Quais as línguas que te despertam mais curiosidade ou vontade de conhecer e aprender

Atualizado em 24/03/2022

Saber mais de um idioma é uma ótima estratégia para enriquecer o currículo e aumentar as suas oportunidades, seja no mercado de trabalho ou até mesmo para um intercâmbio. 

Porém, você sabia que para os falantes da língua portuguesa o processo de aprendizagem de alguns idiomas são fáceis do que outros? Segundo o Babbel, um aplicativo de idiomas, existem seis línguas que são mais fáceis de aprender para quem fala Português!

Ficou curioso? Veja a lista completa:

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1 - Holandês

Idioma nativo da Holanda, o holandês é considerados por muitos um grande pesadelo, já que, de primeira, pode parecer bem complicado. Porém, ao aprender a fonética, ou seja, a forma que elas são "faladas", as palavras em holandês se tornam muito mais familiares, o que facilita, e muito, a compreensão do idioma. 

De acordo com o aplicativo, isso se deve à influência da língua francesa e espanhola, já que o país esteve sob domínio espanhol por quase um século (1556-1648), o que trouxe para o holandês algumas palavras do idioma latino.

                                                           Você lembra desse meme? É um país da Europa! 

E, apesar da forte influência das línguas germânicas, o holandês ainda é uma das línguas mais fáceis para um falante do português.

2 - Inglês

Pois é, se você achava que a língua inglesa era uma das mais difíceis de aprender, você se enganou! 

Parece, mas não é: 35 falsos cognatos em inglês

Isso se deve aos vários fonemas que existem na língua portuguesa, o que facilita no aprendizado dos fonemas mais difíceis do inglês. Além disso, a influência do latim é forte, o que ajuda no processo de aprendizagem do vocabulário, por exemplo: abdomen, culinary, information, frequency, entre outras!

3 - Romeno

O romeno não é um língua muito falada no mundo, mas, caso você tenha interesse, esse é um idioma de fácil compreensão para falantes da língua portuguesa. Por quê? Simples, ela também é derivada do latim! 

Quais as línguas que te despertam mais curiosidade ou vontade de conhecer e aprender

Apesar de ter a acentuação um pouco diferente, a gramática e o vocabulário é muito mais parecido com o português do que você poderia imaginar. Quer tirar a prova? Dica do Babbel: acesse o verbete da România no Wikipedia e veja o quanto você consegue entender do texto! 

4 - Francês

Vamos concordar em algo? Ouvir alguém falando em francês é muito bom, não é mesmo? Todos os biquinhos, a elegância do idioma, a cadência de sons...

Saiba mais: 35 falsos cognatos em francês

E, apesar dos fonemas serem beeeeem diferente do que estamos acostumados, os tempos verbais, a gramática e a grafia das palavras são bem parecidas com as da língua portuguesa. Por isso, para aqueles que estão empenhados em aprender francês, não é preciso muito tempo de estudo para começar a entender algumas palavras aqui e outras ali.

5 - Espanhol

Quantas vezes você já conseguiu enrolar um portunhol? E isso não é à toa! Afinal, o português e o espanhol tem a mesma origem, o latim proto-romântico. Quando essas línguas ainda estavam se desenvolvendo surgiram dois dialetos: o castelhano e o galego, sendo que a primeira se transformou no espanhol que conhecemos e a segunda no português.

Por isso, elas possuem gramática, grafias e fonemas tão parecidas. Porém, fique esperto para não se enganar com os falsos cognatos e com as regras específicas dessa língua.

6 - Italiano

Entre todas as línguas citadas anteriormente, surpreendentemente, o italiano é a mais fácil de aprender (para falantes do português, é claro). O motivo? Sua fonética é mais simples e a sua gramática e vocabulário são parecidíssimas com o nosso idioma.

Aliás, caso você seja descendente de italiano ou tenha o sotaque paulistano, conseguir falar as palavras corretamente será um processo muito mais fácil. Porém, assim como nas outras línguas, fique atento às regrinhas e exceções do idioma para não cometer erros básicos, ok?

E aí, o que você achou dos idiomas? Já começou a estudar algum deles? Conte nos comentários!

Veja também: Quais são os principais tipos de cursos de idiomas?
                        Como colocar idiomas no currículo?

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Recepção: 10 Janeiro 2019

Aprovação: 30 Abril 2019

Resumo: Uma visita de estudo deve apresentar-se de forma aliciante aos estudantes de modo a que todos se sintam motivados a participar, independentemente dos diversos cursos que frequentam ou da sua eventual especificidade. E porque a cultura tem sempre fins educativos, o objetivo desta atividade é sensibilizar os estudantes para a importância da sua formação enquanto seres sociais e culturais sendo que o que se propõe com estas visitas de estudo é uma ligação ao património cultural das diversas cidades que se visitam, o conhecimento que adquirem a lugares de interesse como museus, teatros, monumentos históricos – alguns, património mundial da UNESCO – o contacto com conteúdos teóricos e físicos e a comunicação em língua estrangeira (LE). Uma vez desperto o interesse e a curiosidade dos estudantes, estes devem preparar-se para explorar os temas propostos ao longo das diversas visitas. A experiência de vários anos tem revelado resultados muito positivos, na medida em que as visitas de estudo não se afiguram como meras viagens que proporcionam um simples passeio, mas fazem parte de uma estratégia que permite complementar, consolidar e ampliar conteúdos abordados em contexto de sala de aula. Constituem, enfim, ferramentas que, em paralelo com as aulas, facilitam e melhoram a aquisição de conhecimentos científicos, linguísticos e culturais.

Palavras-chave: visitas de estudo, ensino superior, aprendizagem contextualizada.

Abstract: A study visit should be attractive to students so that everyone feels motivated to participate, regardless of the various courses they attend or their eventual specificity. And because culture always has educational purposes, the purpose of this activity is to sensitize students to the importance of their training as social and cultural beings, and what is proposed with these study visits is a link to the cultural heritage of the various cities that are visited, the knowledge they acquire from places of interest such as museums, theatres, historical monuments - some, UNESCO world heritage - contact with theoretical and physical contents and communication in a foreign language. Once the students’ interest and curiosity are aroused, they should prepare themselves to explore the themes proposed during the various visits. The experience of several years has shown very positive results, since the study visits are not mere trips, but they are part of a strategy that allows to complement, consolidate and extend contents approached in class context. They are, in short, tools that, in parallel with the lessons, facilitate and improve the acquisition of scientific, linguistic and cultural knowledge.

Keywords: study visits, higher education, context learning.

ÁREA TEMÁTICA

As visitas de estudo podem assumir um caráter preponderante na forma como se entende o processo ensino-aprendizagem de uma LE ao promover a interligação entre a parte teórica e a parte prática, entre o contexto escolar e a realidade atual do país da língua de ensino. Uma única visita de estudo pode abarcar diversos temas, diversas unidades curriculares, tornando-se, assim, globalizante, porque favorece a descoberta e a compreensão do panorama total da realidade (Monteiro, 2002). De facto, as finalidades educativas que uma visita de estudo proporciona são muito superio res às que se conseguem alcançar em contexto de sala de aula no mesmo período de tempo. O ensino dentro da sala de aula conjugado com as visitas de estudo permite “aprender a conhecer, combinando uma cultura geral, suficientemente ampla, com a possibilidade de estudar, em profundidade, um número reduzido de assuntos, ou seja: aprender a aprender, para beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo da vida” (UNESCO, 2010, p.31).

O professor promove, através de estratégias, atividades e diversas ferramentas pedagógicas:

A aproximação a uma nova cultura e consequentemente reflexão e análise dos aspetos que a relacionam com a língua.

O contacto in loco com uma língua e cultura estrangeira que permita ao aluno enriquecer a sua própria cultura geral e comunicar com o outro.

Uma pequena avaliação sobre os locais visitados, determinando que se redijam resumos e/ou outros trabalhos de teor descritivo e reflexivo sobre o essencial da visita, questionando aspetos positivos e negativos, com a pretensão de melhorar visitas de estudo futuras.

Por todas estas razões, esta temática merece a pequena análise e reflexão que se segue.

OBJETIVO

O objetivo principal do professor de línguas é que o aluno se transforme num falante conhecedor da realidade cultural da língua que aprende. Existem, cada vez mais, atividades nas escolas para dar oportunidade de conhecer determinados eventos inseridos numa dada cultura. Conhecer a cultura in loco permite observar exposições, temas culturais, ver jogos desportivos, provar a gastronomia, assistir a filmes, teatros, participar em atividades culturais…. Esta aproximação à cultura implica a participação ativa do aluno, o que, por sua vez, vai facilitar a tarefa de ensinar. Tais atividades consolidam e complementam o ensino-aprendizagem do quotidiano escolar. A dimensão educativa, cultural e social na base destas atividades permitem a descoberta da cultura do outro na sua realidade atual de modo lúdico e convivial. Os participantes saem enriquecidos deste contacto direto com a cultura diferente da deles e ajuda a construir uma imagem positiva desta última. Para confirmar se tal atividade constitui um elemento chave na aprendizagem dos estudantes, decidiu-se analisar o interesse, a motivação e o que desperta nos estudantes a participação em visitas de estudo.

METODOLOGIA

Para confirmar se tais resultados são consequência das visitas de estudo aplicou-se um inquérito por questionário validado para responder a algumas perguntas: i) saber se os estudantes que participam numa visita de estudo já conhecem ou não o local proposto; ii) perceber se costumam participar em visitas de estudo organizadas pelos estabelecimentos de ensino que frequentaram e frequentam; iii) entender o que permitem estas visitas de estudo em termos de mais-valia académica; iv) e por fim, saber o que as visitas de estudo despertam nos estudantes. A escolha deste tipo de inquérito deve-se ao facto de se tratar de uma técnica de recolha de dados que permite atingir um grande número de pessoas em pouco tempo, garantir o anonimato das respostas e permitir que as pessoas respondam sem a supervisão/orientação do investigador (Almeida e Pinto, 1995)

AMOSTRA

O inquérito foi aplicado a diversas turmas que participaram numa mesma visita de estudo a Madrid, Ávila e Coca. Foram inquiridos 44 alunos da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda com idade compreendida entre os 18 e os 40 anos.

RESULTADOS

Os resultados obtidos confirmam o facto de as visitas de estudo serem realmente um elemento importante no ensino-aprendizagem. Tal situação se confirma através da análise aos inquéritos aplicados aos estudantes sobre os itens a seguir.

Conhecimentos dos locais a visitar

Ao querer saber se os estudantes que participam numa visita de estudo já conhecem ou não o local proposto, todos sem exceção não conheciam a totalidade dos locais que se pretendiam visitar, apenas una minoria já conhecia Madrid, sendo que desconheciam Ávila e Coca.

Quais as línguas que te despertam mais curiosidade ou vontade de conhecer e aprender

Tabla 1
Conhecimento dos locais a visitar

Participação habitual em visitas de estudo

Ao perceber se os estudantes costumam participar em visitas de estudo organizadas pelos estabelecimentos de ensino que frequentaram e frequentam, verifica-se que 86,4% dos estudantes aproveita, sempre que possível, aderir às propostas oferecidas.

Quais as línguas que te despertam mais curiosidade ou vontade de conhecer e aprender

Tabla 2
Participação habitual em visitas de estudo

As visitas aos museus

Ao querer entender o que permitem estas visitas de estudo em termos de mais-valia académica, os estudantes ordenaram consoante a importância, que para eles têm, cinco itens por ordem decrescente. A maioria dos estudantes realça o enriquecer-se culturalmente aquando das visitas aos museus.

Quais as línguas que te despertam mais curiosidade ou vontade de conhecer e aprender

Tabla 3
As visitas permitem

As visitas de estudo despertam nos participantes

Por fim, ao perguntar aos estudantes o que as visitas de estudo despertam neles, eles destacam, pelo grau de importância, que o facto de “visitar museus desperta motivação para a formação.

Quais as línguas que te despertam mais curiosidade ou vontade de conhecer e aprender

Tabla 4
Este tipo de visita desperta em si…

Comparação das opiniões dos participantes antes e depois da visita de estudo

Para confirmar os dados obtidos, voltou-se a questionar os estudantes, após a visita de estudo, sobre o interesse, a motivação e o que desperta nos estudantes a participação em visitas de estudo. Se em relação ao que permitem, os estudantes mantêm as suas opiniões “os museus permitem enriquecer-se culturalmente” e o resto dos itens pela mesma ordem decrescente, já em relação ao que as visitas despertam, as opiniões mudaram drasticamente. Depois de visitar museus, os estudantes afirmam que lhe dá vontade de “visitar outros museus” enquanto que antes da visita, este item aparecia em última posição quanto ao grau de importância.

Quais as línguas que te despertam mais curiosidade ou vontade de conhecer e aprender

Tabla 5
As visitas aos museus despertam…

Quais as línguas que te despertam mais curiosidade ou vontade de conhecer e aprender

Tabla 6
Este tipo de visita desperta em si…

A língua estrangeira durante a visita de estudo

Em relação à língua estrangeira, os alunos afirmam todos que tiveram oportunidade de falar a língua do país que visitou, que conseguiram também conversar em espanhol o que lhes permitiu aperfeiçoar a LE.

Quais as línguas que te despertam mais curiosidade ou vontade de conhecer e aprender

Tabla 7
Falar a língua estrangeira

Uma visita de estudo justifica-se num determinado momento do processo de ensino-aprendizagem no sentido em que proporciona ao aluno conhecimentos que podem melhorar o seu desempenho académico. Este tipo de visita de estudo é uma fonte de enriquecimento, porque o coloca em contacto direto com a língua, a cultura, os costumes e a maneira de fazer e de agir do outro, tornando-se, assim, globalizante, porque favorece a descoberta e a compreensão do panorama total da realidade (Monteiro, 2002). É, sem dúvida, uma oportunidade de aprendizagem que oferece o desenvolvimento de diversas técnicas de trabalho, facilita a sociabilidade e favorece a aquisição de conhecimentos, interligando a teoria e a prática, a escola e a realidade. Estas aprendizagens ativas permitem que o cérebro aprenda melhor pois o estudante constrói o seu próprio conhecimento em interação direta com o meio envolvente, o património, a cultura, a gastronomia e com as pessoas, com a verbalização direta com os nativos, pela consolidação dos conteúdos lecionados em sala de aula. Também despertam, nos estudantes, curiosidades e vontade de ampliar os conhecimentos culturais.

REFLEXÕES E CONSIDERAÇÕES

A aprendizagem de uma língua estrangeira e respetiva cultura é uma fonte de riqueza que não se pode subestimar e o seu êxito passa, em primeiro lugar, por reforçar a motivação dos alunos para que se alcancem os resultados pretendidos em matéria de aprendizagem linguística no mundo. As oportunidades que se oferecem aos alunos em termos de mobilidade social e de capacidade de integração num sistema global torna-se ainda mais fácil se houver domínio proficiente de línguas para já não falar das vantagens e benefícios, tanto a nível social como profissional e quiçá sentimental.

Pretende-se que o ensino de uma língua seja uma mais-valia para a construção da identidade de cada pessoa, pois o facto de aprender uma língua abre um número relevante de portas que facilitam a integração de qualquer cidadão na sociedade. Estudar língua é estudar cultura. Língua e cultura são inseparáveis – a língua reflete a cultura e é simultaneamente influenciada e modelada por ela, uma não existe sem a outra. Não se pode separar da cultura o ensino de línguas sem que ambos percam seu significado. A cultura deve estar presente no ensino de línguas desde o primeiro dia de seu aprendizado, não como uma quinta habilidade, após ouvir, falar, ler, escrever, mas como um elemento contido na própria língua, vista como uma prática social, como o coração do ensino-aprendizagem (Hanna, 2013). Ao ensinar uma língua, seja estrangeira ou materna, o professor, atualmente, não se preocupa apenas com a vertente linguística, pois existe algo mais a ter em conta para além do domínio do código linguístico. Assim, tudo quanto interfere direta ou indiretamente com o ato comunicativo é, também, de extrema relevância; é o que acontece com a vertente social, a dimensão psíquica e a cultura (os modos de agir, os costumes, as tradições, as rotinas…), os significados dos enunciados, assim como dos atos de fala (Robles Ávila, 2002). As visitas de estudo, para além de romperem com a rotina do dia-a-dia, conseguem mobilizar os estudantes por forma a que tenham sede de conhecimento do mundo real, o que é, normalmente, bastante motivador para os mesmos. As visitas de estudo devem, pois, ser utilizadas como instrumentos que, em paralelo com as aulas, facilitam e melhoram a aquisição de conhecimentos científicos, linguísticos e culturais.

Referências

Almeida, J. F. e Pinto, J. M. (1995). A Investigação nas Ciências Sociais. 5ª edição Lisboa: Editorial Presença.

Hanna, V. (2013). Língua, Cultura e Comunicação: o ensino significativo de línguas estrangeiras. In Guimarães, Elisa (org.). Estudos linguísticos e literários aplicados ao ensino. São Paulo: Editora Mackenzie .pp. 165-179.

Monteiro, M. (2002). Intercâmbios e visitas de estudo, in CARVALHO, Adalberto Dias de (org.).Novas metodologias em educação (Colecção Educação 8), Porto: Porto Editora, pp.171-197

Robles Ávila, S. (2002). Lengua en la cultura y cultura en la lengua: la publicidad como herramienta didáctica en la clase de ELE. Actas del XIII Congreso Internacional de ASELE. pp. 720-730.

UNESCO. (2010). Educação um Tesouro a Descobrir. Relatório para a UNESCO da ComissãoInternacional sobre Educação para o século XXI.