Os eclipses ocorrem quando um astro, na sua movimentação pelo espaço sideral, oculta

Eclipse é um fenômeno astronômico marcado pelo escurecimento total ou parcial de um astro em virtude da passagem de algum corpo celeste em frente a uma fonte de luz. Existem duas categorias de eclipse: o eclipse solar e o eclipse lunar.

Tipos de eclipse

Existem duas categorias de eclipses: os eclipses solares e os eclipses lunares.

Tipos de esclipses solares

  • Eclipses solares totais: a Lua cobre totalmente a luz solar, projetando sua sombra sobre a Terra;

  • Eclipses solares parciais: a Lua não fica perfeitamente alinhada com o Sol, cobrindo somente parte de sua luminosidade;

  • Eclipses solares anulares: o tamanho aparente da Lua não é suficiente para cobrir totalmente a luz solar. Esse fenômeno resulta no surgimento de um anel em volta da sombra da Lua.

Tipos de eclipses lunares

Existem os eclipses lunares penumbrais, parciais e totais. Todos esses tipos de eclipse estão relacionados à posição relativa do observador na Terra.

  • Eclipses penumbrais: a superfície da lua fica levemente escurecida ao atravessar a região do cone de penumbra produzido pela Terra;

  • Eclipses lunares parciais: somente parte da sombra da Terra é projetada sobre a Lua;

  • Eclipses totais: toda a superfície lunar é coberta pela sombra da Terra.

Eclipse solar

O eclipse solar ocorre quando a Lua posiciona-se em frente ao Sol de forma que a sua sombra é projetada sobre a superfície da Terra. Durante a ocorrência desse tipo de eclipse, uma pequena região da Terra fica escura por causa da projeção da sombra da Lua. É nessa região, chamada de umbra, que se observa o eclipse solar total.

Nos arredores da umbra, encontra-se a penumbra, onde é possível observar um eclipse solar parcial. A diferença entre umbra e penumbra é a luminosidade da região. Os locais onde se pode observar o eclipse total são mais escuros que as regiões circundantes.

Veja também: Formação da sombra e penumbra

Observe a figura a seguir, que traz um esquema de como ocorre o eclipse solar. Nela também é possível observar as regiões de umbra e penumbra, onde podemos visualizar o eclipse total e parcial, respectivamente:

Os eclipses solares são graduais, ou seja, a Lua leva certo tempo para poder cobrir o Sol, por isso é comum vermos fotos dos estágios de um eclipse, como a imagem a seguir:

Ao observar as fases da Lua, é possível imaginar que a cada Lua Nova ocorra um eclipse solar, no entanto, isso não acontece porque o plano da órbita lunar é ligeiramente rotacionado (cerca de 5,2º) em relação à órbita da Terra em torno do Sol (chamada de eclíptica). Portanto, os eclipses solares só ocorrem nas posições em que a órbita lunar passa através do plano eclíptico. Observe a figura a seguir:

Na figura acima (fora de escala), podemos ver os planos das órbitas lunar e eclíptica. Quando os dois cruzam-se, podem ocorrer eclipses solares.

Veja também: Por que a Lua não cai na Terra?

Eclipse lunar

O eclipse lunar ocorre quando a sombra da Terra, produzida pelo Sol, é projetada sobre a Lua, cobrindo-a. De forma similar ao eclipse solar, o eclipse lunar só pode ocorrer quando a órbita da lua coincide com a eclíptica. Sem a pequena diferença de 5,2º entre essas duas órbitas, ocorreriam eclipses lunares sempre que houvesse uma Lua Cheia.

Observe a figura abaixo, que apresenta um esquema que mostra a formação de um eclipse lunar:

A figura a seguir mostra uma sequência de fotos tiradas durante um eclipse lunar:

Por Rafael Helerbrock

Mestre em Física

O eclipse lunar é um fenômeno astronômico em que a sombra da Terra oculta, de forma parcial ou integral, a Lua. Esse fenômeno pode ser visto a olho nu.

Para que esse tipo de eclipse ocorra, é necessário um alinhamento (perfeito ou aproximado) entre o Sol, a Terra e a Lua, sendo que a Terra deve estar posicionada entre esses dois outros corpos celestes.

O funcionamento geral do eclipse lunar se assemelha à ocorrência do solar, com a diferença de que, no eclipse lunar, é a Terra o corpo responsável pelo encobrimento de outro corpo (a Lua, no caso).

Vale também lembrar que os eclipses lunares podem acontecer apenas durante a Lua Cheia, pois é nessa fase em que a Terra se interpõe entre o Sol e a Lua.

Além disso, para que ocorra um eclipse lunar, é necessário que o período de Lua Cheia coincida com a passagem da Lua pelo seu nodo orbital, isto é, a Lua deve estar posicionada de modo a cruzar um ponto determinado da órbita da Terra.

É justamente o cruzamento com o nodo orbital o responsável por determinar o tipo (penumbral, parcial ou total) e a duração do eclipse.

O nodo orbital pode ser classificado de duas maneiras: como ascendente ou descendente, de acordo com a direção que a Lua cruza o plano.

Uma diferença bastante expressiva em relação ao eclipse solar é que este é visto apenas por uma estreita faixa da Terra, enquanto o eclipse lunar pode ser visto de qualquer região do planeta em que seja noite durante sua ocorrência.

Um eclipse, no campo da astronomia, é normalmente definido como o fenômeno em que um astro deixa de ser visível total ou parcialmente durante um período limitado de tempo em razão da presença de outro astro entre ele e o seu observador ou pela sobreposição de uma sombra em um corpo celeste que não possui luz própria. Portanto, qualquer corpo celeste que é naturalmente visível pode passar por um eclipse. No entanto, esse fenômeno é mais notório quando ocorre com os dois principais astros celestes da Terra: o Sol e a Lua.

Quando ocorre um eclipse total ou parcial do sol, temos a ocorrência de um eclipse solar, e quando ocorre um eclipse envolvendo a lua, temos um eclipse lunar. Confira a seguir um esquema simplificado dos tipos especificados:

Os eclipses ocorrem quando um astro, na sua movimentação pelo espaço sideral, oculta

Esquema dos eclipses lunar e solar

Eclipse solar

Conforme o esquema acima, o eclipse solar ocorre quando a lua intercepta a luz solar sobre uma determinada área da Terra. Essa área privilegiada pode visualizar todo o processo em que a Lua “passa na frente” do Sol.

Há, por sua vez, quatro tipos de eclipse solar, a saber:

eclipse solar total: quando toda a zona de iluminação solar é coberta pela lua em um determinado ponto de visão.

eclipse solar parcial: quando apenas parte da luminosidade solar é ocultada pela presença da lua em um determinado ponto ou área.

eclipse anelar ou anular: quando a lua não encobre toda a área do sol, formando um “anel” em volta do satélite natural da Terra. Isso ocorre quando a lua encontra-se um pouco mais afastada da Terra durante o eclipse.

eclipse híbrido: quando o eclipse é total em alguns pontos de visão onde a sombra é total (umbra) e anelar em outros onde a sombra é parcial (penumbra).

Eclipse lunar

Também é possível observar no esquema anterior o eclipse lunar, que ocorre quando a sombra da Terra é projetada sobre a Lua. Como ela não possui luz própria, acaba por ficar encoberta pela sombra e torna-se invisível ou parcialmente visível, a depender das condições e da forma como fenômeno ocorre.

Eclipse lunar total: ocorre quando a lua posiciona-se totalmente sobre a área da umbra formada pela sombra da Terra, ficando completamente escura.

Os eclipses ocorrem quando um astro, na sua movimentação pelo espaço sideral, oculta

Eclipse lunar total, com a lua posicionada sobre a umbra

Eclipse lunar penumbral: é quando a lua encontra-se totalmente sobre a área da penumbra formada pela sombra da Terra, ficando parcialmente escura.

Os eclipses ocorrem quando um astro, na sua movimentação pelo espaço sideral, oculta

Eclipse lunar penumbral, com a lua posicionada sobre a penumbra

Eclipse lunar parcial: é quando a lua encontra-se em partes na umbra e em partes na penumbra.

Os eclipses ocorrem quando um astro, na sua movimentação pelo espaço sideral, oculta

Eclipse lunar parcial, com parte da lua sobre a umbra