Tratando-se dos métodos de desinfecção julgue as afirmativas a seguir.

Documentos e apresentações:

  • Sala de Vacina;
  • Check list microprocesso higienizacao e limpeza das unidades da APS SEMSA;
  • Treinamento – Higienizacao Hospitalar 2013;
  • Plano de ação – Higiene;
  • POP de Limpeza Hospitalar;

Manual de Higienização e Limpeza

Classificação das Áreas:

  • Critica
  • Semicrítica
  • Não critica

Tipos de Limpeza:

  • Limpeza concorrente
  • Limpeza terminal

Métodos e Equipamentos de Limpeza de superfície:

  • Limpeza Manual Úmida
  • Limpeza Manual Molhada
  • Limpeza com máquina de lavar tipo enceradeira elétrica
  • Limpeza Seca

Protocolo de Higienização das Mãos

Protocolo de Limpeza Concorrente

Protocolo de Limpeza Terminal

Protocolo dos Procedimentos corretos das etapas:

  • Espanação
  • Varrição
  • Lavagem
  • Limpeza de teto
  • Limpeza de janela
  • Lavagem de parede
  • Limpeza de portas
  • Limpeza de pias
  • Limpeza de sanitários
  • Limpeza de móveis e utensílios de aço cromados e fórmicas

Produtos de limpeza e desinfecção

Protocolo de uso de EPI

Protocolo de coleta de lixo

Princípios básicos na operacionalização do processo de limpeza

LIMPEZA

A Limpeza Técnica é o processo de remoção de sujidades, mediante a aplicação de agentes químicos, mecânicas ou térmicos, num determinado período de tempo. Consiste-se na limpeza de todas as superfícies fixas (verticais e horizontais) e equipamentos permanentes, das diversas áreas do recinto. Com o objetivo de orientar o fluxo de pessoas, materiais, equipamentos e a frequência necessária de limpeza, sendo imprescindível o uso de critérios de classificação das áreas para o adequado procedimento de limpeza.

CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

ÁREAS CRÍTICAS – são as que oferecem maior risco de transmissão de infecções, ou seja, áreas onde se realizam procedimentos invasivos e/ou que possuem pacientes de risco ou com sistema imunológico comprometido, como UTI, clinicas, salas de cirurgias, pronto socorro, central de materiais e esterilização, áreas de descontaminação e preparo de materiais, cozinha, lavanderia etc.

ÁREAS SEMICRÍTICAS – são áreas ocupadas por pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas, isto é, aquelas ocupadas por pacientes que não exijam cuidados intensivos ou de isolamento, como sala de pacientes, central de triagem etc.

ÁREAS NÃO CRÍTICAS – são todas aquelas áreas não ocupadas por pacientes e onde não se realizam procedimentos clínicos, como as áreas administrativas e de circulação.

TIPOS DE LIMPEZA

Limpeza Concorrente

É o processo de limpeza diária de todas as áreas críticas, objetivando a manutenção do asseio, o abastecimento e a reposição dos materiais de consumo diário (sabonete líquido, papel higiênico, papel toalha interfolhado etc.), a coleta de resíduos de acordo com a sua classificação, higienização molhada dos banheiros, limpeza de pisos, superfícies horizontais e equipamentos mobiliários, proporcionando ambientes limpos e agradáveis.

Limpeza Terminal

É o procedimento de limpeza e/ou desinfecção, de todas as áreas da Unidade, objetivando a redução da sujidade e, consequentemente, da população microbiana, reduzindo a possibilidade de contaminação ambiental. É realizada periodicamente de acordo com a criticidade das áreas (crítica, semicrítica e não crítica), com data, dia da semana e horário pré-estabelecidos em cronograma mensal. Inclui todas as superfícies e mobiliários. Portanto, é realizada em todas as superfícies horizontais e verticais, das áreas críticas, semicríticas, não críticas, infraestrutura e área comum.

Deverá ser realizada ao final de cada procedimento envolvendo pacientes.

MÉTODOS E EQUIPAMENTOS DE LIMPEZA DE SUPERFÍCIES

Limpeza Manual Úmida

Realizada com a utilização de rodos, mops ou esfregões, panos ou esponjas umedecidas em solução detergente, com enxágue posterior com pano umedecido em água limpa. No caso de pisos é utilizado o mesmo procedimento com mops ou pano e rodo. Esse procedimento é indicado para a limpeza de paredes, divisórias, mobiliários e de equipamentos de grande porte. Este procedimento requer muito esforço do profissional e o submete ao risco de contaminação. Panos e mops utilizados na limpeza devem ser encaminhados para lavagem na lavanderia e guardados secos por medidas de higiene e conservação. É importante ressaltar que a limpeza úmida é considerada a mais adequada e higiênica, todavia ela é limitada para a remoção de sujidade muito aderida. Na limpeza terminal é necessária a utilização de métodos mais eficientes para a remoção de sujidades, como a mecanizada.

Limpeza Manual Molhada

O procedimento consiste em espalhar uma solução detergente no piso e esfregar com escova ou esfregão, empurrar com rodo a solução suja para o ralo, enxaguar várias vezes com água limpa em sucessivas operações de empurrar com o rodo ou mop para o ralo.

Limpeza com máquina de lavar tipo enceradeira automática

É utilizado para limpeza de pisos com máquinas que possuem tanque para soluções de detergente que é dosado diretamente para a escova o que diminui o esforço e risco para o trabalhador.

Limpeza Seca

Consiste na retirada de sujidade, pó ou poeira, mediante a utilização de vassoura (varreduras seca), e/ou aspirador. A limpeza com vassouras é recomendável em áreas descobertas, como estacionamentos, pátios etc. Já nas áreas cobertas, se for necessário a limpeza seca, esta deve ser feita com aspirador.

1. PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Ato simples e fundamental para prevenção e controle de infecção nos serviços de saúde.

Lavar as mãos com água e sabonete líquido, com técnica correta, pode interromper a cadeia de transmissão de infecção entre pacientes e profissionais da área da saúde.

Praticada entre procedimentos, antes e após o atendimento individual, ao adentrar e antes de sair do ambiente de trabalho, antes e após uso do banheiro.

Antes de calçar as luvas, para não contaminá-las, devem-se higienizar as mãos. Após o uso de luvas também, pois essas frequentemente têm micro perfurações.

Devem ser retirados os acessórios que podem servir de reservatório para micro-organismos (anéis, pulseiras, relógios de pulso). As unhas devem estar sempre aparadas, pois podem abrigar micro-organismos causadores de infecção.

PASSO A PASSO HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

1. Abrir a torneira com a mão não dominante e molhar as mãos, sem encostar-se à pia ou lavatório;

2. Ensaboar as mãos, friccionando a palma, o dorso, os espaços interdigitais, polegar, articulações, unhas e extremidades, dedos, punhos;

3. Enxaguar as mãos;

4. Fechar a torneira com o auxílio de papel toalha.

2. PROTOCOLO DA LIMPEZA CONCORRENTE

Frequência que deverá ser realizada a limpeza concorrente:

 Classificação das áreas  Frequência  Observação 
Áreas Críticas  1x por dia  Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário 
Semicrítica  1x por dia  Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário 
Não-Crítica  1x por dia ou dias alternados  Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário 
Áreas comuns  1x por dia  Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário 
Áreas externas  2x por semana Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário 

MÉTODO:

Limpeza úmida para todas as superfícies, utilizando baldes de cores diferenciadas (um contendo solução detergente e outro contendo água limpa);
– Trocar a solução dos baldes, a cada ambiente;
– Limpeza banheiro: lavar.

Técnica

Iniciar sempre da área mais limpa para a mais suja;
Utilizar movimento único, em um só sentido, para a limpeza de todas as superfícies;
Do mais distante para o mais próximo;
Do fundo para a porta.

3. PROTOCOLO DA LIMPEZA TERMINAL

Frequência que deverá ser realizada a limpeza terminal:

 Classificação das áreas  Frequência  Observação 
Áreas Críticas  Semanal Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário 
Semicrítica  Quinzenal Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário 
Não-Crítica  Mensal Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário 
Áreas comuns  Mensal Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário 
Áreas externas  Semanal Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário 

MÉTODO:

Reunir e organizar todo o material necessário no carrinho de limpeza;
Colocar o carrinho de limpeza do lado da porta de entrada do ambiente, sempre do lado de fora;
Utilizar os EPIs necessários e indicados para a realização do procedimento de limpeza;
Realizar, quando necessárias, a desinfecção/descontaminação de matéria orgânica conforme as normas vigentes;
Trocar as luvas para execução das demais etapas;
Recolher os sacos de lixo do local, separados, fechando-os com dois nós e depositando-os, seguindo o Manual de Gerenciamento de Resíduo;
Iniciar a limpeza pelo mobiliário com solução detergente para remoção da sujidade;
Realizar o enxágue e sempre que necessário, realizar fricção com álcool 70%;
Proceder a limpeza da porta, do visor e da maçaneta com solução detergente;
Proceder a limpeza do piso com solução padronizada;
Realizar a limpeza do banheiro, iniciando pela pia, o vaso sanitário e por último o piso e ralos (não se esquecer de limpar o porta papel toalha, o porta papel higiênico, o espelho, a válvula de descarga);
Reorganizar o ambiente;
Desprezar as soluções dos baldes, no local indicado pela chefia imediata;
Realizar a higienização dos baldes;
Proceder a limpeza do recipiente para resíduos, com solução detergente, em local específico;
Repor os sacos de lixo, conforme Manual de Gerenciamento dos Resíduos;
Retirar e lavar as luvas;
Lavar as mãos;
Repor os produtos de higiene pessoal (sabonete, papel toalha e higiênico).

4. PROTOCOLO DAS ETAPAS DOS PROCEDIMENTOS

Espanação

  • Material (Panos macios, baldes, água, equipamentos de proteção individual).
Separar todo material que será utilizado e levá-lo para área a ser limpa;
Umedecer o pano no balde com água torcê-lo para retirar o excesso da solução;
Cada vez que verificar presença de sujidade lavar o pano mergulhando-o no balde para lavar;
Esfregar o local com movimentos longos e retos, segurando o pano frouxamente de maneira que absorva mais facilmente a sujidade;
Começar sempre limpando de cima para baixo;
Procurar as manchas de sujeira mais fixadas sobre as superfícies e remova-as completamente;
Utilizar solução desinfetante nas áreas críticas e semicríticas;
Verificar a harmonia do local antes de sair;
Lavar e guardar todo material de limpeza;
Lavar e pendurar os equipamentos de proteção individual.

Varrição

  • Material (balde, esfregão, mops, água, equipamentos de proteção individual, sinalização de segurança).
A varrição úmida deve ser feita diariamente e mais intensamente nas áreas de maior trafego. Não utilizar vassoura nas áreas assistenciais, evitando a suspensão de partículas contaminantes.
Separar todo material que será utilizado e levá-lo para área a ser limpa;
Remover móveis, utensílios ou equipamentos do local se necessário;
Molhar o esfregão na água e remover o excesso de água;
Aplicar sobre o piso, uma linha reta começando a limpeza do extremo da área, trabalhando progressivamente em direção a saída, sempre em linhas paralelas;
Utilizar o identificador de piso molhado, evitando circulação de pessoas na área a ser limpa;
Inspecionar seu trabalho, o piso não deve possuir vestígios de poeira ou resíduos;
Utilizar o equipamento de proteção individual, na execução do trabalho. Após o seu uso lavar e pendurar para secar;
Escolher o horário de menor tráfego para realizar a operação, evitando acidentes;
Nas clínicas odontológicas só realizar a limpeza do piso após terminar a limpeza dos equipamentos.

Lavagem

  • Material (pano de chão lavado e limpo, balde, rodos, maquinas elétricas ou vassoura de piaçava, água, solução detergente e desinfetante, equipamentos de proteção individual, sinalização de segurança).
Retirar o mobiliário do local sempre que possível e iniciar o procedimento;
Despejar uma quantidade de água e sabão, procedendo a esfregação em sentido lateral com uso de maquina ou vassoura;
Esfregar toda a extensão traçando linhas paralelas;
Remova a água e o sabão com rodo e secar inicialmente com mop, torcendo o excesso em um balde. Evitar que a solução corra para outras dependências;
Proceder ao enxágue;
Secar com rodo e mop limpo e seco;
Os cantos devem ser limpos com vassouras, pois as maquinas não chegam até o mesmo;
Lavar sempre as dependências do fundo para a porta com exceção dos banheiros que devem ser lavados da entrada para o fundo.

LIMPEZA DE TETOS

Utilize óculos de proteção ou máscara de proteção facial, para realizar a limpeza do teto. A operação deve ser realizada antes de qualquer outra, respeitando sempre a ordem de cima para baixo e do fundo para a porta. Limpe os cantos removendo as teias de aranha ou outras sujeiras visíveis.

  • Material (escada, rodo, pano limpo, água, luvas, óculos de segurança).
Com o material no local subir na escada com um pano umedecido em água;
Dobrar o pano em quadrados para obter mais faces de limpeza ou envolve-lo em um rodo;
Fazer o uso da aplicação das linhas paralelas de forma que toda a área seja limpa;
Trocar a água da limpeza sempre que necessário;
Inspecionar seu trabalho, lavar e guardar todo material utilizado no local indicado.

LIMPEZA DE JANELAS

  • Material (baldes, panos macios, esponjas, rodo de mão, escada, equipamento de proteção individual, óculos de segurança).
Remover os acessórios da janela (telas protetoras). Escovar ou lavar as telas;
Limpar o peitoril da janela, por dentro e por fora com pano úmido;
Limpar a janela primeiramente por fora com esponja e agente de limpeza;
Ao terminar a limpeza externa inicie a limpeza interna;
Comece a limpeza do alto a esquerda do vidro da janela e mover a sua mão para a direita. Quando alcançar o lado direito, volte para a esquerda, ligeiramente abaixo e continuar a limpeza dessa forma;
Utilizar pano macio para secagem. Realizar os mesmos movimentos recomendados para lavagem;
Inspecionar seu trabalho limpe e guarde todo material;
Lavar os equipamentos de proteção individual e guarda-los de forma adequada.

LAVAGEM DE PAREDES

Verificar o tipo de revestimento das paredes e adotar a técnica correta.

Parede de Pintura Lavável

  • Material (baldes, panos macios, luvas, escadas, escova macia, solução detergente/desinfetante, equipamento de proteção individual, óculos de segurança).
Retirar o pó com rodo envolto com pano úmido de cima para baixo;
Utilizar escada para limpeza;
Mergulhar outro pano na solução de limpeza, torcendo para retirar o excesso;
Passar o pano com auxilio de um rodo em linhas paralelas, sempre de cima para baixo;
Caso haja manchas na parede, utilizar escova macia com solução de limpeza no local;
Encher um balde com água limpa para enxaguar, mergulhando o pano na água, torcendo-o para retirar o excesso. Realizar o enxágue, com pano úmido, repetindo a ação;
Repetir a operação com um pano limpo quase seco com movimentos retos de cima para baixo em toda a área, a fim de secá-lo;
Inspecionar seu trabalho, limpar e guardar todo material;
Para facilitar o trabalho, e evitar longos movimentos paralelos, dividir imaginariamente a parede ao meio, limpando primeiro a parte mais alta.

Parede Revestimento Cerâmico

  • Material (baldes, panos macios, luvas, escadas, escova macia, solução detergente/desinfetante, equipamento de proteção individual, óculos de segurança).
Colocar a solução de limpeza em um balde (água e sabão);
Mergulhar a esponja na solução, esfregando-a em movimentos únicos;
Iniciar a operação pela parte mais alta;
Enxaguar com pano embebido em água executando movimentos retos de cima para baixo;
Após a limpeza aplicar solução desinfetante com auxilio de um pano, realizando movimentos paralelos de cima para baixo;
Inspecionar seu trabalho e limpar todo material;
Guardar os utensílios utilizados.

LIMPEZA DE PORTAS

Realizar essa operação após a limpeza das paredes.

  • Material (baldes, panos macios, luvas de borracha, solução de limpeza).
Iniciar a operação com o material no local;
Com auxilio de um pano umedecido, remover o pó da porta em movimentos paralelos de cima para abaixo;
Aplicar a solução de limpeza com outro pano;
Remover o sabão com pano umedecido;
Inspecionar seu trabalho e guardar o material de trabalho;
Evitar aplicar produtos em dobradiças e fechaduras;
Limpar bem as maçanetas com soluções desinfetantes.

LIMPEZA DE PIAS

  • Material (solução desinfetante e solução detergente, esponja abrasiva, luvas de borracha, jarro, pano macio).
Juntar o material e levá-lo a área desejada;
Coloque as luvas de borracha;
Molhar a esponja na solução de limpeza;
Esfregue toda a pia, inclusive colunas e torneiras;
Enxaguar a pia e o lavatório com água da própria torneira (utilize um jarro);
Utilizar escovas de cerdas para remoção da sujeira aderida;
Executar movimentos da extremidade para o centro da cuba;
Lavar e guardar o equipamento de proteção individual utilizado.

LIMPEZA DE SANITÁRIOS

  • Material (baldes, solução detergente e desinfetante, esponja e/ou escova, luvas de borracha, pano e vassoura, equipamento de proteção individual).
Calçar luvas de borracha;
Levantar a tampa dos vasos e puxar a descarga;
Despejar hipoclorito de sódio a 1% dentre e nas bordas do vaso;
Esfregar cuidadosamente todo o interior do vaso com vassoura devendo atingir o mais fundo possível. Deixar em contato por 10 minutos, enquanto realiza a limpeza dos lavatórios;
Puxar a descarga para enxaguar o interior do vaso;
Remover a sujeira aderida, usando vassoura com saponáceo, até atingir a limpeza desejada;
Lavar a parte externa do vaso esfregando com um pano ou esponja molhada na solução detergente, tomando especial cuidado com as dobradiças;
Enxaguar bem o vaso e o assento com jarro;
Puxar a descarga para o enxágue final do interior do vaso;
Aplicar na parte externa do vaso a solução desinfetante;
Despejar pequenas quantidades do desinfetante dentro do vaso.

LIMPEZA DE MÓVEIS E UTENSILIOS DE AÇO CROMADOS E FORMICAS

Superfícies diferentes dos moveis seguir a técnica básica de limpeza geral;
Pano macio e solução de água e sabão neutro em balde;
Utilizar esponjas macias ou escovas de cerdas macias para remoção da sujidade aderida;
Realizar fricção com leve pressão, utilizando sempre sentido único nos movimentos;
Remover com pano macio úmido, trocando a fase do pano e trocando a água quantas vezes forem necessárias, até que a água esteja limpa;
Realizar a desinfecção com álcool 70% quando for recomendado.

PRODUTOS DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO

A utilização de produtos de limpeza e de desinfecção, quando for o caso, precisa estar de acordo com as determinações da Comissão de controle e infecção da instituição se houver. A sua seleção também deverá considerar os seguintes critérios:

• Natureza da superfície a ser limpa ou desinfetada, e se pode sofrer corrosão ou ataque químico.

• Tipo e grau de sujidade e sua forma de eliminação.

• Tipo de contaminação e sua forma de eliminação, observando microrganismos envolvidos, com ou sem matéria orgânica presente.

• Qualidade da água e sua influência na limpeza e desinfecção.

• Método de limpeza e desinfecção, tipo de máquina e acessórios existentes.

• Medidas de segurança na manipulação e uso. Caso o germicida entre em contato direto com funcionários, considerar a irritação dérmica e toxidade.

Produtos Químicos

Todos os produtos químicos apresentam algum risco para quem os manuseia.

O ideal é que a empresa responsável pelo fornecimento oriente e treine os usuários, demonstrando como utilizar corretamente e sem riscos para a saúde e/ou para as áreas a serem limpas, com o uso de medidas simples como a utilização de EPI (Equipamento de Proteção Individual). Em qualquer diluição de produtos concentrados, os usuários devem seguir as orientações do fabricante para obter o resultado esperado. As diluições devem ser feitas com muito cuidado, evitando respingos de produtos concentrados, tanto no auxiliar de limpeza como no ambiente onde está sendo feita a manipulação. Alguns produtos, principalmente os concentrados, podem causar irritação na pele, olhos, mucosas e até queimaduras nos operadores. Deve-se estar atentos às dosagens recomendadas, uma vez que nas dosagens manuais podem ocorrer erros na diluição, o que inclusive compromete a eficácia do produto. O recipiente onde está sendo diluído o produto deve estar limpo e ser lavado entre a diluição de um produto e outro. As diluições devem ser feitas sempre acrescentado ao produto água e não ao contrário, é obrigatório utilizar sempre um dosador para proceder à diluição. O armazenamento deve ser feito em locais onde a temperatura ambiente não apresente calor ou frio excessivos, distante de crianças e animais e/ou conforme outras orientações do fabricante, além de sempre estarem devidamente identificados. Produtos são conhecidos por seus nomes e não por suas cores. Um cuidado adicional é o de armazenar a solução de uso em recipientes fechados, evitando a contaminação do mesmo. Engano comum no manuseio de produtos químicos para limpeza é achar que misturar produtos aumenta eficácia, o que não é verdade. Essa mistura pode produzir gases tóxicos, níveis de calor perigosos, danos à saúde e ao meio ambiente, sem contar que a mistura pode neutralizar os produtos, invalidando a aplicação.

5. PROTOCOLO DO USO DE EPI

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI

AVENTAL

Protege contra o contato com fluidos orgânicos e contra umidade gerada pelo aerossol e respingos provenientes dos procedimentos de limpeza e desinfecção de artigos e superfícies, e de acidente térmico, mecânico e químico. O impermeável deve ser usado nos procedimentos de limpeza e desinfecção de artigos e superfícies, sendo que para o profissional de limpeza protege a roupa contra umidade.

MÁSCARA

Indicada para área de isolamento, recolhimento de resíduo, diluição de produtos, vidrarias de laboratório, etc.

OBS.: A máscara não deve ser tocada com as mãos enluvadas

PROTETOR OCULAR

Utilizado nos procedimentos de limpeza e desinfecção de superfícies quando houver risco de contaminação por secreções, aerossóis e produtos químicos. Protege os olhos do impacto de partículas volantes, de luminosidade intensa, de radiação ultravioleta e de respingos de produtos químicos e material biológico. Deve ser confortável, ter boa vedação, ser transparente, permitir lavagem com água e sabão e desinfecção quando indicada.

BOTAS

Indicada para as atividades de lavagem em geral.

LUVAS DE BORRACHA

Para a proteção das mãos, sendo usadas duas colorações:

VERDE – usadas nas superfícies onde a sujidade é maior (Ex: lixeiras, pisos, banheiro, rodízios de mobiliários, janelas, tubulações na parte alta, etc.).

AMARELA – usadas em mobiliários (Ex: cama do paciente, mesa, cadeiras, paredes, portas e portais, pias, etc.).

A escolha do EPI dependerá do procedimento a ser realizado pelo profissional.

Os EPI não descartáveis são de uso individual. Quando for atingido por sangue/secreções, deve ser higienizado após o uso. Diariamente os calçados, luvas e avental de borracha, devem ser lavados, desinfetados, secos e armazenados em local arejado.

6. PROTOCOLO DE COLETA DE LIXO

Recolher o lixo antes de qualquer tipo de limpeza;
As lixeiras deverão ser esvaziadas ao atingir 2/3 de sua capacidade;
Lavar as lixeiras diariamente e sempre que necessário;
O lixo deve ser recolhido sempre que for necessário;
Acondicionar o resíduo biológico (Resolução 306-ANVISA, 358 CONAMA e NT 426001 – COMLURB) em saco plástico branco leitoso;
Acondicionar o resíduo comum (Resolução 306-ANVISA e 358 CONAMA e NT 426001 – COMLURB) em saco plástico nas cores verde, azul ou outra cor que o EAS (Estabelecimento de Assistência à Saúde) recomendar;
O EAS que adotar o sistema de reciclagem acondicioná-los em sacos transparentes (Lei municipal 3273 de. 2001 – COMLURB);
Manter os recipientes de lixo em locais afastados do tráfego de pessoas e fechados;
Não colocar sacos de lixo pelos corredores, os mesmos devem ser armazenados no container do abrigo interno e encaminhados para o abrigo externo. No setor que não dispor de abrigo interno os resíduos deverão ser transportados (em container) para o abrigo externo;
As caixas para materiais perfuro cortantes, deverão ser transportadas em container específico, alternando com os outros tipos de resíduos,
Não desprezar o conteúdo de um saco de lixo em outro saco maior;
O carrinho que transporta o lixo não deve ser deixado nos corredores e nem em outro local de acesso a paciente, funcionários e ao público;
No caso de haver derramamento de resíduos no piso ou em outra superfície, o mesmo deverá ser removido. Em seguida, proceder a técnica de limpeza do local, seguida por desinfecção quando necessário.

PRINCÍPIOS BÁSICOS NA OPERACIONALIZAÇÃO DO PROCESSO DE LIMPEZA

• Utilizar equipamento de proteção individual (EPI), sempre.

• Começar do ambiente menos contaminado para o mais contaminado.

• Iniciar a limpeza pelo teto ou áreas mais altas.

• Proceder a varredura úmida.

• Corredores: dividir corredor ao meio, deixando um lado livre para o trânsito de pessoal enquanto procede a limpeza do outro.

• Usar a técnica de dois ou três baldes:

Área crítica, usar três baldes:

Balde 1: Água pura;
Balde 2: Água e sabão;
Balde 3: Com solução padronizada desinfetante

Área semicrítica e não crítica, usar dois baldes:

Balde 1: Água pura
Balde 2: Água e sabão

.

• Limpar em único sentido, de cima para baixo e em linhas paralelas, nunca em movimentos de vai e vem.

• Nos banheiros, lavar por último o vaso sanitário, onde será desprezada toda água suja (contaminada).

• Todo material usado para limpeza (baldes, panos, vassouras etc.), deverá ser limpo e guardado em local apropriado.

• Não utilizar material de limpeza de pisos e banheiros, na limpeza de móveis e de outras superfícies.

• Ao término da limpeza de cada área, o material deverá ser lavado em água corrente, com detergente neutro, assim como proceder à troca da água e/ou da solução utilizada.

• Manter todos os pisos higienizados.

• Os equipamentos metálicos ou de madeira, devem ser limpos com água e pano úmido, usando detergente conforme a necessidade.

• Os equipamentos elétricos e eletrônicos devem ser limpos com pano seco.

• Os corredores devem ser limpos após todas as outras superfícies.

• As águas devem ser renovadas de sala para sala, os panos devem ser higienizados de superfície para superfície.

• Não tocar em maçanetas, telefones ou superfícies limpas calçando as luvas de trabalho.

Tratando-se dos métodos de desinfecção julgue as afirmativas a seguir.

DIMENSIONAMENTO DE RECURSOS HUMANOS ÁREA DE LIMPEZA

Área Crítica:

– Um auxiliar de serviço para cada 350 m² por turno (diurno)

– Um auxiliar de serviço para cada 700 m² por turno (noturno)

Área Semicrítica:

– Um auxiliar de serviço para cada 450 m² por turno (diurno)

– Um auxiliar de serviço para cada 900 m² por turno (noturno)

Área Não Crítica:

Serviços de Apoio Administrativos

– Um auxiliar de serviço para cada 550 m²

Vidros

– Um auxiliar de serviço para cada 220 m²

Área Externa

– Um auxiliar de serviço para cada 6.000 m².

RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº. 63 DE 25 DE NOVEMBRO DE 2011.

Dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os Serviços de Saúde

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição

que lhe confere o inciso IV do art. 11, do Regulamento aprovado pelo Decreto nº. 3.029, de

16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos § § 1º e 3º do art. 54 do

Regimento Interno nos termos do Anexo I da Portaria nº. 354 da ANVISA, de 11 de agosto de

2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 24 de novembro de 2011, adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor Presidente, determino a sua publicação:

Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico que estabelece os Requisitos de Boas

Práticas para Funcionamento de Serviços de Saúde, nos termos desta Resolução.

CAPÍTULO II

DAS BOAS PRÁTICAS DE FUNCIONAMENTO

Seção I

Do gerenciamento da qualidade

Art. 7º As BPF determinam que:

I. o serviço de saúde deve ser capaz de ofertar serviços dentro dos padrões de qualidade

exigidos, atendendo aos requisitos das legislações e regulamentos vigentes.

II – o serviço de saúde deve fornecer todos os recursos necessários, incluindo:

a) quadro de pessoal qualificado, devidamente treinado e identificado;

b) ambientes identificados;

c) equipamentos, materiais e suporte logístico;

d) procedimentos e instruções aprovados e vigentes.

DESCRIÇÃO LIMPEZA DE MOBILIÁRIO

PROCESSO RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS DESCRIÇÃO DO PROCESSO
   MÓVEIS E ACESSÓRIOS Equipe de Limpeza Podem ser de madeira, metal, estofados de couro, de tecido ou de material sintético.Sua limpeza geralmente é feita com água e sabão neutro sendo que a umidade deve ser mínima para não empenar a madeira ou enferrujar o metal.
  MÓVEIS E ACESSÓRIOS DE METAL Equipe de Limpeza Pode ser limpo com água e sabão;Enxaguar e secar com pano;Não usar um polimento corrosivo;

Passar pano com álcool a 70%;

Cuidado para não riscar.

   MÓVEIS E ESTOFADOS Equipe de Limpeza Limpar periodicamente com pano embebido em água e sabão enxaguar com pano úmido e passar álcool a 70%;Realizar esse processo a cada 7 dias ou quando necessário. 

DESCRIÇÃO TÉCNICA PARA UTILIZAÇÃO DO MOP

  • MATERIAL NECESSÁRIO:

01 par de luvas de látex;

01 desinfetante;

03 panos limpos ou MOP (se necessário);

01 balde contendo água e detergente (se necessário).

  • REALIZAR A TÉCNICA

Equipe de Limpeza

1- Reúna o material necessário;

2- Desligue os equipamentos da corrente elétrica;

3- Lave as mãos;

4- Calce as luvas;

5- preparar 2 baldes: 1 com água e sabão líquido e outro com água limpa. Levar o material até a área a ser limpa;

6- Afastar os móveis, para facilitar o trabalho;

7- Molhar o local a ser lavado com a solução de água e sabão;

8- Passar máquina de lavar no chão com movimentos circulares e movimentando para frente e para trás;

9- Repetir a operação se necessário;

10- Passar a mop embebido em água limpa para enxaguar bem o chão;

11- Repetir o processo até que o chão fique bem limpo;

12- Passar a mop seca para secar bem o chão;

13- Limpar e guardar os equipamentos;

OBS: Mudar a água sempre que necessário.

USO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL, LIMPEZA E CONSERVAÇÃO

Equipe de Limpeza

1. Os trabalhadores do serviço de limpeza devem utilizar equipamentos de proteção individual para protegê-los durante o exercício de suas atividades, minimizando os riscos operacionais.

São eles:

avental impermeável;

luvas grossas de PVC, cano médio e longo;

gorros;

máscaras com filtro e descartáveis;

botas cano médio e cano longo;

óculos;

2. Faz parte da responsabilidade do empregador o fornecimento de EPI necessário ao uso diário, bem como a sua descrição da sua utilização correta.

Equipe de Limpeza

Cabe ao funcionário o dever de usá-lo, zelar pela sua conservação, higienização e guarda.

3. AVENTAL

Deve ser usado na desinfecção terminal dos quartos e ambientes contaminados;

Vestir antes de entrar no ambiente que vai ser desinfetado;

Após a limpeza:

Tirar o avental puxando-o pelas mangas e dobrando-as para dentro e enrolando-o pelo avesso;

Tirar o avental na saída da área onde foi feita a desinfecção na porta;

Encaminhar o avental em saco plástico rotulado “contaminado” para a lavanderia.

4. LUVAS GROSSAS

Servem de proteção para as mãos e braços;

Devem ser usadas sempre que for realizar limpeza e desinfecção de superfícies contaminadas;

Após o uso: Devem ser lavadas e desinfetadas com solução de hipoclorito de Sódio a 0,5% viradas pelo avesso e postas a escorrer;

Não devem ser usados indevidamente, pelo risco de transmissão de infecção, não pegar em maçanetas, torneiras e objetos de uso comum.

5. GORROS

USADOS- Áreas fechadas (centro cirúrgico ou centro obstétrico);

Ambientes empoeirados;

Desinfecção terminal, principalmente em áreas contaminadas e após o uso, se for tecido encaminhá-lo para lavanderia junto ao avental e se descartável, desprezar em local adequado.

6. MÁSCARAS

Usadas para desinfecção terminal em quartos ou ambientes contaminados;

Proteção contra contaminação de gases tóxicos eliminados das soluções desinfetantes;

Proteção em caso de isolamento respiratório;

APÓS O USO: se descartável, desprezar, se for tecido encaminhar para lavanderia.

7. BOTAS

Impermeável e com solado antiderrapante;

Usadas ao lavar áreas internas ou externas (contaminados ou não), com o uso de muita água e de produtos especiais; Ao lidar com eletricidade;

Se usadas em desinfecção terminal, fazer desinfecção das botas com água, sabão e hipoclorito de sódio a 0,5%;

Guardar limpas.

8. ÓCULOS

Usado para proteção dos olhos contra substâncias que são usadas no ambiente, e que possam causar irritação nos olhos;

Após o uso: devem ser lavados com água e sabão e guardados em local protegido.

Quais são os métodos de desinfecção e esterilização?

Os métodos de esterilização podem ser divididos em químicos (compostos fenólicos, clorexidina, halogênios, álcoois, peróxidos, óxido de etileno, formaldeído, glutaraldeído e ácido peracético) e físicos (calor, filtração e radiação).

Qual das alternativas a seguir a técnica física ou química que elimina todos os microrganismos com exceção dos esporos bacterianos?

Desinfecção é o processo que elimina todos os microorganismos ou objetos inanimados patológicos, com exceção dos endosporos bacterianos.

Quais os principais agentes utilizados no processo de limpeza desinfecção e esterilização?

Os agentes químicos desinfetantes comumente utilizados em nosso meio são os álcoois, compostos clorados, formaldeído, iodóforos, peróxido de hidrogênio, ácido peracético, compostos fenólicos e quaternário de amônia.

São aquelas onde se encontram pacientes internados e o risco de infecção e menor?

Entenda as especificidades das áreas do hospital áreas semicríticas, que são ambulância, enfermarias e ambulatórios. Nesses ambientes encontram-se os pacientes internados e o risco de infecção é menor; áreas não críticas, como a sala do médico, refeitório, pátios e administração.