Zumbido no ouvido como tratar

O zumbido (ou tinnitus) é um sintoma no qual o paciente tem a sensação de percepção de um som no ouvido sem haver uma fonte física ou causa externa identificável (Goodhill, 1950)

Segundo estudo, esse incômodo interfere na qualidade de vida, atingindo 15% da população mundial, sendo importante saber como tratar o zumbido no ouvido.

Os pacientes se referem ao problema identificando-o de diversas formas, como um som irritante, semelhante a um apito agudo, chiado, abelha ou quando termina a programação de um canal de TV..

Neste artigo, vamos comentar sobre as principais características do zumbido, os diferentes tipos de tratamentos, bem como a importância em procurar profissionais qualificados. Continue lendo para saber mais!

Quais são as causas?

Há mais de 200 causas associadas ao zumbido. Por isso, muitas vezes, o diagnóstico é feito por exclusão. Os sintomas podem surgir como consequência de um processo de perda auditiva não tratada, de disfunções orgânicas ou de hábitos alimentares incorretos.

Nos casos de perda auditiva, para tentar compensar o déficit auditivo, as partes ainda intactas do ouvido começam a trabalhar em dobro, o sistema excitatório fica hiperativo e não para de mandar informação elétrica para o cérebro, resultando assim na sensação do zumbido.

Outra causa muito comum é a exposição constante e prolongada a ruídos intensos, como ocorre em ambientes de trabalho que exijam o uso de equipamento de proteção individual como protetores auriculares, muitas vezes, não utilizados. Além disso, o uso abusivo de fones de ouvido em alto volume também pode provocar o zumbido.

Fatores de risco

Além da perda auditiva e da exposição a sons muito altos, o problema pode surgir por diversos fatores de risco, como:

  • abuso de bebidas alcoólicas;
  • colesterol elevado;
  • consumo excessivo de açúcar, sal e cafeína;
  • desvios na coluna cervical;
  • diabetes;
  • envelhecimento natural do sistema auditivo;
  • estresse;
  • excesso de cera no ouvido;
  • hipertensão;
  • infecções no ouvido;
  • ototoxidade provocada por alguns medicamentos;
  • problemas na articulação da mandíbula;
  • tabagismo;

 Quais são os sintomas?
O zumbido causa incômodos que podem provocar redução da capacidade auditiva, suor frio, tontura, enjoo, estresse e afetar a concentração, o sono e até o equilíbrio emocional, interferindo no convívio social e familiar.

Qual a importância do diagnóstico profissional?

Por se tratar de um distúrbio multifatorial, é imprescindível consultar um otorrinolaringologista para uma correta avaliação e diagnóstico, que, normalmente, iniciam-se com o exame de audiometria, visando à medição do nível de audição.

Também é solicitado exames de sangue para averiguar possíveis fatores ligados ao zumbido como: diabetes, colesterol alto e/ou síndrome metabólica. A partir dessas análises, o tratamento é direcionado.

É importante haver uma avaliação cuidadosa para descartar problemas mais sérios, como tumores no sistema auditivo. Embora raros, eles podem inicialmente se manifestar apenas por zumbidos.

O diagnóstico profissional é fundamental também para avaliar os impactos que o incômodo traz para a vida do indivíduo, ajudando o paciente a enfrentar o problema, já que a depressão e a ansiedade se associam frequentemente ao zumbido, potencializando a sua percepção.

Como tratar zumbido no ouvido?

A abordagem é individualizada e depende essencialmente da causa original do distúrbio. Quando o zumbido é provocado por doenças agudas, como as otites e a obstrução do canal auditivo por cerume, ele pode desaparecer naturalmente em poucos dias, após tratada a causa.

Nos casos de doenças mais graves, o tratamento é direcionado com base na origem do problema. Assim, para as perdas auditivas, dependendo do grau, o uso de aparelhos auditivos pode reduzir ou até eliminar a percepção do zumbido, pois, quando a audição melhora, a percepção dos sons desconfortáveis diminui.

As modificações na dieta e no estilo de vida, com a prática de exercícios físicos e o controle de doenças — como colesterol, hipertensão e diabetes —, também são partes integrantes do tratamento.

Há também o tratamento com terapias diversificadas, como as que vamos comentar a seguir.

Acupuntura

Segundo estudos publicados no Brazilian Journal of Othorhinolaryngology, a acupuntura chinesa associada à eletroacupuntura bilateral obteve, como resultados, uma melhora rápida e significativa do zumbido, reduzindo o seu nível de intensidade e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

 Aparelhos auditivos

O uso do aparelho auditivo pode proporcionar vários benefícios e soluções para o zumbido, como a redução da fadiga e do estresse, gerados pelo esforço para escutar. A efetividade do tratamento com os aparelhos auditivos acontece por meio da melhora da percepção auditiva que faz com que o ruído incômodo do zumbido seja mascarado pelos sons novos recebidos pelo usuário, levando assim ao conforto, diminuição da percepção e reação do paciente frente ao zumbido.

O avanço da tecnologia aplicada aos equipamentos auditivos permite programações específicas para o zumbido, mesmo em pacientes que não apresentam perda auditiva.

Alguns possuem geradores de som que por meio de sons estáticos e modulados (ocean waves), complementados com a Terapia Notch, tem a capacidade de reduzir os efeitos do zumbido e, até mesmo, fazer com que o paciente deixe de percebê-lo completamente.

 Tinnitus Retraining Therapy (TRT)

As terapias para o zumbido proporcionam menos estresse e mais tranquilidade. Uma delas, muito difundida, é a Tinnitus Retraining Therapy (TRT). Ela se fundamenta na plasticidade cerebral, fazendo com que o cérebro se habitue ao som até o ponto em que ele não é mais notado.

 É possível prevenir o zumbido?

Embora nem sempre seja possível prevenir, alguns cuidados essenciais podem ajudar na preservação da audição, impedindo o surgimento do zumbido por danos ao sistema auditivo. Nesse sentido, é importante evitar a utilização de fones de ouvido por mais de duas horas consecutivas, não ultrapassando o volume médio indicado no equipamento eletrônico.

Caso seja necessário se expor a volumes acima de 90 decibéis, utilize protetores auriculares. Como parâmetro, podemos exemplificar o nível de ruído emitido em um show de rock, que, em média, é de 110 decibéis. Na decolagem de um avião, chega a 130dB (escutado do lado de fora da aeronave).

Em geral, ao adotarem um estilo de vida saudável, as pessoas também conseguem uma proteção contra o zumbido. Para tanto, é fundamental ficar longe do cigarro e do excesso de bebidas alcoólicas, além de manter uma alimentação natural e fazer atividades físicas.

Como vimos, é muito importante saber como tratar zumbido no ouvido, tendo em vista que esse incômodo interfere diretamente na qualidade de vida. O primeiro passo deve ser a busca por ajuda profissional, consultando-se com um otorrinolaringologista para o diagnóstico e o tratamento correto.

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O que é bom para tirar o zumbido do ouvido?

Alguns dos tratamentos mais utilizados para zumbido no ouvido são:.
Medicamentos. Podem ser usados para aliviar o sintoma ou até mesmo para cura. ... .
Aparelhos auditivos. ... .
Dieta e hábitos. ... .
Terapia do som. ... .
Terapia comportamental. ... .
Tratamento odontológico. ... .
Outras terapias. ... .
Relaxamento muscular progressivo..

Como acabar com zumbido no ouvido de forma natural?

Contra o zumbido no ouvido, os suplementos mais indicados são a base de zinco e de vitamina B12. Eles funcionam muito bem se o barulho for uma consequência do envelhecimento natural. Fora isso, a própria carência de vitamina B12 no organismo também é capaz de provocar esse desconforto.

O que pode causar o zumbido no ouvido?

Desvios de coluna, alterações cardiovasculares, diabetes, disfunções da articulação da mandíbula e consumo excessivo de cafeína, álcool e tabaco são alguns deles. A impressão de que o zumbido atinge mais os idosos é falsa, mas tem uma explicação: cerca de 90% dos casos têm como causa principal a perda auditiva.

Quando o zumbido é preocupante?

Se a duração do zumbido nos ouvidos for superior a três semanas, é importante se atentar se há outros fatores associados, por exemplo: quando além do zumbido, o paciente apresenta sensação de ouvido entupido (plenitude aural), perda de audição e tontura, há a suspeita de Doença de Menière.