Qual é o grande diferencial entre os esportes radicais e os esportes em geral?

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Qual é o grande diferencial entre os esportes radicais e os esportes em geral?

Qual é o grande diferencial entre os esportes radicais e os esportes em geral?

Os termos esporte (português brasileiro) ou desporto (português europeu) radical, de aventura ou de ação são usados para designar desportos com maior grau de risco físico, dado às condições de altura, velocidade ou outras variantes em que são praticados. Muitas vezes o desporto de aventura é confundido com o turismo de aventura,[1] por isso, quando na dúvida se Desporto ou Turismo de Aventura o termo "Atividade Física de Aventura" pode ser empregado por encaixar ambos.

Tais desportos são assim considerados por oferecerem mais riscos do que os desportos em geral, o que os torna mais emocionantes, já que exigem um maior esforço físico e maior controle emocional. No início, eram considerados desportos radicais a prática do paraquedismo, snow board e voo livre. Com o tempo, atividades como o tricking, rafting, trekking, cannoying, verticália, entre outras, foram incorporadas à lista dos desportos de aventura. Os esportes de aventura também podem estar relacionados a desportos na natureza, por envolverem escaladas, trilhas, montanhismo.

Definição e características[editar | editar código-fonte]

A definição de esporte de aventura, também conhecido como esporte da natureza, surgiu no final da década de 1980 e início da década de 1990, quando foi usado para designar esporte de adultos como o paintball, skydiving, surfe, alpinismo, montanhismo, paraquedismo, hang gliding , bungee jumping, trekking , ciclismo de montanha, que antes eram esportes praticados por um pequeno grupo de pessoas, passaram a se tornar populares em pouco tempo.

Uma característica de atividades semelhantes na visão de muitas pessoas é a capacidade de causar a aceleração da adrenalina nos participantes. De qualquer forma, a visão médica é que a pressão ou altura associadas com uma atividade não é responsável para que a adrenalina lance hormônios responsáveis pelo medo, mas sim pelo aumento dos níveis de dopamina, endorfina e serotonina por causa do alto nível de esforço psíquico. Além disto, um estudo recente sugere que haja uma ligação para a adrenalina e a "verdade" dos esportes radicais. O estudo define os esportes radicais como um lazer ou atividade recreativa muito agradável, mas se tiver uma má administração poderão gerar acidentes e até a morte do praticante. Esta definição é designada para separar anúncio comercial que exagera na descrição dos fatos e "aumenta" a atividade realizada. Outra característica das atividades rotuladas é que elas tendem serem de preferência individuais do que esportes de equipe. Os esportes radicais podem incluir ambas atividades competitivas e não-competitivas.

Muitos participantes quase não sabem de todas as atividades que os esportes radicais compreendem. O mais apaixonado purista, o rótulo dos praticantes dos esportes radicais, não combina com a realidade, porque eles não competem para ganhar "qualquer coisa". De forma mais grave, os esportes radicais são freqüentemente rotulados como culpados por estereotipar os participantes desta atividade como estúpidos, impulsivos, e às vezes suicidas.

Alguns dos esportes já existem há décadas e são proponentes de gerações de momento, algumas dão origem a personalidades bem conhecidas. A escalada tem gerado nomes reconhecidos publicamente como o Edmund Hillary, Chris Bonington, Wolfgang Gullich e mais recentemente Joe Simpson. Outros dois exemplos de esportes radicais que foram inventados há alguns séculos são o surf e o bungee jumping, ambos criados pelos nativos havaianos como forma de "teste" entre os homens.

Exemplos de esportes radicais[editar | editar código-fonte]

Radicais comuns e olímpicos[editar | editar código-fonte]

Autores

  • Marília Martins Bandeira Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) https://orcid.org/0000-0002-4055-1881
  • Silvia Cristina Franco Amaral Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) https://orcid.org/0000-0001-7708-7034

DOI:

https://doi.org/10.36453/2318-5104.2020.v18.n3.p29

Palavras-chave:

educação física, esporte, lazer, meio ambiente, práticas de aventura

Resumo

INTRODUÇÃO: De estudos monográficos sobre os detalhes da rotina de adeptos de práticas aventura que ganhavam visibilidade nas décadas de 1970 e 1980, passando pelo debate terminológico para a adoção de uma expressão que as congregasse na década de 1990; mais recentemente observam-se estudos comparativos entre modalidades e com foco em diferentes marcadores sociais da diferença, que problematizam a desigualdade nas condições de acesso e prática, e suas diferentes dimensões políticas. No Brasil, neste ínterim, uma Comissão de Esporte de Aventura do extinto Ministério do Esporte foi criada, embora não tenha logrado articulação para manter as atividades por mais de um ano.
OBJETIVO: Este artigo tem como objetivo analisar a constituição e supressão das ações da Comissão de Esportes de Aventura do Ministério do Esporte, em especial a elaboração das definições oficiais para esportes de aventura e esportes radicais.
MÉTODOS: Análise documental das fontes acerca da elaboração das primeiras políticas públicas brasileiras para práticas de aventura encontradas especialmente no Diário Oficial da União e websites oficiais de entidades membros da Comissão, tais como Conselho Nacional de Educação Física e Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte e entrevistas em profundidade com agentes do campo.
RESULTADOS: Devido a desacordo de algumas instituições de administração esportiva com os órgãos de turismo sobre a regulamentação das práticas de aventura, o Ministério do Esporte criou, em 2006, a Comissão de Esportes de Aventura (CEAV), a pedido de seus representantes de entidades esportivas. A CEAV teve como objetivo geral a elaboração de uma padronização dos conceitos e técnicas utilizados por confederações, federações e associações já existentes no Brasil. A intenção era elaborar as mais completas normas de segurança e sustentabilidade. No entanto, a comissão encerrou atividades apenas na primeira fase do processo e seus objetivos não foram alcançados.
CONCLUSÃO: Uma série de motivos desarticulou a CEAV, entre eles a reorganização do organograma do Ministério e saída do cargo dos principais agentes a apoiarem a iniciativa, além da dificuldade interna de consenso entre agentes muito diversos.

ABSTRACT. Official definitions for adventure sports and radical sports in Brazil.
BACKGROUND: From monographic studies on the details of the routine of each adventure activity that gained visibility in the 1970s and 1980s, through the terminological debate on the adoption of an expression that brought them together in the 1990s, more recently, comparative studies between sports have been observed focusing on different social markers of difference and inequality in access and practice conditions and their different political dimensions. In the meantime, the Adventure Sports Commission of the now defunct Ministry of Sports of Brazil was created, although it has not been able to maintain the activities for over a year.
OBJECTIVE: This article aims to analyze the constitution and suppression of the actions of the Adventure Sports Commission of the Brazilian Ministry of Sport.
METHODS: Document analysis of sources on the elaboration of Brazilian public policies for adventure practices found in the Official Gazette and official websites of the National Council of Physical Education and the Brazilian College of Sport Sciences and in-depth interviews with field agents.
RESULTS: Due to disagreement with the tourism authorities on the regulation of adventure sports, the Ministry of Sport created, in 2006, the Adventure Sports Commission (CEAV), at the request of representatives of sports associations. CEAV aimed to develop a standardization of the concepts and techniques used by confederations, federations and associations already existing in Brazil. The intention was to disseminate these concepts in events that sought to standardize safety and sustainability standards. However, the commission closed its activities unofficially and its objectives were not achieved.
CONCLUSION: A number of reasons disrupted CEAVV, among them the reorganization of the Ministry’s organization chart and the departure of the main agents to support the initiative, as well as the internal difficulty of consensus among very diverse agents.

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Biografia do Autor

Marília Martins Bandeira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Professora adjunta do Departamento de Educação Física, Fisioterapia e Dança da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi professora adjunta do Departamento de Educação Física do campus avançado da Universidade Federal de Juiz de Fora de 2016 à 2019. Doutora em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (2016). Mestra em Antropologia Social pela Universidade Federal de São Carlos (2012). Especialista em Comunicação Social pela Fundação Casper Líbero (2007). Bacharel e Licenciada em Educação Física pela Universidade de São Paulo (2006/2007).

Silvia Cristina Franco Amaral, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Graduação em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Maria (1989), mestrado em Ciência do Movimento Humano pela Universidade Federal de Santa Maria (1995), doutorado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (2003), Livre-docência pela Faculdade de Educação Física da UNICAMP (2011) e pós-doutorado na Universidade de Barcelona no Departamento de Geografia Humana. É docente MS5.2 da Faculdade de Educação Física, Departamento de Educação Física e Humanidades da Universidade Estadual de Campinas atuando na graduação e na pós-graduação.

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Qual a principal diferença entre os esportes radicais e os demais esportes?

Tais desportos são assim considerados por oferecerem mais riscos do que os desportos em geral, o que os torna mais emocionantes, já que exigem um maior esforço físico e maior controle emocional. No início, eram considerados desportos radicais a prática do paraquedismo, snow board e voo livre.

Qual a diferença entre os esportes radicais e os esportes de aventura?

Os termos são bem parecidos, mas existem duas grandes diferenças: ambiente e grau de dificuldade. Assim, esporte de aventura é toda atividade que acontece em contato com a natureza — também sintonizada com o ecoturismo ou o turismo de aventura — sob condições calculadas, ou seja, o nível de dificuldade é menor.

Quais as diferenças dos esportes de aventura dos esportes radicais Brainly?

Resposta verificada por especialistas O esporte de aventura é considerado toda atividade que acontece em contato com a natureza e o esporte radical pode ser praticado tanto em ambientes urbanos quanto ambientes naturais.

Como é a divisão dos esportes radicais e explique as diferenças?

São divididos em duas categorias: esportes radicais de aventura e esportes radicais de ação. A distinção dos dois é: Esportes Radicais de Aventura: são esportes fundamentados na superação de alguns desafios geográficos, sendo as habilidades desenvolvidas no movimento e deslocamento e na resistência.