Como o experimento de Louis Pasteur sobre a geração de microrganismos

Sabemos que a origem da vida sempre foi uma incógnita para o ser humano, que já elaborou diversas teorias e hipóteses tentando encontrar respostas. A teoria da geração espontânea outeoria da abiogênese, defendida por vários anos, acreditava que os seres vivos eram oriundos de matéria bruta. Essa teoria teve como defensores filósofos e cientistas como Aristóteles, René Descartes e Isaac Newton. A fim de provar que essa teoria não era real, inúmeros cientistas fizeram diversas pesquisas e experimentos, entre eles, Francesco Redi, que conseguiu provar que a teoria da geração espontânea não era verdade, mas foi colocado à prova quando, no século XVII, descobriram a existência de micróbios, voltando à tona a teoria da abiogênese.

Com o objetivo de provar definitivamente que os seres vivos provinham de um ser vivo preexistente e incentivado pela Academia Francesa de Ciências que estava oferecendo um prêmio a quem conseguisse provar a teoria da biogênese, Louis Pasteur deu início a seus experimentos.

Em um primeiro momento, Pasteur colocou caldo nutritivo em balões de vidro de pescoço longo, curvando o pescoço deles logo em seguida.

Em um segundo momento, Pasteur ferveu o caldo que estava no interior dos balões por longo tempo, tornando o líquido estéril e, consequentemente, livre de micróbios. Depois disso, Pasteur deixou os balões de vidro descansando.

No experimento de Pasteur é importante observar que o caldo nutritivo no interior dos balões estava em contato com o ar, que, como sabemos, é cheio de micro-organismos. O que impedia esses micro-organismos de entrarem em contato com o caldo nutritivo era justamente a curvatura do gargalo, que funcionava como um filtro. Depois de alguns dias, Pasteur quebrou o gargalo de alguns frascos e pôde ver que depois de pouco tempo o caldo nutritivo já estava repleto de micro-organismos. Com essa experiência, Pasteur pôs fim à teoria da geração espontânea.

Mas além de sepultar a teoria da abiogênese, esse cientista também deixou outras contribuições que são utilizadas até os dias atuais. Dentre elas, podemos citar a pasteurização, técnica que consiste no aquecimento dos alimentos até que ele atinja altas temperaturas, seguido do seu rápido resfriamento. Essa técnica é aplicada em bebidas como leite, sorvetes, cervejas etc.


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Somente por volta de 1860, com os experimentos realizados por Louis Pasteur (1822 – 1895), conseguiu-se comprovar definitivamente que os microorganismos surgem a partir de outros preexistentes.

Como o experimento de Louis Pasteur sobre a geração de microrganismos

Os experimentos de Pasteur estão descritos e esquematizados na figura abaixo:

Como o experimento de Louis Pasteur sobre a geração de microrganismos

A ausência de microrganismos nos frascos do tipo “pescoço de cisne” mantidos intactos e a presença deles nos frascos cujo “pescoço” havia sido quebrado mostram que o ar contém microorganismos e que estes, ao entrarem em contato com o líquido nutritivo e estéril do balão, desenvolvem-se. No balão intacto, esses microorganismos não conseguem chegar até o líquido nutritivo e estéril, pois ficam retidos no “filtro” formado pelas gotículas de água surgidas no pescoço do balão durante o resfriamento. Já nos frascos em que o pescoço é quebrado, esse “filtro” deixa de existir, e os micróbios presentes no ar podem entrar em contato com o líquido nutritivo, onde encontram condições adequadas para seu desenvolvimento e proliferam.

A hipótese da biogênese passou, a partir de então, a ser aceita universalmente pelos cientistas.

Como referenciar: "Os experimentos de Pasteur" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2022. Consultado em 25/09/2022 às 10:44. Disponível na Internet em https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao3.php

Adepto da teoria biogênica, Louis Pasteur em 1861, através de um experimento, conseguiu demonstrar conclusivamente a impossibilidade da geração espontânea da vida (hipótese tão defendida pelos abiogenistas), ou seja, a origem da vida somente é possível a partir da matéria viva, de um ser vivo preexistente. No experimento, Pasteur adicionou um caldo nutritivo a um balão de vidro com gargalo alongado. Em seguida aqueceu o gargalo, imprimindo a esse um formato de tubo curvo (pescoço de cisne). Após a modelagem prosseguiu com a fervura do caldo, submetendo-o a uma temperatura até o estado estéril (ausência de micro-organismo), porém permitindo que o caldo tivesse contato com o ar. Depois da fervura, deixando o balão em repouso por muito tempo, percebeu que o líquido permanecia estéril. Isso foi possível devido a dois fatores: O primeiro foi consequente ao empecilho físico, causado pela sinuosidade do gargalo. O segundo ocasionado pela adesão de partículas de impureza e micro-organismos às gotículas de água formadas na superfície interna do gargalo durante a condensação do vapor, emitido pelo aquecimento e resfriado quando em repouso. Depois de alguns dias, ao verificar a não contaminação, Pasteur quebrou o gargalo, expondo o caldo inerte aos micro-organismos suspensos no ar, favorecendo condições adequadas para a proliferação de germes.

Esse cientista além de contribuir para o fim do equívoco abiogenista, também desenvolveu, a partir da aplicação do aquecimento e resfriamento simultâneo, a técnica de pasteurização largamente utilizada para conservação dos alimentos.

Em síntese, Louis Pasteur enfatizava a importância de práticas higiênicas como: ferver ou filtrar a água, lavar e armazenar adequadamente os alimentos, evitando a contaminação por bactérias patogênicas.

Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia

Você já ouviu falar da teoria da abiogênese ou teoria da geração espontânea? Segundo essa teoria, muito difundida até meados do século XIX, os organismos vivos surgiam a partir de matéria inanimada, ou seja, de matéria sem vida. Apesar de hoje ser claro que os seres vivos só surgem a partir de outro ser vivo, não foi tão simples derrubar a abiogênese.

Vários pesquisadores tentaram provar que essa ideia estava incorreta. Louis Pasteur (1822 - 1895), foi um desses pesquisadores e através de seu experimento ficou claro que a origem da vida, como era conhecida até o momento, não representava a realidade.

O experimento de Pasteur

Inicialmente, Pasteur preparou um caldo nutritivo e colocou esse caldo em diferentes frascos. Ele então pegou cada frasco, aqueceu os gargalos e então os curvou, fazendo com que se tornassem semelhantes a pescoços de cisnes. A curvatura do gargalo do recipiente permitia que o ar entrasse no local, porém impedia a entrada de partículas presentes no ar e micro-organismos como as bactérias.

Após feita a curvatura, Pasteur ferveu o caldo nutritivo. Com isso ele esperava que todos os micro-organismos no material morressem, ou seja, ele deixou o caldo estéril. De acordo com a teoria da abiogênese, a partir desse caldo poderia surgir vida, porém não foi isso que ocorreu.

Como o experimento de Louis Pasteur sobre a geração de microrganismos

Observe que na sequência 1 o frasco permaneceu intacto, o que impossibilitou a presença de micro-organismos, enquanto em 2 o gargalo foi quebrado

Após alguns dias do experimento, Pasteur observou que nada havia surgido no caldo e ele permanecia estéril. Para confirmar suas hipóteses, o pesquisador resolve quebrar o gargalo, deixando o caldo exposto ao ambiente. Com o passar dos dias, vários micro-organismos surgiram no caldo.

Ficou claro, portanto, que a vida não surgia de matéria inanimada e morta, surgia apenas de uma vida preexistente. No momento que Pasteur quebrou o gargalo, ele deixou o caldo exposto à ação de micro-organismos presentes no ar os quais se reproduziram no caldo. Com esse experimento a abiogênese foi finalmente derrubada e começou-se a aceitar a biogênese, ou seja, a teoria que diz que todos os organismos devem nascer de outro ser vivo.


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Com o experimento de Pasteur, viu-se que a substância em contato direto com o ar não permitia o surgimento de microrganismos em nenhum dos frascos do experimento. Contudo, ao quebrar o gargalo de alguns dos frascos, percebeu-se que os caldos foram tomados por microrganismos em poucos dias.

Por que não surgiram micro-organismos nesse caldo Mesmo com o frasco aberto?

Segundo ele microorganismos só poderiam ter aparecido através da "geração espontânea" já que os caldos nutritivos foram aquecidos e as possíveis formas vivas foram eliminadas e os frascos, levemente fechados, impediram a entrada de formas vivas presentes no ar.

Qual foi o objetivo do experimento de Louis Pasteur?

Seu objetivo era tentar atribuir a presença de micro-organismos com a causa da putrefação e a eliminação dos mesmos pelo calor e pela a ausência de oxigênio como motivo da preservação.

Como foram feitos os experimentos de Pasteur?

  • Os experimentos de Pasteur foram realizados com quatro frascos de vidro, cujos gargalos foram esticados e curvados no fogo após todos terem sido enchidos com caldos nutritivos. Logo em seguida, Pasteur ferveu o caldo de cada um dos quatro frascos, até que saísse vapor dos gargalos longos e curvos e deixou-os esfriar.

Qual a contribuição de Pasteur para a microbiologia?

  • Louis Pasteur também nos deixou outras contribuições importantes para a microbiologia e também para a medicina. Através de mudanças em práticas hospitalares introduzidas por Pasteur, houve uma diminuição na disseminação de doenças hospitalares causadas por micro-organismos.

Quando é obrigatória a pasteurização do leite?

  • Em muitos países, inclusive no Brasil, é obrigatória a pasteurização do leite e de seus derivados antes de serem comercializados. Nesse processo, o leite é mantido a 62°C por cerca de meia hora, eliminando vários micro-organismos prejudiciais aos seres humanos, além de prolongar a vida útil do alimento.

Quem foi o Pasteur que descobriu a raiva?

  • Pasteur também foi o responsável por descobrir que a raiva era transmitida por um agente que não poderia ser visto ao microscópio, assim desenvolveu técnicas para vacinar animais contra a raiva e tratar pessoas mordidas por animais infectados. Outro processo que é muito utilizado nos dias atuais é a pasteurização.