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O Pacto Colonial, ou Exclusivo Comercial Metropolitano, era um sistema de leis e normas que as metrópoles impunham às suas colônias durante o período colonial, ou seja: as metrópoles eram os países que se beneficiavam dos produtos e da atividade econômica de seus territórios coloniais.[1] As leis introduzidas no pacto tinham, como objetivo principal, garantir que as atividades econômicas das colônias gerassem lucros para a metrópole, e que as colônias teriam que comprar e vender produtos somente para a metrópole, significando, assim, que os lucros obtidos não fariam parte do mercado internacional.[1] Este sistema do pacto não ordenava somente a economia entre metrópole e colônia, mas também regulamentava a atividade política, militar e disposições jurídicas entre a metrópole e a colônia.[1] Exemplos de metrópoles e colônias conhecidas são Portugal (metrópole) e o Brasil (colônia) no período colonial, e países da Europa (metrópole) que possuíam colônias na América. O pacto colonial limitava as atividades econômicas da elite colonial. Por um lado, os colonos só podiam vender sua produção a comerciantes legalizados pelas metrópoles, o que não garantia bons preços a eles. Por outro lado, a proibição de instalação de manufaturas nas colônias na América impedia a elite colonial de investir em outro setor de produção que não fosse o agrário. Brasil[editar | editar código-fonte]No Brasil, um exemplo de pacto colonial ocorre com a exploração do pau-brasil. Dom Sebastião, então rei de Portugal, declarou a exploração do pau-brasil monopólio da Metrópole - Ninguém poderia retirar pau-brasil sem permissão da coroa portuguesa e o pagamento de tributos.[2][3] O monopólio da coroa portuguesa no pau-brasil durou até à vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808. Logo depois de aportar, dom João, príncipe regente, fez a abertura dos portos, franqueando os portos brasileiros às nações amigas.[4] Referências
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
O Brasil teve uma industrialização atrasada em relação aos países da Europa e EUA. Somente na década de 1930 que a indústria brasileira começou a se desenvolver significativamente.Interior de uma fábrica brasileira (final do século XIX) Quando começou: contexto histórico Na Inglaterra, o processo de Revolução Industrial teve início em meados do século XVIII, espalhando-se pela Europa neste mesmo período. O Brasil nesta época era colônia de Portugal e sofria os efeitos do Pacto Colonial imposto pela coroa portuguesa. Neste contexto, não era permitida abertura de indústrias no Brasil, cabendo aos colonos comprar os produtos manufaturados de Portugal. Portanto, o modo de produzir gerado pela Revolução Industrial começou a se desenvolver, de forma significativa, em nosso país somente no final do século XIX e começo do século XX. Foram os ricos cafeicultores de São Paulo, com capital de sobra originário das exportações de café, que começaram a investir no setor industrial. Nesta fase, as principais atividades industriais era a de produção de tecidos e de processamento de alimentos. Estas indústrias eram de pequeno e médio porte, tocadas pela burguesia industrial que estava em plena ascensão. Concentravam-se, principalmente, nos centros urbanos dos estados da região Sudeste, sendo que a cidade de São Paulo era o grande polo industrial. O grande desenvolvimento industrial da década de 1930 e 1940 Foi com o final da República das Oligarquias que a indústria apresentou um grande avanço no Brasil. O governo de Getúlio Vargas, que teve início em 1930, incentivou o desenvolvimento do setor industrial nacional no país. Foi a partir da década de 1930 que o Brasil começou a mudar seu modelo econômico de agrário-exportador para industrial. Já no começo da década de 1940, ainda no governo Vargas, houve um forte incentivo industrial patrocinado pelo Estado com a criação de empresas estatais. Estas indústrias atuavam nos setores pesados, pois necessitavam de grandes investimentos. Como exemplos, podemos citar as seguintes empresas estatais que surgiram neste contexto: - Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) – criada na cidade de Volta Redonda (RJ) em 1940, atuava na área de siderurgia. - Companhia Vale do Rio Doce – criada em 1942, atuava na área de mineração. - Fábrica Nacional de Motores – criada em 1943, atuava na área de mecânica pesada. - Fábrica Nacional de Álcalis – fundada em 1943, atuava no setor químico.
Consequências da Revolução Industrial no Brasil: 1 - Efeitos econômicos e sociais positivos Embora tardia, os efeitos da Revolução Industrial no Brasil foram positivas em muitos aspectos: - Diminuição da dependência da importação de produtos manufaturados. - Aumento da produção com diminuição de custos, barateando o preço final dos produtos. - Geração de empregos na indústria. - Organização dos trabalhadores da indústria em sindicatos, que passaram a lutar por melhores condições de trabalho, direitos e salários mais justos. - Avanços nas áreas de transportes, iluminação urbana e infraestrutura. 2 - Efeitos negativos - Aumento da poluição do ar e dos rios (muitas industriais passaram a jogar produtos químicos e lixo em rios e córregos). - Crescimento desordenado dos centros urbanos com o êxodo rural e aumentos da vinda de imigrantes para as grandes cidades. - Uso de mão de obra infantil (na primeira etapa da industrialização). Curiosidade histórica: Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, foi um dos pioneiros da industrialização do Brasil. É considerado o primeiro grande industrial brasileiro, sendo o responsável pela primeira fundição de ferro, primeira ferrovia e primeiro estaleiro do Brasil.
atualizado em 23/07/2020 Por Jefferson Evandro Machado Ramos Você também pode gostar de:
O Estado Novo Autor: Araújo, Maria Célia Soares Editora: Zahar Fontes de referência:
Que relação há entre o Pacto Colonial e o processo de industrialização no Brasil *?Nenhum, o pacto colonial foi fundamental para enaltecer a economia de Portugal e Espanha e em momento nenhum a corte lusitana ou espanhola se preocupou em realizar a industrialização no Brasil.
O que foi o Pacto Colonial e como ele prejudicou o processo de industrialização do Brasil?O Pacto Colonial (também conhecido como Exclusivo Metropolitano), como o próprio nome indica, era um acordo de exclusividade comercial, isto é, o que os colonos produziam no Brasil, como o açúcar (nos Engenhos Nordestinos), não poderia ser comercializado com outras nações, mas apenas com Portugal, que era a sua ...
Qual é o principal objetivo do Pacto Colonial?Esse “pacto” instituiu a exclusividade do comércio externo da colônia em favor da metrópole que a colonizou. Com a intensificação do processo colonizador nas Américas, Estados como Espanha e Portugal buscaram assegurar o controle sobre o que era produzido e explorado nas suas áreas de domínio.
Quais são as principais consequências do Pacto Colonial?Como afirmado anteriormente, o Pacto Colonial foi uma prática que vigorou não só em Portugal e na Espanha, mas também na Inglaterra e suas colônias americanas. E foi um dos principais motivos de revoltas dos colonos que acabou levando ao processo de Independência dos Estados Unidos, assim como no caso português.
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