Qual importância econômica que os Estados Unidos têm mundialmente?

Os Estados Unidos são a principal potência econômica e política do mundo, com interesses globais e um alcance sem comparações no cenário internacional. O Produto Interno Bruto americano representa quase um quarto da economia global, e seu orçamento militar é quase o mesmo que os gastos de todos os outros países somados.

O país também é uma grande fonte de entretenimento: a TV americana, filmes de Hollywood e estilos musicais como rap, rock, blues e jazz são ingredientes básicos da cultura popular global.

Os Estados Unidos nasceram numa revolução que separou a então colônia da coroa britânica. A Constituição americana, escrita em 1787, estabeleceu um sistema federal com uma divisão de poderes que se manteve inalterada em sua forma desde sua criação.

O país passou por uma sangrenta guerra civil no século 19, entre 1861 e 1865, disputada entre o mais industrializado norte e o sul, mais dependente da agricultura. A guerra também estava relacionada à escravidão de negros, defendida pelo lado sul, conhecido como "confederados".

A escravidão acabou abolida ainda durante a guerra, em janeiro de 1865, pelo governo do presidente Abraham Lincoln. O conflito foi vencido pelo governo central, o norte, em maio de 1865, mas muitos direitos civis de negros no sul só foram conquistados um século depois.

A partir da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), quando as potências europeias sofreram com os danos, os prejuízos e as mortes que infligiram umas às outras, os Estados Unidos começaram a surgir como a principal potência do globo. Essa posição foi confirmada após a Segunda Guerra Mundial, quando grande parte do continente europeu foi destruída.

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A cidade de Washington, capital dos Estados Unidos e que leva o nome do primeiro presidente do país

Os Estados Unidos lideraram o lado ocidental do mundo durante a Guerra Fria, período após a Segunda Guerra Mundial em que o Ocidente, capitalista, se opôs ao bloco socialista liderado pela União Soviética (URSS).

Nessa época, EUA e URSS protagonizaram uma corrida espacial, em que ambos os países realizaram feitos importantes na exploração do espaço. Em 1969, os americanos levaram, pela primeira vez, o homem ao solo da Lua.

Após o fim da Guerra Fria e a dissolução da União Soviética, os Estados Unidos assumiram posição hegemônica no cenário internacional.

No início do século 21, entretanto, a ascensão da China passou a ameaçar a liderança americana, até então inquestionável. Previsões de analistas diziam que, em meados do século 21, a China deveria ultrapassar os Estados Unidos como maior economia do planeta.

Os Estados Unidos são um dos cinco países com assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Os outros são Rússia, China, Reino Unido e França.

Estados Unidos da América

Capital: Washington, DC

  • População316 milhões

  • Área9,8 milhões de quilômetros quadrados

  • Principal línguaInglês

  • Principal religiãoCristianismo

  • Expectativa de vida76 anos (homem), 81 anos (mulher)

  • MoedaDólar americano

Fonte: ONU, Banco Mundial

O democrata Joe Biden foi eleito presidente americano em novembro de 2020, em sua terceira tentativa de chegar à Casa Branca. Diferentemente das duas primeiras, em 1987 e em 2008, Biden começou a disputa interna de seu partido em 2020 como o mais conhecido candidato, favorito a obter a indicação.

Então com 77 anos, Biden tropeçou nas primeiras primárias, mas assumiu a liderança depois da chamada Super Tuesday.

Na campanha contra o presidente Donald Trump, do Partido Republicano, Biden fez comícios promovendo distanciamento social e com público reduzido, passando uma imagem de responsabilidade em tempos de pandemia de Covid-19.

Foi eleito após recuperar para os democratas Estados como Michigan e Wisconsin e obter vitórias históricas nos Estados tradicionalmente republicanos da Geórgia e do Arizona.

Nos dois mandatos de Barack Obama (2009-2017), Biden foi seu vice-presidente, o que lhe permitiu associar-se diretamente ao legado do ex-presidente democrata.

Entre os temas daquele governo que Biden abraçou em campanha, estiveram o chamado "Affordable Care Act", lei que tornou planos de saúde mais acessíveis, assim como o pacote de estímulo para aquecer a economia durante a crise de 2007 a 2009.

Crédito, Angela Weiss AFP/Via Getty Images

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O democrata Joe Biden venceu a eleição de 2020, impedindo a reeleição do republicano Donald Trump

Com vasta experiência em Washington, especialmente como senador, Biden acumulou conhecimento e autoridade na área de política externa.

Ele foi eleito para o Senado pela primeira vez em 1972 e ficou na Casa por seis mandatos. Esse longo período permitiu que Biden acumulasse elogios e críticas de campos diversos da cena política.

Conhecido crítico do regime racista do apartheid, na África do Sul, Biden também foi um grande defensor da lei anticrime de 1994, que muitos na esquerda consideram ter promovido longas sentenças e detenções em massa, especialmente de negros.

A vitória de Biden sobre Trump foi marcada por dois meses de tensão política, depois que o então presidente disse não aceitar o resultado. Sucessivas tentativas de Trump e seus advogados de provar algum tipo de fraude no pleito foram rejeitadas pelos tribunais dezenas de vezes, inclusive pela Suprema Corte americana.

A crise contou com uma invasão do prédio do Congresso, o Capitólio, por seguidores de Trump, enquanto representantes e senadores prepararam-se para confirmar a vitória de Biden.

A posse do presidente democrata, em 20 de janeiro de 2021, não contou com a presença de seu antecessor, que decidiu não comparecer, quebrando a tradição de transferência do cargo.

A cerimônia, diante do Capitólio, não contou com a presença do público devido à pandemia de Covid-19 e à preocupação com a segurança. Mais de 20 mil soldados e policiais patrulharam o local e as ruas de Washington para evitar qualquer tipo de protesto ou ação violenta contra a posse do novo presidente.

Em seu primeiro dia no cargo, Joe Biden assinou várias ordens executivas para reverter medidas do governo Trump.

Entre elas, a que recolocou os Estados Unidos como participante do Acordo de Paris, que impõe obrigações de redução de emissão de carbono na luta contra as mudanças climáticas.

Diante de uma país polarizado politicamente, Biden afirmou que seu governo buscaria a unidade e que ele governaria igualmente para todos os americanos, independentemente de suas simpatias políticas.

Os Estados Unidos têm a indústria de mídia de massa mais desenvolvida do mundo. Sua dramaturgia, suas comédias, novelas, animações, seus vídeos musicais e filmes têm uma audiência global e fazem parte do conteúdo oferecido por canais de TV no mundo todo.

A televisão é o meio mais popular dos EUA. Os canais ABC, CBS e NBC lideraram o setor por décadas até o surgimento e crescimento dos serviços a cabo e por satélite e a chegada da rede Fox. O canal Fox News é o maior canal de notícias por cabo dos EUA.

Hábitos de consumo, no entanto, vêm mudando nos últimos anos, e a proporção de conteúdo consumido da transmissão ao vivo de TV tem caído.

Os EUA lideram no mundo em termos de adoção de vídeo em demanda "over-the-top", ou OTT, transmitido pela internet (serviços de streaming, como Netflix ou Amazon).

Existem cerca de 10 mil estações de rádio comerciais. Nas cidades, há serviços para satisfazer quase todo tipo de gosto. Serviços de rádio por satélite oferecem centenas de canais e têm milhões de assinantes.

"Os EUA têm uma imprensa livre, diversificada e protegida constitucionalmente", disse em 2019 a entidade Freedom House, baseada em Washington. Segundo ela, o então presidente Donald Trump era "duramente crítico da grande mídia, frequentemente usando linguagem inflamatória para acusá-la de ser tendenciosa e falsa". A ONG dizia que a cobertura do noticiário havia se tornado mais polarizada, com alguns veículos e comentaristas "fornecendo perspectivas consistentemente à direita ou à esquerda".

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As novas empresas digitais, como Twitter, Facebook e Google, transformaram o setor de mídia dos Estados Unidos

A radiodifusão pública nos Estados Unidos é parcialmente financiada pelo governo, mas também apoiada por recursos privadas.

As universidades e faculdades operam veículos de comunicação. A NPR (Rádio Pública Nacional) - com suas centenas de estações afiliadas - oferece jornalismo, debates e música sem publicidade.

Serviços de TV pública operados pela PBS têm como missão prover programas educativos "de qualidade".

O governo patrocina veículos de TV, rádio e internet destinados a públicos fora dos EUA, incluindo no antigo bloco soviético, no Oriente Médio, na Ásia e em Cuba.

Existem mais de 1 mil jornais diários nos Estados Unidos, a maioria deles com um leitorado local ou regional, mas eles têm sofrido com a competição trazida por veículos online.

"A situação financeira e a base de assinantes da indústria têm caído desde meados dos anos 2000, e o tráfego via internet, depois de alguns anos de crescimento, se estagnou", disse o Pew Research Center, em 2019.

Os EUA são a base da internet, tecnologia que transformou o setor de mídia do país. Mais de 290 milhões de americanos estavam online (InternetWorldStats) em 2018, o que representava 89% da população. Segundo a agência We Are Social, em 2019 havia 230 milhões de usuários ativos de mídias sociais nos Estados Unidos. YouTube, Facebook, Instagram e Twitter estão entre as principais plataformas.

A Freedom House diz que o acesso à internet é irrestrito, mas as principais plataformas sociais têm tido "dificuldades em controlar material falso ou que incite o ódio sem causar danos à liberdade de expressão ou a seus próprios interesses comerciais".

Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil, em 1824. No ano seguinte, abriram uma representação em solo brasileiro. Desde então, os dois países têm sido próximos, relação reforçada pelo fato de serem as duas maiore nações do continente americano.

O imperador Dom Pedro II visitou os Estados Unidos em 1876, em em 1905 as recíprocas representações de ambos os países foram elevadas à categoria de embaixadas.

A relação entre Washington e o Rio de Janeiro (capital do Brasil na época) foi determinante para que o governo brasileiro declarasse guerra à Alemanha nazista e entrasse na Segunda Guerra, enviando tropas para combater os alemães na Itália, em 1944.

Crédito, ANTONIO SCORZA/Getty Images

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EUA e Brasil têm um histórico de boas relações, mesmo com líderes de linhas políticas opostas, como Bush e Lula

O clima da Guerra Fria e a preocupação com o avanço de ideias comunistas no continente levaram Washington a apoiar o golpe militar de 1964 no Brasil.

Durante a redemocratização, as relações entre Brasil e Estados Unidos continuaram positivas, mesmo durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, presidente integrante da esquerda brasileira, historicamente crítica aos EUA. Lula teve um contato particularmente amistoso com o então presidente republicano George W. Bush, tom que foi mantido no governo de seu sucessor, o democrata Barack Obama.

Jair Bolsonaro, presidente brasileiro a partir de 2019, declarava abertamente admiração pelo então colega americano, o republicano Donald Trump. Bolsonaro defendeu a reeleição de Trump, mas o republicado foi derrotado nas eleições pelo democrata Joe Biden. A distância ideológica entre Bolsonaro e Biden indicavam um período de esfriamento nas relações entre Washington e Brasília.

Em 2009, os Estados Unidos deixaram de ser o maior parceiro comercial do Brasil, posição perdida para a China. O comércio entre as duas nações americanas, no entanto, continua muito significativo, tendo sido de mais de US$ 59 bilhões em 2019.

Importantes datas na história dos EUA:

1565 - Primeira colônia europeia permanente na América do Norte.

Séculos 17 e 18 - Centenas de milhares de africanos são trazidos e vendidos no mercado de escravos para trabalhar em plantações de algodão e tabaco.

1775-76 - Em 1775, começa a Revolução Americana: George Washington lidera o Exército Continental num luta contra o domínio britânico. Os Estados Unidos declaram sua independência no ano seguinte.

1787 - Os chamados Pais Fundadores escrevem uma nova Constituição para os Estados Unidos da América. A Carta entra em vigor em 1788.

1789 - Em fevereiro, George Washington é eleito o primeiro presidente americano.

Século 19 - A resistência residual de povos indígenas é sufocada quando a imigração vinda da Europa atinge proporções de massa, com colonos deslocando-se na direção oeste do país.

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Na segunda metade do século 18, colonos americanos rebelaram-se contra os britânicos e declararam independência

1861-65 - Guerra Civil Americana: forças federalistas derrotam os Estados escravagistas confederados do sul. A escravidão é abolida sob a 13ª emenda constitucional.

1929-33 - Cerca de 13 milhões de pessoas ficam desempregadas depois que o mercado de ações em Wall Street desabou na crise de 1929, levando ao período que ficou conhecido como Grande Depressão.

1941 - O Japão ataca a frota americana em Pearl Harbour, no Estado do Havaí, levando à entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.

1954 - Segregação racial nas escolas torna-se inconstitucional. Começa uma campanha de desobediência para garantir direitos civis para americanos de ascendência africana.

2001 - Em 11 de setembro, uma série de ataques coordenados atinge alvos importantes na costa leste americana, entre eles as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York. Os ataques levam os EUA a lançar o que Washington chamou de "guerra ao terrorismo", que incluiu as invasões do Afeganistão (2001) e do Iraque (2003).

2008 - O senador Barack Obama é eleito o primeiro presidente negro dos Estados Unidos.

2016 - Com uma plataforma populista, o magnata e apresentador de um programa de "reality TV" Donald Trump vence a democrata Hillary Clinton na disputa presidencial. O resultado coloca a Casa Branca novamente nas mãos do Partido Republicano.

2020 - O democrata Joe Biden, vice-presidente de Barack Obama (2009-2017), impede a reeleição de Donald Trump com sua vitória nas eleições presidenciais.

2021 - Em janeiro, após duas segundas votações no Estado da Georgia, o Partido Democrata retoma também o comando do Senado. Protesto convocado por Donald Trump contra o resultado da disputa pela Casa Branca termia com a invasão do prédio do Congresso por seguidores do ainda presidente. Biden toma posse em 20 de janeiro, sem a presença de Trump, que se recusou a participar da cerimônia.

2022 - Nas eleições de meio de mandato de novembro de 2022, os democratas mantiveram o controle do Senado e, apesar de vencer na Câmara dos Deputados, os republicanos não conseguiram maioria na casa. O resultado foi considerado uma inesperada vitória para o presidente Biden.

Qual é a importância dos Estados Unidos para a economia mundial?

Os Estados Unidos são também o maior importador da economia mundial, respondendo, em média, por um quinto das importações de todos os bens comercializados internacionalmente desde a década de 1970. Quanto às exportações, a economia norte-americana ocupa a segunda posição, vindo atrás da Área do euro.

Qual o papel dos Estados Unidos para o mundo?

Os Estados Unidos é o país de maior influência, política, econômica e cultural do mundo. Localizado na América do Norte, o país possui diversas particularidades. Estados Unidos são a nação mais influente do mundo na política, economia, gastronomia e na cultura.

Qual a principal fonte de economia dos Estados Unidos?

A economia dos EUA é essencialmente baseada nos serviços. O setor terciário representa mais de três quartos do PIB (77,3%) e emprega mais de 78,7% da população ativa.

Qual é a maior potência econômica do mundo?

Veja cada país e seu PIB:.
1° Estados Unidos — US$ 18,6 trilhões;.
2º China — US$ 11,2 trilhões;.
3º Japão — US$ 4,9 trilhões;.
4º Alemanha — US$ 3,4 trilhões;.
5º Reino Unido — US$ 2,6 trilhões;.
6º França — US$ 2,5 trilhões;.
7º Índia — US$ 2,2 trilhões;.
8º Itália — US$ 1,8 trilhão;.