ANO C Show Tema do 25º Domingo do Tempo Comum A liturgia sugere-nos, hoje, uma reflexão sobre o lugar que o dinheiro e os outros bens materiais devem assumir na nossa vida. De acordo com a Palavra de Deus que nos é proposta, os discípulos de Jesus devem evitar que a ganância ou o desejo imoderado do lucro manipulem as suas vidas e condicionem as suas opções; em contrapartida, são convidados a procurar os valores do "Reino". LEITURA I - Am 8,4-7 Leitura da Profecia de Amos Escutai bem, vós que espezinhais o pobre AMBIENTE Amós, o "profeta da justiça social", exerceu o seu ministério profético no reino do Norte
(Israel) em meados do séc. VIII a.C., durante o reinado de Jeroboão II. É uma época de prosperidade económica e de tranquilidade política: as conquistas de Jeroboão II alargaram consideravelmente os limites do reino e permitiram a entrada de tributos dos povos vencidos; o comércio e a indústria (mineira e têxtil) desenvolveram-se significativamente... As construções da burguesia urbana atingiram um luxo e magnificência até então desconhecidos. MENSAGEM O oráculo que nos é proposto é uma denúncia das actividades desses que "espezinham o pobre" e querem "eliminar os humildes da terra". Quem são, em concreto, esses que o profeta denuncia? ACTUALIZAÇÃO Para reflectir, considerar as seguintes questões: • Os esquemas de exploração descritos por Amós não são uma infeliz recordação de um passado que não volta; pelo contrário, trata-se de uma realidade que os pobres dos nossos dias conhecem bem... A única coisa que é diferente é a sofisticação das técnicas utilizadas pelos maníacos do lucro. De resto, especula-se com bens de primeira necessidade, que as multinacionais vendem a preços exorbitantes (basta pensar naquilo que se passa em relação a certos medicamentos, indispensáveis para combater certas doenças e que são vendidos a peso de ouro aos países do quarto mundo); basta pensar na publicidade, que gera necessidades nos pobres, que lhes promete paraísos ilusórios, que os leva a endividarem-se até porem em causa o seu futuro; basta pensar nos produtos adulterados, impróprios, que são introduzidos pelos especuladores na cadeia alimentar e que põem em causa a saúde pública e a vida das pessoas... • Amós garante: Deus não esquece este quadro e não pactua com quem explora as necessidades dos outros, a miséria, o sofrimento, a ignorância. Na realidade, o nosso Deus não suporta a injustiça e a opressão. Ele não está do lado dos opressores, mas dos oprimidos; e qualquer crime contra o irmão é um crime contra Deus. Se há entre os cristãos quem explora estes esquemas desumanos de lucro, quem oprime e explora os pobres (embora ao domingo vá à missa, faça parte do conselho económico da paróquia e dê quantias significativas para as obras da Igreja), convém que tenha isto em conta. • Que podemos fazer para denunciar estes esquemas desumanos? Hoje fala-se cada vez mais em boicotar os produtos de certas multinacionais que se distinguem pelo seu envolvimento em questões injustas... Não será um caminho possível? Somos sensíveis a estas questões e estaremos dispostos a dar o nosso contributo? A Igreja não devia ter uma voz clara e firme (tão clara e tão firme como a que usa para denunciar outras situações, nem sempre tão graves) para gritar aos homens que a exploração e o lucro desmedido não fazem parte do projecto de Deus? SALMO RESPONSORIAL - Salmo 112 (113) Refrão 1: Louvai o Senhor, que levanta os fracos. Refrão 2: Louvai o Senhor, que exalta os humildes. Refrão 3: Aleluia. Louvai, servos do Senhor, O Senhor domina sobre todos os povos, Levanta do pó o indigente LEITURA II - 1 Tim 2,1-8 Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo a Timóteo Caríssimo: AMBIENTE Continuamos a ler a Primeira Carta a Timóteo. Recordamos aquilo que já dissemos no passado domingo: este Timóteo, nascido em Listra, de pai grego e de mãe
judeo-cristã, é um companheiro inseparável de Paulo, a quem Paulo confiou importantes missões e a quem encarregou da responsabilidade pastoral das Igrejas da Ásia Menor. Segundo a tradição, foi o primeiro bispo da comunidade cristã de Éfeso. MENSAGEM Nos versículos que hoje nos são propostos, o autor da carta dá a Timóteo normas sobre a oração litúrgica. Começa com um convite a rezar por todos os homens (vers. 1), particularmente pelos que estão investidos de autoridade: deles depende o bem-estar social e a paz, condições
necessárias para que os cristãos possam viver com tranquilidade, na fidelidade à sua fé (vers. 2). ACTUALIZAÇÃO A reflexão e partilha podem fazer-se a partir das seguintes linhas: • O autor da Primeira Carta a Timóteo deixa claro que a oração não pode ser a expressão de uma vida vivida em "circuito fechado", em que o crente apresenta a Deus, exclusivamente, os seus problemas, as suas questões, os seus desejos, os seus pedidos, e em que, eventualmente, lembra a Deus aqueles que lhe são próximos; mas a oração tem de ser a expressão da comunhão e da solidariedade do crente com todos os irmãos espalhados pelo mundo inteiro - conhecidos e desconhecidos, amigos e inimigos, bons e maus, negros e brancos... Todo o crente, no seu diálogo com Deus, tem de deixar transparecer a ilimitada capacidade de amar e de ser solidário com todos os homens. É assim a nossa oração? • A oração só faz sentido se for a expressão de uma vida de comunhão - comunhão com Deus e comunhão com os irmãos. Portanto, não é impossível rezar e, ao mesmo tempo, cultivar sentimentos de ódio, de intolerância, de racismo, de divisão. Como me situo face a isto? • Também fica claro, neste texto, que a salvação não é monopólio ou privilégio de alguns, mas um dom universal que Deus oferece a todos os homens, sem excepção. Esta universalidade acentua a nossa ligação a todos os homens, a nossa solidariedade com todos. Sinto-me, verdadeiramente, irmão de todos, responsável por todos? As dores e as esperanças de todos os homens - mesmo aqueles que eu nunca vi - são as minhas dores e esperanças? ALELUIA - 2 Cor 8,9 Aleluia. Aleluia Jesus Cristo, sendo rico, fez-Se pobre, EVANGELHO - Lc 16,1-13 Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas EVANGELHO - Lc 16,1-13 Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Naquele tempo, AMBIENTE O Evangelho que nos é proposto apresenta-nos mais um passo do "caminho para Jerusalém". Desta vez, Jesus não Se dirige aos fariseus, mas aos discípulos e, através deles, aos crentes de todos os tempos... Com uma história que apresenta contornos de caso real, tirado da vida, Jesus instrui os discípulos acerca da forma como se hão-de situar face aos bens deste mundo. MENSAGEM A mensagem essencial aqui apresentada gira, portanto, à volta da sábia utilização dos bens deste mundo: eles devem servir para garantir outros bens, mais duradouros. ACTUALIZAÇÃO A reflexão e partilha podem considerar as seguintes linhas: • O mundo em que vivemos decidiu que o dinheiro é o deus fundamental e que tudo deixa de ter importância, desde que se possam acrescentar mais uns números à conta bancária. Para ganhar mais dinheiro, há quem trabalhe doze ou quinze horas por dia, num ritmo de escravo, e prescinda da família e dos amigos; por dinheiro, há quem sacrifique a sua dignidade e apareça a expor, diante de uma câmara de televisão, a sua intimidade e a sua privacidade; por dinheiro, há quem venda a sua consciência e renuncie a princípios em que acredita; por dinheiro, há quem não tenha escrúpulos em sacrificar a vida dos seus irmãos e venda drogas e armas que matam; por dinheiro, há quem seja injusto, explore os seus operários, se recuse a pagar o salário do mês porque o trabalhador é ilegal e não se pode queixar às autoridades... Que pensamos disto? Ser escravo dos bens é algo que só acontece aos outros? Talvez não cheguemos, nunca, a estes casos extremos; mas até onde seríamos capazes de ir por causa do dinheiro? • Jesus avisa os discípulos de que a aposta obsessiva no "deus dinheiro" não é o caminho mais seguro para construir valores duradouros, geradores de vida plena e de felicidade. É preciso - sugere Ele - que saibamos aquilo em que devemos apostar... O que é, para nós, mais importante: os valores do "Reino" ou o dinheiro? Na nossa actividade profissional, o que é que nos move: o dinheiro, ou o serviço que prestamos e a ajuda que damos aos nossos irmãos? O que é que nos torna mais livres, mais humanos e mais felizes: a escravidão dos bens ou o amor e a partilha? • Todo este discurso não significa que o dinheiro seja uma coisa desprezível e imoral, do qual devamos fugir a todo o custo. O dinheiro (é preciso ter os pés bem assentes na terra) é algo imprescindível para vivermos neste mundo e para termos uma vida com qualidade e dignidade... No entanto, Jesus recomenda que o dinheiro não se torne uma obsessão, uma escravidão, pois
Ele não nos assegura (e muitas vezes até perturba) a conquista dos valores duradouros e da vida plena. 1. A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA. 2. EVITAR CULPABILIZAR. 3. ORAÇÃO NA
LECTIO DIVINA. No final da primeira leitura: No final da segunda leitura: No final do Evangelho: 4. BILHETE DE EVANGELHO. 5. À ESCUTA DA PALAVRA. 6. ORAÇÃO EUCARÍSTICA. 7. PALAVRA PARA O CAMINHO... Qual é o evangelho do dia 18 de setembro de 2022?Evangelho: Lc 16,1-13 ou mais breve Lc 16, 10-13. Naquele tempo, 1Jesus dizia aos discípulos:] “Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. Ele o chamou e lhe disse: 'Que é isso que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens'.
Qual o evangelho de hoje dia 18?Evangelho: (Marcos 13,24-32)
(Lc 21,36) – R. Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 24“Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer e a lua não brilhará mais, 25as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas.
Qual o evangelho do dia 18 de junho de 2022?Evangelho do Dia
Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro. Por isso eu vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida, com o que havereis de comer ou beber; nem com o vosso corpo, com o que havereis de vestir.
Qual o evangelho do dia 18 de julho de 2022?Evangelho: Mt 12,38-42
' 39Jesus respondeu-lhes: 'Uma geração má e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas. Com efeito, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra.
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