Grátis 11 pág.
Pré-visualização | Página 1 de 3Curso de Formação de Bombeiros Comunitários Lição 03 AVALIAÇÃO GERAL DO PACIENTE OBJETIVOS: Ao final desta lição os participantes serão capazes de: 1. Citar as 5 fases da avaliação geral de um paciente; 2. Diferenciar a avaliação dirigida para trauma e a avaliação dirigida para emergência médica; 3. Enumerar 4 sinais vitais observados num paciente; 4. Demonstrar, através de uma simulação, a sequencia correta de todos os passos da avaliação geral de um paciente. 16 Curso de Formação de Bombeiros Comunitários INTRODUÇÃO Numa situação de urgência/emergência, a vítima não poderá receber os cuidados adequados se seus problemas não forem corretamente identificados. Portanto, a avaliação do paciente deverá ser realizada pelos socorristas para identificar possíveis lesões (traumas) e doenças (emergências médicas) ou ambas. Na área do socorro pré-hospitalar, o trabalho de avaliação deverá ser realizado de forma ágil, segura e meticulosa, através da coleta sistemática (passo a passo) de dados para determinar o estado de saúde do paciente, identificar quaisquer problemas efetivos ou potenciais e implementar as ações de socorro necessárias ao suporte básico de vida do mesmo. Esta avaliação deverá ser, sempre que possível, realizada em equipe, buscando primeiramente identificar e corrigir de imediato os problemas que ameaçam a vida a curto prazo. AVALIAÇÃO GERAL DO PACIENTE O processo de avaliação geral do paciente divide-se cinco fases distintas, a saber: 1. ________________________________________________________ ; 2. ________________________________________________________ ; 3. ________________________________________________________ ; 4. Avaliação física detalhada (opcional); e 5. Avaliação ou assistência continuada. 1. AVALIAÇÃO/DIMENSIONAMENTO DA CENA Todo atendimento deverá iniciar-se pelo dimensionamento (avaliação) da cena da emergência. Esta rápida avaliação do cenário da emergência inclui: 1) A revisão das informações do despacho; 2) A adoção de medidas de proteção pessoal (precauções universais); 3) A verificação das condições de segurança: - Segurança pessoal; - Segurança do paciente; - Segurança de terceiros (familiares, acompanhantes, testemunhas e curiosos); 4) A observação dos mecanismos de trauma ou a natureza da doença; 5) A verificação do número de vítimas e da necessidade do acionamento de recursos adicionais. Fontes rápidas de informação no local da cena • A cena por si só; • O paciente (se estiver consciente e em condições de responder); • Familiares, testemunhas ou curiosos; • Os mecanismos do trauma e a posição do paciente, qualquer deformidade maior ou lesão óbvia; • Qualquer sinal ou sintoma indicativo de emergência médica. 17 Curso de Formação de Bombeiros Comunitários Obs. Após avaliar a cena e identificar os perigos, o socorrista deverá iniciar o gerenciamento dos riscos presentes e o controle dos mesmos. Esta tarefa geralmente inclui medidas de sinalização do local, isolamento, estabilização de veículos, controle de tráfego, desligamento de cabos elétricos energizados, desligamento de motores automotivos, desativação de sistemas de air bags, remoção de vítimas em situação de risco iminente, entre outros. 2. AVALIAÇÃO INICIAL A avaliação inicial do paciente é o próximo passo do socorrista após a avaliação do local da emergência. Podemos conceituá-la como sendo um processo ordenado para identificar e corrigir, de imediato, problemas que ameacem a vida a curto prazo. A avaliação inicial deve ser executada na seguinte seqüência: 1. Forme uma impressão geral do paciente; 2. Avalie o nível de consciência (status mental - Escala AVDI); 3. Avalie a permeabilidade das vias aéreas e a coluna cervical; 4. Avalie a respiração; 5. Avalie a circulação (presença de pulso carotídeo palpável e hemorragias graves); 6. Decida a prioridade para o transporte do paciente (Escala CIPE). APRESENTAÇÃO DO SOCORRISTA • Diga seu ______________ ; • Identifique-se como ______________ tecnicamente ___________________ ; • Pergunte à vítima se você pode ajudá-la (pedido de ___________________ ); Durante a avaliação inicial, os problemas que ameaçam a vida, por ordem de importância, são: Circulação:________________________________________________________ Vias aéreas:_______________________________________________________ Respiração:________________________________________________________ 18 Curso de Formação de Bombeiros Comunitários COMO REALIZAR A AVALIAÇÃO INICIAL 1. Observe visualmente a cena e forme uma impressão geral do paciente; 2. Avalie o nível de consciência do paciente (AVDI). Identifique-se como socorrista e solicite autorização para ajudar; 3. Avalie a permeabilidade das vias aéreas e estabilize manualmente a coluna cervical; 4. Avalie a respiração do paciente (usar a técnica do ver, ouvir e sentir – VOS); 5. Verifique a circulação do paciente (apalpar o pulso carotídeo) e verifique a presença de hemorragias graves; 6. Descida a prioridade para o transporte. Obs. Ao término da avaliação inicial, o socorrista deverá classificar o paciente de acordo com a gravidade de suas lesões ou doença. Essa classificação é baseada na escala CIPE: • CRÍTICO: Paciente em parada respiratória ou parada cardiopulmonar. • INSTÁVEL: Paciente inconsciente, com choque descompensado e/ou dificuldade respiratória severa, lesão grave de cabeça ou tórax. • POTENCIALMENTE INSTÁVEL: Paciente vítima de mecanismo agressor importante, em choque compensado, portador de lesão isolada importante ou lesão de extremidade com prejuízo circulatório ou neurológico. • ESTÁVEL: Paciente portador de lesões menores, sem problemas respiratórios e com sinais vitais normais. Os pacientes críticos ou instáveis devem ser transportados de imediato. Nesses casos, a avaliação dirigida e a avaliação física detalhada poderão ser realizadas durante o transporte para o hospital, no interior do veículo de emergência, simultaneamente com as medidas de suporte básico de vida. Já no caso dos pacientes potencialmente instáveis ou estáveis, o socorrista deverá continuar a avaliação na cena da emergência e transportar o paciente após sua estabilização. Recomendamos que o socorro pré-hospitalar (incluindo a avaliação, a estabilização e o início do transporte) seja realizado num prazo máximo de 3 a 5 minutos nos casos de pacientes graves (C e I) e, entre 10 a 12 minutos nos casos de pacientes estáveis (P e E), de forma a garantir o atendimento integral do paciente dentro da chamada hora de ouro do trauma (60 minutos). Após decidir sobre a prioridade de transporte, a equipe de socorristas deverá realizar um rápido exame físico na região posterior e anterior do pescoço e, em seguida, mensurar e aplicar um colar cervical de tamanho apropriado para imobilizar a cabeça e o pescoço da vítima. Depois, os socorristas deverão avaliar a necessidade de ofertar oxigênio para o paciente. Para isto, deverão examinar o nariz, a boca e a mandíbula e através do emprego de uma máscara facial com reservatório de oxigênio (nonrebreather mask) iniciar a oxigenoterapia. Para tratar os pacientes de emergência médica, os socorristas poderão utilizar os mesmos parâmetros recomendados nos casos de trauma, no entanto, não necessitam imobilizar a região cervical. 19 Curso de Formação de Bombeiros Comunitários AVALIAÇÃO DIRIGIDA Podemos conceituá-la como sendo um processo ordenado para obter informações, descobrir lesões ou problemas médicos que, se não tratados, poderão ameaçar a vida do paciente. A avaliação dirigida é realizada logo após o término da avaliação inicial e Página123 O que é dimensionamento da cena?Esta tarefa geralmente inclui medidas de sinalização do local, isolamento da cena, estabilização de veículos, controle de tráfego, desligamento de motores automotivos, desativação de cabos elétricos energizados, remoção de vítimas em situação de risco iminente, entre outros.
Como deve ser feita a avaliação de uma cena?Antes de fazer contato com a vítima, a equipe deve avaliar a cena: observar familia- res e transeuntes devido à possibilidade de uma con- frontação hostil ou uma agressão física; pesquisar as consequências do incidente e o grau geral de segu- rança; e obter uma impressão geral da situação.
Quais os riscos de uma cena de emergência?Indícios do risco adicional
Faíscas, fios expostos e ou desencapados, som típico de energia ligada, vítima paralisada\rígida. Faíscas, fumaça, cheiro de materiais queimados.
O que é avaliação da cena ou dimensionamento da cena?A avaliação prévia da cena é fundamental e importante, pois uma vez que através dessa medida é possível dimensionar os riscos existentes na cena, evitando até que a própria pessoa que presta o socorro acabe se tornando uma vítima.
|