Esqueci de tomar o antibiótico na hora certa o que fazer

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Esqueci de tomar o antibiótico na hora certa o que fazer

Quando deixam o consultório do pediatra com uma receita de antibiótico nas mãos, muitos pais ficam cheios de dúvidas e de receios. A preocupação não é infundada: esse tipo de medicamento precisa ser usado com muito critério e, sempre, sob a prescrição do médico. Confira a seguir as respostas para as questões mais comuns sobre o tema, mas não tenha vergonha de fazer todas as perguntas que achar necessárias ao pediatra do seu filho:

1. Antibiótico faz mal para os dentes? Os ministrados para crianças, não. Isso ocorria no passado por conta de um tipo específico substância, a tetraciclina, que manchava e alterava a cor dos dentes, mas esses efeitos eram desconhecidos. Hoje não há mais esse risco e as tetraciclinas não são mais prescritas para uso infantil.

2. Quantas vezes por ano a criança pode tomar antibiótico? Não há um número limite, depende de cada criança. Há aquelas que são mais vulneráveis e têm muitos episódios de amidalite e sinusite. O que é preciso é que um médico avalie sempre os sintomas e a criança para identificar o problema. Na primeira infância é muito comum as infecções virais, que têm sintomas bastante parecidos, como febre e problemas respiratórios, e o antibiótico não funciona no caso de viroses, só quando a infecção é por bactérias.

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3. E se o meu filho fica sempre doente? O ideal é que o pediatra e os pais procurem identificar as causas da criança estar sempre doente e tentar eliminá-las. Ou seja, tratar a causa, não só os efeitos.

4. Por que é preciso tomá-lo, em geral, por dez dias? Entre a ingestão do antibiótico e ele atingir o ponto da infecção, o medicamento vai perdendo força. É como se o antibiótico fosse o exército dos mocinhos com uma determinada munição para combater o exército inimigo de bactérias. A munição dos mocinhos acaba e é aí que chega o momento de tomar de novo. Quanto à duração do tratamento, é para certificar-se de que todos os “soldados” inimigos foram mesmo eliminados, senão eles voltam a se multiplicar.

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5. Tem de ser sempre no mesmo horário? Sim, pelo explicado na questão anterior, os horários e dias têm de ser respeitados rigorosamente. Só assim o tratamento dá certo.

6. O que fazer se esqueci uma dose? Ou se atrasei uma? Se o atraso for curto, de 30 minutos, pode dar a dose e seguir o tratamento. Se foi por muito tempo, dê a próxima dose no horário normal. A dose que foi esquecida deve ser dada no final do tratamento. Mas o ideal, de acordo com os médicos, é não esquecer mesmo e prestar muita atenção no tratamento.

7. É preciso, mesmo, ter tanto medo de oferecer antibiótico às crianças? Não, desde que seja receitado pelo médico. O risco que se corre é de dar antibiótico para resolver algo para o qual ele não funciona e só o médico tem condições de avaliar isso. Como qualquer outro medicamento, tomar por conta própria oferece dois riscos: o de fazer mal e o de não adiantar nada.

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8. Existem outras formas de tratar determinadas doenças sem o antibiótico? As infecções bacterianas precisam de antibióticos, mas não todas. As de pequena extensão, como furúnculos, costumam se curar sozinhas. Vacinas e hábitos saudáveis ajudam a evitar doenças, mas quem avalia o tratamento é sempre o pediatra ou clínico.

9. E se não fizer mais efeito, dá para variar o tipo? A avaliação de se um antibiótico faz ou não efeito e a substituição só podem ser realizadas por um médico. Quando precisar de uma consulta com um médico novo, ou em um pronto-socorro, informe quais medicamentos seu filho tomou nos últimos meses.

10. Antibiótico de criança e de adulto é similar? Alguns sim, só variam na dosagem e na forma de administração – em geral por via oral, líquido ou comprimidos, para as crianças. Outros são só de uso adulto.

Fontes: Clery Bernadi Gallacci, pediatra da maternidade Santa Joana e professora de pediatria da faculdade de ciências médicas da Santa Casa de São Paulo e Luci Correa, infectologista e Coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Israelita Albert Einstein

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Pode tomar antibiótico atrasado?

O atraso na toma do medicamento pode fazer com que a dose não seja adequadamente absorvida. Por outro lado, também pode perder o seu efeito, dado que as bactérias se podem multiplicar ou tornar-se resistentes. Tomar antes do tempo pode provocar uma intoxicação medicamentosa.

Como mudar o horário do antibiótico?

Por esse motivo eles devem ser tomados nos intervalos corretos. Caso o paciente queira trocar o horário de ingestão da medicação para que fique mais cômodo, ele deve adiantar ou atrasar em no máximo 1 hora por dia o horário da tomada.

O que acontece se tomar remédio fora do horário?

O que pouca gente sabe é que o horário em que o medicamento é ingerido pode influenciar na eficácia do tratamento. De acordo com o farmacêutico Vagner Miguel, da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), o risco mais comum de tomar o remédio na hora errada é o efeito positivo ser reduzido.

Pode tomar Amoxicilina depois do horário?

Tomar antibiótico antes da hora faz mal porque pode causar intoxicação ou a dose pode não ser absorvida pelo organismo. O que se deve fazer é tomar os antibióticos sempre no mesmo horário e cumprir o tempo de uso determinado pelo médico para obter os resultados esperados.