Sangramento no nariz e dor de cabeça

SAÚDE

Apesar de assustar um pouco, os sangramentos nasais são comuns e nem sempre o sintoma significa algo grave. Na maioria das vezes, essas hemorragias, que são chamadas de epistaxe, ocorrem de forma repentina e não duram muito tempo. 

O nariz possui muitos vasos sanguíneos, que são frágeis e sangram com facilidade. No entanto, quem tem sangramentos nasais com frequência e em abundância deve ficar de olho se isso está indicando um problema de saúde mais grave. 

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É importante ficar atento se há perda de olfato e se o sangramento é unilateral. Nesses casos, vale a pena consultar um otorrinolaringologista, médico especialista da área. A seguir, confira 9 causas do sangramento nasal e o que fazer. 

O ar seco no inverno é a causa mais comum das hemorragias nasais. A umidade baixa provoca o ressecamento das mucosas do nariz, o que facilita o sangramento. A utilização de cremes nasais e do soro fisiológico melhoram o quadro.

1. Tempo seco

Quem tem pressão alta, geralmente não tem sintomas. Mas quando está descontrolada, a pessoa pode apresentar sangramentos nasais em abundância, além de tonturas e dor de cabeça. É importante consultar um médico para controlar a hipertensão com dieta e medicamentos. 

2. Hipertensão

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Se entrar algum objeto ou inseto no nariz, é possível que ocorra um machucado. Com isso, os sangramentos são comuns. Pode surgir um mau cheiro e secreções. A recomendação é assoar suavemente o nariz para eliminar o corpo estranho e buscar ajuda médica.

3. Corpo estranho no nariz

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Pessoas que apresentam algum problema na coagulação têm dificuldade para controlar sangramentos. Por isso, ocorrem com mais frequência em quem tem hemofilia, doença genética e hereditária, e plaquetas baixas. Geralmente, o acompanhamento é realizado com hematologistas e outros profissionais de saúde. 

4. Problemas de coagulação

O desvio de septo obstrutivo diminui o ar da cavidade nasal, o que causa dificuldade na drenagem de secreções e ressecamento. Assim, surgem os processos inflamatórios e as “crostas”, aumentando as chances de sangramentos nasais. Pode ser preciso realizar uma cirurgia simples.

5. Desvio de septo

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A inflamação dos seios nasais provoca sintomas como sangramento nasal, dores de cabeça, secreções e sensação de peso no rosto. Porém, uma hemorragia no nariz é mais comum em casos crônicos, já que aumenta uma vascularização nasal. 

6. Sinusite

Alguns remédios diminuem a secreção nasal e causam ressecamento, o que acarreta sangramento. Entre eles, estão descongestionantes orais ou tópicos, medicamentos para tratamento de acne e alguns antidepressivos. Se for frequente, é importante avaliar a substituição.

7. Medicamentos

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8. Tumores

Apesar de raro, o sangramento nasal também acontece devido a tumores nasais. Geralmente, são problemas mais graves que precisam de um diagnóstico rápido. É importante buscar ajuda especializada e realizar alguns exames. 

Quem leva uma pancada forte no nariz pode ter um sangramento imediato.  Quando há fratura, ocorre a quebra de osso ou cartilagem, além de dor, inchaços, deformidades e até dificuldade para respirar. O tratamento é realizado no hospital com medicamentos e cirurgias. 

9. Traumas

Em primeiro lugar, é preciso manter a calma e deixar a cabeça em posição normal, evitando colocá-la para trás. Pressione as narinas com os dedos e mantenha a respiração pela boca por 10 minutos.

O que fazer quando o nariz sangrar? 

Também é recomendado colocar gelo na região. Se o sangramento não parar e for intenso, é preciso procurar o hospital imediatamente.

Fontes: Hugo Leite, otorrinolaringologista e professor da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro); Cícero Matsuyama, otorrinolaringologista do Hospital CEMA (SP) e Marco Cesar Jorge Santos, otorrinolaringologista da ABORL-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial). 

Reportagem: Samantha Cerquetani

Edição: Bárbara Paludeti

Publicado em 6 de agosto de 2021

Dor de cabeça é um dos sintomas que mais leva o paciente ao médico em todo o mundo, e que existem diversos tipos de dor de cabeça. É comum recebermos aqui na clínica pacientes com essa queixa imaginando que estão com sinusite. Realmente muitos estão, mas não todos. Vamos falar dos tipos mais comuns de dor de cabeça.

Primeiramente, saiba que se você for pesquisar sobre dor de cabeça você encontrará o nome “cefaleia”. Cefaleia é a forma técnica de se referir à dor de cabeça. Outro nome que você provavelmente encontrará será “migrânea”, que é o nome técnico da enxaqueca.

A enxaqueca é a dor de cabeça mais famosa. Em alguns locais, usa-se esse nome como sinônimo de cefaleia, seja ela de qualquer tipo. Normalmente manifesta-se como uma dor de cabeça forte, com predominância em um dos lados da cabeça, indo desde a testa até a nuca, em pontadas, pulsátil, piorada aos exercícios físicos e ao olhar para luzes fortes, eventualmente causa náuseas. A enxaqueca ocorre em crises, com frequência variável. Geralmente tem um “gatilho”, algo que inicia a crise. Os gatilhos mais comuns são jejum prolongado, estresse, privação de sono, abuso de cafeína e outros remédios, e alguns alimentos (gordurosas, molho shoyu, adoçantes e outros). Ela é principalmente genética, mais comum em mulheres e pode ocorrer em quase todas as idades. Podem ter “auras”, que são alterações sensitivas que ocorrem logo antes das dores (embaçamento da visão, ver luzes piscando, etc).

O tratamento da enxaqueca pode ser feito com medicações para abortar as crises ou com medicações para evitar as crises (o que chamamos de profilaxia). Neurologistas, clínicos gerais e médicos que fazem terapia da dor são os profissionais mais indicados para o acompanhamento destes casos.

Outra cefaleia muito comum (aliás, a mais comum) é a cefaleia tensional. Como o próprio nome diz, ela ocorre pela tensão muscular na região do crânio. O local mais afetado é o músculo frontal, o que faz com que a dor geralmente ocorra na testa, bilateralmente, tipo aperto, constante. Pode ocorrer também na musculatura do pescoço, fazendo a dor irradiar para outros locais. Essa dor está muito associada a estresse e cansaço, logo pode ocorrer com qualquer pessoa. O tratamento normalmente é feito com medicamentos para abortar a crise e também com medidas não medicamentosas para ajudar no relaxamento muscular.

A sinusite também pode causar dor de cabeça. Ela se caracteriza pela inflamação da mucosa dos seios da face, que pode levar a obstrução da ventilação da face e dor. Normalmente a dor ocorre no centro da face, sob o nariz e adjacências, que piora quando se abaixa a cabeça ou se pressiona a região. Podem haver outros sintomas, como cheiro ruim no nariz, sangramento nasal, secreção nasal, tosse, mal hálito, febre e mal estar geral. O tratamento deve ser feito por especialista. Casos não tratados corretamente podem complicar ou cronificar.

A cefaleia em salvas é um tipo menos comum de dor de cabeça. Cursa com crises de dor muito intensa na região de um dor olhos, pulsátil e penetrante, de duração mais curta, que pode ser diária em alguns períodos. Devido à grande intensidade desta dor, ela normalmente é incapacitante e leva o paciento ao pronto socorro.

Outra dor de cabeça menos comum é a nevralgia. Ocorre quando um dor nervos da face (normalmente o nervo trigêmeo) fica “irritado” e reage ao toque com um estímulo doloroso e corre pela face. Na maioria das vezes, a palpação da face mostra pontos-gatilho para a dor, que costuma ser de forte intensidade.

Além destes, existem diversos outros tipos menos comuns de dor de cabeça. Cuidado, alguns casos de dor de cabeça podem esconder doenças mais graves. Por isso, se você tem dor de cabeça, procure um especialista.

“As informações aqui colocadas são de caráter informativo. Cada paciente possui suas particularidades e deve ser avaliado e tratado de forma individualizada. Se você tem algum problema de saúde, procure um médico especialista.”

Dr. Henrique Gobbo
CRM – 117688 SP

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