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Os principais pensadores da sociologia são Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber. Porém antes de ser nomeada como sociologia, por Augusto Comte, alguns pensadores anteriores desenvolveram estudos que influenciaram a fundação desta ciência. São eles: Rousseau, Montesquieu, Alexis de Tocqueville, Auguste Comte, Gabriel Tarde, Vilfredo Pareto. Todos eles buscavam compreender, de alguma forma, a relação entre política, economia e sociedade. Cada um deles desenvolveu teorias sobre o que compõe uma sociedade, quais os poderes que a organiza, qual o sentido da coerção, dentre outros temas. Rosseau e Montesquieu são reconhecidos pela influência de seus escritos para a Revolução Francesa e para as teorias sobre a formação dos Estados. Ambos os autores são contratualistas, ou seja, acreditam que os homens em algum momento, através de um contrato, delegaram a outros o poder de representação. Assim como eles, na tradição inglesa Hobbes e Locke também foram contratualistas e exercem forte influência sobre a sociologia. Alexis de Tocqueville também era francês e sofria as consequências da Revolução Francesa. Aristocrata, ele viu os valores de uma classe ser questionado pela burguesia e isso o motivou a viajar para a nova nação em construção, os Estados Unidos da América. Sua principal obra é “A democracia na América”, em que o autor analisa os valores dessa nova sociedade, seu funcionamento político, a influência dos jornais, a vontade de associação, dentre outros. Karl Marx, de origem alemã, é muito conhecido por suas obras que versam sobre economia, política, direito e trabalho. Uma de suas principais contribuições é a teoria do valor trabalho, em que analisa o que é a mais valia. Seus trabalhos influenciam o campo das ciências sociais até os dias atuais e são responsáveis por uma vasta bibliografia que trata dessas relações a partir do ponto de vista marxista. O nome sociologia, portanto, foi cunhado pelo filósofo Auguste Comte. Ao contrário de Marx, Comte era um reformador, a sociologia surge como a ciência que compreende os problemas sociais para buscar soluções que evitem colapsos como a Revolução Francesa. Gabriel Tarde é outro pensador francês que é considerado um dos fundadores da sociologia, seus trabalhos tratavam sobre os aspectos sociais do crime e uma de suas teorias mais famosas é a teoria da imitação. Pareto, Durkheim e Weber possuem em comum o desejo de fazer ciência. Os três escreveram suas obras no final do século XIX e por isso compreendem o mundo de forma distinta dos autores anteriores. Também é comum aos três o pensamento de que, assim como Comte afirmara algum tempo antes, a sociedade para se manter como um todo precisava de um consenso, todos deveriam crer na coletividade (ARON, 2000, p. 279). Émile Durkheim buscava compreender quais fatores unem os indivíduos para compor uma sociedade. Seus trabalhos tiveram como principais temas o Direito, a educação, a moral, a religião, o suícidio e o trabalho. Um de seus trabalhos mais importantes é o que demarca a diferença entre a sociologia, a filosofia e a psicologia: As regras do método sociológico. Pareto criticava o trabalho de Durkheim por considerá-lo uma moral científica. Por fim, Max Weber tem como principais contribuições análises sobre o grau de organização das sociedades modernas, burocráticas e racionalizadas. Mas ao mesmo tempo ele apontava para os limites deste processo, reduzindo as liberdades individuais, a escolha pessoal, a fé. Referência Bibliográfica: ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. Martins Fontes, 2000. Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/sociologia/pensadores-da-sociologia/ por Phil Bartle, PhDtraduzido por Gabriela Santos, Fatima GouveiaGuia de TreinamentoComparar e contrastarRelacionamos Durkheim com o facto social e Weber com Verstehen. Os escritos de Durkheim conduziram ao funcionalismo, enquanto os de Weber levaram ao interaccionismo simbólico. Ambos foram "Pais" da sociologia e escreveram principalmente no final do século XIX. Ambos apelaram à aplicação do método científico ao estudo da sociedade e ambos pretendiam que os sociólogos fossem objectivos (embora tivessem ideias diferentes sobre a objectividade). Ambos contribuiram para a perspectiva sociológica. Ambos criticaram Marx, embora de formas diferentes. A principal diferença entre os dois autores foi a de que Durkheim cunhou o termo "facto social" para indicar que existiam forças para além do indivíduo que afectam o seu comportamento, enquanto Weber afirmava que precisamos de compreender o significado que as pessoas atribuem aos seus comportamento para compreendermos a sociedade. A abordagem enunciada por Weber tornou-se na perspectiva moderna da sociologia, chamada de interaccionismo simbólico. O estudo de Durkheim sobre o suicídio para demonstrar como diferiam as taxas de suicídio entre grupos com diferentes características sociais, embora não tenhamos informação suficiente para prever quais os indivíduos que irão cometer suicídio. As taxas de suicídio são bastante previsíveis, quando baseadas em características sociais específicas. Durkheim utilizou estes resultados para explicar o "facto social". A noção de ver os "factos sociais" como externos ao indivíduo foi a contribuição de Durkheim. Ver "Dentro ou Fora?". Pelo contrário, consideramos a verstehen de Weber como uma compreensão mais profunda" (que é a razão pela qual usamos o termo alemão em vez do equivalente inglês, de significado mais fraco) da sociedade, que todos carregamos connosco. Embora possamos, à primeira vista, considerar estas diferenças como mutuamente exclusivas e irreconciliáveis, a abordagem "interna" de Weber e a "externa" de Durkheim, devem ser intergradas. A Sociologia moderna obriga a que se reconheçam ambas as perspectivas como válidas e sejam vistas a operar em simultâneo. Weber deu outras contribuições importantes, como por exemplo, o seu estudo sobre a burocracia e sobre as crenças e valores religiosos como factores importantes na mudança social. De forma similar, Durkheim também contribuiu de diversas formas, fazendo a distinção entre solidariedade mecânica e orgânica e explicando o conceito de anomia. Os estudos de Weber sobre a ascenção do capitalismo e a sua tese de que aquela foi causada pelo surgimento da ética protestante, podem ser usados para o confrontar com os trabalhos de Marx. ──»«──Si copia algún material de este sitio, por favor, mencione al autor |