A criação de caprinos é a maior fonte de renda do Estado do Amazonas

Quando se trata de economia do Amazonas, se torna quase que obrigatório falar sobre a Zona Franca de Manaus, e sua importância para a atividade econômica da Norte do Brasil. Mas afinal de contas, o que é Zona Franca de Manaus?

A Zona Franca de Manaus (ZFM) ou Polo Industrial de Manaus (PIM), é um área de desenvolvimento econômico e industrial, instituído pelo Governo Federal, na cidade de Manaus-AM.

Seu principal objetivo era criar uma base de desenvolvimento econômico na região norte, e como consequência, gerar maior integração com os demais estado do Brasil.

Economia do Amazonas

A estado do Amazonas é considerado o segundo mais rico da região norte do país, só fica atrás do estado do Pará, que além de ser o mais rico da região, é o maior em população também.

Segundo dados do Sistema de Contas Nacionais Trimestral (Sedecti) do IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas cresceu 8,55% no primeiro trimestre de 2022, se comparado ao mesmo período de 2021. Isso se não levarmos em conta a inflação.

Esse índice demonstra um crescimento superior ao da média nacional, que no mesmo período foi de 1,7%. A nível nacional, o Amazonas representa 2,0 % do PIB brasileiro.

A economia do Amazonas é constituída pelos polos:

  • Agropecuário
  • Industrial – composta por produção na área de: bebidas, construção civil, eletroeletrônicos, mercado de duas rodas, naval, mecânica, siderúrgicas, petroquímica, plástica e termoplástica.
  • Setor de serviços – formado por: comércio, comunicação, ecoturismo, transportes, turismo na Amazônia, entre outros serviços.

Em porcentagem o segmento de indústria, representa 69,9% do PIB do Amazonas, isso se dá por conta do Polo Industrial de Manaus (PIM) que abriga mais de 600 industrias.

Em segundo lugar está o setor de serviços, que é impulsionado pela força do varejo, em especial na cidade de Manaus. Atualmente representa 26,5% da economia estadual.

Já o polo agropecuário representa aproximadamente 3,6% do PIB do Amazonas. O setor teve um aumento considerável nos últimos tempos, em decorrência da ampliação de lavouras de arroz, laranja, milho e mandioca.

Na região de Manaus os municípios de Itacoatiara, Manacapuru são os principais contribuintes para a economia estadual. Já no interior, o município de Coari se sobressai entre os demais.

Itacoatiara se destaca como a terceira maior economia amazonense, isso porque sua localização é estratégica, e serve como um grande centro logístico de importação. Em especial de grãos provenientes da região Centro-Oeste brasileiro.

Manacapuru é a cidade mais evidente do setor primário, e a responsável por colocar o estado do Amazonas como o maior produtor de juta e malva do Brasil.

Coari, município do interior do estado, possui a maior reserva terrestre de petróleo e gás natural do país. Por esse motivo se destaca com a produção de gás natural e petróleo em grande escala, na Província Petrolífera de Urucu.

Quais as principais atividades econômicas do Amazonas?

A criação de caprinos é a maior fonte de renda do Estado do Amazonas
Economia do Amazonas – Extrativismo vegetal

Embora a Zona Franca de Manaus seja de grande importância para a economia do estado do Amazonas, a principal atividade econômica da região não está vinculada diretamente com o polo industrial. Mas sim com às atividade primárias, que no fim das contas acrescenta pouco valor no produto final.

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a atividade econômica da região amazônica é composta por: Extrativismo animal, mineral e vegetal (destacando a extração de jazidas de ferro), agropecuária, indústria de transformação e serviços.

As principais atividade desenvolvidas no estado do Amazonas são divididas em três, são elas:

Atividades primárias

As atividades do setor primário realizadas no Amazonas, são basicamente de extrativismo. Que são divididos em:

Extrativismo vegetal – com a produção de: banana, madeira, melancia, guaraná, borracha, castanha-da-Amazônia, tucumã, cacau, graviola, pupunha, cupuaçu, essências, óleo de copaíba, andiroba, piaçava, coco, açaí e bacuri.

Extrativismo mineral – Este setor está em crescimento, e atualmente os principais minérios extraídos são: bauxita, ferro, sal-gema, manganês, linhito, ouro e cassiterita. E também calcário e estanho.

Extrativismo agropecuário – Neste setor a agricultura é utilizada por muitos para consumo próprio, porém o Amazonas se destaca nacionalmente como o maior produtor do país de juta e malva. Já na agropecuária, apesar de pequena, há produção de gado bovino, suíno, bubalino e um polo piscicultor com foco em: acará-bandeira, tetra cardeal, pirarucu, tambaqui, matrinxã, tucunaré e jaraqui.

Atividades secundárias

O setor secundário é a indústria, ela é a segunda maior fonte de renda na economia do estado. A contribuição vem da indústria petroquímica, que tem a capacidade de processar cerca de 7 milhões de litros de petróleo por dia. E também, em grande parte, da Zona Franca de Manaus, que abriga grandes empresas que fabricam principalmente: motocicletas, televisores, monitores para computador, cinescópio, telefones celulares, aparelhos de som, DVDs, relógios, bicicletas, extratos para refrigerante, produtos químicos entre outros.

Atividades terciárias

As atividades terciárias possuem grande participação no PIB do estado do Amazonas, ela é composta pelo setor de comércio, bens e prestação de serviços. Com um destaque especial para a forma de mesclar a preservação da natureza e a modernidade, em espaços e eventos de diversas áreas, como por exemplo: espaços culturais, shoppings centers, rede hoteleira, restaurantes com renomados chefes internacionais, rede de ensino de qualidade, parques ecológicos, ecoturismo único, feiras, festivais, cidades históricas, patrimônios culturais e históricos, artesanatos entre outros. Com um destaque especial para o turismo que é o segmento que mais cresce no Estado.

Impactos da pandemia na economia do Amazonas

Assim como em todo o mundo, o estado do Amazonas foi afetado economicamente com a pandemia da Covid-19. Em especial nas atividades de comércio, extração e transporte, que foram reduzidas ou em alguns casos até paralisadas.

No entanto, a produção da Zona Franca de Manaus indicou que as receitas cresceram, mesmo no período da pandemia de Covid-19.

Segundo dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o Polo Industrial de Manaus, fechou o primeiro trimestre de 2022 com uma alta de 8,96% em seu faturamento.

No total a Zona Franca de Manaus conquistou uma renda de R$ 52,68% bilhões de janeiro a abril deste ano, e uma média superior a 105 mil postos de trabalhos criados nos primeiro meses de 2022.

Apesar deste crescimento, e da região da Amazônia possuir uma grande capacidade de ser uma das a principais formas de recuperação da crise econômica brasileira, pós pandemia da Covid.

Em nenhum momento ela não foi levada em consideração na elaboração de medidas de recuperação do Brasil. Isso porque, mais de 80% das medidas de estímulo econômicas empregues durante o período da pandemia, teve um impacto prejudicial na região.

Além disso, também coloca em risco a floresta Amazônica, a população regional, a fauna, a flora e todo o clima do planeta.

Segundo dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), até o mês de junho de 2022, o desmatamento da Amazônia cresceu 21%. É o maior número nos últimos 7 anos.

A região que mais sofreu em todo Amazonas foi a região sul, pois foi umas das mais atingidas pelo desmatamento e por queimadas no Brasil inteiro. E hoje é uma das principais zonas de avanço na área de bioeconomia, que possui um movimento tímido porém importante.

Ou seja, a floresta precisa estar de pé, pois através dela é possível gerar renda para a região. E também dificultar o desmatamento criminoso para pecuária.

Um dos setores priorizados nas medidas de recuperação econômica brasileira, é o setor de agropecuária. Atitude que vai na contramão do relatório elaborado no Fórum Econômico Mundial.

Nele é possível observar que priorizando a natureza, e integrando o capital natural nas medidas de recuperação econômica pós pandemia de Covid-19, pode criar aproximadamente 390 milhões de empregos, e gerar mais de 10 trilhões de dólares até o ano de 2030.

Na prática, as principais medidas de recuperação da economia pós Covid-19 são: incentivar a agricultura familiar, créditos de carbono, fortalecimento de iniciativas de bioeconomia, e investir em projetos de infraestrutura verde e biotecnologias.

Em resumo, é necessário cuidar da floresta, da terra e das áreas de conservação ambiental, e também incentivar as pesquisas e projetos de biotecnologias. E paralelamente, combater o desmatamento, as queimadas e a expansão dos crimes ambientais na região Amazônica.

Essa é uma das principais medidas, atitudes, e sugestões para recuperação da economia do Amazonas, do Brasil e do mundo.

Saiba todas as pautas do Deputado Marcelo Ramos em relação à economia do Amazonas

A criação de caprinos é a maior fonte de renda do Estado do Amazonas
Economia do Amazonas – Deputado Federal Marcelo Ramos

O deputado federal Marcelo Ramos é um dos defensores da Zona Franca de Manaus.

Recentemente ele enfrentou a câmara, e até o governo federal para defender medidas que não prejudiquem o Polo Industrial de Manaus.

Para saber mais sobre a Zona Franca de Manaus, sobre a luta de Marcelo Ramos em defesa do Polo Industrial de Manaus e a Amazônia, siga Marcelo Ramos AM no instagram e/ou facebook.

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Qual é a maior fonte de renda do Estado do Amazonas?

Diante disso, as principais atividades econômicas praticadas no Estado são: extração vegetal, mineral e animal, denominados respectivamente de extrativismo.

O que o Amazonas mais produz?

Os principais produtos do extrativismo vegetal do estado do Amazonas são: banana, madeira, melancia, guaraná, borracha, castanha-da-amazônia (maior produtor do país), tucumã, cacau, graviola, pupunha, cupuaçu, essências, óleos de copaíba, andiroba, piaçava, coco, açaí e bacuri.

Qual é a atividade econômica da Amazônia?

A atividade econômica ou atividade económica gera riqueza mediante a extração, transformação e distribuição de recursos naturais, bens e serviços, tendo como finalidade a satisfação de necessidades humanas, como educação, alimentação, segurança, entre outros.

Qual é a principal atividade econômica do complexo regional amazônico?

A mineração tem ocupado um lugar de destaque, uma vez que existem importantes jazidas de minérios, como a Serra dos Carajás e Oriximiná. A produção agropecuária tem sido difundida na região, com a criação de gado e o cultivo de monoculturas, como a soja.