O que fazer para eliminar espinhas no couro cabeludo?

A acne é uma condição de pele que pode surgir em qualquer lugar, principalmente nas regiões mais oleosas do corpo, como rosto e costas. Essas lesões aparecem por uma série de motivos, como o excesso de produção de sebo, descontrole hormonal e até mesmo a predisposição genética. Porém, será que essa condição também pode aparecer próximo ao couro cabeludo, refletindo em espinhas na cabeça? Por que isso acontece? O DermaClub conversou com a dermatologista Tatiana Matos, de Salvador, que esclareceu o assunto.

Espinhas na cabeça: a acne pode aparecer próximo ao couro cabeludo? Por que isso acontece?

A acne pode, sim, surgir perto do couro cabeludo. “Isso pode ser proveniente do excesso de oleosidade da pele, de predisposição genética individual para acne, inclusive pode se associar a outras condições inflamatórias ou até mesmo ao corte de cabelo, como franjas”, explicou a dermatologista. Sendo assim, é importante ficar atento a essas espinhas na cabeça para tratar e evitar outras futuras lesões.

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Cuidados para evitar espinhas na cabeça ou no couro cabeludo

  • - Ao lavar o rosto, não podemos esquecer de higienizar também a região da testa próximo ao couro cabeludo, para evitar o acúmulo de oleosidade;

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  • - Não usar produtos shampoos, condicionadores ou cremes de limpeza que deixam o couro cabeludo e o pescoço mais oleosos.
  • - Lavar o cabelo com regularidade (uma vez ao dia ou acada dois dias) para evitar o acúmulo de sujeira.

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  • - Incluir o uso de shampoo esfoliante uma vez por semana na sua rotina de cuidados capilar.

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Como tratar as espinhas na cabeça e no couro cabeludo?

A Drª Tatiane indica a melhor forma de acabar com a espinha na cabeça: “É recomendado o uso de produtos em gel, como o peróxido de benzoíla, antibióticos, adapaleno, ácido retinóico e, em alguns casos, a ingestão de isotretinoína oral”, concluiu. Além disso, também é importante ter uma rotina de cuidados capilar, higienizando o couro cabeludo com regularidade, todos os dias ou pelo menos três vezes na semana, além de hidratar e aplicar o condicionador na ponta e no comprimento dos fios, sem esquecer de remover todo o excesso de produto da região.

*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Publicada em: 03 de Julho de 2019
Modificada em: 28 de Outubro de 2021

O que fazer para eliminar espinhas no couro cabeludo?

Palavra do Dermatologista

Dra. Tatiana Nogueira Matos

CRM: BA16601

Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia/SBD, formada pela Universidade Federal da Bahia , realizou residência em clínica médica no Hospital Santo Antônio/ Ba e dermatologia na Universidade de Santo Amaro/ São Paulo. Atua na área de Dermatologia clínica, estética, cirúrgica e laser. Participa de todos os principais congressos nacionais e internacionais para estar sempre atualizada nos melhores tratamentos para seus pacientes.

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No verão, não é só a pele que precisa de cuidados. O cabelo fica mais exposto à umidade e suscetível ao aparecimento de caspas, espinhas e outras doenças no couro cabeludo. Para mantê-lo saudável e cheio de vida, é necessário protegê-lo dos efeitos da radiação, controlar a oleosidade e identificar os sinais de proliferação de bactérias e fungos.

Muito se fala sobre a rotina de skincare, mas a saúde capilar também demanda atenção diária. Poluição, suor e produtos que provocam o desejado efeito de salão, também podem ser prejudiciais aos fios e ao couro cabeludo.

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Diferentes especialistas têm se unido para detectar as doenças de forma precoce, mas garantem que os principais cuidados são essenciais para garantir o equilíbrio, evitando graves consequências para o organismo.

Principais problemas capilares

Caspa é o nome popular para dermatite seborreica, uma inflamação na pele gerada pelo aumento da produção de sebo com a participação do fungo Malassezia pachydermatis sp., que causa vermelhidão, coceira e descamação.

Geralmente aparece em áreas com maior oleosidade pela presença de glândulas sebáceas, como couro cabeludo, sobrancelha, tórax, orelhas, canto do nariz e dobras. Embora de origem genética, é agravada por reações alérgicas e estado emocional. Quando não controlada, pode apresentar feridas no local e cair na roupa em forma de flocos brancos, levando ao desconforto e constrangimento.

Espinha é o nome popular para as saliências vermelhas, algumas vezes com pus, da foliculite, uma inflamação no folículo piloso, também conhecido como poro, local onde nascem os pêlos. A inflamação acontece quando ocorre a lesão cutânea, a obstrução dos poros e a produção de maior quantidade de sebo com a atuação de outras bactérias, como a Staphylococcus aureus.

O uso de lâminas, roupas justas e excesso de antibióticos são agravantes. A foliculite aparece nas áreas com muitos pêlos como couro cabeludo, barba, axilas, virilha, pernas e braços. Quando não tratada, pode levar à perda de cabelo no corpo de forma definitiva, as chamadas alopecias cicatriciais, por formarem uma cicatriz por fibrose no lugar do fio.

A acne, ainda que tenha características semelhantes à espinha, é causada pela bactéria Cutibacterium acnes e possui tratamento diferenciado.

O que fazer para eliminar espinhas no couro cabeludo?

Imagem: Istock

A psoríase é uma inflamação crônica sistêmica, não somente da pele, geralmente desencadeada por infecções, fatores emocionais e baixa temperatura. Também tem como sintoma a descamação, mas, diferente da caspa, tem como característica manchas vermelhas arredondadas e ressecadas, em qualquer local do corpo.

"A ciência tem estudado formas e opções de detecção e controle. Algumas dermatoses não trazem risco de perda definitiva de cabelos como a dermatite seborreica, alopecia areata em placas, psoríase de couro cabeludo e as micoses de fios e de couro cabeludo. Outras trazem esse risco, como o lúpus cutâneo, alopecia frontal fibrosante, foliculite decalvante e líquen plano pilar. Hoje, temos algumas medicações tópicas, orais e injetáveis que nos trazem esperança de controle dessas doenças que tanto mexem com a autoestima dos pacientes", explica Ana Lísia Giudice, médica dermatologista e presidente da SBD-BA (Sociedade Brasileira de Dermatologia - Regional Bahia).

Tipos de exposição e cuidados

O que fazer para eliminar espinhas no couro cabeludo?

Imagem: Getty Images

Na exposição ao sol, raios UVA (ultravioleta A) oxidam e desbotam os fios, o UVB (ultravioleta B) danifica a queratina. O couro cabeludo exposto às radiações pode sofrer queimaduras e pequenas lesões, por isso o uso de bonés e chapéus com proteção UV (ultravioleta) é imprescindível, mas, se mantido com o cabelo molhado ou suor excessivo, pode desencadear o aparecimento de caspas e espinhas, porque ambientes quentes e úmidos são propícios à proliferação de bactérias e fungos.

O mesmo vale para pessoas calvas, que devem ter cuidado redobrado fazendo o uso de filtro solar contra as diferentes radiações, que pode ser igual ao do rosto.

A água do mar e da piscina prejudicam as proteínas dos fios. Por isso, depois de mergulhar, é indicado lavar com água potável ou água termal, que contém agentes antimicrobianos e hidratantes. Na bolsa de praia não deve faltar um protetor térmico e um pente de madeira ou escova apropriada para os fios.

No verão, é comum prender os cabelos, mas além da umidade abafada ser propícia ao aparecimento de dermatite, o atrito promove o enfraquecimento e quebra dos fios, assim como enrolar na toalha após o banho e dormir com o cabelo molhado.

Para a lavagem correta, deve-se evitar água quente, porque destrói as barreiras de proteção da pele, utilizar o xampu no couro cabeludo e o condicionador ou máscara somente nas pontas dos fios. Retirar o excesso de umidade com a toalha, sem torcer ou abafar, optando pela secagem natural.

A exposição química e térmica, como descoloração, alisamento e o uso de secador todos os dias, pode provocar queda e inflamações. Quando necessário, utilizar um protetor térmico com a distância de um palmo dos fios.

Hormônios e medicamentos como antibióticos, corticoides e testosterona podem agravar a oleosidade dando origem à dermatite, acne e alopecia androgênica, conhecida como calvície. A puberdade e a menopausa também podem ressecar e afinar os fios.

Pandemia x estresse

A pandemia fez novos casos de dermatite seborreica e acne surgir nos consultórios, de acordo com os especialistas consultados, e pessoas que já tinham predisposição às condições, apresentaram a sua forma exacerbada.

As duas situações estão ligadas ao aumento de estresse, com o consequente comprometimento da resposta imunológica do organismo, mas também às complicações geradas por escoriações com o ato de manipular o local.

O que fazer para eliminar espinhas no couro cabeludo?

Imagem: iStock

As unhas levam consigo outras bactérias, que encontram ambiente propício para formar novas lesões. Com a imunidade baixa, o risco de adquirir diferentes doenças aumenta.

Cuidados básicos como tomar banho todos os dias, lavar o cabelo corretamente, com frequência de acordo com o tipo de cabelo, e praticar o autocuidado, ajudam a criar uma barreira de proteção.

Para diagnosticar o tipo de dermatose e tratamento adequado, é necessário agendar uma consulta com a dermatologia, assim que observar qualquer alteração na saúde capilar. Importante ressaltar: não pratique a automedicação para não prejudicar a cicatrização.

Para aliviar os sintomas até o dia da avaliação, especialistas indicam produtos isentos de prescrição: para dermatite seborreica, o xampu anticaspa e cetoconazol podem minimizar os incômodos.

Para a acne, o peróxido de benzoíla (acnase) é uma boa opção. E, de maneira geral, o sabonete com triclosan, alternando com o xampu comum, reduz o crescimento bacteriano.

É importante lembrar que as doenças capilares não são contagiosas. O fungo da caspa e as bactérias da espinha e da acne fazem parte da flora, mas geram problemas quando estão em desequilíbrio. Apenas germes secundários podem fazer a transmissão.

Fontes: Fabiane Brenner, médica dermatologista, coordenadora do departamento de cabelos da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), coordenadora do ambulatório de dermatologia no Hospital das Clínicas e professora na UFPR (Universidade Federal do Paraná), todos em Curitiba (PR); Denise Barcelos, médica dermatologista, especialista em medicina integrativa, sócia fundadora da CD Clínica Dermatológica, no Rio de Janeiro, e autora de "Um Olhar Sobre a Beleza"; Ana Lisia Giudice, médica dermatologista, presidente da SBD-BA (Sociedade Brasileira de Dermatologia - Regional Bahia) e preceptora na UFBA (Universidade Federal da Bahia); Mário Grinblat, médico dermatologista no Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP); Marcela Mattos, médica dermatologista especialista em tricologia e cosmiatria; e Rodrigo Tanamati, terapeuta capilar, ambos colaboradores do salão de beleza CKamura, em São Paulo (SP).

O que é bom para espinhas no couro cabeludo?

Partindo desse princípio, o melhor tratamento é: - Usar shampoos e condicionadores que ajudem a reequilibrar a oleosidade nos fios e no couro cabeludo; - Em alguns casos, é possível que o dermatologista aplique um produto específico para tratar a inflamação - como uma dose de cortisona, por exemplo.

O que causa espinhas no couro cabeludo?

Causas de acne no couro cabeludo: Falta de higiene, não lavar o cabelo com bastante frequência, o excesso de ingestão de cafeína, as mudanças de estresse, alterações hormonais, reações a alguns medicamentos e até mesmo suor de sua cabeça pode causar espinhas.

É normal ter espinhas na cabeça?

Ter espinhas no couro cabeludo pode ser algo bem comum. Só quem sofre do problema com frequência sabe que fica difícil de pentear os cabelos, ou até mesmo de lavá-los. Para que isso aconteça com menos constância, entenda como o problema surge e saiba alguns hábitos que podem fazer essas infecções desaparecerem.

Como acabar com a foliculite no couro cabeludo?

O tratamento é feito com antibióticos orais por períodos prolongados, já que o efeito anti-inflamatório de antimicrobianos ( p. ex. ciclinas) diminui o risco de recidivas. Otras opções incluem isotretinoína oral, suplementação de zinco, dapsona e laser.