Identifique o contexto histórico no qual as ideias defendidas pelo autor desse documento se inserem

HIST�RIA MEDIEVAL QUEST�ES DE VESTIBULARES 2004. PROF. EDSON PEREIRA BUENO LEAL

INVAS�ES B�RBARAS

1. UNESP 2004 - . A oposi��o entre gregos e b�rbaros motivou explica��es e reflex�es de diversos autores no per�odo cl�ssico da Gr�cia antiga. Esta vis�o dualista do mundo influenciou os romanos, herdeiros culturais dos gregos.

A partir destas informa��es, responda.

a) Que povo �b�rbaro� invadiu, em duas oportunidades, a pen�nsula grega, sendo derrotado?

b) Que rela��o � poss�vel estabelecer entre a ocupa��o da Europa pelos �b�rbaros� germ�nicos e a forma��o do feudalismo?

IMP�RIO ISL�MICO

2. PUC 2004 - O Isl�, criado a partir da prega��o religiosa de Maom� no in�cio do s�culo VII, adquiriu claro significado pol�tico com a h�gira, migra��o de Maom� e seguidores de Meca para Medina. As rela��es do Isl� com outras religi�es e com o Ocidente foram marcadas

A) pela capacidade de di�logo e integra��o, da qual a missa ecum�nica � um exemplo, uma vez que os princ�pios isl�micos apresentam-se como s�ntese do juda�smo e do catolicismo.

B) apenas por conflitos, dos quais a jihad, ou guerra santa, � um exemplo, uma vez que os pr�prios princ�pios isl�micos determinam a guerra contra judeus e crist�os.

C) pela expans�o territorial e militar do islamismo da qual a conquista da pen�nsula ib�rica � um exemplo, uma vez que os princ�pios isl�micos pregam a necess�ria difus�o de suas cren�as.

D) apenas por negocia��es entre chefes religiosos e pol�ticos, das quais os encontros no Vaticano s�o o melhor exemplo, uma vez que os princ�pios isl�micos defendem prioritariamente o entendimento e a submiss�o.

E) pela influ�ncia de t�cnicas e de conhecimentos do Ocidente sobre o Oriente, da qual as interfer�ncias ling��sticas s�o um exemplo, uma vez que os princ�pios isl�micos pregam a ocidentaliza��o do mundo.

EUROPA S�CULO X

3. UNIFESP 2004 - Vedes desabar sobre v�s a c�lera do Senhor... S� h� cidades despovoadas, mosteiros em ru�nas ou incendiados, campos reduzidos ao abandono... Por toda parte o poderoso oprime o fraco e os homens s�o semelhantes aos peixes do mar que indistintamente se devoram uns aos outros. Este documento, do s�c. X (ano 909), exprime

a) a situa��o criada tanto pelas invas�es de sarracenos, magiares e vikings quanto pelas freq�entes pestes e guerras internas.

b) uma concep��o da sociedade que, apesar de fazer refer�ncia a Deus, � secular por sua preocupa��o com a economia urbana e rural.

c) o quadro de destrui��o existente na It�lia e na Alemanha, mas n�o no resto da Europa, por causa das guerras entre guelfos e gibelinos.

d) uma vis�o de mundo que, embora religiosa, � democr�tica, pois n�o estabelece distin��es sociais entre os homens.

e) um contexto de crise existente apenas na Baixa Idade M�dia, quando todo o continente foi assolado pela Peste Negra.

FEUDALISMO CARACTER�STICAS GERAIS

4. FATEC 2004 - . Jacques Le Golf e George Duby, especialistas em Idade M�dia, dividem a sociedade em tr�s grandes ordens. A 1� compreendia os integrantes do clero, a 2� reunia os senhores feudais, e a �ltima era constitu�da pelos servos. Sobre a sociedade feudal � correto afirmar que

a) havia uma grande mobilidade social, apesar das r�gidas tradi��es e v�nculos jur�dicos determinando a posi��o social de cada indiv�duo.

b) a honra e a palavra tinham import�ncia fundamental, sendo os senhores feudais ligados por um complexo sistema de obriga��es e tradi��es.

c) os suseranos deviam v�rias obriga��es aos seus vassalos, por exemplo, o servi�o militar.

d) os servos, como os escravos, n�o tinham direito � pr�pria vida, viviam presos � terra e dela n�o podiam sair.

e) os vil�es constitu�am uma parcela de senhores feudais que procuravam por outro senhor mais poderoso, jurando-lhe fidelidade e obedi�ncia.

5. UFSCAR 2004 - . A raz�o de ser dos carneiros � fornecer leite e l�; a dos bois � lavrar a terra; e a dos c�es � defender os carneiros e os bois dos ataques dos lobos. Se cada uma destas esp�cies de animais cumprir a sua miss�o, Deus proteg�-la-�. Deste modo, fez ordens, que instituiu em vista das diversas miss�es a realizar neste mundo. Instituiu uns � os cl�rigos e os monges � para que rezassem pelos outros e, cheios de do�ura, como as ovelhas, sobre eles derramas sem o leite da prega��o e com a l� dos bons exemplos lhes inspirassem um ardente amor a Deus. Instituiu os camponeses para que eles � como fazem os bois, com o seu trabalho � assegurassem a sua pr�pria subsist�ncia e a dos outros. A outros, por fim � os guerreiros �, instituiu-os para que mostrassem a for�a na medida do necess�rio e para que defendessem dos inimigos, semelhantes a lobos, os que oram e os que cultivam a terra. (Eadmer de Canterbury, s�culo XI.)

a) Identifique o contexto hist�rico no qual as id�ias defendidas pelo autor desse documento se inserem.

b) Justifique a rela��o do documento com o contexto hist�rico especificado.

SERVID�O

6. UFSCAR 2004 - Dois pobres homens refugiaram-se na igreja dos bem-aventurados Marcelino e Pedro, m�rtires de Cristo, confessando que eram culpados e que tinham sido convictos de roubo em vossa presen�a, como tendo furtado ca�a grossa numa floresta senhorial. J� pagaram uma parte da composi��o e deveriam pagar o resto, mas declararam que n�o t�m com que fazer, por causa da sua pobreza. Venho, pois, implorar a vossa benevol�ncia, na esperan�a de que (...) vos digneis trat�-los com toda a indulg�ncia poss�vel (...). ( Eginhard. Fran�a, s�culo IX.) A partir da an�lise do documento, � correto afirmar que, durante boa parte da Idade M�dia, 21

a) a floresta senhorial era �rea comum de ca�a para servos e senhores.

b) os padres cat�licos opunham-se �s leis senhoriais.

c) os servos burlavam leis feudais por conta de sua condi��o social.

d) as penas para crimes s� eram estabelecidas por magistrados eclesi�sticos.

e) os senhores feudais n�o podiam contrariar as leis.

CRUZADAS

7. FUVEST 2004 �Quanto �s galeras fugitivas, carregadas de doentes e feridos, tiveram que enfrentar, no rio Nilo, os navios dos mu�ulmanos que barravam sua passagem e foi um massacre quase total: os infi�is s� pouparam aqueles que pudessem ser trocados por um bom resgate. A cruzada estava terminada.

E foi cativo que o rei entrou em Mansourah, extenuado, consumido pela febre, com uma disenteria que parecia a ponto de consumi-lo. E foram os m�dicos do sult�o que o curaram e o salvaram.�

Joinville. Livro dos Fatos (A 1� Cruzada de S�o Luiz) Os acontecimentos descritos pelo escritor Joinville, em 1250, revelam que as Cruzadas foram

a) organizadas pelos reis cat�licos, em comum acordo com chefes eg�pcios, para tomar Jerusal�m das m�os dos mu�ulmanos.

b) conseq��ncia das atrocidades dos ataques dos isl�micos nas regi�es da Pen�nsula Ib�rica.

c) uma resposta ao dom�nio do militarismo �rabe que amea�ava a seguran�a dos pa�ses crist�os e do papado.

d) um movimento de expans�o de reis crist�os e da Igreja romana nas regi�es do mundo isl�mico.

e) expedi��es militares organizadas pelos reis europeus em repres�lia aos ataques dos bizantinos a Jerusal�m.

8.. PUC 2004 As Cruzadas tiveram car�ter :

A) exclusivamente religioso, buscando resgatar a Terra Santa das m�os dos �rabes e expandir o catolicismo.

B) exclusivamente comercial, buscando novas terras para a agricultura e mercado para os produtos europeus.

C) religioso e comercial, buscando conciliar a a��o expansionista religiosa � abertura de novas rotas comerciais.

D) pol�tico e religioso, buscando ampliar o poder do Papado e produzir uma fus�o entre o catolicismo e o islamismo.

E) pol�tico e comercial, buscando expandir o absolutismo mon�rquico e abrir mercados para produtos do Vaticano.

CIDADES CRESCIMENTO

9. UNICAMP 2004 . Nas entradas de muitas cidades da Liga Hanse�tica, estava escrito: �O ar da cidade liberta�.

a) O que foi a Liga Hanse�tica?

b) Quais fatores impulsionaram o renascimento urbano europeu a partir do s�culo XI?

c) Por que as cidades, naquele momento, eram concebidas como espa�o da liberdade?

10. UNESP 2004. A fim de satisfazer as necessidades do castelo, os comerciantes come�aram a afluir � frente da sua porta, perto da ponte: mercadores, comerciantes de artigos caros e, depois, donos de cabar� e hoteleiros que alimentavam e hospedavam todos aqueles que negociavam com o pr�ncipe (...) Foram constru�das assim casas e instalaram-se albergues onde eram alojados os que n�o eram h�spedes do castelo (...) As habita��es multiplicaram-se de tal sorte que foi logo criada uma grande cidade. (Jean Long, cronista do s�culo XIV.)

De acordo com o texto, o nascimento de algumas cidades da Europa resultou da

a) transforma��o do negociante sedent�rio em comerciante ambulante.

b) oposi��o dos senhores feudais � institui��o do mercado no seu castelo.

c) atra��o exercida pelos pregadores religiosos sobre a popula��o camponesa.

d) inseguran�a provocada pelas lutas entre nobres feudais sobre a atividade mercantil.

e) fixa��o crescente de uma popula��o ligada �s atividades mercantis.

11. FGV 2004 - A respeito das cidades medievais, � correto afirmar:

A) As cidades da Idade M�dia Central (s�cs. XI-XIII), constitu�das no interior do sistema feudal, desvencilharam-se das atividades agr�colas e significaram uma completa ruptura com rela��o ao cen�rio rural dominante.

B) Encravadas no mundo rural, as cidades da Idade M�dia Central (s�cs. XI-XIII) representaram uma profunda altera��o com rela��o �s cidades da Antig�idade cl�ssica na medida em que passaram a constituir principalmente centros econ�micos, onde, al�m do com�rcio, desenvolveram a especializa��o de fun��es e a divis�o social do trabalho.

C) As cidades da Idade M�dia Central (s�cs. XI-XIII) estabeleceram-se a partir dos modelos da Antig�idade Oriental, recriando, em novas condi��es hist�ricas, as institui��es pol�ticas caracter�sticas do mundo helen�stico.

D) O desenvolvimento e a prolifera��o das cidades da Idade M�dia Central (s�cs. XI-XIII) ocorreu num contexto de retra��o econ�mica decorrente, entre outros fatores, da diminui��o das �reas cultivadas, da queda acentuada do volume de m�o-de-obra e da estagna��o das t�cnicas agr�colas.

E) A expans�o urbana da Idade M�dia Central (s�cs. XI-XIII) foi decisiva para o desenvolvimento de uma nova sensibilidade religiosa, na qual o modelo da Jerusal�m Celestial esteve presente e estimulou o aparecimento de grupos religiosos essencialmente urbanos, como os cluniacenses e os cistercienses.

FORMA��O DO ESTADO NACIONAL

12. UNESP 2004. A respeito da forma��o das Monarquias Nacionais europ�ias na passagem da Idade M�dia para a �poca Moderna, � correto afirmar que

a) o poder pol�tico dos monarcas firmou-se gra�as ao apoio da nobreza, amea�ada pela for�a crescente da burguesia.

b) a expans�o mu�ulmana e o dom�nio do mar Mediterr�neo pelos �rabes favoreceram a centraliza��o.

c) uma das limita��es mais s�rias dos soberanos era a proibi��o de organizarem ex�rcitos profissionais.

d) o poder real firmou-se contra a influ�ncia do Papa e o ideal de unidade crist�, dominante no per�odo medieval.

e) a a��o efetiva dos monarcas dependia da concord�ncia dos principais suseranos do reino.

13.UNIFESP 2004 - ...doentes atingidos por estranhos males, todos inchados, todos cobertos de �lceras, lament�veis de ver, desesperan�ados da medicina, ele [o Rei] cura-os pendurando em seus pesco�os uma pe�a de ouro, com preces santas, e diz-se que transmitir� essa gra�a curativa aos reis seus sucessores. (William Shakespeare, Macbeth.)

Esta passagem da pe�a Macbeth � reveladora

a) da capacidade art�stica do autor de transcender a realidade de seu tempo.

b) da cren�a anglo-francesa, de origem medieval, no poder de cura dos reis.

c) do direito divino dos reis, que se manifestava em seus dons sobrenaturais.

d) da mentalidade renascentista, voltada ao misticismo e ao maravilhoso.

e) do poder do absolutismo, que obrigou a Igreja a aceitar o car�ter sagrado dos reis.

CULTURA MEDIEVAL

14. UNESP 2004 Um peso colossal de estupidez esmagou o esp�rito humano. A pavorosa aventura da Idade M�dia, essa interrup��o de mil anos na Hist�ria da civiliza��o. (Ernest Renan. Reminisc�ncias da inf�ncia e da mocidade, 1883.)

a) Explique a origem, no Renascimento, do termo Idade M�dia.

b) Forne�a dois exemplos de natureza cultural que contradizem o ju�zo do autor sobre o per�odo medieval.

Em que contexto histórico do Brasil O documento foi produzido?

Resposta. Resposta: Contexto histórico do Brasil Colonial , onde acontecia na capitania de Minas Gerais a Inconfidência Mineira , um movimento inspirado em ideias iluministas para a Independência de Minas Gerais de Portugal e proclama a Republica.

Que oram e os que cultivam a terra Eadmer de Canterbury século XI a Identifique o contexto histórico no qual as ideias defendidas pelo autor desse documento se inserem?

a) Identifique o contexto histórico no qual as ideias defendidas pelo autor desse documento se inserem. resposta: O contexto histórico referido no texto de Eadmer de Canterbury no século XI é o da Idade Média, período caracterizado pelo predomínio da Igreja Católica na Europa Ocidental.