Leia o poema mar português A seguir e formule uma hipótese interpretativa para ele

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PUC-RS Inverno 2015

INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o poema “Mar português”.

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

Com base no poema, assinale a alternativa INCORRETA :

A)

O poema é de autoria de Fernando Pessoa, um dos mais célebres escritores da língua portuguesa, que deu vida a três famosos heterônimos: Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro. 

B)

“Mar português” foi retirado de Mensagem, único livro publicado em vida, em língua portuguesa, por seu autor – obra que já tematiza a decadência lusitana percebida no início do século XX. 

C)

O poema trabalha com a ambivalência simbólica do mar, uma vez que ele foi o palco para grandes conquistas lusitanas, no período das navegações, mas também representa o cenário tenebroso de naufrágios e outras desgraças. 

D)

Os versos, de certa forma, questionam a glorificação lusitana do tempo do Império, já que lançam indagações a respeito dessa era de ouro. Por isso, podemos considerar este poema como um contraponto ao épico e nacionalista Os Lusíadas, de Camões.

E)

Por ser modernista, observamos que este soneto rompe com a tradição literária, apresentando uma métrica livre, ainda que com rimas emparelhadas (AABBCC).

Questões semelhantes

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* Obs.: a ordem e número das questões aqui não são iguais às da prova original.

Questão 71:

Leia o poema “Mar Português”, de Fernando Pessoa.

MAR PORTUGUÊS

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
(Disponível em http://www.jornaldepoesia.jor.br/fpesso03.html.)

No poema, a apóstrofe, uma figura de linguagem, indica que o enunciador:

A)

convoca o mar a refletir sobre a história das navegações portuguesas.

B)

apresenta o mar como responsável pelo sofrimento do povo português.

C)

revela ao mar sua crítica às ações portuguesas no período das navegações.

D)

projeta no mar sua tristeza com as consequências das conquistas de Portugal.


Questão 72:

Cem anos depois

Vamos passear na floresta
Enquanto D. Pedro não vem.
D. Pedro é um rei filósofo,
Que não faz mal a ninguém.

Vamos sair a cavalo,
Pacíficos, desarmados:
A ordem acima de tudo.
Como convém a um soldado.

Vamos fazer a República,
Sem barulho, sem litígio,
Sem nenhuma guilhotina,
Sem qualquer barrete frígio.

Vamos, com farda de gala,
Proclamar os tempos novos,
Mas cautelosos, furtivos,
Para não acordar o povo.
(José Paulo Paes, O melhor poeta da minha rua, em Fernando Paixão (sel. e org.), Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 2008, p.43.)

O tom irônico do poema em relação à história do Brasil põe em evidência:

A)

o modo como a democracia surge no Brasil por interferência do Imperador.

B)

a maneira despótica como os republicanos trataram os símbolos nacionais.

C)

a postura inconsequente que sempre caracterizou os governantes do Brasil.

D)

a forma astuciosa como ocorreram os movimentos políticos no Brasil.


Questão 73:

Morro da Babilônia

À noite, do morro
descem vozes que criam o terror
(terror urbano, cinquenta por cento de cinema,
e o resto que veio de Luanda ou se perdeu na língua
Geral).

Quando houve revolução, os soldados
espalharam no morro,
o quartel pegou fogo, eles não voltaram.
Alguns, chumbados, morreram.
O morro ficou mais encantado.

Mas as vozes do morro
não são propriamente lúgubres.
Há mesmo um cavaquinho bem afinado
que domina os ruídos da pedra e da folhagem
e desce até nós, modesto e recreativo,
como uma gentileza do morro.
(Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.19.)

No poema “Morro da Babilônia”, de Carlos Drummond de Andrade:

A)

a menção à cidade do Rio de Janeiro é feita de modo indireto, metonimicamente, pela referência ao Morro da Babilônia.

B)

o sentimento do mundo é representado pela percepção particular sobre a cidade do Rio de Janeiro, aludida pela metáfora do Morro da Babilônia.

C)

o tratamento dado ao Morro da Babilônia assemelha-se ao que é dado a uma pessoa, o que caracteriza a figura de estilo denominada paronomásia.

D)

a referência ao Morro da Babilônia produz, no percurso figurativo do poema, um oxímoro: a relação entre terror e gentileza no espaço urbano.


Como vc interpreta o título desse poema Mar Português?

Resposta. O MAR representa as vitórias e as conquistas portuguesas, o sofrimento tanto dos navegadores como das famílias que cá ficaram, a alma e a imensidão portuguesa, ... Neste poema, Fernando Pessoa, quis demostrar que o MAR era nosso.

Qual é a mensagem do poema Mar Português?

Este poema retrata o contexto histórico das grandes navegações portuguesas que ocorreram nos séculos XV e XVI, em busca de novas rotas comercias pelo povo lusitano em suas estrofes, entretanto destaca também as dificuldades do percurso que navegadores e suas respectivas famílias encontravam além mar.

Qual a mensagem do poema Mar Português de Fernando Pessoa?

Mas o livro também exalta a glória das Grandes Navegações e os seus heróis, vendo nelas uma imagem da Era de Ouro e neles os grandes arquétipos do destino da nação. O poema mais famoso do livro vem dessa inspiração. São lágrimas de Portugal!

O que o poeta se refere quando diz mar salgado?

Ou seja no Oceano Atlântico que a seguir é chamado de “mar salgado”. Em que um certomomento quis dizer que muitos homens morreram nas viagens que conduziram à conquista do Atlântico pelos portugueses. Os versos a seguir são de Fernando Pessoa (1888-1935), um dos maiores poetas portugueses de todos os tempos.