Leptospirose
O que é?
É uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Leptospira presente na urina de ratos e outros animais, transmitida ao homem principalmente nas enchentes. Bovinos, suínos e cães também podem adoecer e transmitir a leptospirose ao homem.
Quais os sintomas?
Os mais freqüentes são parecidos com os de outras doenças, como a gripe e a dengue. Os principais são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna), podendo também ocorrer vômitos, diarréia e tosse. Nas formas mais graves geralmente aparece icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais em caráter de internação hospitalar. O doente pode apresentar também hemorragias, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória, que podem levar à morte.
Como se transmite?
Em situações de enchentes e inundações, a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama das enchentes. Qualquer pessoa que tiver contato com a água das chuvas ou lama contaminadas poderá se infectar. As leptospiras presentes na água penetram no corpo humano pela pele, principalmente se houver algum arranhão ou ferimento. O contato com água ou lama de esgoto, lagoas ou rios contaminados e terrenos baldios com a presença de ratos também podem facilitar a transmissão da leptospirose. Veterinários e tratadores de animais podem adquirir a doença pelo contato com a urina de animais doentes ou convalescentes.
Como tratar?
O tratamento é baseado no uso de medicamentos e outras medidas de suporte,
orientado sempre por um médico, de acordo com os sintomas apresentados. Os casos leves podem ser tratados em ambulatório, mas os casos graves precisam ser internados. A automedicação não é indicada, pois pode agravar a doença.
Como se prevenir?
Para o controle da leptospirose, são necessárias medidas ligadas ao meio ambiente, tais como obras de saneamento básico (abastecimento de água, lixo e esgoto), melhorias nas habitações humanas e o combate aos ratos.
Deve-se evitar o contato com água ou lama de enchentes e impedir que crianças nadem ou brinquem nessas águas ou outros ambientes que possam estar contaminados pela urina dos ratos. Pessoas que trabalham na limpeza de lamas, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha (se isto não for possível, usar sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés).
O hipoclorito de sódio a 2,5% (água sanitária) mata as leptospiras e deverá ser utilizado para desinfetar reservatórios de água (um litro de água sanitária para cada 1000 litros de água do reservatório), locais e objetos que entraram em contato com água ou lama contaminada (um copo de água sanitária em um balde de 20 litros de água). Durante a limpeza e desinfecção de locais onde houve inundação recente, deve-se também proteger pés e mãos do contato com a água ou lama contaminadas.
Dentre as medidas de combate aos ratos, deve-se destacar o acondicionamento e destino adequado do lixo e o armazenamento apropriado de alimentos. A desinfecção de caixas d´água e sua completa vedação são medidas preventivas que devem ser tomadas periodicamente. As medidas de desratização consistem na eliminação direta dos roedores através do uso de raticidas e devem ser realizadas por equipes técnicas devidamente capacitadas.
A pessoa que apresentar febre, dor de cabeça e dores no corpo, alguns dias depois de ter entrado em contato com as águas de enchente ou esgoto, deve procurar imediatamente o Centro de Saúde mais próximo. A leptospirose é uma doença curável, para a qual o diagnóstico e o tratamento precoces são a melhor solução.
IMPORTANTE
- Somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As
- informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.
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Fonte:
- Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Glossário de doenças: tópicos de A a Z.
Dica sugerida por Romualdo Gonçalves - Sugira um tema:
- Créditos: Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
A inflamação do trato gastrointestinal, que afeta o estômago e o intestino, é chamada gastroenterite. O quadro clínico caracterizado pela diminuição da consistência das fezes e aumento do número de evacuações pode ser acompanhado de náusea, vômito, febre e dor abdominal (veja quadro abaixo). As doenças associadas à diarreia podem ser causadas por diferentes
microrganismos, como bactérias, vírus e outros parasitas, como os protozoários. A infecção acontece a partir do consumo de água e alimentos contaminados, contato com objetos, pessoas ou animais contaminados. A diarreia também pode ser causada por medicamentos, como antibióticos, laxantes e quimioterápicos utilizados para
tratamento de câncer, além da ingestão de grandes quantidades de adoçantes, gorduras e bebidas alcoólicas. Na edição desta quinta-feira (28) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou os principais sintomas e como funciona o tratamento dos quadros de gastroenterite. “Quando existe uma inflamação desse epitélio, dessa mucosa que
envolve todo o aparelho digestivo, essa resposta pode ser monótona e bastante desagradável. Diarreia, vômitos e náuseas, é como se o aparelho digestivo quisesse expulsar aquilo que não está fazendo bem e que existe dificuldade de lidar ou que está provocando a inflamação dentro do próprio órgão”, explica o especialista. O cirurgião do aparelho digestivo Rodrigo Barbosa, de São Paulo, afirma ter observado um aumento recente de gastroenterites virais. Segundo o médico, os casos podem ser sazonais e a transmissão pode estar associada ao contato entre pessoas ou pela
contaminação de alimentos. “Esse tipo de doença costuma ter resolução espontânea e vir acompanhado por dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia, seus sintomas persistem entre um e três dias. Em caso de persistência o caso pode não ser viral e sim outra doença, como uma infecção bacteriana que demanda do uso de antibióticos a partir de orientação médica”, afirmou. O especialista recomenda o reforço na hidratação e, em caso de piora, a procura por atendimento médico. Os quadros de gastroenterite são mais comuns entre crianças, o que destaca a necessidade de rápida ação para conter a doença que pode levar à desidratação. Nesse sentido, o tratamento tem como objetivo principal a prevenção e cuidado da desidratação para evitar complicações. O tratamento adequado depende do quadro clínico de cada paciente, incluindo o reforço na ingestão de líquidos e fluidos na veia em
casos mais graves. A gastroenterite pode afetar pessoas de todas as idades que tenham sido expostas à contaminação. Doenças não infecciosas também podem desencadear o quadro, como a doença de Chron, as colites ulcerosas, a doença celíaca, a síndrome do intestino irritável e intolerâncias alimentares como à lactose e ao glúten. 1 de 8Tratamento
Confira as orientações do Ministério da Saúde para a prevenção da gastroenterite
Crédito: Claire Mueller/Unsplash2 de 8
Lave sempre as mãos com sabão e água regularmente, principalmente antes de preparar ou ingerir alimentos, após ir ao banheiro e ao chegar em casa
Crédito: Fran Jacquier/Unsplash3 de 8
Lave e desinfete as superfícies, os utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos
Crédito: Conscious Design/Unsplash4 de 8
Proteja os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e outros animais
Crédito: Gareth Hubbard/Unsplash5 de 8
Consuma água tratada. Não utilize água de riachos, rios ou poços contaminados para banho ou ingestão
Crédito: Engin Akyurt/Unsplash6 de 8
Evite o consumo de alimentos crus ou malcozidos e alimentos cujas condições higiênicas, de preparo e acondicionamento, sejam precárias
Crédito: Madie Hamilton/Unsplash7 de 8
Ensaque e mantenha a tampa do lixo sempre fechada
Crédito: Kinga Lopatin/Unsplash8 de 8
Evite o desmame precoce. Manter o aleitamento materno aumenta a resistência das crianças contra as diarreias
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