Como e por que separar o lixo texto

A coleta seletiva e a reciclagem, junto ao consumo consciente, são fundamentais para um futuro sustentável. Entretanto, para que isso aconteça de maneira eficiente, é necessário fazer a separação adequada do lixo. Quando a população deixa de fazer esse processo, não só o meio ambiente é prejudicado, mas também os catadores de lixo e as cooperativas, que perdem oportunidades de trabalho e renda.

Neste texto, você verá quais são os benefícios da separação do lixo, como fazê-la corretamente e qual é a importância desse processo para toda a sociedade. Quer saber como fazer o descarte de lixo corretamente? Então, continue lendo e confira!

A importância de fazer a separação do lixo

A conservação do meio ambiente passa também pela adoção da reciclagem, de forma que essa prática seja incentivada e propagada na sociedade. Além disso, medidas relacionadas ao assunto são importantes para que a saúde pública melhore, com a consequente redução do lixo nas ruas, e a economia local cresça.

Ainda assim, nem todos os municípios contam com a coleta seletiva ou incentivam que cooperativas de catadores de materiais recicláveis sejam criadas. De acordo com a pesquisa Ciclosoft, realizada pelo Compromisso Empresarial pela Reciclagem (Cempre), apenas 17% da população tem acesso a esse serviço. Com isso, a economia do Brasil sai perdendo devido à deficiência na reciclagem, reutilização e coleta seletiva.

Muitas vezes, a reciclagem do lixo se deve ao interesse de empreendedores que veem no processo uma fonte de renda. Em vez de caminhar rumo ao desenvolvimento sustentável, no Brasil, a maior parte do lixo é depositada em aterros sanitários, lixões, áreas verdes e cursos d’água — o número de lixões é próximo a 3 mil no país.

Os benefícios da separação de lixo

Descubra, a seguir, quais são as principais vantagens em fazer a separação correta do lixo.

Desenvolvimento do consumo sustentável

Ao pensar em criar hábitos melhores, a população desenvolve o consumo sustentável, comprando apenas o que é importante para o momento, evitando desperdício. Além disso, sempre que possível, os itens podem ser reutilizados, evitando que o descarte definitivo seja feito. Assim, menos lixo é gerado e, consequentemente, menos recursos serão requisitados para que novos produtos sejam feitos.

Por exemplo, cada tonelada de papel reciclável significa umaeconomia de 10 mil litros de água, além de evitar que 17 árvores sejam derrubadas. Ou seja, a reciclagem é uma forma importante de evitar que os recursos naturais do planeta sejam utilizados desnecessariamente.

Menos lixo gerado

Quanto mais lixo é gerado, maior será a dificuldade para que as cidades consigam encontrar soluções para alocá-lo. Hoje, 40% de todo o resíduo gerado no país ainda é destinado de forma inadequada.

Além disso, quando os resíduos são encaminhados para os lixões, eles podem causar diversos problemas para o meio ambiente, já que, diferente dos aterros sanitários, não recebem as condições adequadas para proteger o solo do chorume gerado na decomposição, por exemplo.

Ao fazer a reciclagem, menos lixo será destinado a esses locais, sendo convertidos em outros produtos. Dessa forma, o Brasil poderá sair da incômoda 4ª posição em geração de lixo no mundo.

Movimentação da economia

O Brasil perde R$ 5,7 bilhões por ano ao não reciclar os resíduos plásticos, segundo levantamento feito pelo Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb). Ou seja, são bilhões de reais perdidos que poderiam ser revertidos em melhorias no sistema de limpeza urbana ou outros serviços de infraestrutura para as cidades brasileiras.

Outro ponto importante é que as associações de catadores de lixo perdem oportunidades quando a reciclagem não é feita, o que diminui também o poder da economia local. Além disso, com o aumento dessa prática, os produtos poderiam ser produzidos com menor custo, aumentando a adesão das empresas.

Aprenda a fazer a separação correta do lixo

Agora, veja quais são os principais cuidados que você deve ter para separar corretamente o lixo na sua casa. Confira!

Lixo orgânico

Lixo orgânico diz respeito aos restos de alimentos, como cascas de frutas e legumes, raízes, folhas e outros materiais de origem biológica. Ainda que separá-lo seja necessário, é possível fazer a reciclagem desses itens.

Com a compostagem de resíduos orgânicos (que é um tipo de reciclagem), evita-se que gases de efeito estufa sejam produzidos a partir do transporte até a armazenagem nos aterros. Além disso, a incorporação dos gases também produz um adubo natural rico, que pode ser usado em hortas e plantações domésticas.

Lixo reciclável

O lixo reciclável é composto de materiais como papel, vidro, papelão, plástico e alumínio. São materiais que podem ser usados de outras formas ou mesmo transformados. Para aumentar a eficiência, é importante separá-los por tipo. Ou seja, o alumínio deve ser guardado isoladamente, bem como o vidro, as garrafas PET e outros plásticos. Vale ressaltar que o vidro pode, ocasionalmente, ser misturado com o alumínio, desde que o posto de coleta aceite dessa forma.

Para evitar que os materiais se transformem em locais favoráveis à reprodução de vetores de doença ou causem desconforto aos trabalhadores, higienize o lixo. Latas de molho de tomate, por exemplo, podem gerar grande número de bactérias e gerar mau cheiro. Por isso, é importante lavá-las. Após a lavagem, o lixo deve ser seco e embalado em sacos.

Além disso, tome cuidado com alguns tipos de materiais. O papel, por exemplo, não deve ser amassado para aumentar o valor comercial. Caso exista vidro quebrado, é importante que seja corretamente embalado e identificado para que não exista nenhum perigo para os profissionais que fazem a coleta.

Por fim, siga as cores da coleta seletiva. O papel é armazenado nas lixeiras azuis, o vidro nas verdes e o alumínio nas amarelas.

Para que a separação do lixo aconteça corretamente, é fundamental que a população conheça e incentive as políticas de divisão e reciclagem dos materiais. Dessa forma, o país terá mais condições para aproveitar melhor os materiais e diminuir o desperdício. Além disso, incentive os seus amigos, familiares e até as crianças a fazerem o mesmo. Embora você não possa salvar o mundo, é possível dar o primeiro passo rumo a um futuro mais sustentável.

Quer mais dicas de como auxiliar o meio ambiente? Então, continue conosco e veja quais são as principais dúvidas sobre reciclagem e as esclareça. Esperamos por você!

Todos somos responsáveis pelo lixo que produzimos. Quanto mais consumimos, mais embalagens utilizamos, mais recursos naturais e matérias-primas demandamos e mais lixo produzimos e descartamos. Mas será que esse descarte é feito da maneira correta? A resposta é não.

O Brasil está longe de ser exemplo de conscientização ambiental. Nosso cenário é de embalagens boiando nos rios, resíduos deixados nas praias, lixo obstruindo bueiros das grandes cidades, animais marinhos morrendo por causa do lixo e materiais com potencial para reciclagem sendo enviados para aterros sanitários junto com o lixo comum.

Não somos poucos. Só no Brasil somos 207,7 milhões de habitantes e, por dia, geramos 180 mil toneladas de lixo. Consumir de maneira sustentável é, portanto, um desafio para todos. Com o passar do tempo, os recursos naturais vão ficando cada vez mais escassos e os custos de produção cada vez mais altos. Ter consciência sobre os impactos das ações para o mundo e as gerações futuras ajuda na criação de mecanismos e atitudes, que, no dia a dia, irão refletir também na conscientização de outras pessoas.

Para que o impacto desse lixo seja o menor possível, pense em quais atitudes estão ao seu alcance. O descarte consciente e o envio dos materiais para a reciclagem é uma delas.

Separação de lixo é um tema essencial para o desenvolvimento de qualquer sociedade. Isso porque saber como separar o lixo corretamente é o primeiro passo para a destinação, a disposição e o tratamento (inclui reciclagem, incineração, entre outros) adequados do lixo.

Poucos minutos de dedicação para a separação de lixo doméstico, hospitalar ou outro tipo de lixo podem evitar danos significativos às pessoas e ao ambiente; economizar energia, matéria-prima, água e espaço de aterros e lixões; e ainda gerar renda.

Para separar os resíduos de maneira adequada é preciso ficar atento aos tipos de materiais que serão descartados. Basicamente, os resíduos e rejeitos são divididos em orgânicos, recicláveis não perigosos, não recicláveis não perigosos e perigosos. Os orgânicos podem ser reciclados em casa por meio da compostagem ou embalados em sacolas biodegradáveis e encaminhados para aterros. Os recicláveis devem ser higienizados, embalados em materiais também recicláveis e destinados para a reciclagem (esse tema você vai entender com mais detalhes ao longo da matéria). Os não recicláveis não perigosos podem ser embalados em sacolas biodegradáveis e enviados para aterros sanitários. Os perigosos, por sua vez, merecem uma atenção especial para cada tipo de resíduo.

Como fazer a separação de lixo corretamente

Confira no vídeo abaixo, de maneira sucinta, como separar o lixo corretamente:

O lixo orgânico é todo resto de alimento, como cascas de legumes, frutas, raízes, vegetais e folhas, entre outros tipos de resíduos de origem biológica. É preciso separar o lixo orgânico, mas melhor do que separar e embalar corretamente o lixo orgânico é praticar a reciclagem dos orgânicos em casa! Você já ouviu falar em compostagem? Ela é a reciclagem dos resíduos orgânicos (principalmente os alimentares) que evita a emissão de gases do efeito estufa pelo transporte até aterros e pela própria incorporação desses gases na matéria orgânica do húmus, produzindo um rico adubo natural. Por isso é importante não só separar, mas também reciclar o lixo orgânico no local em que ele foi produzido.

Você já pensou em adquirir uma composteira? Para conhecer as vantagens e facilidades da prática de compostar, dê uma olhada nas matérias:

Mas, se você ainda não pratica compostagem, o ideal é separar o lixo orgânico e embalá-lo em sacos biodegradáveis. Existem sacos de lixo feitos de plástico biodegradável como o plástico PLA e o plástico de amido. Existem também os sacos feitos de plásticos oxibiodegradáveis, mas, atenção, seu uso é objeto de controvérsia. Entenda o porquê na matéria:

O lixo reciclável é composto principalmente por papel, papelão, vidro, plástico (alguns tipos) e alumínio.

Por exemplo, deve-se fazer a separação de alumínio com alumínio, vidro com vidro, plástico PET com plástico PET, entre outros tipos de plástico. Mas se você não tiver tempo e espaço para fazer essa seleção mais minuciosa, tudo bem. Você pode colocar vidro com alumínio, desde que o destino ou posto de coleta a que eles se destinam aceite receber esses dois tipos de materiais.

O primeiro passo para a separação, porém, consiste em higienizar o lixo para evitar que ele se transforme em local de reprodução de vetores de doenças e venha a causar desconforto aos trabalhadores da cadeia do lixo. Latas de molho de tomate, por exemplo, podem ser um ambiente de proliferação de bactérias que geram mau odor, o que pode causar mal-estar aos trabalhadores que recolhem e manuseiam esse tipo de material.

Para evitar essa situação, é indicado higienizar esses recipientes, economizando o máximo de água possível. Para isso, você pode deixar essa embalagem dentro da pia durante o dia, para que a água utilizada para lavar as mãos e a louça caia sobre ela, atuando como uma água reutilizada. Assim, ao final do dia, a embalagem estará limpa.

Após essa lavagem com água de reúso, o lixo reciclável deve secar e ser embalado em sacos de lixo não biodegradáveis reciclados ou recicláveis. No caso do papel, o ideal é não amassá-lo, já que quanto mais intacto, maior o valor do papel para a reciclagem – ao amassar uma folha, você afeta as fibras de celulose, prejudicando seu valor comercial para reciclagem. Se houver vidro quebrado ou outro tipo de material que apresente risco à saúde dos trabalhadores da cadeia de resíduos sólidos, embale-os de maneira segura e identifique-os.

Para saber como embalar vidro quebrado, dê uma olhada na matéria: “Como descartar vidro quebrado?“. Mas antes confira quais tipos de vidro são recicláveis ou não na matéria: “Todos os tipos de vidros são recicláveis?“.

Seguindo as cores da coleta seletiva, o indicado é armazenar o papel em cestos de lixo azuis, o vidro em cestos de lixo verdes, o alumínio em cestos de lixo amarelos e por aí vai. Saiba mais sobre a separação de lixo por cores na matéria: “Cores da coleta seletiva: reciclagem e seus significados” e no vídeo a seguir:

Como separar o lixo não reciclável e não perigoso

A reciclabilidade de um material é relativa. O lixo não reciclável hoje pode ser reciclável amanhã. Isso depende da viabilidade econômica do momento, das tecnologias disponíveis ou do tipo de material. Atualmente, muitos materiais jogados no lixo ainda são de difícil reciclabilidade, como papéis parafinados ou plastificados, adesivos, etiquetas, fita crepe, papel carbono, fotografias, espelhos, esponjas de lavar louça, esponjas de aço, entre outros.

Nesses casos é indicado não consumir esse tipo de item ou consumir algo semelhante, mas que seja ou tenha embalagem reciclável e menos impactante.

Quando não for possível deixar de consumir materiais não recicláveis, outra alternativa é optar pela reutilização e, só em último caso, descartar. Nesse último caso, o ideal é embalar o resíduo em um saco de lixo não biodegradável reciclado ou reciclável. Pelo padrão das cores da coleta seletiva, os sacos de lixo para os não recicláveis devem ser da cor cinza. Mas se você utiliza o serviço de coleta seletiva da prefeitura, confira as regras das cores da coleta seletiva específicas de sua cidade. Se você tem dúvidas sobre o que é ou não reciclável, confira a matéria: “Lixo reciclável e não reciclável: saiba qual é qual“.

Como fazer a separação do lixo perigoso

A separação do lixo perigoso é essencial. Isso porque o lixo classificado como perigoso é aquele que apresenta riscos à saúde pública e ao meio ambiente, por ser inflamável, corrosivo e/ou reativo quimicamente, e por isso precisa de tratamento e disposição especiais. Esse tipo de lixo inclui restos de tinta, lixo hospitalar, produtos químicos, lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias, entre outros.

Mesmo que a prefeitura faça a coleta, o lixo perigoso não pode simplesmente ser colocado em sacos de lixo e ser destinado para o lixo comum, pois uma vez descartado em aterros e lixões, junto com a água da torneira (no caso de tintas látex, por exemplo) ou no solo, pode causar danos irreversíveis à saúde ambiental e humana. Nesse caso, a separação e descarte corretos variam de acordo com cada tipo de material. Entenda melhor esse tema nas matérias:

Para descartar corretamente seus resíduos após a separação, consulte na página inicial do Portal eCycle quais são os postos de coleta mais próximos de sua residência.

Separação do lixo em condomínios

A separação de lixo em condomínio também é essencial para a sua destinação correta. Para saber como fazer a separação de lixo e implementar a coleta seletiva no seu condomínio, confira a matéria: “Coleta seletiva em condomínios: como implantar”.

Gostou da ideia e está pensando em implementar a coleta seletiva em seu condomínio? É só preencher o formulário a seguir para fazer a cotação:

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