O clima da região Norte caracteriza-se por elevadas temperatura e umidade, decorrentes das suas baixas latitudes e alta incidência de radiação solar.
A região Norte do Brasil apresenta dois tipos de clima: o equatorial – que se estende por praticamente todo o território, com exceção do nordeste de Roraima e noroeste e sudeste do estado do Pará – e o tropical continental, que está presente no Tocantins.
O clima equatorial caracteriza-se por temperaturas elevadas e baixa amplitude térmica diária e anual, ou seja, não se observam grandes diferenças entre as temperaturas durante o dia e a noite ou entre os meses do ano. Destaca-se ainda que nesse tipo de clima existe a incidência de alta pluviosidade. Por causa da pluviosidade, pode-se distinguir o clima equatorial em úmido (menor quantidade chuvas) e superúmido (maior quantidade de chuvas).
Fatores que influenciam o clima da região Norte
O primeiro fator importante acerca do clima da região Norte refere-se às baixas latitudes. A proximidade com a linha do Equador faz com que essa área receba grande quantidade de radiação solar, tornando-se bastante quente (as médias anuais são acima dos 25 ºC). Associado a isso, tem-se a forte influência dos grandes e caudalosos rios que se localizam na região e que, ao receberem essa quantidade de luminosidade solar, evaporam grande quantidade de água para a atmosfera. Desse modo, pode-se tipificar o clima da região como sendo quente e úmido.
Os fatores geográficos de luminosidade e evaporação fazem com que a eegião Norte tenha a maior taxa anual de pluviosidade do Brasil, com indicadores que podem ultrapassar os 3.000 mm anuais em determinadas cidades. As médias anuais de precipitação da região variam entre 2.000 mm e 2.600 mm. O tipo de chuva decorrente da combinação da alta incidência de calor e a disponibilidade hídrica, gerando grande evaporação e consequente precipitação, é conhecido como chuva de convecção.
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Outro fator de impacto para a alta pluviosidade da região Norte são os ventos alísios (ventos oriundos de regiões de alta pressão – frios – para regiões de alta pressão – quentes), que se deslocam carregados de umidade. As áreas mais chuvosas concentram-se no litoral do Pará, e as com menores índices pluviométricos localizam-se no nordeste de Roraima e no estado do Tocantins.
Para a região Norte, o período de maior incidência de chuvas estende-se de dezembro a maio, e o de menor ocorrência estende-se de junho a setembro.
Importância da Floresta Amazônica
Um elemento interessante do clima da região Norte está relacionado com a importância da Floresta Amazônia para a oferta pluviométrica na região. Sendo uma floresta tropical, a Amazônia é uma importante indutora de chuvas por meio do processo de evapotranspiração (perda de água de um ecossistema para a atmosfera, causada pela evaporação a partir do solo e pela transpiração das plantas).
Essa quantidade de água lançada na atmosfera por meio dos processos de evapotranspiração formam verdadeiros “rios voadores”, que canalizam parte dessa umidade, levando-a para as regiões centro-oeste e sudeste do país. Pesquisadores afirmam que a umidade gerada na Amazônia contribui para a manutenção das atuais características climáticas dessas regiões; caso contrário, elas se assemelhariam a desertos.
Muito se fala sobre a seca no Nordeste brasileiro. Mas, você sabe por que chove tão pouco no Sertão? O próprio clima da região, que é o semi-árido, tem a falta de chuvas como característica. O Instituto Água Viva listou alguns dos fatores. Continue lendo e saiba mais! Como já falamos, as chuvas escassas são uma característica do clima semi-árido, que predomina no Nordeste. Além disso, a temperatura do mar – que é mais baixa em relação a outras regiões – colabora para a seca. Isso acontece porque, com baixa evaporação oceânica, há menos umidade presente no ar.Tempo seco e pouca
umidade
Relevo nordestino
A influência do relevo também é uma das causas da escassez de chuvas. O Planalto da Borborema, também chamado de Serra da Borborema, apresenta uma extensão de cerca de 400 km, abrangendo os estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.
A altitude média do Planalto da Borborema é de 500 metros, no entanto, há picos que chegam até 1260 metros. Esse relevo impede a circulação de correntes de ar úmidas do oceano para o interior, ocasionando a falta de chuvas no Sertão.
Falta de rios
A parte mais afetada pela falta de chuvas é o chamado Polígono das Secas, uma área de mais de 1 milhão de km², espalhados pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Nessa região, não há rios abundantes capazes de fornecer umidade para provocar chuvas locais. Além disso, a maioria desses rios são sazonais, ou seja, eles secam em determinadas épocas do ano.
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