Por que os meios de comunicação são importantes para a indústria cultural e a cultura de massa

A cultura de massa faz parte da cultura em geral, que é o bem mais precioso produzido pela humanidade. Por cultura, entendemos um conjunto de hábitos, costumes, religião, idioma e produções artísticas ligadas a um grupo específico de pessoas, ou seja, a uma comunidade ou sociedade.

Dentro desse recorte, temos a cultura autêntica e a cultura inautêntica. A cultura inautêntica é a cultura de massa, que é produzida em larga escala e serve como artifício para fazer girar o mecanismo capitalista por meio dos lucros com a produção cultural e com a manipulação das massas, que serve aos interesses políticos e mercantis.

Leia também: Cultura material e cultura imaterial – diferentes modalidades do mesmo conceito

O que é cultura de massa

No horizonte da produção cultural humana, existem formas artísticas que buscam um fim em si mesmas: fazer arte, promover a arte, despertar sensações estéticas no espectador. Também nesse horizonte, existe um fenômeno do século XX possibilitado pelos meios de comunicação de massa: produzir uma forma de arte que seja agradável apenas pelo entretenimento e que não tenha uma finalidade em si mesma, mas em outras coisas, como o poder político e o lucro. Nesse sentido, a cultura de massa utiliza-se da arte para fazer algo distinto dela: movimentar o mecanismo capitalista.

Por que os meios de comunicação são importantes para a indústria cultural e a cultura de massa
Os filósofos e sociólogos da Escola de Frankfurt Adorno e Horkheimer criaram o termo “cultura de massa”.

A cultura de massa não é produzida, mas sim reproduzida. A ideia aqui não é criar algo autêntico, mas reproduzir incessantemente o que já foi produzido (até que a demanda pelo objeto reproduzido esgote-se) para conseguir atingir o maior número de espectadores, gerando assim um maior lucro com menos esforço e gasto. O grande comunicador brasileiro Abelardo Barbosa, imortalizado pelo seu nome artístico Chacrinha, lançou uma frase que ainda circula na mídia: “Na TV nada se cria, tudo se copia”.

Ironicamente, Chacrinha é copiado até hoje. Seu formato irreverente de apresentar um programa de auditório, com piadas, música ao vivo, competições, dançarinas e cenários chamativos ainda é utilizado nos programas de auditório brasileiros. A música comercial, os filmes comerciais, até mesmo as artes plásticas atuais renderam-se a um sistema de reprodução de cópias.

A cultura de massa apresenta-se como o modelo de reprodução cultural que deixa de lado o que o filósofo e crítico literário alemão Walter Benjamin chamou de aura da obra de arte, para dar lugar à produção de fácil acesso, de fácil “digestão”, de baixa qualidade e de baixo nível intelectual e técnico.

Filmes com roteiros que prendem o espectador por sua fórmula que mistura ação, romance e planos dinâmicos; músicas de poucos acordes e poesias pobres; estampas reproduzidas que dão lugar à arte plástica produzida pelo pintor, enfim, tudo isso pode compor a gama de objetos da cultura de massa. A cultura de massa trata as pessoas não como indivíduos, mas como uma massa que busca sempre as mesmas coisas.

Cultura de massa e consumo

Há uma grande pesquisa da área da comunicação que envolve a sociologia, a psicologia e a administração para descobrir o que é capaz de agradar o grande público, que consiste no espectador médio da cultura de massa. Seguindo essa linha, as produtoras criam conteúdo de fácil acesso para prender a atenção dessas pessoas e dominá-las.

Em meio à programação ofertada, na TV, no rádio, na internet ou nos grandes shows de música, há a inserção de anúncio de patrocinadores que financiam a produção e esperam, em troca, a busca do público pelos produtos anunciados.

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A cultura de massa estabeleceu-se como um artifício de manipulação das massas.

Um carro que aparece no comercial, ou mesmo em um filme ou novela, torna-se um objeto de desejo das pessoas por ter sido utilizado pelo ator/atriz ou personagem. Uma bebida, um alimento, uma grife de roupas, enfim, qualquer produto que apareça vinculado diretamente ao conteúdo apresentado ou indiretamente (em um anúncio de intervalo) é mostrado de forma a seduzir o consumidor.

O hábito de fumar, por exemplo, popularizou-se bastante nos Estados Unidos após a disseminação de filmes de Hollywood que mostravam atrizes e atores fumando de forma elegante e sedutora. Algumas marcas de refrigerante e cerveja tornaram-se mundialmente conhecidas por seus anúncios bem elaborados e incorporação em filmes e novelas.

Veja também: Cultura brasileira – produto da diversidade étnica do Brasil

Cultura de massa e indústria cultural

Os termos “cultura de massa” e “indústria cultural” foram cunhados pelos filósofos e sociólogos judeus alemães da Escola de Frankfurt: Theodor Adorno e Max Horkheimer, no livro Dialética do esclarecimento. Essa obra visa condensar uma visão comum dos pensadores da chamada primeira geração da Escola de Frankfurt: de que o iluminismo falhou enquanto projeto de mundo civilizado.

Enquanto os iluministas pensavam que o avanço científico e intelectual aliado à ampliação do acesso a esse conhecimento levaria, diretamente, ao avanço moral e social, o século XX vivenciou a barbárie do holocausto judeu e o avanço do capitalismo a ponto de chegar-se a uma sociedade extremamente desigual. A indústria cultural é aquela que produz a cultura de massa, incorporando todas as formas de fazer artístico.

Um forte aliado do capitalismo e do totalitarismo em seus projetos particulares de dominação foi a cultura de massa, pois ela é um eficiente meio de manipulação das massas. Adorno e Horkheimer perceberam que há uma fórmula descoberta pela indústria cultural para produzir sua arte massificada.

Essa fórmula consistiria em mesclar elementos da cultura popular com a cultura erudita em uma linguagem simplista, com técnicas rudimentares, e utilizar-se dos meios de reprodutibilidade técnica (meios de comunicação pelos quais se é possível reproduzir o mesmo elemento milhares ou milhões de vezes, como a fotografia, o cinema, o rádio, a televisão e a internet) para disseminar o conteúdo gerado. Para saber mais sobre esse outro conceito fundamental da primeira fase da Escola de Frankfurt, acesse o nosso texto: Indústria cultural.

Pelo forte apelo popular da cultura massificada, tende-se a confundi-la com a cultura popular. No entanto, os dois conceitos são diferentes. A cultura popular é um modo de fazer artístico autêntico, fruto dos esforços de criação de uma camada popular da sociedade com o que se tem ao alcance.

A cultura popular é a cultura tradicional, muitas vezes com uma menor elaboração técnica, mas que objetiva apenas a produção artística para a expressão do artista. Podemos eleger como exemplos de cultura popular a música caipira brasileira, o samba, o grafite como arte urbana, a literatura de cordel nordestina, e a nossa culinária popular.

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A literatura de cordel é um exemplo de cultura popular produzida no Nordeste brasileiro.

Termo oposto à cultura de massa é a cultura erudita, criada pelas elites e voltada para as elites. Por nascer em um meio que possui maior acesso ao estudo formal, a cultura erudita tende a ser mais elaborada do ponto de vista técnico. Temos como exemplo a música produzida por mestres como Beethoven, Bach, Vivaldi e Heitor Villa-Lobos. No campo das artes plásticas, temos pintores como Rembrandt, Van-Gogh, e Portinari (o pintor brasileiro que já foi mal visto pelas elites artísticas europeias, mas que hoje é considerado um clássico da arte mundialmente aclamado).

No campo da literatura e da dramaturgia, temos os clássicos escritores Miguel de Cervantes, Shakespeare, Victor Hugo e Clarice Lispector (que, por ser mulher, contemporânea e radicada no Brasil, foi considerada uma literata menor, mas que hoje é reconhecida como uma erudita pelas elites). O grande escritor austro-húngaro Franz Kafka já foi considerado menor, hoje é reconhecido como um erudito. Fechando a conta, percebe-se que quem decide se um artista ou sua obra é erudita, é a elite.

A cultura de massa vai na contramão de tudo o que acabou de ser apresentado. Sua preocupação não está na própria obra de arte, mas no alcance e no lucro que ela pode gerar. O que se espera é que o público saia satisfeito e queira mais, queira consumir mais.

Uma diferença marcante entre a cultura de massa e as culturas populares e eruditas é que estas perduram por muito tempo e são sempre lembradas e revisitadas, enquanto a cultura massificada tem um curto prazo de validade. Logo após ser lançada e consumida, a cultura massificada deixa de ser novidade e deve ser substituída por outro produto.

Por Francisco Porfírio
Professor de Sociologia

5 de outubro de 2017

Somos bombardeados o dia inteiro com informações, propagandas, músicas, filmes, séries, vídeos, programas de televisão, etc. Os meios de comunicação ocupam grande parte do nosso tempo, pensamento e relações sociais. Eles são muito importantes nas sociedades contemporâneas em que vivemos e não poderia deixar de ser um dos principais temas da sociologia. O principal conceito sociológico que dá conta dos meios de comunicação é o de indústria cultural, que busca compreender a forma de produção da cultura de massa nas sociedades capitalistas.

Vamos olhar de uma maneira crítica para os meios de comunicação que estamos sempre utilizando, muitas vezes sem refletir sobre sua maneira de funcionamento?

A Escola de Frankfurt

A expressão indústria cultural foi usada pela primeira vez no livro “Dialética do Esclarecimento”, de Theodor Adorno e Max Horkheimer, dois filósofos contemporâneos. Eles foram dois importantes pensadores de um instituto de pesquisa alemão conhecido como Escola de Frankfurt.

Com a ascensão de Hitler, os membros da Escola de Frankfurt tiveram que ir embora da Alemanha. Adorno e Horkheimer viveram na pele o horror dos regimes fascistas na Europa.

No entanto, ao se refugiarem nos Estados Unidos assustaram-se com uma sociedade capitalista onde tudo se media pela cifra do dinheiro, inclusive a cultura.

Por que os meios de comunicação são importantes para a indústria cultural e a cultura de massa
Horkheimer e Adorno

O conceito de indústria cultural

Adorno e Horkheimer desenvolveram o conceito de indústria cultural para designar o modo com que os produtos culturais dos vários setores artísticos são racionalmente fabricados seguindo a lógica do dinheiro e como os meios de comunicação determinam seu consumo massivo. Isso acontece devido à concentração da economia e dos meios de comunicação nas mãos de poucas pessoas.

Muitas vezes nos esquecemos, mas é importante lembrar que os meios de comunicação são empresas e toda empresa tem um dono, um indivíduo ou grupo econômico que representa determinada classe social e seus interesses.

Os pensadores da Escola de Frankfurt foram influenciados pelas teorias de Karl Marx. Ao formular o conceito de indústria cultural, eles se preocuparam em chamar atenção para o caráter de mercadoria dos bens culturais nas sociedades capitalistas, utilizando-se de uma aparente contradição teórica: as indústrias pertencem à estrutura econômica da sociedade, enquanto a cultura pertence à superestrutura.

Indústria cultural, alienação e manipulação

Para os autores, o que a indústria cultural oferece não é arte de qualidade, nem informação imparcial, nem visa o bem estar através do entretenimento, mas tem como objetivo divulgar certas ideologias que escondem poderosos interesses. Nesse sentido, o conceito de indústria cultural aponta para a manipulação da consciência e inconsciência das pessoas.

Nas sociedades capitalistas, foi através da indústria cultural que os trabalhadores passaram a ser controlados ideologicamente pelas classes dominantes não apenas durante a jornada de trabalho, mas também nos seus momentos de lazer.

Os meios de comunicação de massa servem à alienação das classes baixas, impedindo que pensem criticamente sobre sua condição.

Para vender, a indústria cultural tem que buscar sempre dar uma cara de novidade aos seus produtos, apesar de quase sempre oferecer mais do mesmo. Os filmes, músicas, programas e artistas se apresentam como únicos, pois a aparência de individualidade é importante para reforçar a ideologia e esconder o processo de massificação e desumanização da cultura. Para isso, a indústria cultural possui diversas estratégias, como a fabricação de ídolos e celebridades.

A indústria cultural impede a formação de indivíduos autônomos, com a capacidade crítica de julgar e decidir conscientemente. O pensamento crítico é o requisito para uma sociedade verdadeiramente democrática, o que não ocorre com a indústria cultural, pois ela age no sentido de massificar e impedir a emancipação do pensamento.

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A música na indústria cultural

A indústria cultural degrada a arte no momento em que passa a submeter os artistas às leis do mercado. Na década de 1940, Adorno viu no jazz essa degradação da música. Segundo ele, o jazz era apenas uma moda, utilizado como fundo musical de publicidades, utilizando fórmulas musicais simplistas para a fácil absorção das pessoas, sem a necessidade de prestar atenção no que ouviam.

Hoje reconhecemos o jazz como uma música de qualidade. O que pensaria Adorno se estivesse vivo e pudesse ouvir as músicas que tocam nas rádios brasileiras atuais?

Sugestão de filme

O Show de Truman conta a história de um homem que tem sua vida gravada 24 horas por dia, transmitida por um programa de televisão, sem ter consciência disso.

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Cartaz do filme “Show de Truman: O show da vida”

O filme é uma interessante maneira de observar as estratégias da indústria cultural para prender a atenção do telespectador e para se fazer presente em todos os momentos da nossa vida.

Videoaula

Para terminar seus estudos sobre a Escola de Frankfurt, assista à videoaula disponível no canal do Curso Enem Gratuito, com a professora Anna, de Sociologia!

Questões sobre de indústria cultural e a Escola de Frankfurt

Agora, responda as questões abaixo, selecionadas pelos nossos professoras, e veja como esse conteúdo é cobrado em provas.

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  1. (UEM PR/2014)

    Ao lado de outros produtos da Indústria Cultural, o cinema, com sua linguagem aparentemente acessível e com sua facilidade de distribuição e de exposição ao grande público, desempenhou papel importante como instrumento de divulgação ideológica. Sobre a relação do cinema com o contexto político-social, assinale o que for correto.

    • Durante a Segunda Guerra Mundial, o Serviço Público de Informações de Guerra para o Cinema, nos Estados Unidos, orientava as produções cinematográficas para a exaltação do esforço de guerra.
    • Com a queda da censura, a política e a crítica social, marcas do Cinema Novo, voltaram a ser tema de filmes brasileiros, como em Eles não usam black-tie, de Leon Hirszman, que ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza.
    • Benito Mussolini criou, em Roma, o Cinecittá, um dos maiores estúdios cinematográficos do mundo, para produzir filmes que visavam a entreter o público, ao mesmo tempo em que promovia os valores do regime fascista.
    • Após a deposição de Benito Mussolini, a vertente cinematográfica do neorrealismo italiano prosseguiu produzindo filmes que estimulavam a veneração do povo pelo antigo líder, exaltando, assim, a figura do ditador fascista.
    • O cineasta Sergei Eisenstein não se restringia a contar histórias em seus filmes, preferindo usar a montagem de forma mais metafórica do que narrativa, evocando conceitos nas mentes dos espectadores.

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  2. (UEM PR/2013)

    “As ideias de ordem que ela [indústria cultural] inculca são sempre as do status quo. Elas são aceitas sem objeção, sem análise, renunciando à dialética, mesmo quando não pertencem substancialmente a nenhum daqueles que estão sob sua influência. O imperativo categórico da indústria cultural, diversamente do de Kant, nada tem em comum com a liberdade.”

    (ADORNO, T. W. A indústria cultural. In: COSTA, C. Sociologia – Introdução à ciência da sociedade. 4ª. ed. São Paulo: Moderna, 2010, p. 349)

    Sobre a indústria cultural e o excerto citado, assinale o que for correto.

    • O resultado da indústria cultural é emancipador, pois coloca em evidência, por meio da razão esclarecida, as estruturas de dominação e alienação da sociedade.
    • A indústria cultural reflete a manipulação da imagem proveniente da técnica. Ao identificar ser e aparência, o recurso à imagem revolucionou a cultura no fim do século XX.
    • Ao reagir contra o domínio dos meios de comunicação de massa, Adorno põe em questão o mecanismo de produção e divulgação da informação, que é responsável, em larga medida, pela manipulação do campo simbólico.
    • São decorrentes da indústria cultural a padronização do gosto popular, a estratificação de culturas dominantes sobre culturas não dominantes e a produção de uma sociedade de consumo.
    • O alvo das críticas de Adorno à indústria cultural é a sociedade unidimensional, em que a imaginação, os desejos e os projetos subjetivos não são críticos, mas unívocos.

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  4. (UEL PR/2009)

    Leia os Textos V e VI.

    Texto V

    Eis aqui, portanto, o princípio de quando se decidiu fazer o homem, e quando se buscou o que devia entrar na carne do homem.

    Havia alimentos de todos os tipos. Os animais ensinaram o caminho. E moendo então as espigas amarelas e as espigas brancas, Ixmucaná fez nove bebidas, e destas provieram a força do homem. Isto fizeram os progenitores, Tepeu e Gucumatz, assim chamados.

    A seguir decidiram sobre a criação e formação de nossa primeira mãe e pai. De milho amarelo e de milho branco foi feita sua carne; de massa de milho foram feitos seus braços e as pernas do homem. Unicamente massa de milho entrou na carne de nossos pais.

    (Adaptado: SUESS, P. Popol Vuh: Mito dos Quiché da Guatemala

    sobre sua origem do milho e a criação do mundo. In: A conquista

    espiritual da América Espanhola: 200 documentos – Século XVI. Petrópolis:

    Vozes, 1992, p. 32-33.)

    Texto VI

    “Se você é o que você come, e consome comida industrializada, você é milho”, escreveu Michael Pollan no livro O Dilema do Onívoro, lançado este ano no Brasil. Ele estima que 25% da comida industrializada nos EUA contenha milho de alguma forma: do refrigerante, passando pelo Ketchup, até as batatas fritas de uma importante cadeia de fast food – isso se não contarmos vacas e galinhas que são alimentadas quase exclusivamente com o grão.

    O milho foi escolhido como bola da vez devido ao seu baixo preço de mercado e também porque os EUA produzem mais da metade do milho distribuído no mundo.

    (Adaptado: BURGOS, P. Show do milhão: milho na comida agora vira combustível.

    Super Interessante. Edição 247, 15 dez. 2007, p. 33.)

    De acordo com a crítica à “indústria cultural”, na sociedade capitalista avançada, a produção e a reprodução da cultura se realizam sob a égide da padronização e da racionalidade técnica.

    No contexto dessa crítica, considerando o fast food como produto cultural, é correto afirmar:

    Correto

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  6. (UEG GO/2017)

    Leia o texto a seguir.

    Árabes, Turcos, Mongóis, que sucessivamente invadiram a Índia, cedo ficaram indianizados, uma vez que, segundo uma lei eterna da história, os conquistadores bárbaros são eles próprios conquistados pela superior civilização dos seus súditos. Os Britânicos foram os primeiros conquistadores superiores e, por conseguinte, inacessíveis à civilização hindu. Destruíram-na, rebentando com as comunidades nativas, arrancando pela raiz a indústria nativa e nivelando tudo o que era grande e elevado na sociedade nativa.

    Karl Marx. In. PRAXEDES, Walter. Eurocentrismo e racismo nos clássicos da filosofia e das ciências
    sociais. Revista Espaço Acadêmico. n. 83. Abril de 2008. Disponível em: <www.espacoacademico.com.br/083/83praxedes.html>. Acesso em: 02 set. 2016.

    O autor do texto citado foi Karl Marx (1818-1883), um dos mais destacados intelectuais da segunda metade do século XIX. Como documento histórico de uma época, o texto revela que

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  7. (UniCESUMAR SP/2017)

    O Plano de Metas, implementado durante o governo de Juscelino Kubitschek, previa investimentos prioritários nas seguintes áreas:

    • energia, emprego, manufatura, saúde e transporte.
    • alimentação, educação, emprego, manufatura e produção cultural.
    • alimentação, energia, indústria têxtil, produção cultural e saúde.
    • educação, emprego, produção cultural, transporte e saúde.
    • alimentação, educação, energia, indústria de base e transporte.

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  8. (USF SP/2017)

    Observe a charge a seguir.

    Por que os meios de comunicação são importantes para a indústria cultural e a cultura de massa

    A charge de Storni (1957) tem ao final o seguinte diálogo:

    Meta de faminto

    JK – Você agora tem automóvel brasileiro. Para correr em estradas pavimentadas com asfalto brasileiro, com gasolina brasileira. Que mais quer?

    Jeca – Um prato de feijão brasileiro, seu doutô!

    Disponível em: <http://imagohistoria.blogspot.com.br/2009/03/governo-juscelino-
    kubitschek-1956-1960.html> Acesso em: 12/09/2016, às 8h12min (fins pedagógicos – texto adaptado).

    A charge de Storni

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  9. (FUVEST SP/2016)

    Na Belle Époque brasileira, que difusamente coincidiu com a transição para o regime republicano, surgiram aquelas perguntas cruciais, envoltas no oxigênio mental da época, muitas das quais, contudo, nos incomodam até hoje: como construir uma nação se não tínhamos uma população definida ou um tipo definido? Frente àquele amálgama de passado e futuro, alimentado e realimentado pela República, quem era o brasileiro? (…) Inúmeras tentativas de respostas a todas estas questões mobilizaram os intelectuais brasileiros durante várias décadas.

    Elias Thomé Saliba. Raízes do riso. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

    Entre as tentativas de responder, durante a Belle Époque brasileira, às dúvidas mencionadas no texto, é correto incluir

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  10. (UNCISAL AL/2016)

    O esforço (economia) de guerra

    Em 1940 havia 8 milhões de norte-americanos desempregados. Em 1943, praticamente não se falava em desemprego e até faltava mão de obra em alguns setores. A semana de trabalho média na indústria de bens duráveis passou de 38 horas, em 1939, para 47 horas em 1943. […] O produto nacional bruto cresceu em ritmo sem precedentes, de 91 bilhões de dólares em 1939 para 214 bilhões em 1945, isto é, 235%. Do outro lado do Oceano Pacífico, a economia de guerra japonesa era essencialmente uma “economia de escassez”. No início de 1942, cada cidadão recebia uma cota de arroz de apenas 330 gramas por dia. A escassez de alimentos trouxe consequências desastrosas, sobretudo para as crianças e os idosos. Houve surtos de tuberculose e outras doenças que vitimaram a população.

    WILLMOTT, H. P. et al. Segunda Guerra Mundial.
    Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008 (adaptado).

    O contraste entre os países retratados no texto pode ser explicado

    Correto

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