Quando o casal se separa a esposa tem direito a pensão?

A pensão para ex-cônjuge ainda é um grande tabu porque há defensores e acusadores veementes do instituto, mas vamos entender do que se trata.

Há situações em que um dos cônjuges se afasta do mercado de trabalho para se dedicar à família enquanto o outro presta o sustento familiar. Quando há divórcio desse casal, o que sempre garantiu o sustento permanece com sua segurança financeira, mas e o outro cônjuge que permanece desempregado e sem nenhum sustento?

O Código Civil determina que nesse caso é possível estipular pensão alimentícia para o ex-cônjuge que agora não conta mais com o apoio familiar financeiro. Essa pensão não tem um valor definido por lei e obedece à realidade familiar, qual a classe social e o padrão de vida.

O valor da pensão pode ser estipulado pelos próprios cônjuges em um acordo entre eles, mas em caso de divergência, é possível ajuizar uma ação com esse objetivo e nela serão analisados critérios como grau de formação, idade, tempo de dedicação à família e se é possível voltar ao mercado de trabalho.

O ideal nesse tipo de ação é sempre definir um tempo para essa pensão com a finalidade de reinserir o ex-cônjuge dependente ao mercado de trabalho ou de reorganizar sua vida pessoal e profissional. A não determinação de um tempo pode acarretar em uma obrigação eterna e se essa não for o objetivo do casal, será necessária uma nova ação para afastar essa obrigatoriedade.

Um outro fator muito importante na realidade dos ex-cônjuges é a forma que cada um lida com a relação que acabou. A legislação explica que o ex-cônjuge que receber a pensão não pode tratar o outro (que paga a pensão) com indignidade porque isso poderia causar a perda desse benefício:

Art. 1.708, Parágrafo único: Com relação ao credor cessa, também, o direito a alimentos, se tiver procedimento indigno em relação ao devedor.

O tratamento de indignidade pode ser verificado de diversas formas, como um post ofensivo ao ex em rede social por exemplo. A situação pode variar muito e há um grande número de possibilidades para enquadrar o tratamento em indignidade e causar a perda da pensão ao ex-cônjuge.

Por fim, é importante destacar que o ex-cônjuge credor que casar ou formar nova união estável também perde o direito de receber pensão alimentícia:

Art. 1.708. Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor, cessa o dever de prestar alimentos.

Portanto, nesse tipo de situação, é muito importante que seu advogado de confiança se atente a esses detalhes para garantir seu direito e resolver tudo da melhor forma possível.

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Malentacchi Advogados

dez. 23, 2021

Uma dúvida muito comum entre casais é a possibilidade do recebimento de pensão após a separação. Pensando nisso, preparamos este conteúdo informativo para você entender se a esposa tem direito a pensão em caso de separação.

A resposta é sim, a esposatem direito a pensão em caso de separação, podendo haver exceção.


A legislação não trata de forma específica a palavra “esposa”, mas sim a palavracônjuge, ou seja, tanto esposa quanto esposo têm direito a pensão alimentícia em caso de separação.

Quando a esposa tem direito a pensão alimentícia em caso de separação?

A esposa tem direito a pensão alimentícia nos casos em que conseguir comprovar a necessidade de recebimento. Ou seja, que não tem renda própria para sua subsistência e quando o ex-cônjuge tem possibilidade de pagamento sem prejuízo de sua própria subsistência.


As palavras necessidade e possibilidade caminham juntas e são os pilares para o arbitramento da pensão e respectivo valor.

Quais fatores influenciam para que a esposa tenha direito a pensão alimentícia?

Outros fatores que influenciam para que a esposa tenha direito a pensão alimentícia, são: idade, inserção e/ou capacidade no mercado de trabalho, tempo afastada do mercado de trabalho, forma de convívio financeiro entre ex cônjuges, dentre outros.

Considerações finais

Desde que demonstrada a necessidade da esposa e possibilidade do esposo, via de regra os requisitos estão preenchidos, importante observar também se todos os fatores que possam influenciar também se aplicam ao caso concreto.

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O processo de divórcio é iniciado após uma das partes envolvidas procurar um advogado para entrar com o pedido, sendo que o divórcio pode ser realizado judicialmente ou extrajudicialmente e é dividido em divórcio judicial litigioso, consensual e extrajudicial.

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Em qual situação a esposa tem direito a pensão?

No ato do divórcio, a ex-esposa pode pedir pensão alimentícia para o ex-marido se ela conseguir demonstrar que o ex-marido era o provedor financeiro do casal. Ou ainda, mesmo que a mulher trabalhe, que seus rendimentos sejam inferiores ao do ex-marido, causando-lhe uma diminuição do padrão de vida.

O que a mulher tem direito quando separa do marido?

A resposta é sim, a esposa tem direito a pensão em caso de separação, podendo haver exceção. A legislação não trata de forma específica a palavra “esposa”, mas sim a palavra cônjuge, ou seja, tanto esposa quanto esposo têm direito a pensão alimentícia em caso de separação.

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Por quanto tempo devo pagar pensão alimentícia à minha ex-esposa? A pensão alimentícia paga para ex-cônjuge possui caráter transitório. Contudo, não existe um prazo mínimo ou máximo para a durabilidade desta obrigação alimentar. Apesar disso, é comum que seja estipulada em algo que gire em torno de 12 a 24 meses.

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