Quais cidades apresentam as maiores índices de crescimento econômico no período?

05/07/08 15h09

Folha de S. Paulo - 05/07/2008

As cidades de tamanho médio vêm liderando a expansão da atividade econômica industrial brasileira desde pelo menos o início da década. É o que demonstra um cruzamento de dados recém-concluído pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) para o período compreendido entre 2002 e 2005. A pesquisa, feita a partir de estatísticas e estimativas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que as cidades com entre 100 mil e 500 mil habitantes superam as demais em crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), do PIB per capita e demográfico. Segundo o Ipea, o PIB nas cidades dentro desse corte cresceu, em média, a uma taxa de 5,27% ao ano, contra 4,63% das grandes e 4,29% das pequenas no período. A desagregação dos índices por setor da economia revela ainda o crescimento do PIB industrial e de serviços em detrimento da atividade agropecuária. O crescimento econômico tem se dado à custa das cidades com mais de 500 mil habitantes, capitais sobretudo, que perdem participação no total do PIB do Brasil. Mas o aumento populacional cobra o preço nas cidades abaixo dos 100 mil. Os índices não contabilizam os anos de 2006 e 2007, de maior crescimento do país. Apesar do indício de desconcentração regional, a maioria dos 236 municípios nessa faixa, nos quais vivem 47 milhões de pessoas, ainda está sobretudo na região Sudeste (118 municípios), com alta concentração no Estado de São Paulo (64). Logo atrás vêm o Sul (46) e o Nordeste (43). No entanto alguns dos maiores índices de crescimento demográfico encontram-se nas cidades médias do Norte (16) e do Centro-Oeste (13), áreas de fronteira econômica. Para essa pesquisa, o Ipea considerou cidades médias os municípios com população maior do que 100 mil e menor do que 500 mil habitantes. Na prática, contudo, elas podem ser destacadas de acordo com sua função no sistema urbano nacional. Para Diana Motta, da Diretoria de Estudos Regionais e Urbanos do Ipea, elas caracterizam-se por constituir "elos de integração regional". E podem ser de três tipos, diz: as que gravitam em torno de regiões metropolitanas; as que centralizam uma aglomeração de cidades menores; e as isoladas. Muitas dessas cidades compõem as regiões metropolitanas das principais capitais e, portanto, não significam necessariamente interiorização. Segundo o diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), José Roriz, as empresas procuram no interior proximidade do acesso à matéria-prima e do mercado e mão-de-obra especializada. Além disso, "elas saem buscando vantagens fiscais".

São Paulo - A participação de São Paulo no Produto Interno Bruto (PIB) do país voltou a crescer.

A cidade respondia por 11,6% da economia nacional em 2010, mas a taxa foi caindo até chegar a 10,8% em 2014. Em 2015, subiu para 10,9%.

Os dados foram divulgados na última quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O segundo lugar, o Rio de Janeiro, também teve alta de participação de 5,2% em 2014 para 5,3% em 2015.

Mas de forma geral, as capitais estaduais estão perdendo participação no PIB nacional no longo prazo: elas foram responsáveis por 33,1% do PIB em 2015, ante 36,1% em 2002.

Os principais destaques entre as reduções no período foram Recife (queda de 8,8 pontos percentuais); seguido de Belém (-7,9 pontos percentuais) e Vitória (-7,4 pontos percentuais).

Mas o tamanho do PIB não significa nada automaticamente em termos de riqueza. São Paulo tem o maior PIB, mas também tem de longe a maior população.

Outro caso a ser citado é o de Manaus, que conta com isenções fiscais que estimulam a produção, mas cujos benefícios não fluem diretamente para uma boa parte da população.

“A Zona Franca aumenta o PIB per capita, mas não a renda per capita. Quem se apropriou disso não é quem está lá; foi apropriado mais pelo capital do que pelos trabalhadores”, disse recentemente Angelo José Mont’Alverne Duarte, subsecretário do Ministério da Fazenda, em evento em São Paulo. 

Veja quais são as 20 cidades brasileiras com a maior economia e qual é a sua participação no total nacional:

PIBParticipação
1 São Paulo (SP) 650,5 bilhões 10,85%
2 Rio de Janeiro (RJ) 320,7 bilhões 5,35%
3 Brasília (DF) 215,6 bilhões 3,60%
4 Belo Horizonte (MG) 87,3 bilhões 1,46%
5 Curitiba (PR) 83,8 bilhões 1,40%
6 Porto Alegre (RS) 68,1 bilhões 1,14%
7 Manaus (AM) 67 bilhões 1,12%
8 Osasco (SP) 65,8 bilhões 1,10%
9 Salvador (BA) 57,8 bilhões 0,97%
10 Fortaleza (CE) 57,2 bilhões 0,95%
11 Campinas (SP) 56,4 bilhões 0,94%
12 Gaurulhos (SP) 52,2 bilhões 0,87%
13 Recife (PE) 48 bilhões 0,80%
14 Barueri (SP) 47,8 bilhões 0,80%
15 Goiânia (GO) 46,6 bilhões 0,78%
16 São Bernardo do Campo (SP) 42,7 bilhões 0,71%
17 Jundiaí (SP) 39,7 bilhões 0,66%
18 São José dos Campos (SP) 36,4 bilhões 0,61%
19 Duque de Caxias (RJ) 35,1 bilhões 0,59%
20 Campos de Goytacazes (RJ) 34,2 bilhões 0,57%

Quais cidades apresentam as maiores índices de crescimento econômico do período?

Posição
Cidade-UF
Nota
São Paulo – SP
37,901
Florianópolis – SC
37,224
Curitiba – PR
36,545
Campinas – SP
36,303
Seis das 10 cidades com maior potencial de desenvolvimento no ...www.infomoney.com.br › Últimas Notíciasnull

Quais cidades apresentam os maiores índices de crescimento econômico no período entre 2010 a 2025?

​ - Brainly.com.br..
Varsóvia..
Estocolmo..
Istambul..
Berlim..
Moscou..

Qual é o nome da cidade que mais se desenvolveu com o crescimento econômico?

1 – Macau. A antiga colônia portuguesa retomada pela China no fim do século 20 teve um crescimento de PIB per capita de 8% e aumento de emprego de 4%. Ela repete um padrão comum entre as outras cidades da lista: cresce embalada pela economia do país.

Quais cidades se destacam pelo elevado contingente populacional e quais cidades apresentaram as menores taxas de crescimento e redução de emprego no período?

Resposta verificada por especialistas. As cidades que se destacam pelo elevado contingente populacional no mapa são Paris, Londres, Moscou e Istambul. As cidades de Atenas, Dublin, Nápoles, Barcelona, Madri, Lisboa, Manchester/Liverpool, apresentam as menores taxas de crescimento e redução do emprego.