Quem não pode tomar o xarope de guaco?

O guaco, planta nativa do Sudeste, é encontrado facilmente e conhecido por ser um remédio natural para fortalecer os pulmões e acalmar a tosse. A propriedade medicinal da planta está na cumarina, substância anticoagulante que relaxa a musculatura das vias aéreas respiratórias e auxilia na respiração.

O repórter Eduardo Lacerda foi conferir como aproveitar as propriedades medicinais do guaco. Também ensina a preparar um chá e um xarope que pode ser conservado por cerca de dois meses.

Apesar de todos os benefícios, a substância não é recomendada para pessoas que usam medicações anticoagulantes e mulheres que têm fluxo menstrual muito intenso.

- 1 ou 2 folhas frescas de guaco

- 1 xícara de água quente

- Pique as folhas de guaco, coloque em um recipiente junto com a água quente.

- Aguarde cerca de 5 minutos até que a água amorne.

- 10 folhas frescas de guaco

- Em um recipiente coloque as folhas picadas de guaco e a água.

- Deixe ferver e depois abafe por cerca de 10 minutos até amornar.

- Coe o chá e acrescente 2 xícaras de mel.

Em geral, o xarope pode ser conservado por 2 meses, mas é possível estender o prazo de validade acrescentando 10 gotas de própolis.

Para melhores resultados, é necessário tomar uma colher de sopa de xarope três vezes ao dia.

Para que serve

É indicado como auxiliar no tratamento de afecções do trato respiratório, como tosses persistentes e tosses com expectoração.

Contraindicação

Hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula.

Este medicamento não deve ser utilizado em crianças menores de 2 anos de idade.

Este medicamento é contraindicado para uso por diabéticos.

Gravidez

Categoria C de risco na gravidez.

Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Como usar

Uso Oral

Adultos:Tomar 15 ml de 8/8 hs.

Crianças de 6 a 12 anos: 5 ml de 8/8 hs.

Precauções

Pacientes com problemas hepáticos podem apresentar toxicidade com o uso prolongado.

Recomenda-se maior critério na administração de Mikania Glomerata (substância ativa) em pacientes com quadros respiratórios crônicos não diagnosticados, devendo-se afastar a hipótese de tuberculose e câncer.

Atenção diabéticos: Este medicamento contém açúcar.

Em caso de hipersensibilidade ao produto, recomenda-se descontinuar o uso.

Reações Adversas

Pode ocorrer hipertensão. Em raros casos, pessoas hipersensíveis aos componentes do Mikania Glomerata (substância ativa) podem apresentar um agravamento da dispneia e da tosse.

Em casos de eventos adversos, notifque ao Sistema de Notifcações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação Medicamentosa

O Mikania Glomerata (substância ativa) não deve ser empregado simultaneamente a anticoagulantes, pois as cumarinas podem potencializar seus efeitos e antagonizar o da vitamina k.

As saponinas presentes no Mikania Glomerata (substância ativa) aumentam a absorção do lapachol, princípio ativo presente na Tabebuia avellanedae (ipê-roxo).

Ação da Substância

Resultados de Eficácia

Estudos conduzidos demonstraram a utilização de Mikania Glomerata (substância ativa) como um fitoterápico eficaz no tratamento de distúrbios respiratórios atuando como relaxante da musculatura lisa das vias aéreas. Um estudo realizado por Moura e colaboradores investigou os efeitos dos extratos aquoso, hidroalcoólico e fração diclorometano obtida do extrato hidroalcoólico de Mikania Glomerata (substância ativa) sobre os isolados de brônquios humanos e traqueias de cobaias.

Os resultados indicaram que o extrato aquoso não afetou a tensão basal, mas reduziu a contração sobre a traqueia de cobaias. O extrato hidroalcoólico reduziu a tensão basal e significativamente a contração induzida por drogas, em todas as concentrações testadas. A fração diclorometano do extrato hidroalcoólico promoveu relaxamento progressivo concentração-dependente. Em brônquios humanos, o extrato hidroalcoólico promoveu relaxamento progressivo concentração-dependente.

O estudo demonstrou que houve uma ação inibitória significativa da Mikania Glomerata (substância ativa) sobre a constrição promovida nos brônquios humanos e traqueias de cobaias, sugerindo que a planta possui efeito benéfico potencial no tratamento de doenças broncoconstritivas.

Características Farmacológicas

Farmacodinâmica

Este medicamento é constituído pelo extrato hidroalcoólico de Mikania Glomerata (substância ativa) padronizado em cumarinas. Estes compostos químicos são considerados os princípios ativos da droga, sendo os responsáveis pela ação broncodilatadora e expectorante. Sabe-se que receptores da acetilcolina estão presentes no sistema respiratório e sua estimulação, pela acetilcolina, produz broncoconstrição e aumento da secreção.

Assim, o bloqueio destes receptores pelo princípio ativo do Mikania Glomerata (substância ativa) provoca a diminuição da secreção brônquica e relaxamento da musculatura lisa respiratória, fazendo do Mikania Glomerata (substância ativa) um auxiliar no tratamento de tosses persistentes e tosses com expectoração.

Quem não pode usar guaco?

Ele também é contraindicado para pessoas com doenças hepáticas, gestantes, lactantes e crianças com menos de dois anos. Além disso, o guaco pode reduzir alguns efeitos de medicamentos, como os anticoagulantes, antibióticos ou quimioterápicos.

Quem tem problema de pressão alta pode tomar xarope de guaco?

Apesar de ser um remédio fitoterápico, o xarope de guaco deve ser usado com indicação médica, pois pode causar efeitos colaterais como aumento da pressão arterial ou intoxicação em pessoas com problemas hepáticos.

Quem tem problema de coração pode tomar xarope de guaco?

O uso prolongado ou em quantidades muito altas de guaco pode causar hemorragias, aumento dos batimentos cardíacos, vômitos e diarreia. O guaco contém cumarina que pode causar um agravamento nos quadros de falta de ar e tosse em pessoas com alergia a este componente.

Qual o efeito colateral do xarope de guaco?

Apesar de ser derivado de plantas, o uso do medicamento também necessita de prescrição médica e deve ser acompanhado por profissional da área, pois possui efeitos colaterais. O xarope de guaco, por exemplo, pode causar vômitos e diarréias.