aliás, o único judeu que se prostrou diante da Arca, Josué, foi repreendido – Josué 7:6 a 10. Apesar de toda a honra que se dava à arca, ao templo e outros objetos, os judeus nunca consideraram estes objetos um intermediador entre os homens e o Criador. Também nunca foi atribuído milagres a eles.

Para os evangélicos, se você pede para casar ao Santo Antônio ou pede por um milagre urgente ao Santo Expedito, você está dando a essas pessoas o poder que é somente do Criador, que é o de fazer. milagres. No entanto, essas pessoas Santo Antônio, Maria ou São José são sim dignas de respeito e admiração. Como são Moisés, Davi ou Elias, mas, na visão protestante, não devemos clamar a eles por milagres, ou atribuir milagres a eles.

Maria 

Muitos ignorantes dizem que os evangélicos não acreditam, ou não gostam, de Maria. A religião evangélica não nega a existência de Maria, mas os católicos, muitas vezes, chegam a adorar Maria como ‘mãe de Deus’. A visão dos crentes é que Maria foi um exemplo de pessoa, mas não a ponto de ser adorada como ‘mãe de Deus’.

Assim como o mártir Estevão ou, mais uma vez, Pedro, Tiago, Abraão ou Jeremias, por exemplo, Maria merece todo respeito e admiração, mas não a ponto de ser adorada como intercessora. Para o protestante, orar dizendo “Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós…” é o mesmo que admitir que Maria tem poder de interceder por nós, contrariando a própria bíblia que diz que há um só intermediador entre os homens e Deus, Jesus.

Além disso, Jesus nos ensinou que qualquer um de nós que fizermos a vontade de Deus somos seus irmãos. Marcos 13 a partir do versículo 32 e Mateus 12 a partir do versículo 46. Para os evangélicos, colocar alguém como mãe de Deus é incoerente, pois se Deus é eterno como pode ser filho de alguém que não foi eterno e, ainda por cima, foi criado por Ele? Como Deus seria filho de alguém que Ele criou?

Na visão da religião evangélica, adorar Maria como mãe de Deus é o mesmo erro que adorar aos santos e qualquer outra criação do Eterno.

Livros 

Na reforma protestante liderada por Martin Lutero, alguns livros que os católicos defendem serem sagrados, como Macabeus ou Terceira de Reis, não são aceitos pelos crentes (e judeus) porque são controversos e suas origens são questionáveis. A religião evangélica considera estes livros apócrifos, ou seja, não fazem parte das Escrituras Sagradas. Como também não fazem parte das escrituras judaicas (obviamente os que seriam parte do Antigo Testamento).



Conheça algumas contradições contidas nestes livros.

  • Uso de magia e feitiçaria (Tobias 6:5 a 9)
  • Esmolas garantem a salvação (Tobias 12:8 e 9)
  • Sabedoria garante a salvação (Livro de Sabedoria 8:19)
  • Podemos orar pelos mortos (2 Macabeus 12:43 a 46)
  • Existe um lugar chamado purgatório (Sabedoria 3:1 a 4)
  • Almas pré-existentes (Sabedoria 8:19 e 20)
  • Uma mulher fez jejum todos os dias de sua vida, exceto aos sábados (Judite 8:5 e 6)
  • Daniel matou um dragão de verdade (Daniel 1423 a 28)
  • Anjos podem mentir (Tobias 5:15 a 19)
  • Habacuque foi teletransportado pelos cabelos (Daniel 14:34 a 36)
  • Não devemos ajudar um pecado e nem dar pão (Eclesiástico 12:4 a 7). Aliás, este trecho contradiz que podemos ser salvo por dar esmolas.
  • Devemos maltratar os escravos e servos (Eclesiástico 33:25 a 40)
  • Devemos espancar até sangrar um servo ruim (Eclesiástico 42:5)
  • Ódio aos estrangeiros, chegando a chamá-los de idiotas (Eclesiástico 50:25 e 26)
  • Preconceito às mulheres (Eclesiástico 25:17 a 33)

Os livros apócrifos ainda trazem erros históricos, como mencionar que o exílio na Babilônia foi de sete gerações (Baruc 6:2), quando na verdade foram setenta anos. Outro erro está no livro de Judite, que diz que Nabucodonosor era rei dos assírios (Judite 1:5). São erros que podem indicar tentativas de fraudes.

Dízimos 

Por muito tempo os católicos se vangloriavam de “Não cobrar o dízimo” como faz a religião evangélica. No entanto, devemos lembrar que, por não precisar pagar uma série de tributos e contarem com apoio de uma série de entidades governamentais em vários países, a igreja católica, em certo ponto se viu desobrigada a cobrar o dízimo, já que conseguiam dinheiro de outras formas. Os evangélicos entendem que os dízimos fazem parte de sua rotina religiosa, contribuindo para a manutenção da igreja que frequenta, que precisa pagar impostos, água, luz, tudo como uma empresa comum. Como era antes mesmo de Jesus nascer.

Há quem não concorde com o dízimos, mas não se pode dizer que foram os pastores que inventaram isso, pois os dízimos e ofertas faziam parte da vida dos hebreus muito tempo antes do cristianismo surgir. Além disso, é cada vez mais comum as igrejas católicas também ensinarem sobre os dízimos, por isso, este assunto vem sendo menos polêmico.

Por que tantas igrejas de crente 

A reforma, liderada por Lutero, defendia a ideia que as pessoas têm livre entendimento à Bíblia. Ou seja, eu posso ler e interpretar de uma maneira e você de outra. Isso é o que chamamos hoje de liberdade religiosa. Assim, é claro que vão surgir pensamentos diferentes em todo o mundo.

Para uns, as mulheres devem usar apenas saias, para outros não. Ninguém tirou isso do nada. As pessoas se baseiam em uma ou outra passagem bíblica, por isso, a religião evangélica é tão eclética, pois existem igrejas com diferentes interpretações.

Sobre essas diferenças na igreja evangélica, podemos dizer que existe certo ou errado? Acreditamos que não existe certo ou errado porque é questão de interpretação. Existe certo entre azul ou verde? Não! Cada um tem sua preferência. Assim, muitas igrejas foram abertas no decorrer da história, e seguem sendo abertas. O que não pode ocorrer em nenhuma religião é o abuso de líderes para suprimirem seus fiéis. Precisamos lembrar que estamos falando de livros e cartas escritas há dois, três e até quatro mil anos, então é óbvio que existem controvérsias e sempre existirão.

O que os evangélicos acreditam?

Os protestantes defendem a crença de que a única autoridade a ser seguida é a "Palavra de Deus", presente na Bíblia Sagrada. De acordo com esse ponto de vista, pela ação do Espírito Santo, os cristãos, ao lerem a Bíblia, teriam uma maior harmonia com Deus.

Qual é a religião dos evangélicos?

Protestantes e evangélicos.
Adventistas;.
Anglicanos;.
Batistas;.
Reformados;.
Luteranos;.
Metodistas;.
Pentecostais..

Qual é a diferença de evangélico?

A ideia de colocar a doutrina em acordo com o Evangelho está na origem do termo usado por Lutero. Os evangélicos, portanto, são aqueles que procuram seguir o Evangelho de Jesus Cristo tornando a doutrina mais próxima dessa perspectiva. Por essa razão, cristão e evangélico tornaram-se termos intercambiáveis.

O que prega a Igreja Católica?

O Catolicismo é uma vertente do Cristianismo, que acredita que Jesus é o Salvador do mundo. Os católicos pregam a salvação dos pecados a partir da crença em Jesus, encarnação de Deus feito homem.