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Café pode fazer bem para a saúde quando consumido com moderação (Foto: Pixabay)
A cafeína, quando consumida na medida, pode fazer bem para quem tem problemas cardíacos. Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto Baker, na Austrália, revela que a substância pode ter efeitos positivos na saúde.
Para a pesquisa, que foi publicada no periódico Journal of the American College of Cardiology, os cientistas da instituição estudaram os dados de mais de 360 mil pessoas presentes em 11 grandes estudos internacionais sobre o assunto.
Eles analisaram a relação entre o consumo de café e a taquicardia, condição que aumenta o ritmo dos batimentos do coração. Ao analisar esses dados, observaram que o consumo de cafeína, quando moderado, não aumenta os batimentos cardíacos das pessoas. Segundo o estudo, 500mg da substância, que equivale a seis xícaras de café por dia, não afeta os pacientes.
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Uma análise mais específica sobre o consumo de café por pessoas que já sofreram ataques cardíacos, inclusive, mostrou que a bebida ajudou a estabilizar os batimentos dos pacientes. Só duas das pesquisas avaliadas relacionaram a substância com o risco de taquicardia. Mas, nestes casos, era necessário que as pessoas ultrapassassem o limite da dose, bebendo mais de nove xícaras de café por dia para que ela fizesse mal.
"Existe uma impressão pública de que a cafeína é um dos gatilhos para problemas cardíacos", afirmou o médico Peter Kistler, um dos responsáveis pelo estudo, em anúncio. "Nossa extensa análise da literatura médica sugere que esse não é o caso."
Os cientistas, no entanto, ressaltam que pacientes que já possuem problemas cardíacos deveriam evitar energéticos, pois eles podem ter entre 160 e 500mg de cafeína concentrada. De acordo com eles, três quartos dos pacientes com problemas do coração que beberam duas ou mais latas desse tipo de bebida começaram a ter palpitações algumas horas depois.
"Bebidas cafeinadas como o café e o chá podem ter propriedades que, a longo prazo, ajudam a combater a taquicardia", disse Kistler. Os dados estudados por ele e sua equipe demonstram que pacientes que consomem café e chá de forma moderada têm menos chances de desenvolver problemas cardíacos.
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Será que o chá é benéfico para o coração? E quais as variedades melhores para a sua saúde cardiovascular? Descubra aqui!
O chá é uma bebida recomendada nos planos de alimentação saudável, pois não contém açúcar, contem níveis inferiores de cafeina quando comparado com café e tem várias propriedades benéficas. Mas será que é benéfico para o coração?
Base científica para a evidência
De acordo com um estudo publicado em 2019 no European Journal of Preventive Cardiology, a revista científica da Sociedade Europeia de Cardiologia, beber chá pelo menos 3 vezes por semana está relacionado uma maior esperança de vida e vida mais saudável. A publicação é baseada num estudo enorme, realizado na China – um dos países que mais consome chá no Mundo – com a participação de mais de 100 000 pessoas e início em 1998.
De acordo com os autores, o consumo regular está a associado a níveis inferiores de morbilidade geral, e em particular, a níveis inferiores de doença cardiovascular, sendo que esses efeitos são mais pronunciados em pessoas que o bebem regularmente (mais de 3 vezes por semana) e por um longo período de tempo (superior a 7 anos). Os resultados do estudo concluem que, quando comparados com pessoas que não bebem chá habitualmente, o consumidor habitual tem um risco 20 % inferior de doença cardíaca crónica e acidente vascular cerebral (AVC), um risco 22 % inferior de doença cardíaca fatal e um risco 15% inferior de morte por todas as causas.
Mas porque é isto assim?
Os resultados da pesquisa mostraram que a redução significativa dos problemas cardiovasculares e da mortalidade está ligada aos principais componentes bioativos contidos no chá: os polifenóis, que protegem contra as doenças cardiovasculares e os seus principais fatores de risco, como hipertensão e colesterol.
Porém, o organismo humano não consegue armazenar esses componentes a longo prazo, o que explica porque os benefícios do consumo de chá se limitam a consumidores habituais.
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Tipos de chá
Mas atenção: os chás não são todos iguais. Existem 4 tipos: preto, verde, branco e Oolong. São bebidas que derivam da planta Camellia Sinensis, originaria da China. As bebidas que provêm de outro tipo de plantas aromáticas são infusões.
Chá Preto
É oxidado de forma mais extensa; daí sua cor preta. Todos os tipos contêm cafeína, cujo consumo em quantidades elevadas apresenta riscos acrescidos para que tem pressão alta ou ritmo cardíaco acelerado, enquanto os estimulantes podem desencadear arritmias cardíacas. Mesmo assim, é recomendado como alternativa válida para os consumidores habituais de café, pois uma chávena de chá tem cerca de metade da cafeína contida na mesma quantidade de café. O estudo sobre consumidores na China concluiu que o chá preto não é a melhor variedade para o coração, pois durante o extenso processo de oxidação os polifenóis perdem uma parte dos seus efeitos. Adicionalmente, o é muitas vezes servido com leite o que pode neutralizar os efeitos favoráveis na função vascular.
Chá Verde
Na preparação do chá verde as folhas são colhidas, secadas e depois cozidas a vapor. Não há oxidação. É por esta razão que o estudo conclui que a redução significativa dos problemas cardiovasculares e da mortalidade está ligada ao chá verde, pois nessa variedade os efeitos cardioprotetores dos polifenóis são preservados. Esta é então a opção recomendada ao bebedor habitual, melhor ainda se consumido sem açúcar.
Chá Branco
É feito a partir dos rebentos jovens da Camelia Sinensis, processados minimamente. O chá branco é elogiado pelas suas inúmeras propriedades para a saúde cardiovascular, nomeadamente dilatação das artérias com conseguinte redução pressão arterial e colesterol. No entanto, o estudo da China não considerou esta variedade de chá.
Chá Oolong
O Oolong é feito a partir de folhas de Camelia Sinensis esmagadas, oxidadas por um período de tempo limitado e a seguir aquecidas para interromper o processo. Um estudo sobre o Oolong concluiu que esta variedade de chá pode ajudar a reduzir os níveis de colesterol em doentes com doença arterial coronária, embora sejam necessárias mais evidências científicas. Como no caso do chá branco, esta variedade não foi considerada no estudo da China.