Questão 1
(UFF) A “Revolução Verde”, implementada em países latino-americanos e asiáticos nos anos 1960 e 1970, tinha como objetivo suprimir a fome e reduzir a pobreza de amplas parcelas da população. Entretanto, as promessas de modernização tecnológica da agricultura não foram cumpridas inteiramente, contribuindo para a geração de novos problemas e aprofundando velhas desigualdades.
Assinale a opção que faz referência aos efeitos da “Revolução Verde”.
a) Coletivização das terras, implemento da agroecologia e expansão do crédito para os agricultores.
b) Distribuição equitativa de terras, difusão da policultura e uso de defensivos biodegradáveis.
c) Expansão de monoculturas, uso de técnicas tradicionais de plantio e fertilização natural dos solos.
d) Reconcentração de terras, crescimento do uso de insumos industriais e agravamento da erosão dos solos.
Questão 2
A respeito dos efeitos da mecanização do campo, assinale a alternativa incorreta.
a) O processo de mecanização do campo possibilitou a inserção de novas e avançadas práticas agropecuárias.
b) Destacam-se dois processos de modernização do campo ao longo da história: a Revolução Agrícola e a Revolução Científica.
c) A modernização do campo substituiu a mão de obra e provocou o desemprego.
d) Houve intensificação do êxodo rural com a modernização do campo, visto que, por causa do desemprego, muitas pessoas migraram das zonas rurais para as zonas urbanas em busca de novas oportunidades de trabalho.
Questão 3
(Cefet-RIO) Não pode ser indicada como característica básica da agricultura moderna:
a) a intensa mecanização de suas atividades.
b) o uso cada vez maior de mão de obra.
c) o aperfeiçoamento genético e a introdução de melhores sementes.
d) a aplicação de fertilizantes químicos e a utilização cada vez maior de agrotóxicos.
Questão 4
Analise as proposições a seguir sobre os efeitos da modernização do campo e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas.
I. ( ) A modernização do campo impacta o meio ambiente porque possibilita a expansão das atividades agrícolas e, consequentemente, há o aumento de áreas desmatadas.
II. ( ) A modernização do campo apresenta apenas pontos positivos, visto que amplia as atividades agropecuárias, aumentando a produtividade e a obtenção de lucros.
III. ( ) Com a modernização do campo e a produção mecanizada, os países conseguem ampliar sua balança comercial pelo aumento das exportações e diminuição da necessidade de importar matérias-primas.
IV. ( ) O crescimento das grandes cidades pelo êxodo rural não é consequência direta da mecanização do campo.
Assinale a alternativa correta:
a) VFVF
b) VVFF
c) VFVV
d) VFFV
Respostas
Resposta Questão 1
LETRA C
Os objetivos da Revolução Verde não foram completamente alcançados por causa das questões políticas e econômicas que se sobressaíram aos projetos traçados pela revolução, como acabar com a fome. A escolha foi aumentar a produtividade e os lucros, priorizando, assim, os interesses econômicos e deixando de lado a questão da superação da fome no mundo.
Resposta Questão 2
LETRA B
b) Incorreta. Os dois processos relacionados com a modernização do campo são a Revolução Agrícola, por meio da Revolução Industrial, e a Revolução Verde, que transformou as práticas agrícolas por meio de iniciativas tecnológicas.
Resposta Questão 3
LETRA B
A modernização da agricultura significa a inserção de novas tecnologias no meio agrário, como equipamentos e máquinas que substituem a mão de obra humana, ampliando a produção e diminuindo o tempo.
Resposta Questão 4
I. Verdadeira.
II. Falsa. A modernização do campo não apresenta apenas pontos positivos, visto que o desemprego e o intenso desmatamento de áreas são efeitos da mecanização.
III. Verdadeira. Quanto mais úmido o ambiente, mais sentimos o efeito da temperatura. Se o local estiver quente, aumentará a sensação de abafamento provocada pela umidade do ar.
IV. Falsa. O crescimento das grandes cidades está atrelado diretamente à mecanização do campo, que possibilitou a substituição da mão de obra por máquinas, o que resultou na saída de muitas pessoas do campo em direção às cidades à procura de emprego.
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Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de urbanização (taxa da população que vivia em grandes cidades) do Brasil em 1940 era um pouco mais de 26%. Quarenta anos depois, na década de 1980, o índice chegou a 70%, ou seja, a população urbana mais do que dobrou em relação à rural. Vamos analisar e entender os motivos e as consequências do êxodo rural.
Denomina-se “êxodo rural” o processo de migração de pessoas da zona rural para a urbana, ou seja, a saída de moradores do campo com destino às grandes cidades. Segundo um estudo divulgado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no Brasil a maior concentração de movimentos de migração ocorreu entre as décadas de 1960 e 1980, depois disso os índices se mantiveram em constante queda.
No Censo Demográfico de 2010, divulgado pelo IBGE, a taxa de migração campo-cidade era de 1,31%. Amostras mais recentes mostram que a taxa já caiu para 0,65%. Apesar da queda da migração, atualmente, estima-se que apenas 17,6% da população brasileira residam em zonas rurais.
Por que acontece o êxodo rural?
Os motivos para os movimentos migratórios no sentido das cidades podem ser resumidos a um só: a busca por melhores condições de vida. Já as razões que levaram a vida no campo a se tornar “mais dura” são várias.
A partir da década de 1960, a ditadura militar instaurada no Brasil instituiu um programa chamado de Revolução Verde. Na prática, isso significou um investimento maciço na agricultura brasileira para transformá-la em uma das principais exportadoras mundiais, assim houve grande aportes financeiros para o setor de produção de sementes, utilização de agroquímicos e na mecanização do campo.
Os benefícios foram concentrados majoritariamente “nas mãos” de grandes produtores, o que gerou a concentração fundiária. Sem conseguir competir com os concorrentes, restava aos pequenos produtores vender as terras (alimentando o ciclo de concentração fundiária) e procurar melhores condições de vida.
Além disso, a metade do século 20 foi a época de grande industrialização do Brasil; com isso, as grandes cidades começaram a se tornar atrativas pela oferta de empregos e pelas melhorias tecnológicas que poderiam oferecer.
Quais são as consequências do êxodo rural?
Infelizmente, as cidades não estavam preparadas para receber e integrar todo o fluxo migratório que receberam em pouco tempo. Com isso, o êxodo rural gerou uma série de consequências negativas como as descritas a seguir.
Aumento do desemprego
O crescimento acelerado não comportou a mão de obra de todos os trabalhadores que chegavam, além disso faltava qualificação profissional adequada aos postos oferecidos aos recém-chegados.
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Aumento do subemprego
Sem oportunidades, muitas pessoas se submeteram a condições precárias de trabalho para garantir a subsistência. Além disso, o grande exército de reserva de trabalhadores faz os empregadores pagarem menos.
Marginalização
A falta de emprego ou os empregos mal-remunerados levam à marginalização, com famílias morando em áreas periféricas e, por vezes, em situações de risco — por exemplo de desabamentos e alagamentos. Também nas décadas de maior êxodo rural percebeu-se o grande crescimento de favelas.
No campo, o êxodo rural teve algumas consequências negativas, como a diminuição da mão de obra, a criação de vazios demográficos (com pequenas cidades quase desaparecendo) e a substituição de trabalhadores por máquinas.
Fonte: Embrapa, My Farm, Mundo Educação, Brasil Escola, Prepara Enem.
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16949528cookie-checkÊxodo rural: causas e consequências